Sobre aquela questão dos 1% que exploram os 99%.

Autor Mensagem
DrZaius
Veterano
# jul/12
· votar


Mesmo estando na maioria certo, é uma bosta de texto. Será que a sociedade escravocrata se mantinha na base da "opinião pública"?

QUARESMA
Veterano
# jul/12
· votar


snowwhite
Também me sinto explorada pela classe de políticos que estes 99% elegem para me ferrar.


cafe_com_leite
Veterano
# jul/12
· votar


eu não entendo nada que esses caras falam, pra mim esse texto e outro ali é tudo grego, não xingando vocês que entendem mas me xingando que não sei porra nenhuma dessa vida

snowwhite
Veterano
# jul/12
· votar


DrZaius
Será que a sociedade escravocrata se mantinha na base da "opinião pública"?

Eu acredito que seja uma opinião pública criada a partir de um certo senso comum míope a respeito da própria trajetória. Comum.

Joseph de Maistre
Veterano
# jul/12 · Editado por: Joseph de Maistre
· votar


-Dan
Sabia que existia tesão entre o Joseph de Maistre eo Tambourine

O tambourine é o único pós-moderno que eu conheço que consegue falar coisas absurdas e ainda fazer você achar engraçado, ao invés de ficar puto e indignado com a ladainha irracionalista do sujeito.

Joseph de Maistre
Veterano
# jul/12 · Editado por: Joseph de Maistre
· votar


a opinião pública mudou de direção, passando a acreditar que um governo deveria ser o mais limitado possível

“A idéia de que o poder vem de Deus serviu para apoiar, durante os ‘tempos obscuros’, uma monarquia arbitrária e ilimitada: eis aí uma representação grosseiramente errônea da Idade Média que está solidamente ancorada nos espíritos ignorantes e que serve como um conveniente ponto de partida para, em seguida, narrar-se toda uma história de evolução política em direção a uma linha de chegada, na Liberdade.

Tudo isso é falso. Lembremos, sem insistir nisso agora, que o poder medieval era compartilhado (com a cúria real), limitado (por outros poderes autônomos) e que, acima de tudo, não era soberano. Pois é a característica essencial do Poder soberano possuir poder legislativo, de ser capaz de modificar a seu bel-prazer as normas de comportamento impostas aos súditos, de definir a seu bel-prazer as normas que regulam sua própria conduta e, enfim, de ter o poder de legislar estando ele próprio acima das leis, legibus solutus. [...] Longe de ter causado o engrandecimento do poder, o conceito de soberania divina coincidiu então, por longos séculos, com sua insignificância.[...]

O rei divino da Idade Média nos revela o poder menos desimpedido e menos arbitrário que nós podemos imaginar. Pois é totalmente contido por uma lei humana, pelos costumes e pela lei divina. E, nem de um lado nem de outro, ele se fia somente em seu senso de dever. Mas tal como a corte de seus pares o obriga a respeitar os costumes, a Igreja zela para que ele continue sendo o administrador diligente do monarca celeste cujas instruções deve seguir em todos os pontos.[...]

Assim escreveu o bispo Yves de Chartres a Henry I da Inglaterra após a coroação do mesmo: ‘Príncipe, não esqueça que é o servo dos servos de Deus e não seu mestre; é o protetor de seu povo e não seu proprietário’”.

JOUVENEL, Bertrand de. Du pouvoir: histoire naturelle de sa croissance. Paris: Hachette, pp. 59-63.

, e os direitos de propriedade, os mais sacrossantos possíveis. Em suma, a opinião pública mudou e adotou uma doutrina chamada de "liberalismo".

“Reacting against the Franciscans, Pope John XXII issued his famous bull Quia vir reprobus (1329). Quia asserted trenchantly that God's dominion over the earth was reflected in man's dominion or property over his material possessions. Property rights, therefore, were not, as even Aquinas had believed, a product of positive law or social convention; they were rooted in man's nature, as created by divine law. Property rights were therefore natural and coextensive with man's actions in the material world. The Franciscans were effectively routed on this point; it was now established, as Richard Tuck puts it, that property 'was a basic fact about human beings, on which their social and political concepts had to be posited’.”

ROTHBARD, Murray N. An Austrian perspective on the history of economic thought. Vol. I: Economic thought before Adam Smith. Auburn: Ludwig von Mises Institute, 2006, p. 59.

Com tão violento e desenfreado confisco governamental, nunca havia incentivos para a acumulação de capital em grande escala.

“There has been considerable dispute over the 'Weber thesis', propounded by the early twentieth century German economic historian and sociologist, Max Weber, which attributed the rise of capitalism and the Industrial Revolution to the late Calvinist concept of the calling and the resulting 'capitalist spirit'. For all its fruitful insights, the Weber thesis must be rejected on many levels. First, modern capitalism, in any meaningful sense, begins not with the Industrial Revolution of eighteenth and nineteenth centuries but, as we have seen, in the Middle Ages and particularly in the Italian city-states. Such examples of capitalist rationality as double-entry bookkeeping and various financial techniques begin in these Italian city-states as well. All were Catholic. Indeed, it is in a Florentine account book of 1253 that there is first found the classic pro-capitalist formula: 'In the name of God and of profit'. No city was more of a financial and commercial centre than Antwerp in the sixteenth century, a Catholic centre. No man shone as much as financier and banker as Jacob Fugger, a good Catholic from southern Germany. Not only that: Fugger worked all his life, refused to retire, and announced that 'he would make money as long as he could'.”

Ibidem, p. 142

Isso explica a situação política da velha ordem (de qualquer ordem, na verdade). E quanto à situação econômica da antiguidade? Por que o "bolo da riqueza" raramente crescia?

Era de se supor que, com o passar do tempo, as pessoas se tornariam mais eficientes na produção de bens, o que elevaria o nível de vida. Ainda assim, por séculos, a vida quase não melhorou.


“Queremos empezar con algunas indicaciones que sugieren que el estándar de vida en la Roma antigua era similar al de la temprana modernidad europea de los siglos XVII y XVIII, un logro extraordinario para cualquier economía de la era antigua. Sostenemos además que en la Roma antigua se consiguió este estándar de vida por la combinación de condiciones políticas moderadamente estables y porque proliferaron mercados de bienes, mano de obra y capitales, lo cual permitió un buen nivel de especialización y eficiencia. Tras haber examinado los mercados de mano de obra y financieros, volveremos a ocuparnos de cómo los romanos consiguieron tal nivel de prosperidad y de cómo consiguieron hacer florecer su economía.”

TEMIN, Peter. “La economía del alto imperio romano”, in: Procesos de Mercado: Revista Europea de Economía Política, vol. VI, n. 2, 2005, p. 266.

One More Red Nightmare
Veterano
# jul/12
· votar


Joseph de Maistre
Por mais que me machuque concordar em alguma coisa com o pós-moderno xarope do fórum, esse culto todo ao “siècle des Lumières” é apenas o obscurantismo dos tempos modernos, o anacronismo de uma época em que a ilusão do progresso e da dicotomia passado maldito/futuro glorioso se tornou a religião de um mundo tomado pela técnica.



caralho, minha casa tremeu e agora ouço os anjos anunciando o Domingo de Páscoa.

One More Red Nightmare
Veterano
# jul/12
· votar


btw, esse faz de conta austríaco de um deixe fazer com o Estado mínimo é tão metafísico quanto a Ditadura do Proletariado, as ideologias de classe e os poderes ocultos.

mas é bom que a fé se renove.

The Laughing Madcap
Veterano
# jul/12 · Editado por: The Laughing Madcap
· votar


btw, esse faz de conta austríaco de um deixe fazer com o Estado mínimo é tão metafísico quanto a Ditadura do Proletariado, as ideologias de classe e os poderes ocultos.

como criticar e provocar 200 escolas em 1 post com Jonesy.

One More Red Nightmare
Veterano
# jul/12
· votar


The Laughing Madcap
eu sei que deep inside você concorda

The Laughing Madcap
Veterano
# jul/12 · Editado por: The Laughing Madcap
· votar


One More Red Nightmare

nem tão deep inside assim.

po, ditadura do proletariado é legal e tal, mas é passado.


temos que olhar para frente e através da crítica destilar as experiências passadas

essas paradas de monumentos ao passado é coisa de reaça

One More Red Nightmare
Veterano
# jul/12
· votar


The Laughing Madcap
Eu tenho um amigo que está começando nessa vida de economista. Até agora ele ja leu o Manifesto, um livreto do Mises e alguns artigos da wikipedia, e ele quer começar a der O Capital. O que você diria a ele?

One More Red Nightmare
Veterano
# jul/12
· votar


ler*

The Laughing Madcap
Veterano
# jul/12 · Editado por: The Laughing Madcap
· votar


Eu tenho um amigo que está começando nessa vida de economista. Até agora ele ja leu o Manifesto, um livreto do Mises e alguns artigos da wikipedia, e ele quer começar a der O Capital. O que você diria a ele?

vai fazer odonto ou medicina

mas na real, evitar olhar artigo de wikipedia é um bom começo.

compre a coleção os economistas num sebo

e não se deslumbre com nada

One More Red Nightmare
Veterano
# jul/12 · Editado por: One More Red Nightmare
· votar


Editado por cruzar a linha da inconveniência.

Die Kunst der Fuge
Veterano
# jul/12
· votar


One More Red Nightmare

Cruzou a linha tênue da inconveniência.

The Laughing Madcap
Veterano
# jul/12
· votar


Die Kunst der Fuge
One More Red Nightmare

perdi o gol mil do tulio?

Die Kunst der Fuge
Veterano
# jul/12
· votar


The Laughing Madcap

Nah, a essência é que eu falei pra ele que essa semana eu comecei a ler esse livro:

http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/275897/p1#8012060

O resto é trollada.

Você não pode enviar mensagens, pois este tópico está fechado.
 

Tópicos relacionados a Sobre aquela questão dos 1% que exploram os 99%.