As pessoas perdem suas casas, parentes, amigos

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Teccláudio
Veterano
# jan/11
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DarkMakerX
O que eu não me conformo é a pessoa dizer que todo ano a casa fica com 1 metro de água, e não sai dali.

Eu sei que não é fácil, mas poxa. Vende tudo, trabalha três turnos, sei lá, e pega um lugar que pode até ser piorzinho, mas que seja seguro. Sabe que pode desmoronar e corre risco de morte...

Simples de falar isso em fórum de internet, mas a realidade é muito diferente disso.

Na minha opinião essa tragédia não tem nada relativo com Deus.

Arcanjo Lúcifer
Veterano
# jan/11
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a culpa é sempre do diabo...

Mr. Joe
Veterano
# jan/11
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Pior ainda é quando um ônibus cheio de crente fanático cai numa vala (e morre tudo), e aí todas famílias ficam de boa e falam: "Deus as chamaram para o céu!".

brunohardrocker
Veterano
# jan/11
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Codinome Jones
Se eles tem a crença de que a vida é eterna e há um paraíso, a existência deles por aqui passa a ser irrelevante.

Se não tivermos medo da morte, do que teremos?


A questão é que vejo ateus a torto e direito falando que a crença em Deus e na vida eterna é só uma justificativa pelo medo da morte que as pessoas tem.
Aí vc vem aqui e lê os mesmos se surpreendendo por religiosos que perdem tudo, que perdem parentes, mas mesmo assim se levantam e seguem a vida? como faço pra entender?

Tipo, qual a atitude que essas pessoas deveriam ter, frente a tragédia, na visão de vocês?

Bog
Peralá, peralá... Não sei se dá para falar de forma tão geral, e nem se a palavra certa é "medo", mas é fato que em situações-limite, uma parcela significativa dos religiosos se põe a rezar pedindo exatamente por sua vida. O que quer dizer que, por medo ou não, a morte é indesejada para eles.


É indesejada por praticamente todos. Mas a questão aqui é a contradição das críticas atéias em momentos diferentes.

E outra, tem como alguém fazer um juízo alheio sobre o que a pessoa deve pensar nesses momentos de tragédia? Me diz como isso é possível.
A única certeza é a morte, todo mundo morre um dia, mas se você perde tudo o que tem de repente é um motivo pra você desistir?
Para quem segue determinada crença, não é só um ponto ou outro que é diferente, toda a base de pensamento é muito diferente do que pensa um ateu.

DarkMakerX
Veterano
# jan/11
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Teccláudio
Eu sei que não é fácil. Na verdade, eu nunca senti na pele, mas tenho noção de que é foda.

Mas se a pessoa tá em uma área de risco e pode morrer, acho que tem que tentar sair dali.

toty
Veterano
# jan/11
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Bassist_rsl
Esses pobres favelados me fazem rir. Vivem dizendo que não tem nada, mas quando acontece algo assim dizem que perderam tudo.

Nossa cara, tu é tem um grau de retardo mental muito além do suportavel...a propósito, dessa vez eu não vou passar vontade não...
VAI TOMAR NO OLHO DO SEU CÚ SEU FDP DE MERDA!!!

Bog
Veterano
# jan/11 · Editado por: Bog
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brunohardrocker
tem como alguém fazer um juízo alheio sobre o que a pessoa deve pensar nesses momentos de tragédia?

Provavelmente não. Não me lembro de ter afirmado que era possível.

mas se você perde tudo o que tem de repente é um motivo pra você desistir?

Nao me lembro de ter insinuado algo sequer remotamente parecido com isso.

Só disse que o APARENTE paradoxo me intriga.

brunohardrocker
Veterano
# jan/11 · Editado por: brunohardrocker
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Bog

Me intriga também tentar imaginar o que querem que as pessoas digam nesses momentos.
Afinal, se a pessoa desaprova, é porque deve ter uma proposta melhor.

KaTy
Miss Simpatia 2012
# jan/11
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Nossa cara, tu é tem um grau de retardo mental muito além do suportavel...a propósito, dessa vez eu não vou passar vontade não...
VAI TOMAR NO OLHO DO SEU CÚ SEU FDP DE MERDA!!!

Pow, eu achei que era o Bog dizendo isso. Até pensei: é o fim do mundo, galerë.

brunohardrocker
Veterano
# jan/11
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Bog

Você que mora aí no Japão deve conhecer muito bem, o alto índice de suicídio na população.
Ou seja, o que seria, de uma certa forma, comum de acontecer se caso alguém aí perdesse tudo e sua familia numa tragédia semelhante?
Se a pessoa sobrevivesse e se suicidasse, o que vc pensaria disso?

Bog
Veterano
# jan/11 · Editado por: Bog
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brunohardrocker
Me intriga também tentar imaginar o que querem que as pessoas digam nesses momentos.

Sinceramente, depois de tantas discussões religiosas você talvez esteja com problemas para interpretar as coisas que os outros escrevem. Talvez esteja se precipitando para chegar em conclusões. Não sei.

Eu não me lembro de ter dito que existe uma coisa "certa" ou "errada" para se pensar nestas horas. Só disse que é curioso, intrigante, estranho, peculiar, que o nível de religiosidade aumente nessas circunstâncias, em que morre um monte de gente mas "Deus salvou a minha vida". Não disse que as pessoas deviam se revoltar e assumir que Deus não existe (e tentei até deixar isso claro). Não disse que as pessoas deviam entrar em depressão e "terminarem o serviço" pulando embaixo de um ônibus. Não disse que as pessoas deviam tomar um chá de apatia e ficarem paradas pensando na morte da bezerra. Aliás, nada disso tem qualquer relação com a pessoa considerar um milagre a sua sobrevivência. Ela poderia muito bem tocar a vida de maneira idêntica se considerasse a sobrevivência um acaso feliz ou O Destino. E mais: o Japão é um país praticamente ateu que se tornou potência mundial, juntando os caquinhos depois de levar uma sova numa guerra. Não seria um idício de que o teu raciocínio (o de que a religião é necessária para que se siga em frente) está no mínimo incompleto?

E não deixa de ser também curioso que aqui uma catástrofe de proporções similares não mataria tanta gente (por conta da infraestrutura), e nos casos em que muitas mortes ocorreram, sempre sobreviveram alguns ateus ou "pagãos" adoradores de falsos deuses. Milagres acontecem também com quem não acredita e nem vai acreditar em Deus?

o que seria, de uma certa forma, comum de acontecer se caso alguém aí perdesse tudo e sua familia numa tragédia semelhante?

Mais ou menos. O suicídio raramente é motivado por perdas familiares. E curiosamente (e em contradição com o que você disse antes), os japoneses em geral encaram a morte com muito mais serenidade que os brasileiros. Eu diria até que, na média, os brasileiros têm muito mais medo da morte que os japoneses - que são em sua maioria ateus (e digo ateus no sentido literal, não estou falando aqui desses "neo-ateus revoltados seguidores de Richard Dawkins").

Se a pessoa sobrevivesse e se suicidasse, o que vc pensaria disso?

Essa eu posso responder sem apelar muito para a imaginação. Tinha um vizinho meu *no Brasil* que perdeu o emprego, se afundou em dívidas e se matou, deixando esposa e filho pequeno. Eu não considerei o suicídio certo ou errado, mas pensei: "putz, coitada da criança". Provavelmente a vida da criança ficou ainda mais difícil depois disso, mas não cabe a mim dizer se o cara devia ou não ter se matado.

Talvez você não tenha percebido, mas eu não estou julgando atitudes como "certas" ou "erradas", apenas apontando que é estranho, surpreendente, intrigante. O mundo é cheio de fenômenos estranhos, surpreendentes, intrigantes, e que não necessariamente são classificáveis como "certos" ou "errados".

brunohardrocker
Veterano
# jan/11
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Bog
Eu não me lembro de ter dito que existe uma coisa "certa" ou "errada" para se pensar nestas horas. Só disse que é curioso, intrigante, estranho, peculiar, que o nível de religiosidade aumente nessas circunstâncias, em que morre um monte de gente mas "Deus salvou a minha vida".

Não precisa tomar as dores dos insensatos, cara. Entendo perfeitamente que você raciocina e tenta compreender as coisas com mais profundidade. Mas se é estranho que o nível de religiosidade aumente, o normal seria como?

Não sugeri que você disse coisa alguma. Claro, pode acontecer de eu não ser compreendido porque estou trazendo para este tópico algo que é dito em oooutros momentos bem diferentes, mas que ao meu ver, contradizem as posições dos ateus nesse assunto.

Então, o que me intriga é ver ser dito "ah, mesmo com uma desgraça dessa o cara dá graças a Deus por estar vivo", mas em contrapartida não diz como acha que a pessoa deveria agir.

Ela poderia muito bem tocar a vida de maneira idêntica se considerasse a sobrevivência um acaso feliz ou O Destino.

Então não deveria falar nada num microfone, para um reporter, num momento desses. Somente depois alguns anos, quando tenha recuperado seu estado emocional normal. Atribui ao destino, ao meu ver, continuaria intrigando os ateus.

o Japão é um país praticamente ateu que se tornou potência mundial, juntando os caquinhos depois de levar uma sova numa guerra. Não seria um idício de que o teu raciocínio (o de que a religião é necessária para que se siga em frente) está no mínimo incompleto?

Não disse que é necessária, apenas apontei uma diferença cultural desenvolvida por ela em um país diferente.
A informação que tenho é que o índice de suicídio no Japão é elevado em comparação ao resto do mundo, isso não impediria de nenhuma maneira o avanço técnico-científico e a superação de um povo.

E não deixa de ser também curioso que aqui uma catástrofe de proporções similares não mataria tanta gente (por conta da infraestrutura), e nos casos em que muitas mortes ocorreram, sempre sobreviveram alguns ateus ou "pagãos" adoradores de falsos deuses. Milagres acontecem também com quem não acredita e nem vai acreditar em Deus?

Não é da conta dos cristãos julgar que adoradores de falsos deuses morrem em catástrofes, isso é anti-biblico. Qualquer um pode morrer ou sobreviver em catástrofes.

Mais ou menos. O suicídio raramente é motivado por perdas familiares. E curiosamente (e em contradição com o que você disse antes), os japoneses em geral encaram a morte com muito mais serenidade que os brasileiros. Eu diria até que, na média, os brasileiros têm muito mais medo da morte que os japoneses - que são em sua maioria ateus

Volto a dizer: me refiro a diferença cultural ao lidar com situações adversas: perseverança x desistência. Pode não ser motivado por perdas familiares, mas por qualquer outro motivo. Devo achar isso "intrigante"? Eu não acho.

Talvez você não tenha percebido, mas eu não estou julgando atitudes como "certas" ou "erradas", apenas apontando que é estranho, surpreendente, intrigante. O mundo é cheio de fenômenos estranhos, surpreendentes, intrigantes, e que não necessariamente são classificáveis como "certos" ou "errados".

Se é estranho, intrigante, é porque no mínimo você pensa diferente da pessoa e da sua reação. O que eu me pergunto, é por que ninguém se expõe logo após emitir a crítica, e diz como acha que deveria ser. Afinal, você teria uma reação diferente, não?

Bog
Veterano
# jan/11 · Editado por: Bog
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brunohardrocker
Mas se é estranho que o nível de religiosidade aumente, o normal seria como?

Hmmm... permanecer igual? Aparecer um ou outro revoltado declarando que Deus ou não existe, ou é um sádico, ou não dá a mínima? Todos se emputecerem com a falta de infraestrutura? Alguns se culparem por terem ocupado áreas de risco e ainda não terem saído de casa a tempo de salvar o resto da família?

Acho que teria um monte de reações que eu não acharia peculiares. Aliás, tenho certeza que muita gente teve elas, mas não mostram na TV, porque sempre é mais emocionante colocar alguém dizendo que "foi um milagre".

Então, o que me intriga é ver ser dito "ah, mesmo com uma desgraça dessa o cara dá graças a Deus por estar vivo", mas em contrapartida não diz como acha que a pessoa deveria agir.

Note que tem uma diferença enorme entre "dar graças a Deus" e dizer que "foi um milagre".

Atribui ao destino, ao meu ver, continuaria intrigando os ateus.

Primeiro: eu não sou ateu. Lembre-se disso. Segundo: você não entendeu o que eu quis dizer com "me intriga".

Deixa eu tentar um exemplo: uma vez eu vi um monte de patos. Entre eles tinha um pato perneta. Eu fiquei vários minutos olhando como ele se movia e se alimentava, e como os outros patos reagiam a ele. Fiquei intrigado com a capacidade de adaptação dele, achei curiosa a forma como alguns patos ignoravam ele enquanto outros paravam para esperá-lo, enfim, achei tudo muito doido. Fiquei tentando imaginar como seria possível modelar aqueles comportamentos.

Tem certas coisas da religiosidade que eu olho com a mesma curiosidade. Este raciocínio que iniciou a discussão é uma dessas coisas. Cai um morro. 1000 pessoas rezam. 999 morrem. 1 sobrevive. E a única conclusão possível para a pessoa é: "Foi um milagre. Eu rezei e Deus me salvou. 999 pessoas rezaram e Deus não salvou elas." Eu não consigo não achar isso muito esquisito. Queria poder entender o que se passa na cabeça da pessoa.

A informação que tenho é que o índice de suicídio no Japão é elevado em comparação ao resto do mundo,

Não tanto. Muitos outros países têm taxas maiores. No Japão, os suicídios ganham mais visibilidade em parte porque o assunto não é tabu por aqui.

Qualquer um pode morrer ou sobreviver em catástrofes.

Exatamente. Então por que exatamente se conclui que o cristão que rezou e sobreviveu sobreviveu por conta de um milagre? E os cristãos que rezaram e não sobreviveram, morreram porque Deus não quis atender aos seus pedidos? Se a resposta é que quando Deus determina que é a hora não tem jeito, a reza do que sobreviveu não seria sem propósito, já que se não era a hora dele, ele não morreria mesmo, e se fosse, rezar não o salvaria? E os não-cristãos que não rezam e sobrevivem, sobrevivem por que? Também por milagre? Esses são por acaso?

Pode não ser motivado por perdas familiares, mas por qualquer outro motivo. Devo achar isso "intrigante"? Eu não acho.

Por que não? Segundo o dicionário Priberam online, um dos snetidos para o verbo intrigar é "excitar a curiosidade de". Você não devia ficar curioso? Devia o que? Julgar? Declarar que "suicídio é errado, esses covardes pecadores vão direto para o inferno"?

O que eu me pergunto, é por que ninguém se expõe logo após emitir a crítica, e diz como acha que deveria ser.

No meu caso, é simplesmente porque eu não acho que exista um jeito que "deveria ser".

Afinal, você teria uma reação diferente, não?

Eu não sei como reagiria, mas possivelmente ficaria pensando se realmente a explicação é "um milagre", sorte, acaso, destino, preparação, presença de espírito ou outra coisa qualquer, e no final talvez concluísse que nunca saberei.

Mas certamente eu não penso que esse é o jeito que "deveria ser"...

Teccláudio
Veterano
# jan/11 · Editado por: Teccláudio
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brunohardrocker
Bog
Calem-se V_a-d=i.a.s

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