As 10 melhores técnicas de estudo segundo a ciência.

    Autor Mensagem
    Sikander
    Membro
    # ago/13 · Editado por: Sikander


    E aí, pessoal?

    O texto a seguir, embora grande, pode até ser útil para vestibulandos e concursandos quanto às técnicas de estudos. A fonte original de todo o estudo é a revista Psychological Science que pode ser vista nos links abaixo:

    Fonte em português: http://mude.nu/estudo-10-melhores-formas/
    Fonte original em inglês: http://bigthink.com/neurobonkers/assessing-the-evidence-for-the-one-th ing-you-never-get-taught-in-school-how-to-learn

    O texto abaixo fala apenas de forma sintética sobre as conclusões do estudo.

    "Um estudo recentemente publicado em janeiro de 2013 na revista científica Psychological Science in the Public Interest avaliou dez técnicas comuns de aprendizagem para classificar quais possuem de fato a melhor utilidade.

    Técnicas bastante populares no Brasil, como resumir, grifar, utilizar mnemônicos, visualizar imagens para apreensão de textos e reler conteúdos foram classificadas como as de utilidade mais baixa.

    Três práticas foram encaradas como de utilidade moderada: interrogação elaborativa, auto-explicação e estudo intercalado.

    E as duas que obtiveram o mais alto grau de utilidade na aprendizagem foram as técnicas de teste prático e prática distribuída.

    É a ciência desaprovando boa parte do meu método de estudo, muito baseado em resumos, grifos, mnemônicos e mapas mentais. Por outro lado, foi confirmada a impressão que eu tinha de que a realização de exercícios em doses cavalares era extremamente efetiva para o estudo para concursos públicos.

    Lembre-se de que o ranking reflete os resultados do estudo, porém cada pessoa tem o seu estilo de estudo e nada está escrito em pedra. Dito isto, falemos agora sobre as dez técnicas, das piores para as melhores.

    Grifar (utilidade: baixa)

    Tão fácil quanto ineficiente.

    Prepara-se para dar um descanso ao seu grifador amarelo. O estudo aponta que a técnica de apenas grifar partes importantes de um texto é pouco efetiva pelos mesmos motivos pelos quais é tão popular: praticamente não requer esforço.

    Ao fazer um grifo, seu cérebro não está organizando, criando ou conectando conhecimentos. Então, grifar só pode ter alguma (pouca) utilidade quando combinada com outras técnicas.

    Releitura (utilidade: baixa)

    Deixa eu ler pela quinta vez…

    Reler um conteúdo, em regra, é menos efetivo do que as demais técnicas apresentadas. O estudo, no entanto, mostrou que determinados tipos de leitura (massive rereading) podem ser melhores do que resumos ou grifos, se aplicados no mesmo período de tempo. A dica é reler imediatamente depois de ler, por diversas vezes.

    Mnemônicos (utilidade: baixa)

    Segundo o dicionário Houaiss, mnemônico é algo relativo à memória; que serve para desenvolver a memória e facilitar a memorização (diz-se de técnica, exercício etc.); fácil de ser lembrado; de fácil memorização.

    Em apostilas e sites de concursos públicos, é muito comum ver o uso de mnemônicos com as primeiras letras ou sílabas, como SoCiDiVaPlu para decorar os fundamentos da República Federativa do Brasil (artigo 1º da Constituição).

    O estudo da Psychological Science in the Public Interest mostrou que os mnemônicos só são efetivos quando as palavras-chaves são importantes e quando o material estudado inclui palavras-chaves fáceis de memorizar.

    Assuntos que não se adaptam bem a geração de palavras-chaves não conseguiram ser bem aprendidos com o uso de mnemônicos. Então, utilize-os em casos específicos e pouco tempo antes de teste.

    Visualização (utilidade: baixa)

    Exemplo de mapa mental.

    Os pesquisadores pediram que estudantes imaginassem figuras enquanto liam textos. O resultado positivo foi apenas em relação a memorização de frases. Em relação a textos mais longos, a técnica mostrou-se pouco efetiva.

    Surpreendentemente (ao menos para mim), a transformação das imagens mentais em desenhos também não demonstrou aumentar a aprendizagem e ainda trouxe o inconveniente de limitar os benefícios da imaginação.

    Isso não invalida completamente o uso de mapas mentais para estudos, já que esses consistem além de desenho a conexão de ideias e conceitos.

    De qualquer maneira, o resultado do estudo é que a visualização não é uma técnica efetiva para provas que exijam conhecimentos inferidos de textos.

    Resumos (utilidade: baixa)

    Vou resumir para você.

    Resumir os pontos mais importantes de um texto com as principais ideias sempre foi uma técnica quase intuitiva de aprendizagem.

    O estudo mostrou que os resumos são úteis para provas escritas, mas não para provas objetivas.

    Embora tenha sido classificado como de utilidade baixa, a técnica de resumir ainda é mais útil do que grifar e reler textos. O paper diz que a técnica pode ser uma estratégia efetiva para estudantes que já são hábeis em produzir resumos.

    Interrogação elaborativa (utilidade: moderada)

    Por que é que a vida é assim?

    A técnica de interrogação elaborativa consiste em criar explicações que justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros.

    O estudante devem concentrar-se em perguntas do tipo Por quê? em vez de O quê?.

    Seguindo o exemplo que demos pouco antes, em vez de decorar um mnemônico como SoCiDiVaPlu, o ideal seria perguntar-se por que o Brasil adota a dignidade da pessoa humana como fundamento da República? E buscar a resposta na origem do estado democrático de Direito e na adoção do princípio da dignidade da pessoa humana pelas principais democracias ocidentais após a Revolução Francesa.

    Note que esse tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas origens.

    Falando especificamente de concursos públicos, a interrogação elaborativa é um grande diferencial na hora de responder redações e questões discursivas.

    Auto-explicação (utilidade: moderada)

    A auto-explicação mostrou-se ser uma técnica útil para aprendizagem de conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo.

    O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.

    Estudo intercalado (utilidade: moderada)

    O estudo intercalado é o que chamamos de rotação de matérias em posts anteriores.

    A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória.

    Os cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas).

    O principal benefício da intercalação, como já havíamos observado, é fazer com que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando.

    Teste prático (utilidade: alta)

    Simular é o melhor caminho.

    Realizar testes práticos sobre o que você está estudando é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. A pesquisa científica mostrou que realizar testes práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas.

    No caso específico de concursos públicos, a recomendação é fazer toneladas de exercícios de provas anteriores. Não apenas do cargo para o qual você está estudando, mas qualquer tipo de questão que encontrar pela frente.

    Prática distribuída (utilidade: alta)

    Vou rever o conteúdo a cada 15 dias.

    A prática distribuída consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só (a.k.a. na véspera da prova).

    Pesquisas mostram que o tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo por cinco anos, você deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses. Se quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.

    A prática distribuída também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.

    Essa é exatamente a teoria de Tony Schwartz aplicada em técnicas de timebox como a Pomodoro Technique."

    Bem, e vocês? Quais são suas técnicas?

    Dissertem.

    Pedro_Borges
    Veterano
    # ago/13 · Editado por: Pedro_Borges
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    Auto explicação e teste prático eu sempre utilizei mesmo sem saber se era uma técnica e sempre foram muito eficientes. Na auto explicação você imagina cenários e tenta decifrar. No teste prático você cria situações-problemas e busca a solução.

    Acho que ambas permitem que você ultrapasse o nível de apenas "entender" e avançam para "compreender" e "saber como fazer". No primeiro nível você está apenas preparado para responder questões objetivas. A partir do segundo e principalmente no terceiro, você poderá ser efetivo em questões subjetivas.

    Isso tratando-se de concursos. Em termos de preparação para a vida profissional, o primeiro nível "entender" não tem utilidade técnica. Apenas conceitual em nível de supervisão.

    Pedro_Borges
    Veterano
    # ago/13 · Editado por: Pedro_Borges
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    Double post

    som
    Veterano
    # ago/13
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    Prática distribuída (utilidade: alta)

    Vou rever o conteúdo a cada 15 dias.

    A prática distribuída consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só (a.k.a. na véspera da prova).

    Pesquisas mostram que o tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo por cinco anos, você deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses. Se quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.

    A prática distribuída também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.


    http://en.wikipedia.org/wiki/Spaced_repetition

    http://ankisrs.net/

    Já comentei sobre isso no OT: http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/276695/

    Juh_Cruz
    Veterano
    # ago/13
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    interessante... o q eu + uso é grifar, releitura, resumo.. todos utilidade baixa.. bom saber disso :-)

    O sacerdote dos templos de Syrinx
    Veterano
    # ago/13
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    Bem, e vocês? Quais são suas técnicas?

    Ler o resumo e utilizar da minha incrível e sobrenatural capacidade de enrolar.

    Em questões objetivas, me ferro.

    Sikander
    Membro
    # ago/13
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    Juh_Cruz

    Eu também usava muito essas aí. No fundo eu sabia que não eram suficientes... (:

    som

    Parece ser interessante. É um revisão sistemática.

    MenteSuja
    Membro
    # ago/13
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    Sempre me utilizei da auto-explicação e do estudo intercalado, até agora está dando certo. =)

    GuitarHouse
    Veterano
    # ago/13
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    Eu discordo da ideia do grifo porque, ao menos para mim, ela não é utilizada sozinha.

    Não grifo para a primeira leitura. Grifo para releitura e memória visual ao procurar alguma coisa importante com facilidade...

    O sacerdote dos templos de Syrinx
    Veterano
    # ago/13
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    Grifo para releitura e memória visual ao procurar alguma coisa importante com facilidade...

    Passei minha vida toda achando que essa era a única finalidade. Até agora.

    BokuWa
    Veterano
    # ago/13
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    Não uso nenhuma delas... Nem copiar eu copio.

    CindyFerrari
    Veterano
    # ago/13
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    Auto-explicação (utilidade: moderada)
    Uso bastante essa.

    john s mill
    Membro
    # ago/13
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    uso muito mapa mental e teste prático.

    Insufferable Bear
    Membro
    # ago/13
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    Isso não deveria ser meio óbvio?
    Quero dizer, nem por ser senso comum ou qualquer coisa, porque não é. Mas porque você deveria ter experimentado diversas coisas e descobrido quais são as que funcionam melhor para você, e daí faria sentido ter uma concordância com esse estudo, não?
    O estudo é útil como pesquisa, mas se você esperou ele ser realizado para descobrir o que funciona você não é muito inteligente e não é à toa que reprova toda hora.

    Sikander
    Membro
    # ago/13
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    Insufferable Bear
    ?

    amador_ssa
    Veterano
    # ago/13
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    Sikander

    Vlw plo tópico útil. Minha opinião amadora now:

    Grifar (utilidade: baixa)
    Ja me acostumei a fazer isso, me policiava pra não fazer nos livros da biblioteca. Faço como o GuitarHouse e pra mim é realmente útil.

    Releitura (utilidade: baixa)[/i]
    A releitura é importante, senão o cérebro descarta o que ja viu. Veja a contradição [i]Prática distribuída (utilidade: alta)
    . Seria a Prática distribuída uma releitura estratégica? hahaha o importante é a qualidade da leitura.

    Mnemônicos (utilidade: baixa)
    Eu achava essa técnica o máximo. Até perceber (agora) que ela só serve pra lembrar de uma ou pouquíssimas palavras e em aguns casos não seja eficiente. Tinha feito com os fundamentos da República pensando em CSDVP. Demorei muito ao lembrar e o V não lembro direito, acho que é valorização do trabalho e incentivo a iniciativa sei lá o que

    Visualização (utilidade: baixa)
    Nunca tentei essa, acho que não obteria um bom resultado.

    Resumos (utilidade: baixa)
    O resumo foi bem útil para mim. Graças aos resumos que o prof de economia passou de muitas páginas pude entender alguma coisa. Foram bem úteis. Claro que alguns detalhes escapam dos resumos, mas o resumo combinado com a Interrogação elaborativa (utilidade: moderada) seria eficiente.

    Interrogação elaborativa (utilidade: moderada)
    Essa sim é útil, principalmente para estudo de matérias exatas. Agora casos que é assim pq é assim, temos que aceitar, pois na prova objetiva passa quem marcar a bolinha no lugar certo. Por tanto nelas temos que usar viseiras rsrs

    Auto-explicação (utilidade: moderada)
    Muito boa também. Mas isso não seria um Resumos (utilidade: baixa)?? Relmente é bom, apenas se atentar aos "termos insubstituíveis"

    Estudo intercalado (utilidade: moderada)
    No fundo todos que estudam fazem isso, sem muita técnica mas fazem, quem não sabe que precisa ver o conteúdo várias vezes? Eu não fazia a longo prazo, mas sim a curto. Isso não seria a Releitura (utilidade: baixa) sofisticada???

    Teste prático (utilidade: alta)
    Muito importante. Não dava valor pra isso pois pensava que quem souber o assunto responderia quase tudo sem problemas. Serve como um atalho pra seguir, só não a acho mais importante do que a teoria como alguns prof e alunos pregam. Não adianta saber aquela questão se não souber a teoria,pois a nova prova não será igual, apenas parecida. Engraçado que depois que fiz isso uma só vez passei em 8º lugar numa Universidade Pública e em 2º pra curso técnico no IF (sem cursinho). Realmente é bom. Só faço uma ressalva quanto aNo caso específico de concursos públicos, a recomendação é fazer toneladas de exercícios de provas anteriores. Não apenas do cargo para o qual você está estudando, mas qualquer tipo de questão que encontrar pela frente.. quem é concurseiro sabe que não é assim que a banda toca.

    Não existe melhor técnica pra estudo. Cada um se identifica e se da melhor com algumas que podem ser impraticantes para outros.
    Ninguém vai ler, mas ja que escrevi lá vai

    amador_ssa
    Veterano
    # ago/13
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    BokuWa

    Não uso nenhuma delas... Nem copiar eu copio.

    Então deve colar que é uma beleza hsuahsuahua

    Sikander
    Membro
    # ago/13
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    amador_ssa

    Li sim, champz.

    Até que resumo funcionava bastante pra mim, porém é muito demorado para se fazer e, como você disse, os detalhes ficam perdidos.
    Auto-explicação é uma boa, principalmente quando estudo cai no tédio.
    Releitura pra mim era uma revisão rsrs...

    amador_ssa
    Veterano
    # ago/13
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    Sikander

    Flw man, é isso aew. Passei pra dar um salve pra ti, afinal vc leu aquilo tudo que postei, seria uma falta de educação não ler seu post (bem menor) ashuhsuhausha Bons Estudos aew

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