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brunohardrocker Veterano |
# abr/11
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Die Kunst der Fuge
Pela etimologia da palavra "agnóstico" temos:
"Agnosticismo" derivou-se da palavra grega "agnostos", formada com o prefixo de privação (ou de negação) "a-" anteposto a "gnostos" (conhecimento). "Gnostos" provinha da raiz pré-histórica "gno-",que se aplicava à ideia de "saber" e que está presente em numerosos vocábulos da língua portuguesa, tais como cognição, cognitivo, ignorar, ignoto, ignorância, entre outros.
a- negação gnosis- conhecimento
Ou seja, "sem conhecimento". REFORÇANDO: Não por ser burro, mas sim por não ter conhecimento sobre algo.
É uma questão de lógica até, é uma entidade, você não acredita que ela exista até que tenha evidências.
Essa é uma regra da ciência, não necessariamente da filosofia.
Tudo bem que o Huxley bolou um conceito para "agnóstico", mas o que faz o conceito dele estar acima da raiz etimológica da palavra?
As palavras ditas pelo Huxley, o agnosticismo foi inventado para definir a maneira dele de pensar sobre o assunto, eram: "(...)Não tenho motivos pra acreditar, em contrapartida não posso provar que não existe."
Mas essa questão do "não posso provar que não existe" já não é resolvida pelo ônus da prova? Então ele não precisaria levar isso em consideração.
Isso é diferente de "não saber". Não ter motivos para acreditar não é "não saber", mas é "não acreditar" em uma de suas formas possíveis, formas estas que eu diferenciei no meu post anterior.
Ué, eu acho extremamente sensato afirmar que a ciência em si é agnóstica, justamente por afirmar só até onde tem conhecimento e o que ainda não está esclarecido deixar em aberto. Não é questao de "acreditar" ou "desacreditar" e sim de não possuir o conhecimento ainda.
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Die Kunst der Fuge Veterano |
# abr/11 · Editado por: Die Kunst der Fuge
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brunohardrocker Tudo bem que o Huxley bolou um conceito para "agnóstico", mas o que faz o conceito dele estar acima da raiz etimológica da palavra?
Simples, ele não apenas bolou um conceito para agnóstico, mas foi ele que inventou o termo.
E o termo foi cunhado para descrever a maneira dele de pensar sobre o assunto, portanto, quando se usa o termo agnóstico neste contexto que nós utilizamos nós estamos nos referindo à definição do Huxley, criada por ele, determinada por ele, definida por ele. A etimologia das palavras separadas obviamente será diferente da definição criada pelo Huxley.
Se juntarmos os significados separados das palavras Seleção Natural não teremos a definição de seleção natural enunciada por Darwin, teremos a combinação dos seus signifcados.
O mesmo se aplica para a diferença entre analisar a etimologia da palavra "agnóstico" para a definição criada pelo Huxley, que é a que vale, quando se refere a esta forma de pensar.
Essa é uma regra da ciência, não necessariamente da filosofia.
SIm, é uma regra da lógica e da filosofia, vide a navalha de Occam, um dos princípios da lógica e filosofia:
"As entidades não devem ser postas sem necessidade."
Mas essa questão do "não posso provar que não existe" já não é resolvida pelo ônus da prova?
Não neste caso, pois por se tratar de uma questão metafísica, é impossivel de ser provada empiricamente. É uma hipótese impossível de ser testada, e esta impossibilidade deve ser levada em questão.
justamente por afirmar só até onde tem conhecimento e o que ainda não está esclarecido deixar em aberto.
Está em aberto, mas até que esteja provado, não se acredita, vide o exemplo do outro tópico, da Auto-Hemoterapia, por exemplo.
E também esta citação do Huxley deixa bem claro:
"Give me such evidence as would justify me in believing in anything else, and I will believe that."
Ele deixa claro que enquanto não existirem evidências, não se acredita, obviamente, com as diferenças que existem entre os ateus e os agnósticos, que já deixei claras.
E espero que a falta de citação não signifique que você tenha ignorado o exemplo do Universo paralelo Macarrônico do final do meu post anterior e tenha comprendido que para os agnósticos esta questão é igual à da existência de deus.
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brunohardrocker Veterano |
# abr/11
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Die Kunst der Fuge Simples, ele não apenas bolou um conceito para agnóstico, mas foi ele que inventou o termo.
E o termo foi cunhado para descrever a maneira dele de pensar sobre o assunto, portanto, quando se usa o termo agnóstico neste contexto que nós utilizamos nós estamos nos referindo à definição do Huxley, criada por ele, determinada por ele, definida por ele. A etimologia das palavras separadas obviamente será diferente da definição criada pelo Huxley. O mesmo se aplica para a diferença entre analisar a etimologia da palavra "agnóstico" para a definição criada pelo Huxley, que é a que vale, quando se refere a esta forma de pensar.
O "Gnosticismo" já existia lá nos primeiros séculos d C.
Mas aí por haver uma ambiguidade com a palavra "episteme" e "gnosis", a primeira se refere ao conhecimento racional, científico, a confusão pode estar aí.
Essa é uma regra da ciência, não necessariamente da filosofia.
SIm, é uma regra da lógica e da filosofia, vide a navalha de Occam, um dos princípios da lógica e filosofia:
"As entidades não devem ser postas sem necessidade."
A filosofia é livre e atente-se para o uso que eu fiz da expressão "não necessariamente".
http://umcafefilosofico.blogspot.com/2010/10/47-cafe-filosofico.html
Não neste caso, pois por se tratar de uma questão metafísica, é impossivel de ser provada empiricamente. É uma hipótese impossível de ser testada, e esta impossibilidade deve ser levada em questão.
Interessante. Não me atentava a isso.
Está em aberto, mas até que esteja provado, não se acredita, vide o exemplo do outro tópico, da Auto-Hemoterapia, por exemplo.
Não se acredita nem se desacredita. Fica em aberto. Negar e falar que é um absurdo é prepotência.
E espero que a falta de citação não signifique que você tenha ignorado o exemplo do Universo paralelo Macarrônico do final do meu post anterior e tenha comprendido que para os agnósticos esta questão é igual à da existência de deus.
Algumas partes que vêm a acrescentar são válidas. Mas pra não abrir mais ainda o leque da discussão e focar no cerne da questão é preciso ler e deixar para trás.
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