Consursos para Compositores

Autor Mensagem
22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12


Alguém tem conhecimento de sites onde alguém possa se inscrever?

Die Kunst der Fuge
Veterano
# nov/12
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http://www.vivamusica.com.br/para-quem-trabalha

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Obrigado! Estarei sempre olhando esse site.

Ken Himura
Veterano
# nov/12
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Olha, tem vários. Agora mesmo, tem um aberto em Portugal pra todos os lusófonos ( http://www.metropolitana.pt/Concurso-Novos-Compositores-3694.aspx ).

Tem esse site aí que o Die Kunst der Fuge indicou e tem uma lista na wikipédia inglesa com concursos internacionais de composição, tem que procurar por lá.

O mais importante é escolher bem o concurso e a peça, porque muitos cobram pra inscrição, e são taxas em euros geralmente.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Ken Himura
Obrigado pelas dicas!

Não sei ler essa formação de orquestra. Alguém sabe?

(formação máxima: 2.2.2.2 / 2.2.0.0 / tmp / 6.6.4.4.2)

Ken Himura
Veterano
# nov/12
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22222 oirartnoc oa
Cara, você precisa estudar, hein.

Isto é a instrumentação da peça, notação de orquestração pô:
2.2.2.2 -> 1o grupo -> madeiras -> 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes;
2.2.0.0 -> 2o grupo -> metais -> 2 trompas, 2 trompetes, 0 trombones, 0 tubas;
tmp -> 3o grupo -> percussão -> só tímpano aqui
6.6.4.4.2 -> 4o grupo -> cordas -> 6 violinos I, 6 violinos II, 4 violas, 4 cellos, 2 baixos.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Ken Himura
Obrigado.

Acho mais importante estudar teoria e linguagem.

Saber que tal sequencia de números e pontos compõe tal formação de orquestra não tem valor na expressão musical.

Ken Himura
Veterano
# nov/12 · Editado por: Ken Himura
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22222 oirartnoc oa
Orquestração é teoria, tão importante pro compositor quanto harmonia, contraponto e forma. Logo, estes números serão importantes, mesmo que seja pra categorizar as formações utilizadas.

Não saber/estudar orquestração (e instrumentação) é deixar de lado uma oportunidade única de dar vida à música.

Ken Himura
Veterano
# nov/12
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Vi isso agora, depois de postar:

Saber que tal sequencia de números e pontos compõe tal formação de orquestra não tem valor na expressão musical.
Na verdade, tem sim. Só de bater o olho nessa aí do exemplo, dá pra saber que é uma orquestra do classicismo. Sabendo isso, já dá pra conhecer o seu instrumento - instrumentação diferente, orquestra diferente, logo possibilidades e linguagens diferentes. Como você vai compor pra um instrumento tão complexo se não sabe como ele é formado?

Só de olhar, você já tem um mapa mental de tudo, e a sonoridade de cada naipe, bem marcante.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12 · Editado por: 22222 oirartnoc oa
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Ken Himura
Compreendo tal afirmação e acho válida entretanto, saber isso (2.2.2.2 / 2.2.0.0 / tmp /6.6.4.4.2) não significa saber música.

Não acho importante num contexto musical, assim como não é importante uma terça menor chamar-se terça menor, é simples convenção.

Esse tipo de 'conhecimento' entra no mérito de 'se podemos complicar; para que facilitar?'

É um tipo de conhecimento que pouco agrega para o músico que procura se expressar.

Veja bem, não digo que não seja um conhecimento de alguma valia numa situação que se discute que tais compositores utilizavam tal ou tal orquestração, mas para uma questão de expressão artística isso é irrelevante.

Num contexto artístico em que o homem tenta expressar seus sentimento/medos/observações do passado e futuro/considerações da realidade/ possibilidades da existência, essa sequencia de numeros e pontos é simplesmente uma questão fútil para prova escrita.

makumbator
Moderador
# nov/12
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22222 oirartnoc oa
Não acho importante num contexto musical, assim como não é importante uma terça menor chamar-se terça menor, é simples convenção.

Para fins puramente sonoros realmente não faz diferença o nome (assim como se pode tocar "n" acordes sem saber seu nome, estrutura e origem). Mas o que o Ken está dizendo é que saber tais termos te ajudam em algumas coisas com relação à educação musical:

1. Ter conhecimento das convenções o habilita melhor a aproveitar material didático escrito usando tais termos. Não saber o significado de certos termos te restringe nesse campo (da mesma forma que não saber leitura musical impede um músico "prático" de entender um método que se baseie muito na escrita musical).

2. Sabendo esse tipo de termo pode-se fazer correlações entre os padrões diferentes das épocas de maneira rápida, o que tem desdobramentos na própria técnica de orquestração (pois a distribuição de instrumentos influencia bastante o que se pode fazer). E a análise dos padrões estéticos ao longo de diferentes épocas e lugares é uma forma importante de estudo técnico.


Mas veja bem, eu não sou daqueles que acha que só quem sabe esses "pequenos" detalhes é que é músico de verdade, e blá, blá, blá...entretanto, reconheço a importância desse conhecimento. Que mal fará você agregar esse tipo de informação ao seu saber? Acho que só há vantagens! Saber isso não vai te impedir de se expressar ou coisa que o valha, é um dado de ordem técnica apenas.

Ken Himura
Veterano
# nov/12
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22222 oirartnoc oa
Num contexto artístico em que o homem tenta expressar seus sentimento/medos/observações do passado e futuro/considerações da realidade/ possibilidades da existência, essa sequencia de numeros e pontos é simplesmente uma questão fútil para prova escrita.
Como é a partitura, que nada mais nada menos é que uma série de pontos pretos num papel pautado.

Como disse o makumbator, não é necessário sabe isto (nem partitura mesmo) pra ser um músico, até um grande. Mas se você quer entender música a fundo, isto é necessário. Estas padronizações servem exatamente para fazer uma definição de conceitos que são abstratos, e que dificilmente seriam compreensíveis inteligivelmente se não fosse desta maneira. Intervalos, combinações de orquestração, técnicas de instrumento... acho que só ajuda o seu caminho como compositor.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Amakumbator
Ken Himura
Entendo perfeitamente o argumento de ambos, e não há com o que discordar em termos lógicos. Uma vez que a tentativa quasi-frustrada de um compositor (tomando a partitura como exemplo) de escrever o que ele quer que seja representado/reproduzido sejam meros pontos em papel.

Meu único ponto nisso tudo são os músicos, e destaco os 'eruditos', que parecem esquecer que a técnica foi criada para explicar a música e não o inverso.

A questão é: (2.2.2.2 / 2.2.0.0 / tmp /6.6.4.4.2) parece uma forma de algum indivíduo querer demonstrar saber mais que outro sobre uma arte que é absolutamente subjetiva e emocional.

Uma forma de diferenciação patética.

Em suma, acredito estarmos falando a mesma língua.

Adler3x3
Veterano
# nov/12 · Editado por: Adler3x3
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Meu único ponto nisso tudo são os músicos, e destaco os 'eruditos', que parecem esquecer que a técnica foi criada para explicar a música e não o inverso.

Não concordo!
Com a técnica se faz música, aprender técnica é aprender a fazer uma música melhor.


E outro ponto importante em que nos deparamos hoje em dia é a quantidade de instrumentos à nossa disposição.
Tudo graças a tecnologia dos instrumentos virtuais, editores de partituras, sequenciadores, editores de áudio etc...
De um momento passamos a ter muito .., uma orquestra inteira.
E daí surge a necessidade de estudar em teoria o uso destes instrumentos.
Pois na prática jamais vamos saber tocar todos os instrumentos.
Por exemplo no caso do concurso de Portugal não é tão fácil compor uma peça sem saber a teoria da formação dos grupos de instrumentos.
São mais de 30 instrumentos.
Não é fácil compor uma peça com todas as linhas que o projeto exige.
Não é uma forma de diferenciação patética, é uma forma que foi desenvolvida por séculos de experiência acumulada, e em determinado momento foi necessário montar um certo tipo de setup de orquestra, para evitar improvisos na formação.
Pode parecer rígido mas é necessário.
Cada configuração de orquestra busca um equilibrio entre os instrumentos, um número certo de violinos, cellos, violas etc...
Se ficar no improviso faltando elementos a orquestra fica desiquilibrada.
Obviamente uma parcela de improviso sempre vai existir, mas os padrões estabelecidos servem para caracterizar a sonoridade da orquestra.
Uma mesma peça pode ter "n' formas de expressão
Claro da para compor e tocar só de ouvido, a forma mais básica.
E um compositor mesmo sem conhecimentos teóricos pode produzir uma excelente composição, mas vai necessitar do auxílio de um maestro para poder expressar a sua composição usando uma orquestra de verdade.
Podemos saber tocar violão, guitarra ou teclado, mas no caso de uma orquestra , quem sabe tocar tal instrumento é o maestro.
A orquestra é um grande instrumento.
Mesmo num estúdio de música popular temos a figura do arranjador.
Para gravações profissionais da área.
Já no estilo clássico é essencial a figura do maestro.
A erudição e o desenvolvimento de peças que seguem estes formatos requer uma formação musical a nível de maestro, com formação em conservatórios e curso superior, mais especializações.
Muito estudo uma vida inteira, sem contar que para realmente ser maestro tem que ter acesso e oportunidades de regência de uma orquestra de verdade, o que não acontece todos os dias, existem poucas orquestras, e assim poucas reais oportunidades.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12 · Editado por: 22222 oirartnoc oa
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Experimentações musicais e reorquestração / improviso na formação é sem contestação um dos motores da evolução musical.

Acho que tenho que deixar mais claro.

Saber isso : 2.2.2.2 / 2.2.0.0 / tmp /6.6.4.4.2, não faz alguém escrever música melhor.

Música é soma de frequências, multiplicação se pensarmos em harmonia, gosto de imaginar ainda uma exponenciação quando em politonia. Cromatismos seriam casas decimais ou ainda dízimas.

A relação movimentação de ar X tímpano/cérebro, é algo muito mais complexo que qualquer teoria.

Acho errado esperar que teoria vá trazer algum entendimento maior do que o valor intrínseco naturalmente na música.

Música e músico de verdade vem de dentro, é instinto; o resto é musicologia.

Ou a técnica veio antes da música?

Acho interessante notar que
.qualquer teoria tida como a correta, costuma achar pelo em ovo;
.nenhuma é definitiva ou aborda o tema como um todo e;
.todas possuem exceções.

Com a permissão do uso de teoria, triste mesmo é ver como é tonal o serialismo.

makumbator
Moderador
# nov/12
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22222 oirartnoc oa
Saber isso : 2.2.2.2 / 2.2.0.0 / tmp /6.6.4.4.2, não faz alguém escrever música melhor.

Claro que não! Mas saber isso te ajuda a entender de maneira rápida quando um me´todo de orquestração (ou um livro de história da música) se referir a isso.

A questão é: (2.2.2.2 / 2.2.0.0 / tmp /6.6.4.4.2) parece uma forma de algum indivíduo querer demonstrar saber mais que outro sobre uma arte que é absolutamente subjetiva e emocional.

Mas não é não! Pode até ser usado dessa forma por algumas pessoas, mas aí é o mau uso de um conhecimento técnico, e não é essa a função original desse termo.


Acho errado esperar que teoria vá trazer algum entendimento maior do que o valor intrínseco naturalmente na música.

Mas a teoria musical é justamente a sistematização dos costumes e experiências feitas no passado por gerações de músicos, e também reflete a observação da natureza (no caso a acústica). Ela não é a música, mas com ela pode-se fazer música melhor (pelo menos é o que eu penso)

Música e músico de verdade vem de dentro

Vem de dentro e de fora. Vem de você, mas também de suas relações com outros músicos e a interação que você faz com cada conhecimento novo. Para mim é algo externo e interno, individual e coletivo.


o resto é musicologia.

Musicologia é uma coisa, técnica e teoria musical outra bem diferente.


Ou a técnica veio antes da música?

A técnica (aqui uso o termo de maneira mais ampla, e não no sentido que guitarristas dão) serve à música, e é reflexo da natureza e da cultura. Para mim é a técnica que te permite obter determinado efeito estético. Para mim, quanto mais técnica se tem, mais liberdade um músico experimenta.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Mas a teoria musical é justamente a sistematização dos costumes e experiências feitas no passado por gerações de músicos, e também reflete a observação da natureza (no caso a acústica). Ela não é a música, mas com ela pode-se fazer música melhor (pelo menos é o que eu penso)

Veja bem, não estou renegando que teoria deva ser estudado. Sem teoria provavelmente A Sagração da Primavera não seria escrita, entretanto sem Stravinsky ela com certeza não seria escrita.

Acho interessante o fato de algo ser tão altamente teorizável e ao mesmo tempo pessoal, cada músico, seja compositor ou intérprete, joga seu molho no caldeirão.

Vem de dentro e de fora. Vem de você, mas também de suas relações com outros músicos e a interação que você faz com cada conhecimento novo. Para mim é algo externo e interno, individual e coletivo.

Leio isso como uma concordância com tudo que estamos discutindo.

Musicologia é uma coisa, técnica e teoria musical outra bem diferente.

Musicologia é um estudo. Música é outra coisa.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Segue uma ideia.


22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12 · Editado por: 22222 oirartnoc oa
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Interessante a partir de 14:32



makumbator
Moderador
# nov/12 · Editado por: makumbator
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22222 oirartnoc oa
Acho interessante o fato de algo ser tão altamente teorizável e ao mesmo tempo pessoal, cada músico, seja compositor ou intérprete, joga seu molho no caldeirão.

Para mim isso é o legal da arte. Há técnicas, teorias, mas que são construídas com e pelas pessoas.

Leio isso como uma concordância com tudo que estamos discutindo.

Eu entendo o seu ponto de vista. Talvez nossa diferença de visão resida no fato que eu acho a técnica (lembrando que é o termo amplo) libertadora. Mas sei que muita gente não pensa assim.

Musicologia é um estudo. Música é outra coisa.

Para mim música também é estudo (e muito estudo!). E a musicologia quando não é tratada de maneira pedante ou enciclopédica, serve de ótima fonte de conhecimento, e por incrível que pareça, também de inspiração.

Eu sou fascinado pelo passado musical, e por todo o conhecimento e tradição construída ao longo de séculos, então adoro temas como musicologia, história da arte, história da música, etc....

Schoenberg dizia que para se criar algo novo é importante conhecer os mestres do passado (não com essas palavras, mas algo nesse sentido).

Apesar dele ter sido visto como alguém que iria romper com a tradição,ele se via como um continuador do que vinha antes (quase como uma consequência natural). Apesar de ser um vanguardista, para ele o estudo da técnica e teoria do passado é que dava bagagem para fazer uma música nova.

Segue uma ideia.

Mas o musicólogo do vídeo é uma caricatura de um enciclopedista. Obviamente não é essa a função principal da musicologia, e nem o bom uso que se pode fazer dela!

makumbator
Moderador
# nov/12
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22222 oirartnoc oa
Interessante a parte a partir de 14:32

Mas nada do que ela diz é contrário ao estudo técnico (pelo menos da forma que eu encaro tal estudo). Não acho que o estudo teórico e técnico deixe alguém robotizado ou elimine sua criatividade e principalmente individualidade.

O que ela diz sobre a parte de dança e música francesa e italiana é justamente fruto do estudo aliado à prática (tanto que há muito tempo se ensina dança para alunos de música antiga. Até eu já fiz um curso de dança barroca em um festival de música antiga).

Eu não encaro o estudo teórico como algo descolado da prática, e o exemplo que ela dá da realização de um ornamento na música antiga é vindo justamente da musicologia "aplicada", se é que se pode chamar assim. Para mim teoria e prática andam juntas e se alimentam uma da outra.


P.S.

Nossa, mas a gente desvirtuou só um pouquinho o tópico hein?

hsahsah!

:)

Ken Himura
Veterano
# nov/12
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Desvirtuando mais um pouquinho só pra colocar um pequeno adendo ao que o makumbator disse, eu sugiro que todo músico clássico (ou que tenha pretensões com este repertório) participe de festivais de música antiga e faça as masterclasses de dança barroca, principalmente. Abre muito a cabeça sobre o período, desperta completamente uma nova visão sobre este repertório.

E ler os livros do Harnoncourt também! hehehe

Ken Himura
Veterano
# nov/12
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22222 oirartnoc oa
Com a permissão do uso de teoria, triste mesmo é ver como é tonal o serialismo.

Como assim? Disserte. A propósito, abra um tópico novo sobre isso, dá um bom papo.

Adler3x3
Veterano
# nov/12
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22222 oirartnoc oa
Saber isso : 2.2.2.2 / 2.2.0.0 / tmp /6.6.4.4.2, não faz alguém escrever música melhor.


A música já foi escrita no passado.
E serve de referência para a escrita de uma nova peça.
Outro ponto importante da configuração de uma orquestra é manter ou aproximar o máximo possível a autenticidade histórica da instrumentação de uma peça ou período.
Para os mais puristas a instrumentação deve seguir os instrumentos da época em que a peça musical foi composta respeitando e adaptando a partitura original ao seu ambiente histórico.
Por exemplo pode-se incluir um pad de um teclado na peça que até pode melhorar a sonoridade final, mas para os puristas isto descaracteriza a peça.
Assim a tradição existe para manter a integridade da peça.
Ou seja uma forma de preservar.
O Barroco por exemplo é um estilo que esta mais para a arquitetura do que para a música.
Assim quando se vai fazer a manutenção de obra de arte do período procura-se utilizar os mesmos materiais, tentar reproduzir as mesmas cores etc...
E assim na música os puristas fazem o mesmo.
Sob o ponto de vista erudito uma Suite, os Movimentos de uma Sonata seguem certas regras que variaram com o tempo.
Hoje pode-se criar peças e usar estas denominações livremente.
Mas tais peças não são consideradas eruditas.
O próprio tema erudito gerou muitos posts aqui no fórum e também não é fácil definir o que é erudito.

No debate em questão: Técnica x Música não se pode limitar a questão como se fosse os dois lados de uma mesma moeda.
O lado mais importante da moeda é o que indica o seu valor, mas o outro lado é o que garante o pagamento, ou seja o emissor da moeda.
Mas na questão da técnica e da música não é tão simples assim.
A técnica tem um conceito muito amplo.
A teoria pode até tentar explicar a música.
Mas a técnica teórica ajuda a compor a música.
É óbvio o que importa é o resultado final.
Um bom compositor pode preencher os compassos de uma música usando somente a técnica, pois a técnica indica quais notas pode usar e quais notas não deve usar, e a variação do tempo das notas dentro da dinâmica que pretende aplicar.
Pode criar uma nova harmonia baseado somente na técnica.
Sem ouvir o que esta produzindo compondo usando somente a técnica.
Não existe conflito entre técnica e música.

a técnica foi criada para explicar a música e não o inverso.
Não sei de onde você tirou esta premissa que não se sustenta.
Não se pode simplificar desta forma.
A maioria dos chavões não se sustentam.
Existem muitas outras variantes.
Aqui esta o erro que gerou toda a polêmica.
Técnica é técnica, tem técnica(s) de tocar, tem técnica(s) de instrumentação, de distribuição de instrumentos, de compor e muito mais, e o resultado final é música.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Adler3x3
a técnica foi criada para explicar a música e não o inverso

Como não se sustenta? Se a técnica não foi criada à luz da música, veio por intermédio de que? Veio para que?

Eu acho importante observar que o que nós temos na música é que a evolução técnica e teórica se dá por que um indivíduo observou através de seu sistema auditivo e pela resposta da excitação do mesmo pelo cérebro, que a explicação dada pela teoria anterior era insuficiente, daí, uma relação de causa e consequência. E utilizo o termo insuficiente por que diferente de algumas ciências, a nova teoria não vem para desbancar uma anterior mas sim para somar-se ao conhecimento.

No final o que quero dizer é que é necessária a noção da diferença de técnica para bom senso musical / necessidade de expressão.

Não é à toa que músicas puramente técnicas servem quase que somente à seu estudo, um tipo de metalinguagem.

Adler3x3
Veterano
# nov/12
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[b]22222 oirartnoc oa

É uma falsa premissa.
Ao meu ver é uma frase sem sentido.
É a minha opinião.

Adler3x3
Veterano
# nov/12
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[b]22222 oirartnoc oa


Assim a frase original:
- a técnica foi criada para explicar a música e não o inverso

Um compositor pode se dispor a fazer músicas para ensinar através de análises de composição expondo a técnica utilizada e um determinado estilo e também forma melódica, e a frase ficaria assim:
- a música foi criada para explicar a técnica.

Obviamente não colocaria "e não o inverso", pois ficaria sem sentido.

Um grande exemplo são os prelúdios de Bach, composições que foram feitas para ensinar, e muitos outros exemplos contidos nos manuais básicos (métodos) de aprendizagem musical

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12
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Sem querer apimentar mas já apimentando ;D



makumbator
Moderador
# nov/12 · Editado por: makumbator
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22222 oirartnoc oa

Mas nesse vídeo o maestro começa falando mais da técnica do gestual da regência, se referindo ao repertório de movimentos e sinais de comunicação entre o condutor e os músicos. Isso é uma coisa a parte do estudo musical para compreender e desenvolver uma visão de uma peça.

E a construção da interpretação também vem da teoria, da apreciação estética, do estudo das escolas, estilos, musicologia e também da visão particular próprio do regente em questão.

O gestual do maestro ( e há tratados só disso) não se confunde com a o estudo que o mesmo precise desenvolver para entender e desenvolver sua interpretação particular de um estilo, compositor ou peça.

Não sei se é impressão minha, mas nesse caso você está confundindo a técnica do gestual com o estudo teórico de interpretação. Se não foi isso que você quis dizer, me desculpe.

22222 oirartnoc oa
Veterano
# nov/12 · Editado por: 22222 oirartnoc oa
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makumbator

Ken Himura
Obrigado.

Acho mais importante estudar teoria e linguagem.

Saber que tal sequencia de números e pontos compõe tal formação de orquestra não tem valor na expressão musical.


Esse foi meu primeiro post com relação ao assunto desvirtuado.

Nunca disse que a técnica não é importante.

O que venho tentando mostrar é a diferença do individuo musical para o individuo técnico, são típicos por deixarem claro utilizarem cabresto mental.

O que esse condutor exemplifica é justamente o transpor à técnica.

Vale ressaltar a parte 1:40 - 2:00

Eu acredito que vale pedir também que meus posts sejam relidos sem pensar que estou travando batalha com vocês. ;D

Meu único incomodo no meio musical são os seres que não são musicais e apoiam-se na técnica para parecem músicos. E só.

Você não pode enviar mensagens, pois este tópico está fechado.
 

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