Moço, é aqui que tiro a minha licença poética?

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brunohardrocker
Veterano
# jul/12
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dibass
só um detalhe que vale lembrar, metade dos músicos Jazzistas brasileiros que o povo idolatra está ganhando o pão de cada dia lá no sertanejo, axé e forró.

Exato, vejo isso acontecer até mesmo na cena mais regional e desconhecida da grande mídia também. Como um amigo que tem muita estrada na guitarra que acompanha/acompanhava um grupo que toca bailes.

Scrutinizer
Veterano
# jul/12
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O que tem a ver a "idéia de educação que eu pareço ter" com o uso de licenças poéticas de forma atrativa, interessante, agradável, inteligível, enriquecedora?
Tem TUDO a ver. A sua ideia de "uso de licenças poéticas de forma atrativa, interessante, agradável, inteligível, enriquecedora" foram definidas pela sua educação, pela sua cultura. Para músicos europeus no século XV a ideia de música boa era uma, para você, hoje, um exemplo é Rush.
Uma escola e seus professores ensinam uma pessoa a escrever de um jeito, aí vem um novo autor e escreve "There was nothing really as glorious as a good beer shi - I mean after drinking twenty or twenty-five beers the night before. The odor of a beer shit like that spread all around and stayed for a good hour-and-a-half. It made you realize that you were really alive.".
O que critico é a sua vontade de definir limites dentro da arte e sua insistência em ignorar toda sua história e todos os motivos que provam que isso é um exercício estúpido. Não tem nada a ver com ataques pessoais.

snowwhite
Veterano
# jul/12
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Scrutinizer
Tem TUDO a ver. A sua ideia de "uso de licenças poéticas de forma atrativa, interessante, agradável, inteligível, enriquecedora" foram definidas pela sua educação, pela sua cultura. Para músicos europeus no século XV a ideia de música boa era uma, para você, hoje, um exemplo é Rush.
Uma escola e seus professores ensinam uma pessoa a escrever de um jeito, aí vem um novo autor e escreve "There was nothing really as glorious as a good beer shi - I mean after drinking twenty or twenty-five beers the night before. The odor of a beer shit like that spread all around and stayed for a good hour-and-a-half. It made you realize that you were really alive.".
O que critico é a sua vontade de definir limites dentro da arte e sua insistência em ignorar toda sua história e todos os motivos que provam que isso é um exercício estúpido. Não tem nada a ver com ataques pessoais.


Mas tudo isto é um preconceito que você tem comigo. Você acha que sou assim e me rotulou como uma pessoa que sempre pensa assim e sobre tudo, o que está longe de ser verdade.
Quanto a definir o que é bom ou ruim dentro dos meus limites ou meu gosto pessoal, isto é naturalmente o que todo mundo faz a respeito de pareceres pessoais sobre tudo no mundo. Somos o que somos e não outra coisa. Qual a estranheza? Quando vou a um museu e já fui á muitos na vida mundo afora, as coisas que vejo lá são interiorizadas e compreendidas, decodificadas e bate ou não com meu gosto pessoal ( que é algo absolutamente subjetivo e moldável). Não sou um robô, sou um ser humano. Você tá equivocado a meu respeito.

Scrutinizer
Veterano
# jul/12
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snowwhite
Mas se você sabe que é algo pessoal, por que você não age como se soubesse? Porque é essa a impressão que dá. E mesmo que eu tenha meus preconceitos eu procuro não me deixar levar por eles, o que não é fácil, e acabo falando muita merda por isso, mas eu procuro sempre ter em mente que tudo é arte e tudo pode ser apreciado, mesmo que eu não seja capaz. É meio como controlar seus instintos, sabe, aquela vontade de arrancar o saco do Mosca_Volante com as próprias mãos, essas coisas...

snowwhite
Veterano
# jul/12
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Scrutinizer
Mas se você sabe que é algo pessoal, por que você não age como se soubesse? Porque é essa a impressão que dá. E mesmo que eu tenha meus preconceitos eu procuro não me deixar levar por eles, o que não é fácil, e acabo falando muita merda por isso, mas eu procuro sempre ter em mente que tudo é arte e tudo pode ser apreciado, mesmo que eu não seja capaz. É meio como controlar seus instintos, sabe, aquela vontade de arrancar o saco do Mosca_Volante com as próprias mãos, essas coisas...

O fato de eu entender que é algo pessoal não significa que eu não possa exercer meu direito à expressão sobre o que acho do que os outros apreciam ou não. Os valores são diversos e todo mundo critica todo mundo e todas as coisas. Mais uma prova que eu sou humana e estou sempre questionando, comparando e reciclando. Acabei de contar que acho Michel Teló uma porcaria popular que eu jamais compraria disco ou iria a show. Mas se vou numa festa e toca a droga lá eu sou a primeira a dançar aquilo porque é divertido. Mas continuo achando uma porcaria. Não sou linear e acho que ninguém é totalmente coerente com tudo, embora haja diferenças entre as culturas, entre os grupos e entre os indivíduos que os fazem se assemelhar mais a uns do que a outros. e eu não tenho obrigação de gostar de tudo.
Isto nada tem a ver com impulso de dar porrada em ninguém. Quando eu te falo que noise não é música, é porque no meu universo sensorial aquilo não tem um significado musical tal qual eu reconheço, não me dá prazer e nem vontade de repetir como acontece com o que eu considero música. Isto não representa que eu não goste de ti como pessoa ou que gostaria de te mandar ouvir estas coisas em outra dimensão.

Scrutinizer
Veterano
# jul/12
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snowwhite
Mas quando você fala assim fica muito complicado de dizer se o que você está dizendo é para ser considerado como um argumento baseado em fatos e construído por lógica ou se é simplesmente uma opinião subjetiva.
Isso me deixa confuso.

snowwhite
Veterano
# jul/12
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Scrutinizer
Mas quando você fala assim fica muito complicado de dizer se o que você está dizendo é para ser considerado como um argumento baseado em fatos e construído por lógica ou se é simplesmente uma opinião subjetiva.
Isso me deixa confuso.


Nem tudo na vida é avaliado segundo alguma lógica. Muitas coisas são apenas subjetividade. Algumas nos acompanham pelo resto da vida e outras vão mutando Em momentos misturamos observação externa de universos variados ( alguns são de comum acesso e outros são particulares) e traçamos paralelos com o que guardamos em nossa bagagem pessoal. Assim, emitimos nosso parecer pessoal e vamos indo.
Para outros assuntos, é necessário tentar minimizar influências emocionais e pessoais e se pautar pela razão, pelos dados e pelos fatos. Mas até isto pode ser questionado nos tribunais, se for o caso.

elyts
Veterano
# jul/12 · Editado por: elyts
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snowwhite
Óbvio que não. Cada um com seu senso estético e gosto. Mas algumas coisas são de mau gosto ao senso comum.


Oque seria mau gosto e senso comum? isso são coisas que são "diferentes demais" para você gostar. Os portugueses nunca provavelmente achariam o modo de se vestir do índios bonito e nem os indios olhariam de boa forma para as roupas portuguesas

EDIT: Ja foi descutido isso, nem vi...

snowwhite
Veterano
# jul/12 · Editado por: snowwhite
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elyts
Oque seria mau gosto e senso comum? isso são coisas que são "diferentes demais" para você gostar. Os portugueses nunca provavelmente achariam o modo de se vestir do índios bonito e nem os indios olhariam de boa forma para as roupas portuguesas

Sim é tudo relativo ao grupo, cultura com os quais você se identifica e através dos quais você consegue mais ou menos se definir socialmente.
Quando eu digo que acho mais bonito mulher loira do que morena, há duas coisas ( pra mim ) envolvidas nesta afirmação:
1. Se eu sou loira e me gosto assim, acabo me identificando com as loiras e o ciclo estético se auto justifica nesta comparação.
2. Se eu sou loira e preferiria ser morena, é possível que ache as morenas mais bonitas e vice-versa.

As razões para eu preferir uma coisa à outra pode passar por uma valoração absolutamente subjetiva.
Eu costumo dizer que embora meu corpo seja de um jeito determinado, há traços em mim que não correspondem ao que meu espírito pede. E outros traços correspondem totalmente. É engraçado isto.

Quanto à estranheza, eu acho que é assim mesmo que vc falou. Tem coisas muito diferentes e a gente custa a absorver ou gostar. Pode ser que odeie.

QUARESMA
Veterano
# jul/12
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como é bom chegar ao final de um tópico ignorando toda a caralhada que foi dita pra falar isso...licença poética é tudo que for intencional, pronto.

Benva
Veterano
# jul/12
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^
E eu achando que alguém falaria isso no primeiro comentário. Sempre que a snowwhite comenta tem discussão. =P

The Laughing Madcap
Veterano
# jul/12
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E é verdade que com ela posso escrever qualquer coisa de qualquer jeito e me dizer artista?

ninguém te impede de fazer isto


além do mais, por que deveríamos obedecer as regras impostas por um bando de velhacos?

ao inferno, escrevo como kiser, ta sert0?

snowwhite
Veterano
# jul/12
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QUARESMA
como é bom chegar ao final de um tópico ignorando toda a caralhada que foi dita pra falar isso...licença poética é tudo que for intencional, pronto.


E como o outro lado vai ter certeza de que foi intencional? A discussão do tópico é se a gente pode sair escrevendo de qualquer jeito e alegar licença poética.
Como toda mensagem, precisa ser emitida e entendida. Nem todos têm capacidade de perceber do que se trata e nem todos sabem usar de forma a se fazer entendido. A prova disto foi o que eu contei a respeito da expressão que usei numa redação na escola. Embora tenha sido intencional, quem leu não entendeu como tal. Se aquilo poderia ter sido facilmente aceito como licença por alguém com um pouco mais de boa vontade e não foi, imagina sair escrevendo qualquer coisa querendo que seja aceito como tal.

Benva
Veterano
# jul/12
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Tem que ser intencional, mas tem que se adequar ao contexto. De nada adianta se não for entendida. A mensagem tem que funcionar nas duas partes, tanto na emissão como na recepção/decodificação.

snowwhite
Veterano
# jul/12
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Benva
Tem que ser intencional, mas tem que se adequar ao contexto. De nada adianta se não for entendida. A mensagem tem que funcionar nas duas partes, tanto na emissão como na recepção/decodificação.


É isto.

One More Red Nightmare
Veterano
# jul/12
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O problema é teorizar as coisas tomando por premissas suas próprias definições subjetivas. Concordo com o Gui, matou a pau.

Atom Heart Mother
Veterano
# jul/12
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