Feminista declara que movimento ecologista oprime mulheres e causa polêmica

    Autor Mensagem
    brunohardrocker
    Veterano
    # mai/10


    Francesa causou polêmica ao dizer que movimento contribui para a regressão do papel da mulher

    BBC

    Um livro escrito pela filósofa e feminista francesa Elisabeth Badinter, que será lançado este ano no Brasil, está causando grande polêmica na França por acusar os movimentos ecologistas de contribuir para a regressão do papel da mulher na sociedade ao "impor" a amamentação, o uso de fraldas de pano e a necessidade de alimentar os bebês somente com produtos naturais, preparados em casa.

    O livro Le Conflit - La Femme et la mère (O Conflito - A Mulher e a mãe, em tradução literal - o título da edição brasileira, que deve ser lançada pela Editora Record até o final do ano, ainda não foi definido) já vendeu mais de 150 mil exemplares e está na lista de best-sellers na França desde seu lançamento, em fevereiro.

    [...]

    Segundo a autora, o discurso ecologista está limitando as mulheres ao papel único de mãe ao exigir uma série de comportamentos e deveres que tornam a maternidade um "trabalho em tempo integral".

    'Tirania da mãe perfeita'

    Na prática, para Badinter, o movimento naturalista incitaria as mulheres a ficar em casa para cuidar dos filhos.
    "Estamos assistindo a uma verdadeira mudança radical, que está ocorrendo de forma subterrânea. Há um aumento incrível dos deveres maternos. A natureza se tornou um novo Deus, com critérios morais que culpam quem não seguir o discurso", disse Badinter em entrevista à BBC Brasil.

    A filósofa afirma que "há uma tirania da mãe perfeita" e que "uma boa mãe", nos dias de hoje, segundo as teorias ecologistas, é "aquela que amamenta durante pelo menos seis meses, não coloca o filho em creches tão cedo porque deve existir uma relação de fusão com a criança, não usa fraldas descartáveis nem alimentos industrializados".

    "Os potinhos para bebê se tornaram um sinal de egoísmo da mãe, então voltamos para os purês preparados em casa", afirma.

    "Em nome desta ideologia naturalista, nos países escandinavos quase não há mais anestesia peridural nos partos, ela até mesmo é fortemente desaconselhada", diz Badinter.

    Revolta

    Na França, o livro suscitou inúmeras críticas de pediatras, políticos e até mesmo feministas, além de pessoas ligadas a movimentos ecologistas, que se autodenominaram "verdes de raiva" em relação ao livro em discussões na internet.

    "Tornar a ecologia responsável pelas carências herdadas do mundo patriarcal europeu é algo errado e estéril", diz Cécile Duflot, secretária-geral do Partido Verde francês.

    "Elisabeth Badinter deveria questionar as diferenças salariais entre homens e mulheres e o problema da divisão das tarefas domésticas."

    Duflot acrescenta, em resposta ao livro, que apesar de ela ser ecologista, em sua casa é seu marido quem toma conta dos filhos.

    Crise econômica

    Badinter também afirma que a primeira causa da regressão da condição feminina são as crises econômicas, "que mudaram profundamente as mentalidades".

    Ela diz que desde os anos 80 a situação no emprego vem se tornando mais difícil, principalmente para as mulheres, mal pagas e "demitidas como um lenço de papel usado".
    "As mulheres passaram a questionar se valeria a pena trabalhar duro, sem satisfação pessoal, para ganhar um salário baixo ou se seria melhor cuidar dos filhos em casa e se realizar plenamente como mãe", afirma a feminista.

    [...]

    Amamentação

    Para Badinter, esse modelo de maternidade, com teorias "ecológicas moralizadoras, que fazem a natureza passar na frente das mulheres, torna impossível a igualdade entre os sexos".
    A escritora diz que a necessidade da amamentação se tornou o centro dos deveres maternos e também demonstra o fortalecimento do discurso naturalista que começou nos Estados Unidos, com a Liga do Leite, e no norte da Europa.
    Badinter afirma no livro que o "direito de amamentar" está se tornando uma obrigação, reforçada pela Organização Mundial da Saúde, para todas as mulheres, o que também provocou críticas na França de pessoas que apontam os benefícios do leito materno.
    "Não critico a amamentação. Só não quero que seja um modelo imposto. Nos hospitais, há pressão para que as mulheres façam isso. Mas a mamadeira também é boa para a criança. Não somos todas iguais, como chimpanzés. Há mulheres que não gostam de amamentar", afirma.
    A França registra a segunda maior taxa de natalidade da União Europeia, após a Irlanda, segundo a Eurostat (agência europeia de estatísticas).
    Badinter também já havia criado grande polêmica na França com outro livro, lançado há 30 anos, no qual afirma, baseada em fatos históricos, que o instinto materno não existe.

    FONTE:
    http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/05/feminista-diz-em-l ivro-que-movimento-ecologista-oprime-maes.html

    izzystradlin
    Veterano
    # mai/10
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    "Não critico a amamentação. Só não quero que seja um modelo imposto. Nos hospitais, há pressão para que as mulheres façam isso. Mas a mamadeira também é boa para a criança. Não somos todas iguais, como chimpanzés. Há mulheres que não gostam de amamentar",

    é uma idiota mesmo...

    Kaíque
    Veterano
    # mai/10
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    ''extremista'' idiota

    197873
    Veterano
    # mai/10
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    ''Sou a favor do movimento feminista, desde que não interfira no serviço de casa.''
    L. F. Veríssimo

    Konrad
    Veterano
    # mai/10
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    Esse feminismo nazista já deu no saco.

    Tem gente que leva isso à sério?

    brunohardrocker
    Veterano
    # mai/10
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    Konrad

    Não sei se posso falar algo do "feminismo" em si, ou se é melhor eu usar o mesmo termo que você usou "feminismo nazista", mas de qualquer modo eu achei essa briga interessante.

    Feminismo nazista x Ecologismo nazista

    Por mim, podem se arrebentar.

    brunohardrocker
    Veterano
    # mai/10
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    "Os potinhos para bebê se tornaram um sinal de egoísmo da mãe, então voltamos para os purês preparados em casa", afirma.

    X

    "Elisabeth Badinter deveria questionar as diferenças salariais entre homens e mulheres e o problema da divisão das tarefas domésticas."

    haha
    Dois ótimos argumentos.

    Dogs2
    Veterano
    # mai/10
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    Não somos todas iguais, como chimpanzés

    são todas iguais como mulheres mesmo

    21st Century Schizoid Man
    Veterano
    # mai/10
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    "-- Doutor Yamuk, cientista oficial do governo cazaque, provou que o cérebro das mulheres é menor que o de um esquilo". (Borat)

    Konrad
    Veterano
    # mai/10
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    brunohardrocker
    Não sei se posso falar algo do "feminismo" em si, ou se é melhor eu usar o mesmo termo que você usou "feminismo nazista", mas de qualquer modo eu achei essa briga interessante.

    Rapaz, esse feminismo nazista é o americano da década de 70.... do tipo "não dê bonecas às meninas....., não impeçam as meninas de aprenderem matemática".... etc... etc.

    Konrad
    Veterano
    # mai/10
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    brunohardrocker
    Os potinhos para bebê se tornaram um sinal de egoísmo da mãe, então voltamos para os purês preparados em casa", afirma.

    X

    "Elisabeth Badinter deveria questionar as diferenças salariais entre homens e mulheres e o problema da divisão das tarefas domésticas."

    haha
    Dois ótimos argumentos.


    95% das feministas americanas dos últimos 20 anos têm argumentos iguais/piores do que esses. ehhe

    LeandroP
    Moderador
    # mai/10
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    Tem duas coisas que eu não suporto: machismo e mulher que não sabe passar uma camisa.

    Codinome Jones
    Veterano
    # mai/10
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    LeandroP
    ashuuhsashaushauuhsahsua

    Codinome Jones
    Veterano
    # mai/10
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    Esse tipo de feminismo é praticamente igual ao preconceito contra negros (principalmente).. O fato de serem segregadas no passado se acham no direito de ''querer vingança'' ou acham que deve haver um tipo de compensação.. Extrapola.. Não se quer mais direitos iguais, querem direitos especiais..

    J. S. Coltrane
    Veterano
    # mai/10
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    Essa mina deveria criticar a emancipação negativa da mulher no séc XX. Trabalhar não é a liberdade, é somente mais uma sujeição. E das mais violentas. A não ser que liberdade seja definida como a escolha na frente das prateleiras do supermercado.

    Andy TheCatSp
    Veterano
    # mai/10
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    as mulheres tem os deveres delas assim como o homem tem os deles.

    o homem trabalha, e sustenta a casa, mas se a mulher quiser fazer o mesmo, quem irá cozinhar? e passar a roupa ? e lavar a roupa ?

    Konrad
    Veterano
    # mai/10
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    J. S. Coltrane
    Essa mina deveria criticar a emancipação negativa da mulher no séc XX. Trabalhar não é a liberdade, é somente mais uma sujeição. E das mais violentas. A não ser que liberdade seja definida como a escolha na frente das prateleiras do supermercado.


    Bem observado.

    Andy TheCatSp
    mas se a mulher quiser fazer o mesmo, quem irá cozinhar? e passar a roupa ? e lavar a roupa ?


    A empregada........ o próprio homem, depende do acordo entre os dois, ora.

    Devil Boy
    Veterano
    # mai/10
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    Um livro escrito pela filósofa e feminista francesa Elisabeth Badinter, que será lançado este ano no Brasil, está causando grande polêmica na França por acusar os movimentos ecologistas de contribuir para a regressão do papel da mulher na sociedade ao "impor" a amamentação, o uso de fraldas de pano e a necessidade de alimentar os bebês somente com produtos naturais, preparados em casa.

    Para ser franco, eu não faço idéia de para quem torcer nessa disputa.

    "Feminazis versus Ecoterroristas" é algo análogo a Alien versus Predador: não importa quem ganhe; quem perde somos todos nós.

    =)

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