Coisas que nunca acontecerão

Autor Mensagem
Lelo Mig
Membro
# 01/jul/24 16:07 · Editado por: Lelo Mig
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Simonhead

"é muito mais a consciência de classe do que outra coisa."

Até concordo mas, repito, acho que o discurso deles é errado e não atinge o trabalhador, não atinge ninguém de fato, além do universitário queimador de erva.

O trabalhador atual, cada dia mais autônomo, individual e longe de movimentos sindicais e categorias de classe, torce o nariz quando estes manos relativizam e passam pano prá Stalin, Coréia do Norte e Cuba. Todo mundo acha estes Países uma bosta, não é o que o povão quer.

O trabalhador quer comprar smartphone e camiseta Insider. Ele vê estes cabeludos de boné do MST e poster do Mao Tse Tung na parede ao fundo, falando um monte de coisas difíceis e pensa: Que bosta!

JJJ
Veterano
# 01/jul/24 17:39 · Editado por: JJJ
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Wanton
Lelo Mig

Esses dias vi o Pirula entrevistando um cara que se diz comunista convicto. Fala bem, se expressa direitinho, mas pqp... as ideias são tão descoladas da realidade quanto as dos maiores ancaps de chapéu de alumínio...

Eles estavam falando de segurança pública. Daí o cara diz que a única forma de resolver é reduzindo a desigualdade social. OK, até aí beleza... Todo mundo que tem 2 neurônios batendo bem sabe que o melhor antídoto contra a violência é que todos tenham uma vida digna e tal.

Mas aí o Pirula insiste, algo como "tá, mas até a gente chegar num nível de pouca desigualdade, o que pode ser feito?" (não com essas palavras, mas com essa intenção).

A resposta do sujeito: "Nada".

É daí que nasce o pobre de direita...

makumbator
Moderador
# 01/jul/24 19:22
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JJJ
Daí o cara diz que a única forma de resolver é reduzindo a desigualdade social.

A esquerda brasileira adora negar outras influências em crimes violentos para além do aspecto desigualdade social. É a mesma galera que é refratária a manter assassinos em série presos por toda a vida, pois inocentemente acreditam em recuperar um Pedrinho matador, maníaco do parque, bandido da luz vermelha, Champinha e afins.

JJJ
Veterano
# 01/jul/24 20:27
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makumbator

Complicado... Mas note-se que o cara é extrema esquerda. Acho que é Stalinista ou algo por aí.

Lelo Mig
Membro
# 01/jul/24 20:31 · Editado por: Lelo Mig
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makumbator

"A esquerda brasileira adora negar outras influências em crimes violentos para além do aspecto desigualdade social."

E dificuldade de entender o oposto: Que o trabalhador pobre e honesto têm maior objeção ao argumento "desigualdade social" do que um estudante universitário médio e também não quer ter seu celular roubado no buzão ou no trem.

Wanton
Veterano
# 01/jul/24 21:27
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JJJ
o que pode ser feito?

O que tem sido feito, que funciona muito mal. Dá para pôr câmera no uniforme da polícia, diminuir os turnos, melhorar o treinamento. Dá para deixar as ruas mais claras. Dá para melhorar os presídios, reabilitando quem deve ser reabilitado.

makumbator
Champinha

Do super trunfo bolsonarista, hein? Amam o Champinha!

Lelo Mig
Que o trabalhador pobre e honesto têm maior objeção ao argumento "desigualdade social"

É um conceito muito difícil de ser trabalhado. A escola do trabalhador pobre é ruim. Até gente estudada tem dificuldade de entender que o caráter não é a única variável desse jogo. Para a maioria, tem gente boa e gente ruim, e ponto. A maldade explica tudo. A igreja reforça isso. Ciência é só um bicho estranho que caga regras que ninguém quer ouvir: "um dia café faz bem, no outro, faz mal".

makumbator
Moderador
# 01/jul/24 21:29
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Wanton
Amam o Champinha!

Amo ele na cadeia, e pelo resto da vida.

Simonhead
Veterano
# 02/jul/24 14:16
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Lelo Mig
O trabalhador quer comprar smartphone e camiseta Insider. Ele vê estes cabeludos de boné do MST e poster do Mao Tse Tung na parede ao fundo, falando um monte de coisas difíceis e pensa: Que bosta!

Entendo o seu ponto. Os comentários de vídeos desse povo tem um quê de estarem abrindo a mente, conhecendo mais do assunto, repensando conceitos antigos e afins, tudo num viés mais de esquerda. É tipo uma luz, mas é muito pouco, mas MUITO pouco mesmo.

Simonhead
Veterano
# 02/jul/24 14:23
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JJJ
... "tá, mas até a gente chegar num nível de pouca desigualdade, o que pode ser feito?" (não com essas palavras, mas com essa intenção).

Aí é difícil. Ir nesses podcasts e não ter noção do que será perguntando e, pior, não ter uma noção do que responder, de um plano chega a ser perda de tempo - de sair de casa, de achar que vai fazer diferença ser comuna convicto, de querer se mostrar e não ter respostas.

O Wanton citou uns lances aí que seriam aceitos. É um mínimo saber algo assim, até para que a conversa não pare no 'nada' como resposta.

Difícil!!

JJJ
Veterano
# 02/jul/24 21:04
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Simonhead
de querer se mostrar e não ter respostas.

Mas ele não titubeou, não.. A resposta que ele queria dar era "nada" mesmo! Ele (e um outro lá que faz o podcast com o Pirula) acreditam REALMENTE que não dá pra fazer nada, se não for a redução da desigualdade (no caso limite, a igualdade completa).

Essas coisas que o Wanton elencou e mais as que ele não falou, tipo atos extremos como em El Salvador (que, aparentemente, estão funcionando - pelo menos por enquanto), eles acreditam que não fazem efeito nenhum!

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