chico science (terceira palavra)

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    O_raffa
    Veterano
    # abr/07


    Francisco de Assis França...

    foi um cantor e compositor recifense, um dos principais colaboradores do movimento Manguebeat em meados da década de 1990. Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, deixou dois discos gravados: Da Lama ao Caos e Afrociberdelia, tendo sua carreira precocemente abortada por um acidente de carro.

    Chico Science participava de grupos de dança e hip hop em Pernambuco no início dos anos 80. No final da década integrou algumas bandas de música como Orla Orbe e Loustal, inspiradas na música soul, no funk e no hip hop. A fusão com os ritmos nordestinos, principalmente o maracatu, veio em 1991, quando Science entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, subúrbio de Olinda. Misturou o ritmo da percussão com o som de sua antiga banda e formou o Nação Zumbi. A partir daí o grupo começou a se apresentar em Recife e Olinda e iniciou o "movimento" mangue beat, com direito a manifesto ("Caranguejos com Cérebro", de Fred 04, da Mundo Livre S/A). Em 1993 uma rápida turnê por São Paulo e Belo Horizonte chamou a atenção da mídia. O primeiro disco, "Da Lama ao Caos", projetou a banda nacionalmente. O segundo, "Afrociberdelia", mais pop e eletrônico, confirmou a tendência inovadora de Chico Science e Nação Zumbi, que excursionaram pela Europa e Estados Unidos, onde fizeram sucesso de público e crítica. O Nação Zumbi lançou um CD duplo em 1998, depois da morte do líder, com músicas novas e versões ao vivo remixadas por DJs.

    Podemos citar, como bandas relacionadas a Chico Science, as conterrâneas Mundo Livre SA e Bonsucesso Samba Clube, as mais recentes Cordel do Fogo Encantado, Mombojó e Otto, passando por Sepultura (mais especificamente o álbum Roots) e Cássia Eller (intérprete de músicas como Corpo de Lama e Quando a Maré Encher), além da antiga parceira e ainda em atividade: Nação Zumbi.



    um satelite na cabeça...... falo

    O_raffa
    Veterano
    # abr/07
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    Risoflora

    Eu sou um caranguejo e estou de andada
    Só por sua causa, só por você, só por você
    E quando estou contigo eu quero gostar
    E quando estou um pouco mais junto eu quero te amar
    E aí te deixar de lado como a flor que eu tinha na mão
    E a que esqueci na calçada só por esquecer
    Apenas porque você não sabe voltar pra mim
    Oh Risoflora!
    Vou ficar de andada até te achar
    Prometo meu amor vou me regenerar
    Oh Risoflora!
    Não vou dar mais bobeira dentro de um caritó
    Oh Risoflora, não me deixe só
    Eu sou um caranguejo e quero gostar
    Enquanto estou um pouco mais junto eu quero te amar
    E acho que você não sabe o que é isso não
    E se sabe pelo menos você pode fingir
    E em vez de cair em suas mão preferia os seus braços
    E em meus braços te levarei como uma flor
    Pra minha maloca na beira do rio, meu amor!
    Oh Risoflora!
    Vou ficar de andada até te achar
    Prometo meu amor vou me regenerar
    Oh Risoflora!
    Não vou dar mais bobeira dentro de um caritó
    Oh Risoflora, não me deixe só.

    Kobberminer
    Veterano
    # abr/07
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    Manguetown

    Ha ha ha . . .
    Tô enfiado na lama
    É um bairro sujo
    onde os urubus têm casas
    e eu não tenho asas
    Mas estou aqui em minha casa
    onde os urubus têm asas
    Vou pintando, segurando a parede
    no mangue do meu quintal Manguetown
    Andando por entre os becos
    andando em coletivos
    ninguém foge ao cheiro sujo
    da lama da manguetown
    Andando por entre os becos
    andando em coletivos
    ninguém foge à vida suja
    dos dias da manguetown

    Esta noite sairei
    Vou beber com meus amigos...
    Ha!
    E com as asas que os urubus
    me deram ao dia
    Eu voarei por toda a periferia
    Vou sonhando com a mulher
    que talvez eu possa encontrar
    E ela também vai andar
    na lama do meu quintal
    Manguetown
    Andando por entre os becos
    andando em coletivos
    ninguém foge ao cheiro sujo
    da lama da manguetown
    Andando por entre os becos
    andando em coletivos
    ninguém foge à vida suja
    dos dias da manguetown

    Andando por entre os becos
    andando em coletivos
    ninguém foge ao cheiro sujo
    da lama da manguetown
    Andando por entre os becos
    andando em coletivos
    ninguém foge à vida suja
    dos dias da manguetown

    Fui no mangue catá lixo
    pegar caranguejo
    Conversar com urubu

    O_raffa
    Veterano
    # abr/07
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    A cidade

    O sol nasce e ilumina
    as pedras evoluídas
    que cresceram com a força
    de pedreiros suicidas
    Cavaleiros circulam
    vigiando as pessoas
    Não importa se são ruins
    nem importa se são boas

    A cidade se apresenta
    centro das ambições
    para mendigos ou ricos
    e outras armações
    Coletivos, automóveis,
    motos e mêtros
    Trabalhadores, patrões,
    policiais, camêlos

    A cidade não pára
    a cidade só cresce
    O de cima sobe
    e o de baixo desce
    A cidade não pára
    a cidade só cresce
    O de cima sobe
    e o de baixo desce

    A cidade se encontra
    prostituída
    por aqueles que a usaram
    em busca de saída
    Ilusora de pessoas
    de outros lugares,
    a cidade e sua fama
    Vai além dos mares

    No meio da esperteza
    internacional
    a cidade até que não está tão mal
    E a situação sempre mais ou menos
    Sempre uns com mais e outros com menos

    A cidade não pára
    a cidade só cresce
    O de cima sobe
    e o de baixo desce
    A cidade não pára
    a cidade só cresce
    O de cima sobe
    e o de baixo desce

    Eu vou fazer uma embolada,
    um samba, um maracatu
    tudo bem envenenado
    bom pra mim e bom pra tu
    Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus
    Num dia de sol
    Recife acordou com a mesma fedentina do dia anterior.



    essa eh a melhor \o/

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