Qual idioma devo estudar agora?

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Larizinha
Veterano
# nov/07
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Ngm

hahah na verdade eu fui num texto completamente diferente desse nice to meet you que você falou, mas tudo bem...hehe

Ngm
Veterano
# nov/07
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McBonalds
a) Só ele é internacional e neutro, não depende de nhenum povo exclusivamente e não dá privilégios a alguns povos em detrimento de outros.
Isso não é tão verdade, já que o vocabulário dele é basicamente retirado das línguas indo-européias, principalmente das germânicas e românticas. Um chinês, por exemplo, vai ter muito mais dificuldade de aprender do que um espanhol, ou italiano, ou inglês, porque vai ter que aprender muito mais palavras novas. Além disso, a fonética do esperanto é muito mais complicada do que o necessário, tendo alguns encontros consonantais que são fodas de aprender pra alguém que vem de uma língua que não tem eles.

b) Ele é 10 vezes mais fácil de aprender que qualquer outro idioma nacional.
Tirando o "10 vezes", isso provavelmente é verdade.

c)Ele proporciona uma grande economia em relação ao inglês, veja os seguintes dados, por exemplo:
Gostaria que você citasse suas fontes, como já pedi antes.

Fazendo um pesquisa rápida no google, todos os resultados da primeira página botam um limite superior em torno de 2 milhões pro número de falantes. Por isso eu acho que o esperanto ainda não é essa língua internacional.

No dia em que ele for devidamente popular, e for tomado como Língua Auxiliar Internacional, como você diz que é líquido e certo que vai acontecer, eu vou ficar muito contente em aprender a falar esperanto (sem sarcasmo).

Ngm
Veterano
# nov/07
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Larizinha
De nada. Fique a vontade pra fazer mais perguntas. Mas eu recomendaria que você desse um jeito de pegar os audios, porque isso é uma parte fundamental do aprendizado.

McBonalds
Veterano
# nov/07 · Editado por: McBonalds
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Ngm
Isso não é tão verdade, já que o vocabulário dele é basicamente retirado das línguas indo-européias, principalmente das germânicas e românticas. Um chinês, por exemplo, vai ter muito mais dificuldade de aprender do que um espanhol, ou italiano, ou inglês, porque vai ter que aprender muito mais palavras novas. Além disso, a fonética do esperanto é muito mais complicada do que o necessário, tendo alguns encontros consonantais que são fodas de aprender pra alguém que vem de uma língua que não tem eles.

Realmente, 60% do vocabulário vem do latim. Entretanto, a estrutura do Esperanto é toda oriental. Para você ter uma idéia, neste ano, o Congresso Universal de Esperanto foi em Yokohama no Japão. E no Congresso Brasileiro, a maior delegação estrangeira presente foi justamente de japoneses. E por falar em orientais, você sabia que na China o Esperanto já é ensinado em escolas?

Tirando o "10 vezes", isso provavelmente é verdade.
Isso foi comprovado pelos lingüistas, através de diversos estudos. Um deles era o seguinte: Foi ensinado Esperanto por 6 meses para diversos imortais da Academia Brasileira de Letras, em seguida foi feito com eles um ditado em Português, e em seguida
outro em Esperanto. Resultado: no ditado feito em Esperanto, eles não erraram NENHUMA palavra, enquanto no ditado em português eles cometeram vários erros.

Você tem idéia, por exemplo, de quantas regras gramaticais têm o Português? Nenhuma, não é mesmo? Pois o Esperanto tem 16 regras, apenas, e nenhuma excessão.
Além disso, a fonética do esperanto é muito mais complicada do que o necessário

Todas as letras são pronunciadas da mesma forma, de modo que cada letra tem um som e vice-versa, por isso essa afirmação não tem cabimento.

Gostaria que você citasse suas fontes, como já pedi antes.
Os dados que eu lhe falei foram retirados do site da Unesco.

Fazendo um pesquisa rápida no google, todos os resultados da primeira página botam um limite superior em torno de 2 milhões pro número de falantes. Por isso eu acho que o esperanto ainda não é essa língua internacional.

Como disse, é impossível dizer com precisão quantos falantes existem. Leia sobre isso no meu post mais acima. No entanto, mesmo que exista apenas 1 falante de Esperanto, ele continua sendo uma língua internacional, pelo simples fato de não pertencer a nenhum povo específico.

No dia em que ele for devidamente popular, e for tomado como Língua Auxiliar Internacional, como você diz que é líquido e certo que vai acontecer, eu vou ficar muito contente em aprender a falar esperanto (sem sarcasmo).
Claro, com o devido respeito, é muito mais fácil entrar no time quando ele já está ganhando.

Outra vantagem de se aprender Esperanto é que ele facilita o aprendizado de outras línguas, pois - por ser muito mais fácil - ele quebra as barreiras geralmente associadas à segunda língua.

A União Européia tem 11 línguas oficiais, o que resulta em 110 combinações de tradução, consumindo R$ 4,2 milhões por dia, R$ 1 bilhão por ano, 30 % do seu orçamento anual.

Por isso já existem propostas de se utilizar o Esperanto no Parlamento Europeu, por não ser uma língua nacional, e ser um idioma neutro.

Izzy Dragon
Veterano
# nov/07
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McBonalds
Só não entendi de onde você tirou que a estrutura do esperanto é oriental.

O fato de um monte de orientais aderirem à língua não tem nada a ver com isso.

Estrutura ocidental
(pronome - verbo - adjetivo)

Vi estas bela (Esperanto)
Você é bonita (Portugues)
You are pretty (Inglês)

Estrutura oriental - japonesa
(pronome - preposição - adjetivo - verbo)

Anata wa kawaii desu (Japones)

Ngm
Veterano
# nov/07
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Isso foi comprovado pelos lingüistas, através de diversos estudos.
Acho que eu já ouvi falar de um estudo assim, mas se tivesse a fonte, seria legal.

Você tem idéia, por exemplo, de quantas regras gramaticais têm o Português? Nenhuma, não é mesmo?
Não entendi o que você quis dizer. Como assim o português não tem regra gramatical?

Todas as letras são pronunciadas da mesma forma, de modo que cada letra tem um som e vice-versa, por isso essa afirmação não tem cabimento.
Você misturou duas coisas diferentes. Eu não falei de ortografia, mas de fonética. O que eu falei não tem nada a ver com a forma em que a língua é escrita, mas como ela é falada. Por exemplo, na esperanto existem palavras que tem o som de "pr", certo? Você tem noção de quanto é difícil de pronunciar o "r" se ele não existe na sua língua nativa? É disso que eu tô falando.

Claro, com o devido respeito, é muito mais fácil entrar no time quando ele já está ganhando.
Ah, cara, na boa, você tá levando pro lado pessoal, vai...

Outra vantagem de se aprender Esperanto é que ele facilita o aprendizado de outras línguas, pois - por ser muito mais fácil - ele quebra as barreiras geralmente associadas à segunda língua.
Já ouvi falar isso também, e acredito que seja verdade. Ponto pro esperanto.

Na realidade eu já considerei a possibilidade de estudar esperanto há alguns anos, mas acabei desistindo justamente por não sentir que ia ser tão útil. Talvez um dia eu mude de idéia.

McBonalds
Veterano
# nov/07
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Izzy Dragon
A estrutura do Esperanto foi baseada em um dialeto vietnamita.
Em Esperanto, usamos a terminação -n para indicar o acusativo, isso dá enorme flexibilidade à língua: Exs.:

La knabo vidas la hundon (O menino vê o cão)
La hundon vidas la knabo (idem)
La hundo vidas la knabon (O cão vê o menino)
La knabon vidas la hundo (idem)

Vi estas bela
Bela vi estas
Bela estas vi
Vi bela estas

Todas essas frases significam a mesma coisa.

Outra: O esperanto funciona totalmente com a estrutura de afixos. Você mesmo usou quando formulou (ou colou) esse exemplo.

Bela - Belo, Bela,Bonito,Bonita
Bele - Belamente, de maneira bela.

Agora, para dizermos o contrário, basta adicionar o prefixo 'mal', que indica o antônimo:

Malbela - Feio, Feia.

Isso é oriental no Esperanto.

McBonalds
Veterano
# nov/07 · Editado por: McBonalds
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Ngm


Você misturou duas coisas diferentes. Eu não falei de ortografia, mas de fonética. O que eu falei não tem nada a ver com a forma em que a língua é escrita, mas como ela é falada.
É isso que eu estou tentando dizer, em Esperanto, a língua é escrita exatamente da mesma forma que é falada, sempre.

Por exemplo, na esperanto existem palavras que tem o som de "pr", certo? Você tem noção de quanto é difícil de pronunciar o "r" se ele não existe na sua língua nativa? É disso que eu tô falando.

Os americanos enrolam um pouquinho mais o R, mas na maioria das vezes eles usam aquele som de 'd' no lugar do 'r', tipo um 'pdy'; os cinheses arrastam mais a pronúncia, pronunciando 'Prri', enfim, cada um se vira do jeito que pode, mas isso não altera em nada a inteligibilidade do idioma.


Ah, cara, na boa, você tá levando pro lado pessoal, vai...
Não estou levando pro lado pessoal. Serenamente eu só critiquei a sua atitude de 'torcer pra quem tá ganhando', só isso. Ao invés disso, por que também não luta para que o Esperanto seja adotado pela comunidade internacional?

Ngm
Veterano
# nov/07
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McBonalds
Os americanos enrolam um pouquinho mais o R, mas na maioria das vezes eles usam aquele som de 'd' no lugar do 'r', tipo um 'pdy'; os cinheses arrastam mais a pronúncia, pronunciando 'Prri', enfim, cada um se vira do jeito que pode, mas isso não altera em nada a inteligibilidade do idioma.
Mas isso torna o idioma menos neutro, já que alguns povos não vão conseguir alcançar a pronúncia "padrão". Se a língua simplesmente não tivesse esse tipo de som, o que é perfeitamente possível, ia ser mais acessível e neutra nesse sentido.

por que também não luta para que o Esperanto seja adotado pela comunidade internacional?
Porque eu não acredito no esperanto. Pelo menos ainda não. Se você me convencer de que ele realmente vai ser uma língua difundida, eu aprendo e passo a defender ele ao seu lado. Senão, eu não tenho nenhum motivo pra preferir esperanto do que interlingua ou qualquer outro idioma construído com esse objetivo, que existem aos montes.

McBonalds
Veterano
# nov/07
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Ngm
Mas isso torna o idioma menos neutro, já que alguns povos não vão conseguir alcançar a pronúncia "padrão". Se a língua simplesmente não tivesse esse tipo de som, o que é perfeitamente possível, ia ser mais acessível e neutra nesse sentido.

Não necessariamente. Isso é compensado em várias outras coisas. Na verdade, Zamenhof colocou no Esperanto os sons pronunciados pela maioria dos povos, o que consequentemente vai facilitar para alguns e dificultar um pouco para outros. É impossível que a língua seja 100% fácil pra TODO mundo.

Porque eu não acredito no esperanto. Pelo menos ainda não. Se você me convencer de que ele realmente vai ser uma língua difundida, eu aprendo e passo a defender ele ao seu lado. Senão, eu não tenho nenhum motivo pra preferir esperanto do que interlingua ou qualquer outro idioma construído com esse objetivo, que existem aos montes.

Sobre isso, aconselho você a ler
Essência e Futuro da Idéia de Língua Internacional, publicado por Zamenhof, onde ele aborda esses temas que conversamos.

Ngm
Veterano
# nov/07
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McBonalds
Tudo bem, eu vou olhar o texto que você falou.

Agora, mudando de assunto, só pra descontrair... você fala alguma outra língua? Você não rejeita estudar outras línguas só porque fala esperanto, né?

Eu particularmente acho esse negócio muito legal. Eu pretendo estudar tantas línguas quanto eu puder! Quero falar 5, 10, 20 línguas! hehehe É um hobby mesmo que eu tenho. Além do meu português fluente (ainda bem), acho que consigo mandar bem no inglês e tô aprendendo russo. Mas tô na dúvida sobre qual língua sobre estudar depois.

hard rock and roll
Veterano
# nov/07
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Ngm
Eu particularmente acho esse negócio muito legal. Eu pretendo estudar tantas línguas quanto eu puder! Quero falar 5, 10, 20 línguas

tua vida toda vai ser só pra especializar em línguas?

McBonalds
Veterano
# nov/07 · Editado por: McBonalds
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Ngm
Você não rejeita estudar outras línguas só porque fala esperanto, né?
Claro que não...Na verdade a maioria dos esperantistas falam 3 ou mais línguas...Infelizmente eu não faço parte dessa maioria hehehe

Há muito tempo atrás já tentei aprender russo, latim e francês sozinho, mas não tive muito sucesso. Agora quero tentar o alemão. Mas pra isso eu to pensando em me utilizar do Esperanto...ir pra lá morar uns tempos lá e aprender meio que 'na marra' hehehe

Ngm
Veterano
# nov/07
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hard rock and roll
tua vida toda vai ser só pra especializar em línguas?
Nem é. A maioria dos poliglotas conseguem desenvolver métodos bastante eficientes de aprendizado. Em um ou dois anos eles conseguem aprender uma língua consideravelmente bem, pelo menos ao ponto de entender ela. Eu vou tentar desenvolver os meus métodos também. Agora, se vou ter sucesso, já não sei.

E eu não vejo nenhum problema em ficar estudando línguas a vida toda. Eu não passo o tempo todo estudando, mas talvez uma hora por dia, nem todo dia. Afinal, é algo que eu faço por gosto.

Ah, e 20 línguas fui zoeira, né...

McBonalds
Talvez eu esteja sendo meio chato em repetir denovo, mas você devia dar uma olhada no site que eu citei lá atrás. Eu acho o método muito bom.

TG Aoshi
Veterano
# nov/07
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Ngm
Ah, e 20 línguas fui zoeira, né...

Qué isso... já ouviu falar no Guimarães Rosa? =D

Ngm
Veterano
# nov/07
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TG Aoshi
"Falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração."

Bem louco ele, hein?

TG Aoshi
Veterano
# nov/07 · Editado por: TG Aoshi
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Ngm
Guimarães é foda! \m/

Dizem que ele era mto humilde, e por muito tempo não se soube que ele sabia (MTO) mais do que as línguas que ele cita como fluentes aí! Foram encontrar esse depoimento dele anos mais tarde!
Outra coisa é que, se não estou enganado, ele virou uma lenda no Instituto Rio Branco, por ter aprendido tantos idiomas sendo autodidata!

McBonalds
Veterano
# nov/07
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TG Aoshi
Guimarães é foda! \m/
E grande esperantista, também...Grande mano Guima...

Ngm
Vamos fazer o seguinte: eu leio o seu link e você l~e o meu...rsrsrs

paranauê
Veterano
# nov/07
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Ngm

Finlandês deve ser muito legal! Se eu viver o bastante, um dia vou estudar essa língua!


É legal pra caramba.
Difícil, porém legal. \o/

Ngm
Veterano
# nov/07
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TG Aoshi
Muito legal, cara. Eu não sabia desse lance dele não! Achei esse texto na wikipédia depois de ler a sua mensagem! hehehe

Você conhece mais algum famoso que seja poliglota? Admiro muito esses caras.

McBonalds
Opa! Beleza! Já comecei a ler o seu!

paranauê
Uma vez ouvi falar que o finlandês tem 16 casos de declinação! É verdade isso?

Fisioterapeuta
Veterano
# nov/07
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estude mandarim, esse sim vai dominar o mundo e a internet

Bog
Veterano
# nov/07
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McBonalds

Bom, já vi que não tem jeito. Sinceramente, acho que eu tenho mais experiência internacional que você, e posso falar com muito mais segurança de como são as coisas na prática neste exato momento.

Talvez um dia o esperanto alcance realmente uma dimensão que o torne importante. Até lá, fico com o inglês, que no momento é mais útil para que eu possa fazer as minhas coisas. O ponto chave é bem simples: se eu soubesse esperanto mas não soubesse inglês, não estaria onde estou, não trabalharia com o que trabalho, não leria os livros que leio, não veria os filmes que vejo e não conversaria com as pessoas que converso. Não passaria sequer pelos setores de imigração que passei para estar aqui.

Façamos assim: continuo usando o inlgês, que é o que me é permitido usar no meu dia a dia. Você continua com o esperanto. Quando você tiver um bom número de viagens internacionais, me conta como foi. Tenho para mim que a única forma de um esperantista se aventurar é estabelecendo contato prévio com alguém que mora no lugar. Ir no lugar sozinho para depois encarar o mundo real é bem mais complicado.

PS - O inglês é mais útil que o mandarim por ser mais disseminado e, de forma geral, é bem mais usado nos lugares que me interessam ir.

TG Aoshi
Veterano
# nov/07 · Editado por: TG Aoshi
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Ngm
Você conhece mais algum famoso que seja poliglota? Admiro muito esses caras.

Ya! Eu tbm admiro pra caramba! Mas o número de "super-poliglotas" nem é tão pequeno (bom... relativamente...) assim. De qualquer jeito vou vasculhar por aí, sei que há bastante famosos.
Minha mãe tava me falando tempos atrás de um maestro que veio pra cá, parece que o cara tinha fluência em várias línguas tbm, além de ser um maestro mto conceituado.

Ngm
Veterano
# nov/07
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TG Aoshi
Outro dia tava lendo por aí sobre um cara fala umas 40 línguas e ainda tava aprendendo outras 20! Mas nem tem como acreditar nisso... 60 línguas! Impossível!

Vou ver se eu acho o texto e ponho aqui.

McBonalds
Veterano
# nov/07
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Bog

É claro que o Esperanto tem uma comunidade de falantes muito menor que o inglês. Mas temos que pensar o seguinte: O Esperanto não tem nenhuma superpotência que o banque, como é o caso do inglês(da última vez que esteve no Brasil , o Bush investiu destinou uma verba de 27 milhões de dólares para financiar viagens de estudantes de inglês aos estados Unidos), e somente por isso ele é disseminado como o é hoje. Quero lembrar que os falantes nativos da língua inglesa, representam apenas 6 % da população mundial, mas como concentram mais de 50 % das riquezas, obrigam, os restantes 94% do mundo a estudar essa língua, colocando-nos em uma situação de inferioridade, desigualdade e injustiça. . Mas o papo aqui não é sobre a comunidade de falantes, como você falou, então, discutamos sobre o idioma.

Deixa eu te perguntar uma coisa: Quantos anos você levou para adquirir o nível que tem em inglês? E se eu te dissesse que você poderia adquirir esse mesmo nível em menos de 1 ano de estudo (já que você fala inglês e japonês, o tempo vai ser bem menor) do Esperanto? Você acreditaria?

Já mostrei por A+B aqui que, lingüisticamente falando, o Esperanto é superior ao inglês ou qualquer outra língua nacional, isso já é motivo suficiente para que ele seja adotado com Língua Auxiliar Internacional.

Não nego que as aplicabilidades práticas do Esperanto no nível profissional sejam bem reduzidas (eu mesmo trabalho com Comércio Exterior e uso o inglês direto), mas o Movimento Esperantista luta para que essa situação mude. Deixar de falar Esperanto, apenas porque existem poucas pessoas que falam não é muito inteligente, do meu ponto de vista. Afinal de contas, se todo mundo pensar assim a coisa nunca vai mudar.

Só para fazer uma comparação, os combustíveis fósseis são os mais utilizados hoje em dia, mas isso não quer dizer que eles sejam os mais benéficos. Não podemos insistir no erro apenas por medo de mudar.

Independente do que as grandes companhias acham, você está satisfeito em ter que aprender e usar inglês ?

Bog
Veterano
# nov/07
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McBonalds

Quantos anos você levou para adquirir o nível que tem em inglês?

Não sei! Não me lembro de "ter aprendido" inglês, porque comecei com 3 anos. Eu sei que o meu domínio do idioma foi melhorando com o tempo, mas não tem um tempo exato.

E se eu te dissesse que você poderia adquirir esse mesmo nível em menos de 1 ano de estudo (já que você fala inglês e japonês, o tempo vai ser bem menor) do Esperanto? Você acreditaria?

Sim.

lingüisticamente falando, o Esperanto é superior

Disso eu nunca duvidei... Na verdade, não sei e nem posso opinar a ESTE respeito.

Não nego que as aplicabilidades práticas do Esperanto no nível profissional sejam bem reduzidas

É exatamente nisso que eu estava insistindo. Para o bem ou para o mal, o inglês é "o que tá aí". Quando eu fiz vestibular, tinha que escolher entre inglês e espanhol. Não tinha esperanto. Quando comecei a publicar meus trabalhos em boas conferências, tinha que ser em inglês. As grandes conferências da minha área não são em esperanto. Quando quis vir para o Japão, tive prova de japonês e inglês. Não tinha esperanto. Para entrar no doutorado, precisei mostrar que falava inglês. Não tinha esperanto. Minha tese pode ser escrita em inglês ou japonês. Em esperanto não pode. Já tenho aqui uma possibilidade de trabalho com pesquisa. Se não falar muito bem japonês, não tem problema, pode-se usar o inglês. Esperanto não pode.

Deixar de falar Esperanto

AH, mas isso não é problema. O problema aqui é quando começam a comparar se o idioma A é mais útil na prática que o idioma B. Nesta comparação, atualmente o inglês ganha. Mas falar inglês não impede você de falar esperanto. Ou russo. Ou galês.

Hoje em dia, inglês é necessário. Se o cara é como o autor do tópico, que queria aprender mais alguma outra, aí depende muito do que o cara quer fazer com o outro idioma. Tomo eu mesmo como exemplo. O meu 3o idioma tem uso bem restrito. Mas como eu queria vir para o Japão, acabou sendo japonês mesmo. Se o cara quiser morar no Canadá, francês é uma boa pedida. Se quer fazer contato com pessoas no (semi-finado) Mercosul, Espanhol. Se quer apostar no poder futuro da China, mandarim.

Esperanto é para... se o cara acreditar mesmo que este vai ser o idioma dominante nas relações internacionais no futuro. Ou se ele quiser fazer parte de uma comunidade onde falar um idioma é o suficiente para tornar as pessoas amigas entre si. Nada contra isso. Mas como você mesmo disse, é um idioma fácil de usar. Então, se um dia ele se tornar útil, eu aprendo rapidinho. ;)

Independente do que as grandes companhias acham, você está satisfeito em ter que aprender e usar inglês ?

Sinceramente, não me incomoda. O que importa é que eu consigo seguir a carreira que eu escolhi e conhecer muitas pessoas de várias partes do mundo. Como não é em português, para mim tanto faz. Meu idioma é o português. O resto eu aprendo e uso conforme a necessidade.

E note que isso apesar de eu não ter a menor vontade de conhecer os EUA a turismo.

And the meek shall inherit the earth
Veterano
# nov/07
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McBonalds
Bacana. Fiquei com vontade de aprender Esperanto. Tens msn pra eu ter um contato pra praticar?

McBonalds
Veterano
# nov/07
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Bog

Ah, sim. Não descarto a necessidade do inglês nos dias de hoje. Mas eu aprendi esperanto, e luto por sua divulgação justamente para mudar esse quadro, pois o Esperanto foi feito para essa finalidade e seria mais eficiente nesse papel.

Por exemplo, tenho certeza de que seus trabalhos científicos seriam muito melhor escritos e divulgariam melhor as suas idéias caso eles fossem escritos em Esperanto, devido à enorme flexibilidade do idioma. Isso sem contar nos problemas de comunicação que ocorrem em outros lugares, como na aviação, por exemplo.

Já que você visitou tantos lugares no exterior, deve ter percebido o número de línguas em que são escritas as sinalizações, placas de trânsito, letreiros, etc principalmente em lugares turísticos. Se o Esperanto fosse devidamente divulgado, seria muito mais barato escrever as placas apenas em Esperanto, ou ainda em duas línguas (a local e o Esperanto). Na União Européia, como citei no post lá de cima, gasta-se milhões apenas com traduções das 12 línguas do continente. Se o Esperanto fosse definitivamente adotado como Língua Auxiliar Internacional, ele serviria de ponte para todas essas línguas, economizando todo esse dinheiro.

Isso sem contar os milhões que as escolas de idioma faturam por mês, vendendo a ilusão de que falar inglês garante um bom emprego (No seu caso garantiu, mas não foi só isso que contou. Se você só falasse inglês sem conhecer nada da sua área não conseguiria emprego algum). Todos os cursos de Esperanto são dados de graça, por professores voluntários que, quando cobram alguma coisa, é para cobrir o preço do material.

Algum dia pode ser que você venha a fazer suas publicações em Esperanto, também. O 'Le Monde' na frança já fala Esperanto, a Wikipédia, o Google, a Rádio China Internacional, e até empresas grandes como a Siemens e a Mitsubishi.

Mas enfim, atualmente, quem quer fazer dinheiro aprende inglês, quem quer fazer amigos, aprende o Esperanto. Eu, na verdade, aprendo os dois hehehe


And the meek shall inherit the earth

Mandei o meu MSN via MP. Se quiser uma dica de como começar, você pode procurar o Centro Cultural Esperantista, aí em Campinas (kultura@esperanto.cc) ou então estudar sozinho via internet: www.kurso.com.br ou www.pt.lernu.net

McBonalds
Veterano
# nov/07 · Editado por: McBonalds
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A título de curiosidade, segue um texto apresentado em 13/03/79 por Claude Piron, em nome da Associação Universal de Esperanto, no simpósio "Língua e Comunicação", patrocinado pela UNESCO.


Mito e Realidade

Quando eu era criança, diziam-me: "Não tenha medo de se perder. Use sua língua, pois quem tem boca vai a Roma". Mas mal atravessei a fronteira do meu país e defrontei-me com outra realidade: o idioma que falavam não era o mesmo que o meu!

Aconselharam-me: "Quer se comunicar com estrangeiros? Use os idiomas que você aprendeu na escola!". Mas de que maneira, se através dos idiomas que aprendemos durante anos na escola mal conseguimos balbuciar algumas frases?

Disseram-me: "Falando inglês, você será compreendido em qualquer lugar do mundo!". Mas, um dia, num vilarejo espanhol, presenciei um acidente entre dois automóveis, onde os motoristas - um sueco e um francês - em vão procuravam se entender e se fazer entender pelos policiais espanhóis. Certa vez, numa cidadezinha tailandesa, vi um angustiado turista tentar explicar o que sentia ao médico local, sem conseguir seu intento. Durante anos trabalhei para a ONU e para a OMS, nos cinco continentes, e por toda parte, fosse na Guatemala, na Bulgária, no Congo, no Japão ou em qualquer outro país, constatei que através do inglês só conseguia me comunicar com os empregados dos grandes hotéis e das companhias de aviação

Disseram-me: "Graças às traduções, culturas de todos os povos são acessíveis a todos". Mas quando comecei a comparar os textos originais com as suas traduções, encontrei tantos erros, que cheguei à triste conclusão que "tradutore... traditore".

Disseram-me: "As grandes potências querem ajudar o Terceiro Mundo, respeitando as culturas nacionais". Percebi, no entanto, que as mais fortes pressões culturais são exercidas pelo inglês e pelo francês. Em primeiro lugar, a língua do país que concede o auxílio é sempre imposta nas relações com o país que o recebe. Entretanto, inúmeros problemas surgem quando, em programas de treinamento, os técnicos dessas potências procuram, através de seus idiomas, fazer-se entender pelos treinandos, que não possuem em suas línguas locais os mais elementares livros didáticos.

Disseram-me: "A instrução pública garantirá a igualdade de oportunidades para todas as crianças". No entanto, vi, principalmente em nações do Terceiro Mundo, famílias ricas enviarem seus filhos aos Estados Unidos ou Inglaterra, com a única finalidade de aprenderem o inglês, enquanto que do outro lado vi a grande maioria da população encarcerada no próprio idioma nacional e submetida a essa ou aquela propaganda, permanecer num estado sócio-econômico inferior.

Disseram-me: "O esperanto fracassou". Entretanto vi, num vilarejo europeu, filhos de camponeses, após 6 meses de estudo do esperanto, comunicarem-se fluentemente com visitantes japoneses.

Disseram-me: "Falta ao esperanto um valor humano". No entanto, aprendi o idioma, li suas poesias, ouvi suas canções. Nessa língua comuniquei-me com brasileiros, chineses, iranianos, poloneses e até com um jovem do Uzbequistão. E eis que o outrora tradutor profissional deve confessar a vocês que essas conversas que manteve foram, sem dúvida, as mais espontâneas e profundas que, algum dia, experimentou num idioma estrangeiro.

Disseram-me: "O esperanto e a cultura são incompatíveis". Entretanto, onde quer que eu fosse, seja na Europa Oriental, na América Latina ou na Ásia,o nível intelectual dos esperantistas era muito superior ao dos seus concidadãos de mesmo nível social. E quando presenciei debates internacionais nessa língua, muito me impressiou o nível dos participantes.

Naturalmente, mencionei fatos dos quais fui testemunha. E a todos eu disse: Venham! Vejam! Existe algo extraordinário: uma língua que resolve satisfatoriamente o problema da barreira lingüística. Vi um húngaro e um coreano discutirem sobre filosofia e política numa fluência inacreditável, para quem havia aprendido o esperanto há pouco tempo. E eu vi isso e muito, muito mais...

Mas retrucaram: "Nada disso nos interessa, pois é sabido que o esperanto não é um idioma natural". Sinceramente não entendo. Quando aquilo que vai dentro do coração do homem, quando todos os seus impulsos, quando as mais sutis nuances do seu pensamento são comunicadas diretamente por meio de um idioma, dizem-me: "Esta língua não é natural".

Mas, então, o que é natural? Será, na falta de um idioma comum, a mudez de homens sedentos de diálogo? Será a incompreensão causada por um idioma feito de gestos mal compreendidos? Será a subnutrição cultural daqueles a que a diversidade lingüística impediu o acesso a obras da cultura universal? Ou será "natural" o ridículo daqueles que, após anos e anos de estudo na escola não conseguem se exprimir com clareza no idioma alheio? Vejo, isso sim, a desigualdade e a discriminação lingüística prosperarem no mundo inteiro. Vejo diplomatas e especialistas, através de incômodos aparelhos, ouvirem de vozes alheias aquilo que o seu interlocutor lhes quer comunicar. Será tudo isso, enfim, uma "comunicação espontânea "?

Das duas uma: ou querem me enganar ou estou ficando maluco!


Claude Piron
psicólogo, professor
ex-intérprete da ONU e da Org. Mundial da Saúde
Genebra, Suíça

_Raulzito_
Veterano
# nov/07
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Ngm
Você conhece mais algum famoso que seja poliglota? Admiro muito esses caras.

Que tal esse: William James Sidis

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