A estagnação do ensino superior no Brasil

    Autor Mensagem
    Cavaleiro
    Veterano
    # abr/12 · Editado por: Cavaleiro


    "O Brasil está entre os países do mundo que melhor pagam seus executivos de primeira linha – diretores e presidentes. Entretanto, profissionais com nível de educação superior que não ocupam cargos de liderança não tiveram valorização salarial entre 2003 e 2010. É o que aponta a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que comparou o aumento salarial dos profissionais com ensino superior (0,3%) e a média salarial no país (19%), nesse período.

    A explicação para a estagnação é o excesso de pessoas formadas em algumas carreiras, como direito e administração; a carência em outras com alta demanda, como engenharia, além do aumento de renda das classes D e E – “que possibilitou o acesso desses públicos ao ensino superior”, explica Paulo Meyer Nascimento, técnico em planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

    Profissionais com nível de educação superior que não ocupam cargos de liderança não tiveram valorização salarial entre 2003 e 2010, diz pesquisa

    Técnicos

    Nascimento acrescenta que a escassez de profissionais ligados aos setores de pesquisa e desenvolvimento tecnológico é refletida na valorização salarial dessas carreiras. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de 2010, feito também com base na PME, aponta que as pessoas que passam por cursos técnicos, superiores de tecnologia ou de qualificação profissional têm 48% mais chances de obter emprego e ter salários 13% maiores em média do que os trabalhadores sem essas qualificações.

    Foi com essa expectativa que Carolina da Silva Antonio, 22 anos, fez o curso técnico de radiologia em vez de buscar uma graduação. “O curso técnico era mais acessível às minhas condições financeiras e ao término dele eu teria uma profissão. Tive as aulas teóricas e coloquei tudo em prática, no estágio. A média salarial de um técnico é de dois salários mínimos, mais 40% de adicional de insalubridade. Se eu trabalhar à noite, ainda terei o adicional noturno.”

    Marcelo Ferrari, diretor de negócios da Mercer, afirma que o aquecimento do mercado de um modo geral tende a valorizar os salários dos profissionais mais qualificados. “Há também a oferta de benefícios que não são comuns em outros lugares do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, ninguém tem carro da empresa. Aqui, é uma questão de status. Lá, não são dados benefícios sociais como vale-transporte ou plano de saúde, como no Brasil”, exemplifica Ferrari.

    Segundo uma pesquisa da consultoria Asap, de recrutamento e seleção de executivos de média gerência, feita em julho deste ano com mais de 1.900 profissionais, eles só mudam de emprego se forem atraídos por um bom salário e plano de carreira.

    De acordo com o levantamento, 60% dos entrevistados, mudando ou não de empresa, tiveram aumento de 20% ou mais de seus rendimentos. Apenas 7% dos entrevistados não tiveram nenhum incremento salarial.

    “Isso nos faz concluir que os executivos têm diversas ofertas de trabalho e, quando não mudam, geralmente é porque foram atraídos por contrapropostas ou pelos programas de retenção de seus atuais empregadores. Buscar outro profissional no mercado custa caro e pode demorar muito”, afirma Carlos Eduardo Ribeiro Dias, sócio e CEO da Asap."

    http://mercadoinfoco.blogspot.com.br/2011/08/salario-de-profissionais- com-ensino.html

    Alé do proposto, o que vocês acham que está estagnando o salário das pessoas formadas? Na sua visão, ocorre o mesmo com pós graduados ou acadêmicos? Qual a solução?

    Dissertem, ou não.

    O poder é de vocês.

    Cavaleiro
    Veterano
    # abr/12
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    Se não tiver ao menos 5 páginas eu desisto de salvar a Saori e deixo o mundo cair nas trevas.

    Roy.Mustang
    Veterano
    # abr/12
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    Cavaleiro

    Véi, mas vc coloca textos muito longos. Dá preguiça de ler.

    jimmy vandrake
    Veterano
    # abr/12
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    Eu resumiria os estágios de ensino no Brasil em 2 etapas.
    O ensino fundamental e o ensino corporativo. No fundamental aprende-se tudo que é essencial ao conhecimento, e no corporativo sustentamos os lucros das corporações de ensino.

    DrZaius
    Veterano
    # abr/12
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    Isso é uma tendência mundial.

    A principal força por trás disso é, pra variar, a influência nociva do estado.

    O cara atrás busca o diploma pela certa garatia de empregabilidade que ele dá. Só que, como nada é de graça, a educação requer um grande investimento financeiro. Em condições ideais, o jovem teria que pesar a possibilidade de trabalhar hoje contra a de gastar muito agora pra ganhar dinheiro depois.

    O estado, porém, retira o risco da empreitada do indivíduo e redistribui para a sociedade por meio de financiamentos e universidades públicas. Ele cria um estímulo artificial para essa escolha.

    A conseqüência é um bocado de mala de 25 anos que nunca trabalhou na vida com um diploma de pedagogia, comunicação, ou pior, direito, sem demanda alguma por seus serviços. Nesses 4 ou 5 anos, eles poderiam estar contruindo geladeiras, costurando roupas ou montando tablets.

    Mas sem preocupação... o Papai Estado tem uma solução pra isso. Vão todos virar concurseiros e começar a trabalhar com 35 anos como fiscal de vento.

    Enquanto isso, toda essa gente come, usa roupa, dirige carros, coloca seus filhos na universidade, etc. A conta vocês sabem quem paga.

    Cavaleiro
    Veterano
    # abr/12
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    DrZaius

    Agreed

    François Quesnay
    Veterano
    # abr/12
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    A principal força por trás disso é, pra variar, a influência nociva do estado.

    O cara atrás busca o diploma pela certa garatia de empregabilidade que ele dá. Só que, como nada é de graça, a educação requer um grande investimento financeiro. Em condições ideais, o jovem teria que pesar a possibilidade de trabalhar hoje contra a de gastar muito agora pra ganhar dinheiro depois.

    O estado, porém, retira o risco da empreitada do indivíduo e redistribui para a sociedade por meio de financiamentos e universidades públicas. Ele cria um estímulo artificial para essa escolha.

    A conseqüência é um bocado de mala de 25 anos que nunca trabalhou na vida com um diploma de pedagogia, comunicação, ou pior, direito, sem demanda alguma por seus serviços. Nesses 4 ou 5 anos, eles poderiam estar contruindo geladeiras, costurando roupas ou montando tablets.

    Mas sem preocupação... o Papai Estado tem uma solução pra isso. Vão todos virar concurseiros e começar a trabalhar com 35 anos como fiscal de vento.

    Enquanto isso, toda essa gente come, usa roupa, dirige carros, coloca seus filhos na universidade, etc. A conta vocês sabem quem paga.


    embora tenha um ou outro ponto válido, o texto se perde no seu caráter sensacionalista e propagandista.

    Cavaleiro
    Veterano
    # abr/12
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    François Quesnay

    marketing ftw

    tambourine man
    Veterano
    # abr/12
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    Vão todos virar concurseiros e começar a trabalhar com 35 anos como fiscal de vento.

    huahauauahha

    snowwhite
    Veterano
    # abr/12
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    É um paradoxo que um país com a nossa população não demande também um número gigantesco de profissionais em todas as áreas. Por exemplo,temos potencial para desenvolver o turismo, mas alunos que cursam Turismo na universidade no máximo vão abrir uma agenciazinha. Não é trise?

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