A produtividade do trabalhador brasileiro e a jornada semanal

    Autor Mensagem
    Viciado em Excel
    Membro Novato
    # 06/dez/24 19:02


    Bom, pensei que o fórum estava muito parado nesta sexta feira e resolvi trazer um assunto bacana para debate, no sentido de avançarmos cognitivamente sobre questões que se mostram emergentes.

    Recentemente, uma questão já discutida por algumas vezes no passado, jornada semanal de trabalho, voltou à tona com a apresentação de uma PEC – Proposta de Emenda Constitucional apresentada pela deputada Erika Hilton, prescrevendo uma jornada semanal de 4x3 (32 H/S), buscando, de certa forma uma tutela impositiva do estado.

    Já houve discussões aqui, no tópico destinado à política, inclusive alguns exemplificando parâmetros verificado em alguns países onde tal jornada foi experimentada, de forma espontânea por algumas empresas e dentre as quais, uma parcela resolveu seguir a nova carga horária em seus expedientes.

    Primeiro, nas nossas terras tupiniquins, eu entendo que tal discursão deva ser levada a efeito fora do campo da imposição estatal, pois o estado já deu sua contribuição ao estabelecer limites constitucionais máximos, evitando-se assim que abusos sejam cometidos.

    Nessa esteira, sou adepto de que tal processo transcorra pelas vias sindicais, ainda mais porque temos uma estrutura gigantesca de sindicatos, de cerca de 16.680 quando o segundo colocado no mundo tem apenas 172. Some se a isso o fato desses sindicatos se organizarem em centrais sindicais, o que os tornam mais fortes, pois via dessa regra, os pensamentos, objetivos e forças, se refinam e se concentram numa só bandeira, apesar de individualmente serem pulverizados.

    Segundo, que certas flexibilidades dependem muito do desenvolvimento econômico de cada país, do grau de tecnologia de sua produção. Nos países desenvolvidos a produção, além de contar com maior emprego de tecnologias, conta também com uma qualificação maior de mão de obra.

    Mas não para por aí, dentro de cada sociedade, encontramos diversos arranjos produtivos, onde há empresas com maior dependência de mão de obra, apresentando menor produtividade produto/homem, ao passo que há também outras do mesmo ramo, com maior automação, tecnologia e estrutura, com menor mão de obra, apresentando, portanto, maior produtividade produto/homem. Portanto, uma imposição linear estatal, pode gerar consequências no arranjo social e econômico, consequências estas que não temos como prevê de antemão.

    Minha intenção nessa abertura não é entrar no mérito do que foi proposto como jornada, embora aqui faça parte, mas discutirmos e compreendermos o que vem a ser a produtividade do trabalhador e, notadamente do trabalhador brasileiro. Segue uma primeira matéria sobre o tema.

    https://cqh.org.br/gestao-de-pessoas/produtividade-do-brasileiro-e-bai xa/#:~:text=Segundo%20dados%20da%20consutoria%20internacional,a%20da%2 0Noruega%2C%20por%20exemplo.

    Viciado em Excel
    Membro Novato
    # 06/dez/24 19:03
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    Bom, como a matéria bem destaca, falar da produtividade do trabalhador brasileiro, em nada tem a ver com o grau de dedicação, de disposição dos nossos trabalhadores, mas depende substancialmente da estrutura produtiva. Assim uma fábrica de um certo produto, com algo grau de automação e tecnologia, consegue ter um índice maior de produtividade per capta, ao contrário de uma altamente dependente do trabalho manual.

    Portanto, a produtividade baixa do trabalhador brasileiro está diretamente ligada ao baixo desenvolvimento de nossa estrutura produtiva, repetindo. Tradicionalmente nossa indústria é de montagem que requer baixo preparo de mão de obra. As multinacionais que operam no Brasil, sobretudo no ramo metal/mecânico, têm peças/componentes quase na totalidade fabricados fora do país onde requerem baixo emprego manual, deixando as partes que requerem maior participação operária, para o interior de nossas fronteiras.

    O índice de nacionalização de peças é muito baixo. A indústria manauara é um exemplo clássico disso. Basicamente as industrias amazonenses buscam incentivos fiscais e mão de obra de baixa qualificação. E o pior de tudo é que esses incentivos fiscais tem efeito de venderem mais barato no mercado nacional, pois quase a totalidade dos produtos lá montados são destinados ao mercado interno.

    Montadoras de veículos é outro exemplo. No passado o índice de nacionalização de peças era grande, quando existiam somente quatro montadoras. Hoje é quase nulo, com o incremento de tantas outras marcas.

    Viciado em Excel
    Membro Novato
    # 06/dez/24 19:03
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    Para arrematar, vou contar um caso real.
    Conheço uma pequena indústria de fios cirúrgicos. Ela detém em torno de 5% do mercado nacional. A maior produtora do mercado é a Johnson & Johnson que deve ocupar em torno de 75% a 80% de todo mercado brasileiro.

    A pequena indústria que conheço, tem uma parte de seu processo automatizado, tal como a usinagem de agulhas, sendo que, no passado até mesmo esse processo era realizado agulha por agulha na operação máquina/operário. Entretanto a maior parte do seu processo é manual, qual seja, encastoamento de agulhas (fixar o fio no fundo da agulha e prensar), montar os envelopes (manual/automático) e mais algumas fases do processo.

    O quadro funcional é muito grande. Inclusive escolheram uma cidade onde haviam muitas mulheres, casadas e solteiras, e pouca oferta de trabalho para esse gênero, tendo em vista que o processo industrial é quase como fazer crochê. É mais afeto a forma detalhista de trabalhar das mulheres.

    Na Johnson & Johnson todas essas fases do processo é automatizado e com emprego de alta tecnologia. Quanto a qualificação dos empregados, pode-se dizer que a maioria na Johnson & Johnson são técnicos especializados em operação de máquinas, farmacêuticos, químicos e afins. Ou seja, com uma média de qualificação muito maior e, claro, menor quadro funcional, parte que constitui uma desvantagem social.

    Pois bem, nesse cenário, lembro-me que a produtividade do empregado dessa pequena indústria, considerando produto/mão de obra, comparado a produtividade do empregado na Johnson & Johnson era algo em torno de 27%. Deve-se contar ainda, que o grau de dependência a um empregado específico na pequena indústria, ‘pode-se estimar’ que seja o inverso disso, ou seja, 73% maior que na multinacional (100% - 27% = 73%).

    Voltando à jornada de trabalho, e caso se torne obrigatório a semana 4x3 (32 H/S), a Johnson & Johnson, com um pequeno acréscimo de pessoal continuaria sua produção normal. Na pequena indústria teria que dobrar sua folha, que lá é muito grande em proporção. Somando-se a isso o fato de que esta trabalha com margem espremida, pois opera numa faixa de mercado que a multinacional ‘deixou uma sobra’, mas impõe preço competitivo. O que isso pode significar? Fechamento! Portas Arreadas!

    Sou a favor da discussão sobre jornada de trabalho, inclusive tenho simpatia pela 5x2, com possibilidade de haver 4x3, porém mediante estudo caso a caso e, como disse, que nem pode ser unicamente por seguimento econômico, mas sim por porte e grau de automação e tecnologia empregada em cada caso.

    Minha temática não é baseada em felling, como muitos costumam alegar (como se isso também não valesse nada), mas sim mostrar que nesse particular é necessário estudos prospectivos, coisa que ainda não dispomos até o presente momento. Não dá para simplesmente impor um texto constitucional, determinando linearmente jornadas, e fechar com o famoso cumpra-se.

    Black Fire
    Gato OT 2011
    # segunda às 16:50
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    Nem a pau que eu leio um texto de 1101 palavras (sim, coloquei no word).

    Viciado em Excel
    Membro Novato
    # segunda às 17:28 · Editado por: Viciado em Excel
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    Black Fire

    Aí, tu postou pra dizer isso. Deveria ter pensado: Já que não vou, não vou perder tempo indo!

    Você é a única pessoa que manda correspondência ao desprezado para dizer-lhe que o está desprezando.

    Parece múscia de corno apaixonado:

    ♪Eu quero que tire meu nome da sua agenda♪ ♪Esqueça o meu telefone não me ligue mais...♪

    Agora, pela lei das médias, aposto que tu levou pro Word, para mudar umas palavrinhas e republicar em algum grupo do Zap ou jornalzinho do meio profissional ou comunitário para passar a ideia de fodão.

    Se eu descobrir eu vou dar tanto na tua orelha que ela vai ficar vermelha igual pimentão. Kkkk

    Wild Bill Hickok
    Membro Novato
    # ontem às 06:20
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    Por mim acabava com todos os contratos e deixava somente o CLT horista

    A questão é que a produtividade depende muito de infra-estrutura, e nisso o Brasil é bem fraco. Sem perspectiva de melhora

    qew
    Veterano
    # ontem às 07:03
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    A produtividade do trabalhador brasileiro e a jornada semanal

    não li o texto todo, mas vim dizer que acho uma patifaria a ideia de querer zerar banco de horas agora final do ano aqui onde eu trabalho

    anos e anos deixando correr solto pra querer descontar horas acumuladas de uma vez do pessoal

    Viciado em Excel
    Membro Novato
    # ontem às 07:25
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    qew

    Você ganhou o troféu paraquedas.

    qew
    Veterano
    # ontem às 07:41
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    Viciado em Excel

    eu sei que o tópico foi criado com outra intenção... a de atrair seus amigos wanton e lucmac pra mais um daqueles embates sem fim

    o tema do tópico é produtividade, meu comentário foi sobre isso

    Lucmac
    Veterano
    # ontem às 10:18
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    Vocês são loucos de responder esse tópico.

    A humilhação de vê-lo morrer seria a resposta mais dura para o tanto de merda que ele escreve.

    Black Fire
    Gato OT 2011
    # ontem às 10:40
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    E a produtividade dos vikings nórdicos do século XX?

    Viciado em Excel
    Membro Novato
    # ontem às 10:59 · Editado por: Viciado em Excel
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    qew

    eu sei que o tópico foi criado com outra intenção... a de atrair seus amigos wanton e lucmac pra mais um daqueles embates sem fim

    Tem duas inverdades. Primeira que não essa a intenção. Apenas tratar do assunto num aparte diferente do tópico sobre política e de fato trazer discussão positiva sobre o tema, seus contornos e nuances envolvidas.

    Segunda, que os dois citados não são meus amigos e, sem chances de serem um dia.

    o tema do tópico é produtividade, meu comentário foi sobre isso

    Sim, apenas o desafiei a ler tudo inclusive sobre a matéria linkada. Percebi que você se interessou pelo tema. Então leia por completo. É isso!

    Para você ver, o Teru dá mostras de que utilizou o texto em algum contexto fora daqui. Se ele for daqueles gauchões fio de bigode, ele vai falar do tema e postar o link daqui. Senão...

    JJJ
    Veterano
    # ontem às 11:10
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    Alguém pede pro chatgpt resumir ai...

    Lucmac
    Veterano
    # ontem às 12:27
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    JJJ

    Sério?

    Lucmac
    Veterano
    # ontem às 12:32
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    Erros Gramaticais e Ortográficos
    "Discursão" – O correto é discussão. Esse tipo de erro ortográfico compromete a credibilidade de quem escreve.
    "Com algo grau de automação" – Deveria ser com alto grau de automação.
    "Produto/mão de obra" – O correto seria produto por mão de obra ou produtividade por trabalhador.
    "Estabelecer limites constitucionais máximos" – A frase carece de clareza. Seria mais preciso dizer estabelecer limites máximos para a jornada de trabalho na Constituição.
    Uso inadequado de vírgulas – Exemplos:
    "De forma espontânea por algumas empresas e dentre as quais, uma parcela resolveu seguir..." – A vírgula após "as quais" é desnecessária e prejudica a leitura.
    "Sou adepto de que tal processo transcorra pelas vias sindicais, ainda mais porque temos uma estrutura gigantesca de sindicatos" – O uso da vírgula torna a frase confusa.
    Problemas de Coerência e Coesão
    Conceito de "tutela impositiva do estado"

    Afirmar que a proposta da deputada Erika Hilton implica uma "tutela impositiva do estado" é subjetivo e carece de base. A proposta trata de uma reforma trabalhista e não de um controle arbitrário sobre empresas.
    "Nas nossas terras tupiniquins"

    Expressão coloquial inadequada para um debate sério. Desvaloriza o texto.
    Suposição de que sindicatos são efetivos no Brasil

    A ideia de que o grande número de sindicatos no Brasil é positivo e garante representatividade não reflete a realidade. Muitos sindicatos são inativos ou pouco representativos. Além disso, a pulverização de sindicatos não é sinônimo de força.
    Contradição quanto à "imposição estatal"

    Inicialmente critica a "imposição estatal", mas depois defende que a questão seja discutida em âmbito sindical, ignorando que sindicatos também podem influenciar a legislação e regular setores.
    Afirmações sem fontes confiáveis

    O comentário sobre "índice de nacionalização de peças" e sobre a Zona Franca de Manaus não apresenta dados concretos. Além disso, a análise do impacto econômico da PEC baseia-se em suposições pessoais.
    Exemplos Irrelevantes ou Generalizações
    Comparação entre Johnson & Johnson e uma pequena fábrica de fios cirúrgicos

    É um exemplo anedótico que, apesar de ilustrar diferenças de produtividade, não reflete o panorama geral do mercado brasileiro. A aplicação de uma jornada de 32 horas semanais não seria uniforme, considerando que diferentes setores teriam períodos de adaptação.
    Afirmação sobre "venderem mais barato no mercado nacional"

    A crítica à Zona Franca de Manaus é deslocada do tema central, que é a jornada de trabalho. Além disso, a conclusão sobre "produtos mais baratos" carece de explicação ou dados que sustentem o argumento.
    Erros Lógicos
    Correlação entre produtividade e jornada de trabalho

    O autor assume que a redução da jornada impactaria negativamente a produtividade sem levar em conta estudos recentes que mostram o contrário: jornadas reduzidas podem aumentar a eficiência, como observado em experimentos internacionais.
    "Fechamento! Portas Arreadas!"

    Essa conclusão é alarmista e desproporcional. A afirmação ignora que adaptações legislativas muitas vezes incluem períodos de transição e incentivos para pequenas empresas.
    "Sou a favor da discussão... mas"

    O autor afirma ser favorável à discussão, mas adota uma postura quase totalmente contrária à proposta, sem sugerir alternativas práticas.
    Conclusão
    O comentário carece de rigor gramatical, argumentativo e lógico. Além disso, apresenta:

    Falta de embasamento em dados concretos.
    Contradições internas.
    Excessiva confiança em anedotas e suposições pessoais.
    Uma abordagem mais profissional demandaria revisão ortográfica, organização clara das ideias e uso de fontes confiáveis para fundamentar os argumentos apresentados.

    Viciado em Excel
    Membro Novato
    # ontem às 12:45
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    Lucmac

    Estou afim de contratá-lo para me prestar acessoria (sic), topa?

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