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pulgadopc Veterano |
# mai/11
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Era uma vez uma cara muito radical chamado René Descartes que escreveu um texto chamado "Discurso sobre o Método" aonde ele questiona algo totalmente "Matrix" (o filme). Ele questiona o seguinte:
Como podemos saber se o mundo que percebemos através dos nossos sentidos realmente existe? Como diferenciar "coisas reais" de coisas que são sonhos ou pensamentos? Como confiar nos nossos sentidos (e por tabela, como saber que não estamos aprisionados a uma máquina como no filme)?
Para responder a essas perguntas, Descartes imaginou o exercício de se desapegar de todos os seus sentidos. Não confiar mais neles. Como ele mesmo disse:
"Considerando que todos os pensamentos que temos quando estamos acordados também podem nos ocorrer quando dormimos, sem que nenhum deles, naquele momento, seja verdadeiro, eu resolvi fingir que todas as coisas que já entraram em minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos" (Descartes no "Discurso sobre o Método").
E sem nenhuma informação que vem de fora, sem nenhum pensamento que possa ser construído em cima de algo percebido pelos sentidos, o que sobra ? Descartes percebeu que não sobra quase nada... Sobra apenas 1 certeza.
Somente 1 coisa que qualquer pessoa (René Descartes, Joe Bonham, você, eu, qualquer um, anyOne) pode ter absoluta certeza, mesmo sem confiar nos sentidos:
Essa certeza, é que a pessoa que está fazendo todas essas perguntas, existe. Afinal, pra duvidar de todas essas coisas, deve haver alguma "coisa" (uma entidade existente) que duvida de tudo. Ou nas palavras de Descartes "logo depois, percebi que, ao mesmo tempo que desejava pensar que todas as coisas eram falsas, era necessário que eu, que estava pensando, fosse alguma coisa".
"Penso, logo existo". O 1º Princípio da Filosofia.
Depois disso, muitos filósofos concordaram e discordaram com Descartes, e outros tantos usaram o "Discurso sobre o Método" para postular novas teorias, mas o objetivo deste post, se é que tem algum (todo esse papo de "doido" deveria ter algum objetivo) não tem nada a ver com Filosofia. Tem a ver com o grande mal do mundo, em minha opinião: Preconceito. Quanto maior for o nosso conhecimento ou convívio com alguma coisa, menor será a chance de sermos preconceituosos em relação a essa coisa.
Isso é verdade para raças, crenças, doenças, preferências musicais, times de futebol, pessoas altas, baixas, gordas, magras, opiniões políticas, e por aí afora.
Quanto mais "ignorantes" as pessoas forem ("ignorar" no sentido de "desconhecer" ou "não conviver"), maior a chance de preconceito e todos os problemas decorrentes disso.
Dissertem sobre isso, peguei o texto daqui http://whiplash.net/materias/opinioes/102421-metallica.html
Boa Tarde.
Tópico Pseudo-Cult.
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Zakk Wylde_ Veterano |
# mai/11
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http://www.dicasemgeral.xpg.com.br/wp-content/uploads/2010/10/urso-na- prova.jpg
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pulgadopc Veterano |
# mai/11
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Zakk Wylde_
Foi engraçado nas primeiras 100 vezes que vi isso.
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pulgadopc Veterano |
# mai/11
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Noffa, olha como meu tópico bombou!!!!11111omze1!
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mr.moretti Veterano |
# mai/11
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Não é o maluco do plano cartesiano?
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Cavaleiro Veterano |
# mai/11
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Descartes é foda.
De certa forma, ele que criou a estrutura analítica de projeto que tenho que lidar quase todo dia com o conceito de dividir o todo em pequenas partes realizáveis.
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thebassx Veterano |
# mai/11
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não entendi como o texto começou citando descartes e chegou em preconceito. pra mim faltou coesão. mas a gramática e a forma estão boas.
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guizimm Veterano |
# mai/11
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eu sei q ele floo 'penso logo existo'
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Kobberminer Veterano |
# mai/11
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pulgadopc
Quanto maior for o nosso conhecimento ou convívio com alguma coisa, menor será a chance de sermos preconceituosos em relação a essa coisa.
Isso é verdade para raças, crenças, doenças, preferências musicais, times de futebol, pessoas altas, baixas, gordas, magras, opiniões políticas, e por aí afora.
Quanto mais "ignorantes" as pessoas forem ("ignorar" no sentido de "desconhecer" ou "não conviver"), maior a chance de preconceito e todos os problemas decorrentes disso.
Concordo totalmente com essa parte, apesar de considerar particularmente o pensamento de Descartes como errado e um tanto equivocado. "Penso, logo existo" deveria ser substituído na verdade por "Escolho, logo existo"
Copio abaixo um trecho de um artigo que esclarece esse ponto de vista:
"Há que se observar que em todas estas descrições [o autor anteriormente coloca várias "definições de consciência" do ponto de vista de várias religiões e filosofias] a Consciência é tida como única, mas chega até nós através das suas manifestações complementares, idéias e formas. As religiões foram fundadas, com o fito de simplificarem para as massas os ensinamentos místicos dos que vivenciaram a Realidade Absoluta. Cada uma apresenta a sua senda, um caminho, mas a descoberta final só poderá ser feita por cada um dos peregrinos, ninguém, ninguém mesmo poderá fazê-la por você, este é o seu trabalho. Infelizmente, todas as religiões se tornaram dualistas. O dualismo das religiões monoteístas judaico-cristãs absorveu a psique ocidental se apoiando em uma hierarquia de intérpretes. Tal como separou Descartes - Mente e Corpo -, o dualismo - Deus/mundo, não parece resistir ao exame científico, explicita o físico teórico Amit Goswami.
Goswami aponta os quatro aspectos da consciência:
1. Percepção: campo da mente, trabalho global. 2. Os objetos da consciência: pensamentos e sentimentos passageiros 3. O sujeito/observador/experienciador e testemunha - o self consciente 4. Consciência, fundamento de todo o SER.
Não podemos identificar a consciência com as nossas percepções motoras, sensações e impressões sensoriais. Você se identifica com os seus dedos, no ato de escrever ou com os seus pés no ato de andar? Nada disto e nem um dos chamados "concomitantes" externos da nossa experiência consciente podem ser confundidos com os elementos fundamentais da nossa consciência. No âmago da nossa mente, os pensamentos, sentimentos e opções se encarados assim, nos jogariam dentro do conceito errôneo de Descartes - penso logo existo - quando o correto é - "escolho, logo existo" - Ulrich Neisser adverte e prova o que diz através da física quântica. Escolher é uma função primordial da consciência. "A psicologia não está pronta para enfrentar a consciência" - Amit Goswami retruca - "por sorte, a física está".
Fonte
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Simonhead Veterano |
# mai/11
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Kobberminer
Bom o texto.
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renansena777 Veterano |
# mai/11
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"Penso logo desisto"
Reflitam
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Codinome Jones Veterano |
# mai/11
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Preconceito é necessário.
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Cavaleiro Veterano |
# mai/11
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Codinome Jones Preconceito é necessário.
Disserte.
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Codinome Jones Veterano |
# mai/11
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Cavaleiro O modo pelo qual o cérebro humano funciona, buscando padrões em eventos aleatórios, totalmente voltado à cristalização dos ditos preconceitos. O problema é cair na ilusão de, partindo de um processo inexorável, é possivel incutir nas pessoas essa separação de preconceitos bons e maus.
Isso não quer dizer também que somos conduzidos às velhas segregações racistas, sexistas etc, o preconceito não domina nossas ações intelectuais, o raciocínio, ( e.g o sentimento de estranheza ao vermos dois gays juntos não interfere no fato de intelectualizarmos a respeito, ou seja, como algo inofensivo.
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Cavaleiro Veterano |
# mai/11 · Editado por: Cavaleiro
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Codinome Jones
O modo pelo qual o cérebro humano funciona, buscando padrões em eventos aleatórios, totalmente voltado à cristalização dos ditos preconceitos.
Heurística.
O problema é cair na ilusão de, partindo de um processo inexorável, é possivel incutir nas pessoas essa separação de preconceitos bons e maus.
Utopia barroca.
Bom, meu mestrado tem um foco em heurística, mas para a tomada de decisão. Nós tendemos a padronizar tudo e comparar com nossas experiências anteriores, principalmente da socialização primária.
Quando causa estranheza, é desconhecido, tendemos a de certa forma não compreender e pré conceber características pela nossa necessidade de conceituar tudo. Isso também ocorre em decisões quando há muitas variáveis desconhecidas.
Então o preconceito de certa forma não digo nem que é necessário, mas é natural, é algo como o medo ou ignorância frente ao desconhecido.
Não tô fazendo apologia ao preconceito, uma coisa é você entender que é um processo natural, outra é sair defecando pela boca sem conhecimento prévio.
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Codinome Jones Veterano |
# mai/11
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Cavaleiro Então, da mesma forma que o medo é necessário, preconceitos também o são. Esse conceito deveria ser amplamente aceito, não fosse a negligência das pessoas em colocar todos os conceitos num mesmo saco.
uma coisa é você entender que é um processo natural, outra é sair defecando pela boca sem conhecimento prévio.
Foi isso que eu quis dizer ao fazer distinção em intelectualizar e atender às primeiras impressões ante o desconhecido.
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J. S. Coltrane Veterano |
# mai/11
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não fosse a negligência das pessoas em colocar todos os conceitos num mesmo saco
neurose organizativa positivista
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Dylan Thomas Veterano |
# mai/11
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^ ^ terminologia last week marxista-desconstrutivista
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Cavaleiro Veterano |
# mai/11
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Dylan Thomas terminologia last week marxista-desconstrutivista
Roubou minha frase :(
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james_the_bronson Veterano |
# mai/11
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Codinome Jones
Faltou uma coisa...
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ZXC Veterano |
# mai/11
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Mesmo me esforçando para entender a participação de Descartes, no discurso sobre preconceito....
Descartes apoiava-se na razão abraçada ao bom senso, e isso não se enquadra no mundo moderno e sim no medieval. ahahah Para ele devemos duvidar de tudo sempre, sendo immer preciso distinguir o falso do verdadeiro. Como nem os nossos sentidos que nos enganam ou nossas idéias confusas podem nos levar a certeza de porra nenhuma, para reconhecer a verdade é preciso usar razão e fragmentar o problema, analisando, questionando e criticando parte a parte, para não cairmos num erro de pensamento, ou mesmo numa ilusão dos nossos sentidos...
Quanto mais "ignorantes" as pessoas forem ("ignorar" no sentido de "desconhecer" ou "não conviver"), maior a chance de preconceito e todos os problemas decorrentes disso.
É uma análise coberta de razão, porém incondizente com o bom senso destacado por Descartes. Quantas pessoas cultas e conhecedoras tu conhece, que fogem dessa premissa? Eu conheço muitas...A razão é tão confusa como nossos pensamentos, e nossas verdades podem não acompanhar a realidade universal. Cada cabeça é povoada por um universo nada matemático, não é mesmo?
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brunohardrocker Veterano |
# mai/11
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ZXC
Bom post!
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marcosshrp Veterano |
# mai/11
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ZXC Cada cabeça é povoada por um universo nada matemático, não é mesmo?
É por isso (eu acho) que ele propôs aquele exercício. Agora cá entre nós, se cada cabeça possui um universo, você não acha falho o fato de quando "entendemos" uma pessoa?
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Codinome Jones Veterano |
# mai/11
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você não acha falho o fato de quando "entendemos" uma pessoa?
A maioria das pessoas não têm nada pra ser entendido, só resta a ilusão de acharmos que somos únicos.
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J. S. Coltrane Veterano |
# mai/11
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Cada cabeça é povoada por um universo nada matemático, não é mesmo?
só para aqueles que se corrompem com as paixões mundanas
/cientista_ou_religioso
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Excel Lion Veterano |
# mai/11 · Editado por: Excel Lion
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M'agrada molt Descartes, més que tots els altres filosófs. Peró hem de ser humils.
/Guardiola
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André Perucci Veterano |
# mai/11
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cacilds
/Mussum
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wild.man Veterano |
# mai/11
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Schopenhauer desqualificará seu tópico.
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qew Veterano |
# mai/11
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Eu juro que eu tento ler e participar desses tópicos que discutem humanas, mas eu não consigo, se foder.. vcs precisam beber um pouco.
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qew Veterano |
# mai/11
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Quanto mais "ignorantes" as pessoas forem ("ignorar" no sentido de "desconhecer" ou "não conviver"), maior a chance de preconceito e todos os problemas decorrentes disso.
Isso é óbvio, não?
PRE CONCEITO - logo se eu conheço/convivo tenho um conceito formado, e posso continuar não gostando de algo, mas com embasamento suficiente para fundamentar minha opinião contraria. Aliás, pode ser contraria ou não.
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