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landlord
Veterano |
# abr/13
À disposição dos 120 moradores da ilha norueguesa de Bastoy, há quadra de tênis, campo de futebol, saunas, câmara de bronzeamento artificial, sala de cinema, estúdio musical e uma biblioteca. Os quartos são mobiliados e equipados com TV a cabo. O trabalho na fazenda, na colheita, na lavanderia, na balsa ou na pesca rende cerca de 57 coroas norueguesas (ou 20 reais) por dia para cada um. Ao contrário do que se imagina, no presídio com a menor taxa de reincidência da Europa não há celas, armas, cassetetes ou câmeras de monitoramento; apenas uma regra: nada de álcool, drogas e violência.
Bastoy é um dos únicos quatro presídios de baixa-segurança do mundo. Na ilha, os apenados — que durante as noites têm apenas cinco guardas para vigiá-los — fazem tudo do que a criminologia moderna os privou. Os ex-assassinos, ex-ladrões e ex-traficantes trabalham, estudam, se divertem, se exercitam e tomam sol. Aqui, o prefixo “ex” não é por mera generosidade, e sim pela baixíssima taxa de reincidência criminal. Apenas 16% dos que cumpriram pena em Bastoy voltam ao crime; no Brasil, o índice supera os 70%. O êxito do “corretivo” aplicado na ilha já faz com que a Noruega pense em expandir o modelo, iniciativa que causa arrepios nos penalistas mais rígidos e revanchistas.
“Bastoy faz exatamente o oposto dos presídios convencionais, onde os presos são trancafiados sem qualquer tipo de responsabilidade pessoal, alimentados e tratados como animais”, diz o diretor da prisão. No cargo desde 2007, o psicoterapeuta (especializado na escola da Gestalt) Arne Nilsen já trabalhou em presídios ingleses e passou mais de dez anos no Ministério da Justiça norueguês antes de mudar-se para a ilha. Para ele, é preciso olhar as punições com um sentimento menos vingativo e repressor. “Privar uma pessoa da sua liberdade por um certo período já é um castigo suficiente em si, sem que seja necessário precarizar as condições do presídio”, disse Nilsen, ao jornal inglês The Daily Mail.
Ao contrário dos modelos mais rígidos, o sistema penal norueguês não prevê nem pena de morte nem prisão perpétua, e o tempo máximo que um cidadão pode passar na cadeia é de 21 anos (no Brasil, são 30). Assim, a sociedade norueguesa é obrigada a se conformar com o fato de que a maioria dos prisioneiros, por mais hediondos que tenham sido seus crimes, vai ser libertada mais dia, menos dia.
Além de exercitar a convivência social dos condenados, as tarefas de trabalho também ajudam a gerir o modelo de negócios da ilha. “Bastoy é na verdade a prisão mais barata da Noruega”, defende Nilsen. Com a força de trabalho dos presos, Bastoy precisa contratar menos funcionários e ainda assim consegue produzir parte da sua comida e do seu combustível. Para ajudar a fechar as contas, medidas “sustentáveis” como o uso de energia solar e restrição da circulação de automóveis diminuem os custos.
Bjorn Andersen é um sociólogo e pesquisador de 52 anos que chegou a Bastoy após passar três anos em um presídio comum, condenado por tentativa de homicídio. Casado há mais de duas décadas e pai de cinco filhos, Andersen agrediu a esposa, após ouvir que ela havia comprado um apartamento e estava para fazer a mudança. “Eu surtei e a ataquei”, diz ele, balançando a cabeça.
De segunda a sexta-feira, Andersen é responsável por acordar tomar café e embalar o seu almoço, antes das 8h30, horário em que entra no trabalho. Como os presos, ele é liberado às 14h30 e o “jantar” é servido logo em seguida. A partir daí, todos têm até as 23h para fazer o que bem entenderem. Andersen aproveita para terminar a dissertação que estava concluindo antes de ser preso.
Entre os 70 funcionários (35 guardas) que compõem a equipe, Bastoy oferece aos presos enfermeira, dentista, fisioterapeuta e uma creche para crianças. Pelo menos uma vez por semana, todos podem receber uma visita de até três horas. “Encontros íntimos” também são permitidos e prisioneiros com filhos pequenos podem passar um dia inteiro com suas namoradas e companheiras.
As restrições ao álcool, às drogas e às condutas violentas são claras e inflexíveis. Se alguém quebrar as regras, Bastoy conta com duas celas escondidas e fechadas, com portas de ferro e sem janela especialmente para os infratores aguardarem a transferência de volta para os presídios comuns. Segundo um dos presos, já faz mais de dois anos desde que foi habitada pela última vez, quando um dos condenados foi pego com bebida no quarto.
Fonte
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landlord
Veterano |
# abr/13 · Editado por: landlord
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Lembrando que os países do norte da Europa são os que melhor aplicam o conceito de social democracia, no Brasil infelizmente seguido tortamente pelo PSDB.
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GuitarHouse
Veterano |
# abr/13
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O "fato social" dos países nórdicos é completamente diferente.
As leis brasileiras são de "país avançado", mas aqui a sociedade tem seus conceitos deteriorados.
O sistema penal do Br é lindo no papel, mas não pode ser aplicado aqui. Ele é típico de sociedades avançadas em consciência e reabilitação.
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Viciado em Guarana
Veterano |
# abr/13
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Caramba, a Noruega é incrível!
De "vikings machos pacaraleo" acabaram se tornando o país mais ingênuo do mundo.
Fabuloso!
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GuitarHouse
Veterano |
# abr/13 · Editado por: GuitarHouse
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Sem contar que a Noruega é campeã no IDH, também com a menor pobreza. PIB per capta de lá é 10x maior que aqui. Lá os impostos são distribuidos. Bem estar social funciona.
Para nós, esse presídio é um luxo que poucos lugares pagos no BR têm. Porém, para eles, é um lugar bom, nada chocante. O problema é nosso choque cultural.
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Jack Kerouac...
Veterano |
# abr/13 · Editado por: Jack Kerouac...
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http://en.wikipedia.org/wiki/King_of_Devil%27s_Island#Historical_Backg round
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Les Guitar
Veterano |
# abr/13
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Viciado em Guarana
De "vikings machos pacaraleo" acabaram se tornando o país mais ingênuo do mundo.
Apenas 16% dos que cumpriram pena em Bastoy voltam ao crime; no Brasil, o índice supera os 70%.
Ingênuos somos nós.
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CindyFerrari
Veterano |
# abr/13
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cê tá chamando a gente pra cometer um crime e ficar preso lá, é isso mesmo, produção??
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john s mill
Membro |
# abr/13
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Se de fato custa menos e a taxa de reabilitação é maior, é uma ideia bem válida.
Só que o que é aplicável em um contexto na maior parte das vezes não é replicável em outro, não dá pra simplesmente achar lindo e começar a adotar no Brasil, por exemplo.
Antes disso acontecer, muita coisa tem que mudar. E mudanças culturais são as mais complicadas.
Agora não dá pra validar uma social democracia tendo um presídio como exemplo, ela é um dos principais fatores pelo qual a Eurásia tá na merda (tirando poucos países)
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Black Fire
Gato OT 2011 |
# abr/13
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ex-assassinos
E ainda promove ressurreições.
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landlord
Veterano |
# abr/13
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Agora não dá pra validar uma social democracia tendo um presídio como exemplo
Comentei sobre isso só para causar com a tucanada...rsrs
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-Dan
Veterano
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# abr/13
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Tem vestibular pra entrar lá? Como faz?
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-Dan
Veterano
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# abr/13
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ex-assassinos
E ainda promove ressurreições.
auhuadhuahudahad
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brunohardrocker
Veterano |
# abr/13
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Um presidio de luxo desses por aqui, os Direitos Humanos iriam adorar.
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Die Kunst der Fuge
Veterano |
# abr/13
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Pff, duvido que os garçons de lá ganhem tão bem quanto os nossos, em comparação com outras profissões:
http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/303744/
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Mensonstratosx
Veterano |
# abr/13
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true story
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Dylan Thomas
Veterano |
# abr/13
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Exato, achar que isso funcionaria da mesma forma no Brasil é tão surreal quanto ignorar o absurdo que é a implantação do comunismo na prática.
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fgr
Veterano |
# abr/13
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Somos tão retardados que ideias absurdas soam absurdas!
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mvrasseli
Veterano
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# abr/13
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Os presídios no Brasil deveriam ser como esse se a verba para presídios não fosse desviada.
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DrZaius
Veterano |
# abr/13
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Se algum dia um vida louca matar a mãe de um esquerdinha só pra ver cair, quero vê-lo defendendo prisão com sauna e caviar pro delinqüente.
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landlord
Veterano |
# abr/13
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Se algum dia um vida louca matar a mãe de um esquerdinha só pra ver cair, quero vê-lo defendendo prisão com sauna e caviar pro delinqüente.
Só acho que um direitista tem que ser coerente e ser contra religião, uma vez que esta prega o perdão.
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