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sallqantay Veterano |
# jun/14
Tá faltando inspiração, motivação, sei lá o que. A ideia seria estabelecer limites e funções para o leviatan no planejamento territorial brazileiro segundo a ótica liberal.
Só que dá maior desânimo, vou ter que fazer praticamente um curso de economia e direito, em uma parada sem aplicação prática proxima, em um horizonte político desanimador num país patrimonialista e elitista.
sei lá, maior desânimo
dissertem
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Konrad Veterano |
# jun/14
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sallqantay
Só consigo pensar em motivos para desanimá-lo.
em um horizonte político desanimador num país patrimonialista e elitista
"A única saída para o Brasil é o aeroporto"
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Konrad Veterano |
# jun/14
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sallqantay
De qualquer forma, há uma correlação não desprezível entre formação acadêmica e incremento na remuneração. Acredito ser um motivo relativamente forte para influenciar a tomada de decisão. Encare os anos de pesquisa e trabalho como pedágio para (provavelmente) ter uma vida financeiramente mais "adequada". Esqueça a relevância e impacto de seu trabalho. Ele deve ser ferramenta para obtenção de seus objetivos, não um fim em si mesmo.
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sallqantay Veterano |
# jun/14
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Konrad
Achei que você ia postar isso, mas esse problema é mundial também (e no brazil ele toma as formas bizarras do capitalismo periférico).
Também acredito ser um trabalho relevante e uma briga a comprar com os coletivistas, sei da recompensa financeira (que é um motivador, junto com as condições de trabalho)
mais isso tudo ainda me parece vazio, uma forma de vaidade, sei lá. Eu preciso de algo mais, um objetivo maior onde encaixar essa ferramenta, um horizonte
e tô sem grana para ir até katmandu buscar isso =/
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cafe_com_leite Veterano |
# jun/14
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Compra um livro de auto ajuda.
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Konrad Veterano |
# jun/14
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sallqantay
Eu passei por esse dilema e me curei com boas doses de pragmatismo. Nós vivemos um pesadelo político (centrado numa figura nova na sócio-politica: o Estado contemporâneo aliado à tecnologia da informação), e acredito que não veremos o fim desse ressurgimento em nossas lifetimes. Logo, brigar com tudo isso é exasperante, e dispender o ativo mais valioso que tenho (tempo) em uma batalha perdida seria estupidez. Optei pela auto-preservação (pontuada por momentos de deboche, escárnio e ironia)
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Wanderer on the Offensive Veterano |
# jun/14
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Vocês estão complicando coisa simples. Pegue o bagulho se for lhe render dinheiros ou algo proveitoso para a carreira. No fim das contas, ninguém lê essas coisas, mesmo. :x
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Konrad Veterano |
# jun/14
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sallqantay mas esse problema é mundial também (e no brazil ele toma as formas bizarras do capitalismo periférico)
Não. O Brasil é especial. Tome por exemplo o Chavismo. É uma política insustentável em vários aspectos, retrógrada e autoritária, com consequências sociais perversas. Mas em dez anos estará morto. E tem um ponto de início definido: a reforma constitucional.
Agora veja o Brasil: a forma é democrática, mas todo o Direito, Economia, Filosofia, são perpassados por uma filosofia coletivista sutil, imanente e por isso mesmo muito mais eficaz em sua reprodução, o fundo é idêntico ao Chavismo, mas por ter uma forma mais palatável e aparentemente de acordo com o que se tem como um Estado de Direito aceitável, ele se disfarça muito bem.
O Brasil é uma mistura de "O Processo" com "Catch-22" e "1984".
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sallqantay Veterano |
# jun/14 · Editado por: sallqantay
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Konrad
já tomei doses cavalares de pragmatismo, e nem ajo esperando nada em troca. Meu rolê é pelo conhecimento, entender o mundo tal como ele é (ou o mais próximo que conseguir disso).
acho que estou trocando a ironia pela utopia, em um movimento reverso.
sim, o caso da venezuela corre rápido para um beco sem saída, enquanto no brazil existe essa parada meio mística (e só o fato de usarmos o misticismo para explicar já mostra que tem muita coisa a ser desenterrada para expor a situação às claras)
a questão passa muito por direito, e a parada é muito cabeluda nessa área permeada de retórica e termos pedantes em latim por todos os lados (tanto que é como um compartimento estanque das demais humanidades)
mas mesmo nos países centrais o planejamento central exagerado deu em uma série de problemas que ainda não foram resolvidos e só pioram a cada dia.
Wanderer on the Offensive
isso é pouco: eu preciso de algo mais
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brunohardrocker Veterano |
# jun/14
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Eu te motivaria a fazer um projeto sobre o attwhorismo nos tempos atuais com enfoque no ateísmo de MacDonalds.
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sallqantay Veterano |
# jun/14
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brunohardrocker
isso daí já foi bem conceituado pela escola OT
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Viciado em Guarana Veterano |
# jun/14 · Editado por: Viciado em Guarana
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sallqantay O que você exatamente você está buscando com isso?
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jun/14
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Largue esta merda e dê a volta ao mundo de bicicleta mendigando, meditando e fazendo apenas uma refeição por dia.
Se for legal me avisa que eu faço também.
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makumbator Moderador
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# jun/14
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Die Kunst der Fuge Largue esta merda e dê a volta ao mundo de bicicleta mendigando, meditando e fazendo apenas uma refeição por dia.
Aí depois ele escreve um livro sobre essas aventuras, e vai a todo o circuito de lançamentos midiáticos de livros que pretendem ser best-seller e ganha uma grana.
Que tal?
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jun/14
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makumbator
Achei uma ótima idéia.
E vai ajudá-lo muito no real objetivo dele:
Meu rolê é pelo conhecimento, entender o mundo tal como ele é (ou o mais próximo que conseguir disso).
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makumbator Moderador
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# jun/14 · Editado por: makumbator
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Die Kunst der Fuge Achei uma ótima idéia.
E vai ajudá-lo muito no real objetivo dele:
Com certeza! E não é zoação não, se fizer isso e escrever um livro legal deve vender (e se o editor cavar participação no Programa do Jô, Flip, matéria no Fantástico, programas de entrevista diversos vai bombar!).
Quem sabe não descola um especial no Discovery Channel?
Ele seria uma espécie de Família Schurmann de um homem só, e na mendicância...
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# jun/14 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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makumbator Com certeza! E não é zoação não, se fizer isso e escrever um livro legal deve vender
Sem duvida deve ser uma experiência única e extremamente interessante, o foda é ter culhões pra realizá-la asuahuahua
Ele seria uma espécia de Família Schurmann de um homem só, e na mendicância...
Seria o buda cosmopolita.
A propósito, se o livro tivesse uma versão em áudio narrada pelo próprio autor, seria um sucesso de venda, pelo menos entre as mulheres.
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makumbator Moderador
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# jun/14
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Die Kunst der Fuge A propósito, se o livro tivesse uma versão em áudio narrada pelo próprio autor, seria um sucesso de venda, pelo menos entre as mulheres.
Hahsahash! E não só pelas mulheres! Se é que me entende...
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Shredder_De_Cavaquinho Veterano |
# jun/14
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aborda essa questão dentro de uma aldeia indigena na amazonia e me manda suas gravações quando voce voltar.
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sallqantay Veterano |
# jun/14
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Viciado em Guarana
também me faltam objetivos
Die Kunst der Fuge makumbator
_o_
Shredder_De_Cavaquinho
já está dentro da proposta: essa questão também envolve os índios (por serem parte do território e sujeitos ao leviatã)
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st.efferding Membro |
# jun/14
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doutorado?
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sallqantay Veterano |
# jun/14
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st.efferding
yeap
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st.efferding Membro |
# jun/14
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sallqantay
seleção para o segundo semestre de 2014 ou planejando algo mais adiante?
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sallqantay Veterano |
# jun/14
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st.efferding
seria para entrar em 2015, mas se a crise continuar eu empurro para o ano que vem. Whatever works, dude
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Joseph de Maistre Veterano |
# jun/14
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sallqantay Só que dá maior desânimo, vou ter que fazer praticamente um curso de economia e direito, em uma parada sem aplicação prática proxima, em um horizonte político desanimador num país patrimonialista e elitista.
Ok. Aqui vai uma motivação:
Eu tive que fazer um curso inteiro de direito tributário do dia para a noite para trabalhar na área em que estou hoje e precisei fazer praticamente um curso de história medieval para escrever o meu último trabalho acadêmico.
Eu diria que esses investimentos de médio e longo prazo em capital humano são um processo similar à construção de uma casa: no começo, é um trabalho sujo, incômodo e utópico, que só serve para dar dor de cabeça e parece que não vai terminar nunca. Em vários momentos, nem você mesmo mais vai acreditar no que está fazendo e frequentemente vai pensar em desistir -- nesses momentos, cada pedra que você coloca na casa é como uma facada que você leva no estômago. Mas, no final, quando você consegue colocar a última pedra e a obra está finalmente pronta e acabada, o resultado final é um colírio para os olhos.
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T. Forge Membro Novato |
# jun/14
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no começo, é um trabalho sujo, incômodo e utópico, que só serve para dar dor de cabeça e parece que não vai terminar nunca. Em vários momentos, nem você mesmo mais vai acreditar no que está fazendo e frequentemente vai pensar em desistir -- nesses momentos, cada pedra que você coloca na casa é como uma facada que você leva no estômago. Mas, no final, quando você consegue colocar a última pedra e a obra está finalmente pronta e acabada, o resultado final é um colírio para os olhos.
Que lindo!
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john s mill Membro |
# jun/14
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difícil vai ser conseguir orientador pra isso
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sallqantay Veterano |
# jun/14
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john s mill
tenho conversado com uma prof húngara que fugiu para o brazil do inferno soviético pulando a cortina de ferro em um pau de arara
o/
Joseph de Maistre
é tipo isso mesmo. O problema é que eu sofro antecipadamente, a ansiedade come solta. Eventualmente se mistura à angústia e vira uma meleca inominável.
o futuro é um problema para mim
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john s mill Membro |
# jun/14
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sallqantay
o/
então vai fundo, o desafio e a quantidade de conhecimento que você vai adquirir pra concluir isso por si só são motivadores
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Black Fire Gato OT 2011 |
# jun/14
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Nem faça, ninguém lê trabalho acadêmico brasileiro, só outros brasileiros quando produzem outros trabalhos acadêmicos que ninguém vai ler.
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