Autor |
Mensagem |
didierudito Membro Novato |
# abr/15
Quero saber qual nota é equivalente à outra (pode servir como baixo), em uma escala harmônica maior.
Por Exemplo: Na escala de Lá maior, Temos o Mi que pode ter o Sol # como baixo, ou seja, a sétima nota é equivalente à quinta nota, formando assim o Mi com baixo em Sol #.
Seguindo esta analogia, quais outra combinações teremos?
|
LeandroP Moderador |
# abr/15 · Editado por: LeandroP
· votar
didierudito
Como você se refere ao acorde Mi maior, derivado da escala de Lá maior, a nota Sol sustenido não é vista como a sétima maior de Lá, mas como a terça maior de Mi.
A regra de inversão é muito simples:
primeira inversão: terça no baixo segunda inversão: quinta no baixo terceira inversão: sétima no baixo
Simples assim. Tenha sempre como referência os acordes.
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# abr/15 · Editado por: Daniel_tecladista15
· votar
didierudito Como o LeandroP citou, se você visualizar o acorde é só imaginar que qualquer nota dele pode ser o baixo.
Existem algumas exceções, pois nem todos os acordes aceitam as três inversões possíveis, mas isso não vem ao caso agora.
O que me intrigou na sua pergunta é que você se refere a escala maior harmônica. Nunca entendi muito bem o uso prático desta escala. Que tipo de uso você faz dela? Ou melhor, em que contexto você a utiliza?
Abraços
|
didierudito Membro Novato |
# abr/15
· votar
Daniel_tecladista15
Uma escala harmônica maior seria por exemplo: A famosa escala de Dó. (Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó).
Em cima de um campo harmônico, você pode criar frases, solos, arranjos, etc.
|
LeandroP Moderador |
# abr/15
· votar
didierudito
Esta é simplesmente a escala maior. A "maior harmônica" é diferente, veja:
Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Láb - Si - Dó
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# abr/15
· votar
didierudito Você confundiu a escala maior primitiva (também chamada de natural) com a maior harmônica. A maior harmônica possui uma 6m enquanto a primitiva possui uma 6M. Em C maior fica conforme o colega LeandroP mostrou.
Talvez eu esteja enganado, mas me parece que você está confundindo o "harmônica" de escala harmônica com o harmônico de "campo harmônico". Apesar da semelhança, uma coisa não tem muito a ver com a outra. Campo harmônico é apenas os acordes formados por terças sobrepostas a partir das notas de uma escala (qualquer escala)... seja ela primitiva, harmônica, melódica, bachiana, etc... Desculpe se eu estiver enganado!!!
LeandroP Aproveitando, você sabe qual o uso prático da escala maior harmônica?
|
LeandroP Moderador |
# abr/15
· votar
Daniel_tecladista15
Cara, eu aplico esta escala eventualmente em cadências simples mesmo. Acho bastante melódica. O intervalo de sexta menor cria uma tensão interessante com a quinta justa do acorde, devido a aproximação. Quando quero prolongar o acorde no compasso também gosto utilizar a sexta menor. Experimente tocar um acorde maior, com sétima maior, utilizando a sexta menor na formação sem substituir a quinta. O que acha da sonoridade?
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# abr/15
· votar
LeandroP Experimente tocar um acorde maior, com sétima maior, utilizando a sexta menor na formação sem substituir a quinta. O que acha da sonoridade? Estou no trabalho, mas a noite vou experimentar pra sentir a sonoridade, mas imagino que deve ficar bastante tenso devido ao intervalo de 2m entre a 5J e a 6m.
Vai ser interessante este teste, porque eu "aprendi" que a 6m é considerava uma EV justamente devido este choque com a 5J e por isso eu sempre evitava usá-la em um acorde.
Valeu pela dica!!
|
LeandroP Moderador |
# abr/15
· votar
Daniel_tecladista15
Algumas regras estão aí pra serem quebradas ;)
A sexta menor cria mesmo esta tensão b2, que normalmente evitamos. Mas por estar tão próxima à quinta justa do acorde, pode ser aproveitada por aproximação. Em alguns casos, por exemplo, eu costumo substituir o acorde V7 por um bII7M(9) só por causa da aproximação cromática. Tipo, em vez de tocar o G7 para o C7M(9) eu toco C#7M(9) pro C7M(9). Tensão e resolução ;)
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# abr/15
· votar
LeandroP Algumas regras estão aí pra serem quebradas ;) É verdade.
Tipo, em vez de tocar o G7 para o C7M(9) eu toco C#7M(9) pro C7M(9). Tensão e resolução ;) Pra ser sincero, não entendi muito bem!!! Neste caso a tensão é causada pelo cromatismo descendente?
Até entenderia se fosse um Db7 em vez do C#7M(9), pois aí seria um sub V7. Mas vou testar em casa pra "ver" o que o ouvido acha!!!! hehehe
Aproveitando, a função do T9 nos acordes acima é somente adicionar tensão mesmo? Ou tem alguma relação o fato deste T9 ser justamente a 5J do acorde dominante de Dó (G7)?
Obrigado mais uma vez, LeandroP!!!
|
LeandroP Moderador |
# abr/15
· votar
Daniel_tecladista15
Eu vejo como aproximação cromática apenas. Pra mim é só um caminho mais curto entre uma nota e a outra. Não penso exatamente no fato de semitonar com o Vº grau, mas com qualquer grau do acorde, ou mesmo da escala. As vezes eu toco intencionalmente notas fora da escala, como mera aproximação cromática. Não sei se é isso que chamam de "outside". As vezes toco sem querer também rsrsrs
|
LeandroP Moderador |
# abr/15
· votar
Tipo, em vez de tocar o G7 para o C7M(9) eu toco C#7M(9) pro C7M(9). Tensão e resolução ;) Pra ser sincero, não entendi muito bem!!! Neste caso a tensão é causada pelo cromatismo descendente?
Puro cromatismo.
|
fernando tecladista Veterano |
# abr/15
· votar
Tipo, em vez de tocar o G7 para o C7M(9) eu toco C#7M(9) pro C7M(9). Tensão e resolução ;) Pra ser sincero, não entendi muito bem!!! Neste caso a tensão é causada pelo cromatismo descendente?
G7 sol si re fa C#7 do# mi# sol# si
A tensao está em ter o mesmo tritono, si-fa / fa-si / mi#(fa) - si.....
A resolucao sera a mesma, si - fa fechando em do-mi (I e III de C)
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# abr/15 · Editado por: Daniel_tecladista15
· votar
LeandroP Fiz um teste da sequência C#7M(9) -> C7M(9) e fica legal como resolução, mas acho que eu preferiria usar o C#7M(9) como passagem para chegar ao C7M(9) e usar o Db7 como preparação (seria uma resolução cromática também). Mas é apenas gosto pessoal mesmo!!!
fernando tecladista O LeandroP estava me mostrando uma possibilidade de substituição do G7 pelo C#7M(9) para resolver no C7M(9).
Este exemplo que você mostrou, substituir o G7 pelo C#7, é um exemplo comum de preparação utilizando dominante substituto (SubV7). Por falar nisso, a cifra correta é Db7 e não C#7, pois o subV7 é encontrado uma quarta aumentada abaixo do acorde dominante que ele deve substituir (preciosismo da teoria!!!) hehehehe Mas valeu pela ajuda!!
didierudito Desculpe por desvirtuar o assunto do seu tópico. Vou finalizando por aqui!!! abraços
|
didierudito Membro Novato |
# abr/15
· votar
Daniel_tecladista15
Eu até estou gostando do desenvolvimento do assunto. Estou capitando mais conhecimentos com isso.
|
LeandroP Moderador |
# abr/15
· votar
Daniel_tecladista15 Por falar nisso, a cifra correta é Db7 e não C#7, pois o subV7 é encontrado uma quarta aumentada abaixo do acorde dominante que ele deve substituir (preciosismo da teoria!!!)
Preciosismo mas é a forma correta, né?!
Inclusive, no caso do C#7M(9) eu preferi chamá-lo desta forma porque não se trata de um SubV7 (pra evitar confusão). Eu também não utilizo com tanta frequência, como preparação. Acho que fica muito legal pra finalização, criar um clima diferente. Se usar muito perde a graça rsrsrs
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# abr/15
· votar
LeandroP Às vezes eu uso uns acordes bem diferentes também.
O bom é que quando eu erro alguma coisa, o pessoal diz logo... "Ihh.. lá vem ele com estes acordes cabulosos." Quando na verdade, eu errei feio mesmo!!! hehehehehe
didierudito Dê um estudada em intervalos, formação e inversão de acordes que você vai ficar fera nesta questão dos baixos!!!
|
didierudito Membro Novato |
# abr/15
· votar
LeandroP Valeu pela dica. Eu estudei teoria musical por um tempo, mas, estou pensando em voltar a estudar.
|
Gutovysk Veterano |
# set/15
· votar
Olá Pessoal! Lendo as postagens de vocês, fiquei com algumas dúvidas do que vocês estavam definindo. Eis: escala harmônica maior Que escala é essa? De onde ela veio?
Daniel_tecladista15 eu "aprendi" que a 6m é considerada uma EV justamente devido este choque com a 5J O que significa EV?
LeandroP A sexta menor cria mesmo esta tensão b2, que normalmente evitamos. O que é tensão b2?
C#7M(9) As notas a que vc se refere seriam: dó# - mi# - sol# - si# - ré# ??
abraços, Carlos Correia http://www.tecnicasdecomposicao.com.br/
|
pianoid Veterano |
# set/15
· votar
Gutovysk fiquei com algumas dúvidas do que vocês estavam definindo
problema é que os caras querem condensar séculos de escalas em um tutorial web num fórum para leitura de 10 minutos kkkk
todo mundo perdido, falando em cromatismos e acordes dissonantes jazzistícos e modos gregos e um monte de outras complicações quando mal conhecem a escala diatônica
|
LeandroP Moderador |
# set/15
· votar
pianoid
Nos dê a graça da sua sabedoria ;)
|
pianoid Veterano |
# set/15
· votar
LeandroP sabedoria é saber-se ignorante
eu pelo menos sei por onde começar, não ficar procurando mil "tutos" sobre 48 variações sobre modos gregos
e antes que me aporrinhe mais com isso: não tenho menor pretensão a composição ou improviso, sou mero reprodutor
|
LeandroP Moderador |
# set/15
· votar
Sendo assim eu nem discuto. Aguardo uma resposta que possa contribuir com o tópico. Também não tô afim de me aporrinhar.
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# set/15 · Editado por: Daniel_tecladista15
· votar
Gutovysk
Pra entender o que foi discutido nesse tópico, é necessário ter pelo menos uma noção de intervalos e formação de acordes que são dois alicerces para o estudo da harmonia.
Vou tentar responder as suas perguntas, mas sem o conhecimento citado acima, talvez você não entenda claramente.
escala harmônica maior Que escala é essa? De onde ela veio? A escala maior harmônica é a escala maior primitiva com o VI grau abaixado em um semitom. Ou seja, ela é formada pelos intervalos I, II, III, IV, V, bVI e VII.
Exemplo da escala de Dó maior harmônica: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá bemol, Si
O que significa EV? EV significa notas evitadas. De modo geral, são notas que quando executadas na harmonia ou na linha melódica causam um choque com outras notas comprometendo a clareza no som do acorde ou da melodia. Experimente tocar o acorde Dó maior e a nota Fá ao mesmo tempo. O Fá é uma EV na escala de acorde de Dó maior. Apesar desse nome, não quer dizer que não podemos tocar esta nota, mas que devemos ter cautela na sua execução. De preferência usando como nota de passagem rápida e evitando repousar nelas.
O que é tensão b2? A tensão b2 é qualquer intervalo de segunda menor (2m). Por exemplo, as notas Mi e Fá tocadas harmonicamente. O que o Leandro quis dizer aqui é que a distância da 5J para a 6m é um intervalo b2 que possui uma tensão muito forte quando tocadas harmonicamente. Experimente tocar simultaneamente as notas Dó e Ré bemol que você vai entender o que eu estou falando!!!
Entretanto, o conceito formal é que tensão são as notas diatônicas que representam os graus 9, 11 e 13. São chamados de tensão (ou notas ornamentais) pois acrescentam tensão ou complexidade ao acorde. Existem exceções, mas não vale a pena citar agora.
C#7M(9) As notas a que vc se refere seriam: dó# - mi# - sol# - si# - ré# ?? Não. Este é acorde é formado pelas notas abaixo: C# (F) E# (3M) G# (5J) B (7M) D (9M)
Na teoria, acordes de 9 possuem também uma 7 (sétima menor) subtendida (sem a necessidade de grafar, mas presente na formação do acorde), entretanto, neste caso, ela chocaria com a 7M (lembra do choque b2)? Logo, suprimimos a execução da 7 no acorde.
Espero tê-lo ajudado!!
LeandroP, se eu tiver falado besteira em algum ponto, por favor me corrija!!
|
LeandroP Moderador |
# set/15
· votar
Daniel_tecladista15
Concordo com quase tudo que você descreveu. Só rolou um descuido com a formação do acorde C#7M(9).
C# (F) E# (3M) G# (5J) B# (7M) D# (9M)
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# set/15
· votar
LeandroP
Concordo com quase tudo que você descreveu. Só rolou um descuido com a formação do acorde C#7M(9). Perfeito!! Distração minha!!
Sds
|
Gutovysk Veterano |
# set/15
· votar
Daniel_tecladista15 Olá Daniel, Obrigado pela resposta.
escala maior harmônica Não estou conseguindo me lembrar da origem dessa escala (escala maior harmônica). Ela me parece uma derivação da escala de Fá menor. Eu até encontrei na internet tal definição, mas não achei uma boa resposta de sua origem.
EV significa notas evitadas. Também nunca vi essa sigla significando notas evitadas.
b2 é qualquer intervalo de segunda menor (2m) Nem esta. Mas agora talvez eu perceba que o b é a abreviação de bemol, então b2 seria uma bemolização de uma segunda, que ainda fica dúbio, pois não há uma referência, ou seja, se considerarmos dó-ré, então b2 seria 2m, mas se considerarmos mi-fá, então b2 seria, enarmonicamente, uníssono.
Quanto a "nota evitada"... putz... detesto essas definições, pois não diz nada. Fica sendo apenas regrinhas... sem entender os porquês. Mas isso já surtiria um tópico imenso!!! rs
Qual autor/livro/tratado aborda tais nomenclaturas?
LeandroP Concordo com quase tudo que você descreveu. Só rolou um descuido com a formação do acorde C#7M(9). Olá Leandro, Então foi realmente o acorde que citei anteriormente, não?! Dica: o que posso dizer é que tal acorde é o Napolitano, e, para questões de normalização, o correto seríamos escrever Db7M(9M), ou Nap7M(9M) = ré bemol - fá - lá bemol - dó - mi bemol. Apesar de enarmonicamente serem as mesmas notas, considerar ré bemol ao invés de dó sustenido faz uma bruta diferença no entendimento e na intenção do compositor. Se utilizar C# para tonalidade Dó Maior, vc está explicitando querer uma modulação, mesmo que isso de fato não ocorra. Já considerando Db, você indica que é um acorde emprestado, dentro do seu campo de Dó Maior. Além disso, tocando a escala dita harmônica maior (dó-ré-mi-fá-sol-láb-si), como considerado anteriormente, e usando um acorde Db para C (dó maior), me parece (apenas em análise), uma cadência dominante de Fá Menor, isto é, o campo harmônico não está em Dó Maior, mas em Fá menor. Mas, como disse, apenas em análise bruta, e imaginando os sons. Eu teria que realmente tocá-las para ver se estou correto ou não.
abraços, Carlos Correia http://www.tecnicasdecomposicao.com.br/
|
Daniel_tecladista15 Membro Novato |
# set/15 · Editado por: Daniel_tecladista15
· votar
Gutovysk
Segue alguns comentários e observações que podem enriquecer a discussão:
escala maior harmônica Não estou conseguindo me lembrar da origem dessa escala Tambén não conheço a origem.
b2 é qualquer intervalo de segunda menor (2m) O b é de bemol mesmo. Não há necessidade de referência, pois b2 é um intervalo de segunda menor seja quais forem as notas do intervalo. Por exemplo: Dó-Ré bemol, Mi-Fá, Lá-Solb, Dó-Si, todos estes intervalos são b2.
se considerarmos dó-ré, então b2 seria 2m A maioria da literatura usa a notação b2 para representar um intervalo qualquer de segunda menor e usa a notação 2m para representar o segundo grau menor da escala. Logo (na teoria), seria incorreto denotar o intervalo de Dó-Ré como 2m. O correto é dizer que este intervalo é b2, mas na prática, usa-se também 2m para representar o b2 - o que pode confundir!
Já o 2m usaríamos para representar o segundo grau menor da escala. Por exemplo, na tonalidade de Dó maior, o 2m é a nota Db (outro erro cometido aqui é dizer que o 2m é C# - não! não é!!)
Dica: o que posso dizer é que tal acorde é o Napolitano, Ele pode vir a ser um acorde napolitano. Isso irá depender da sua referência tonal. Em Dó maior, ele será um acorde napolitano e a sua cifragem correta realmente será Db7M(9) (para ser mais correto, a cifragem deveria ser Db7M/F, pois o acorde de sexta napolitana normalmente vem na primeira inversão visando enfatizar o intervalo de b6 existente entre o baixo (Fá) e a fundamental (Ré bemol).
Entretanto, se estivermos na tonalidade de C# ou G#, este acorde não poderá ser considerado napolitano (seria o I de C# e o IV de G#) e a cifragem correta é C#7M(9)
Se utilizar C# para tonalidade Dó Maior, vc está explicitando querer uma modulação, mesmo que isso de fato não ocorra. Não necessariamente. Pode ser apenas um cromatismo para chegar ao segundo grau, por exemplo.
Já considerando Db, você indica que é um acorde emprestado, Depende. Se for um Db dominante, será apenas o uso de SubV7 (que não deixa de ser um empréstimo, é claro!!)
|
LeandroP Moderador |
# set/15
· votar
Gutovysk o que posso dizer é que tal acorde é o Napolitano, e, para questões de normalização, o correto seríamos escrever Db7M(9M), ou Nap7M(9M)
Perfeito!
|
Gutovysk Veterano |
# set/15
· votar
Daniel_tecladista15 escala maior harmônica Não estou conseguindo me lembrar da origem dessa escala Também não conheço a origem. Gosto de saber a origem, pois isso diz muita coisa sobre a escala.
A maioria da literatura usa a notação b2 para representar um intervalo qualquer de segunda menor e usa a notação 2m para representar o segundo grau menor da escala. A maioria usa essa notação? Sinceramente, foi a primeira vez que a vi. Achei interessante. Mas não vejo motivo para se criar uma nova notação se 2m perfeitamente atende ao intervalo de segunda menor. Qto ao segundo grau menor da escala, este é representado pelo II (notação romana). Gostaria de conhecer o autor (livro ou artigo) que utiliza a notação 2b como intervalar e 2m como o grau escalar.
Eu, particularmente, continuarei usando 2m como intervalo de segunda menor (claro, independente da escala), e as notações I, II,III,.... para representar os graus escalares. Mas sempre é interessante ver novas anotações para ver o que se pode extrair de útil por lá.
o acorde de sexta napolitana normalmente vem na primeira inversão (...) Claro que estou considerando sobre a tonalidade de Dó Maior. Vide a postagem que citou C# indo para C. A minha consideração é sobre o acorde que o LeandroP postou: Tipo, em vez de tocar o G7 para o C7M(9) eu toco C#7M(9) pro C7M(9). Tensão e resolução ;)
Considerando tal exemplo foi que eu comentei que o ideal seria informar que o acorde é Db (como vc mesmo chegou a comentar) ao invés de C#, ambos sendo considerados aqui enarmônicos. E que sendo Db, este acorde é usualmente chamado de Napolitano (dentro da tonalidade de Dó Maior, que é o nosso exemplo - por isso não estou fugindo dele), ou, em grau escalar: bII.
Quanto a considerar o acorde em 1a. inversão, isso é só uma prática usual na cadência, onde o fá do acorde, no baixo, vai para o sol (5a. da tônica, ou fundamental da Dominante), perfazendo o usual movimento do baixo: fá-sol-sol-dó. Que em grau escalar seria: Nap6 - I64 - V - I (onde 6 indica aqui a primeira inversão, e 64 a segunda inversão). Quando digo prática usual na cadência, estou informando onde ela apareceu e é comumente usada. Mas não estou dizendo que seja exclusivamente na cadência, e também afirmo que o acorde Napolitano será acorde Napolitano em qualquer de suas inversões. Por isso, no exemplo do LeandroP, ao invés de C# - C, ficaríamos Nap - C. Só que no exemplo que ele postou, há uma colocação de Sétima e Nona, e o acorde de destino (Dó Maior), também apresenta a Sétima. Isso faz, para os nossos ouvidos, uma interpretação diferente de Nap - C (Dó aqui como tônica). Pois o Dó com sétima, ao introduzir o trítono, traz para os nossos ouvidos a expectativa deste acorde ser dominante, ou seja: Nap7 - V/IV (cadência Dominante!!!).
Com essa última possível análise, e ainda a escala dó-ré-mi-fá-sol-láb-si (que para mim ainda teria uma origem baseada na escala de fá menor), teríamos que reconsiderar que Nap7-V/IV teria que ser II+ - V na tonalidade de Fá Menor/Maior. Onde II+ é o acorde de sexta aumentada, especialmente, a sexta germânica. Se fizermos um comparativo na tonalidade de Dó Maior: Ab7-G7-C, ou seja, acordes Ab7=lá bemol - dó - mi bemol - fá# (e não sol bemol). G7 = sol - si - ré - fá, e, finalmente, C = dó - mi - sol. Se passarmos tal estrutura para Fá Maior/menor => Db7 - C7 - F (maior ou menor), com as seguintes notas: Db7 = ré bemol - fá - lá bemol; C7 = dó - mi - sol - si bemol; e finalmente F = fá - lá (ou lá bemol) - dó. Se omitirmos o acorde Fá: Db7 - C7 => temos aqui uma cadência dominante, o que perfaz o exemplo anteriormente proposto. A colocação da nona em ambos os acordes é apenas um tempero extra no acorde, criando uma dissonância maior, mas nada acrescenta em funcionalidade da progressão harmônica.
Considerando essa última análise, em Fá Maior/menor, temos, em graus escalares: II+ - V (onde II+é a sexta aumentada germânica), o que poderíamos reduzir funcionalmente: V/V - V.
Mas, se queremos fixar a tonalidade em Dó Maior, teríamos: Nap7 - V/IV ==> onde Nap7 tem a funcionalidade de II+, isto é: é um acorde "disfarçado" de napolitano!!! rsrsrs. O Nap7 é na verdade II+/IV (notação essa não muito usual). Por isso, LeandroP, a sonoridade é bacana, justamente porque vc faz uma cadência interrompida na dominante. (O nome da cadência aqui só poderá ser utilizada de acordo com sua continuação).
|