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# ago/06
Mantega crê em reaquecimento e nega ação política do BC
BELO HORIZONTE (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou sazonal o desaquecimento do PIB brasileiro no segundo trimestre e disse que dados preliminares indicam retomada do crescimento já a partir de julho.
"A economia está crescendo a 4 por cento e evidentemente existe sazonalidade", disse Mantega nesta quinta-feira a jornalistas após reunião com o candidato do PT ao governo de Minas Gerais, Nilmário Miranda.
"Nosso crescimento não é contínuo e igual. Cada trimestre tem comportamento distinto. Todo mundo esperava desaquecimento no segundo trimestre, o que de fato houve por razões conhecidas."
Segundo ele, a Copa do Mundo, a greve dos fiscais da Receita Federal, operações de manutenção em plataformas da Petrobras e a queda das exportações afetaram negativamente, mas de forma pontual, a evolução do PIB de abril a junho.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou nesta quinta-feira que a economia brasileira cresceu apenas 0,5 por cento no segundo trimestre frente aos três primeiros meses do ano. Na comparação com o mesmo período de 2005, a expansão foi de 1,2 por cento.
"Agora já estamos numa trajetória de crescimento a partir de julho, porque subiu a venda de automóveis e de papelão ondulado. O consumo de energia também cresceu", afirmou Mantega.
"Estamos crescendo de forma robusta. O mercado interno está sólido e estão sendo ampliados a massa salarial e o nível de emprego."
Mantega disse que o corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, definido na véspera, não terá efeitos imediatos sobre a atividade econômica, mas poderá se refletir positivamente entre seis e oito meses.
O ministro refutou as afirmações de que o Comitê de Política Monetária (Copom) tenha reduzido a taxa básica em patamar mais forte do que o esperado pelo mercado por motivação política.
"A gente deveria se surpreender se (a Selic) não caísse porque a cada mês a previsão de inflação para 2006 é menor, dando uma folga para a queda das taxas de juros", disse.
Mantega sugeriu que a redução do juro deve continuar nos próximos meses. "A previsão da inflação para 2006 começou em 4,5 por cento, foi para 4 por cento, 3,8 por cento e está em 3,5 por cento. Daqui a pouco vai para 3 por cento. Há espaço para a queda da taxa Selic."
(Por Danilo Jorge e Reese Ewing)
a pergunta que fica...será que cresceremos mais que o haiti esse ano?...abraços
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