Alessandra
Veterano |
# jul/06 · Editado por: Alessandra
Otville - Chapter II
Os dias passaram calmos na hospedaria Barah's, com a chegada de Carla Andrea, Nillaketty arranjou o que há muito tempo não tinha: uma boa amiga. E as curvas fartas da nova visitante povoava a mente pervä dos seres com pal do lugar.
-Eu acho os olhos dela lindos - Dizia Bramires
-Prefiro os peitos - Afirmava categoricamente Cabeça de balde, fazendo gestos de 'agarrar balões' no ar
Como não era de se duvidar, em pouco tempo apareceram as apostas. O Bolão.
Quem comia ela primeiro.
- 10zão - Jogou na mesa Cabeça de Balde.
- Uma caixa de Polar - mandou ver Bramires.
- 20tinho - Se adiantou grprs
- Vocês são muito infantis... - começou Alexandre Souza. Com essa atitude de frangas, nunca vão comer.
- Ah é Sr "meu pau tem vida própria", então o que aposta?? - Falou Bramires.
Alexandre Souza coçou a canela cabeluda com a chinela Samoa Azul Marinho, e disse, sabiamente:
- Ah, vão dar meia hora de bunda... -Na verdade ele sempre foi apaixonado por Nilaketty, que nunca lhe deu bola...
Nesse instante, Nillaketty aparece meio confusa e pergunta pros rapazes:
-Gentë, alguém viu o Moska? Faz tempo que não vejo ele, preciso de ajuda pra limpar aqueles ninhos de pardal do estocado do telhado...
Alexandre Souza diz:
-Olha, a última vez que falei com ele, ele tinha me avisado que tinha ido pra cidade, trocar de nome, pra não ser mais zoado na roda de truco, disse que voltaria assim que achasse um nome à sua altura...
-Ah, então ele volta assim que "Chimbinha" deixar de ter direitos autorais... - Disse rindo Cabeça de balde.
*toc toc toc*
Nilla vai abrir a porta e se assusta com a figuraça.
- Bom dia, Mademoiselle.
- Hã, oi... (recuando)
- Eu gostaria de oferecer meus serviços de jardineiro, vi que a casa de vocês está com alguns arbustos crescido... Disse o homem com a máscara.
- Ah... deixa eu chamar o dono... - Nilla se vira e sai correndo feito louca pra dentro da casa
- Brama, Brama, tem um louco aí na frente com uma moto-serra, uma máscara esquisita e voz de farofeiro gringo pedindo pra ser jardineiro! - disse ofegante.
- Ah, deixa eu ver isso... - Bramires levanta e não se dá conta de que Grprs colou um papel escrito "Come meu cu" nas suas costas.
- Ué, cadê o cara...? - Bramires olha ao redor da casa
- Opa, tô aqui, fui fazer um mijão, sabe como é...
- Ah tá... - Bramires pergunta intrigado
- Então, o que tu faz?
- Eu sou... Jardineiro! - Disse o cara com a Máscara
- E eu sou o papai-noel. Pra quê essa máscara bisonha??
- É pra proteger contra os pesticidas.
- E a moto-serra?
- Bom, arbustos, árvores...
- Mas e a grama, tu corta com a moto-serra também?
- Claro, todo o trabalho de esculturas em plantas da cidade de Batatais fui eu que fiz!
- Cobra quanto?
- Só estadia. Sinto que posso ser muito mais útil a essa hospedaria do que como só jardineiro.
Por detrás da máscara, o sujeito esquisitão deveria sorrir, pensou Brama.
- Tudo bem Barah, mas nada de moto serra aqui dentro. Ela pode ficar lá na garagem, senão espalha óleo, e a faxineira tem faniquito.
- Ah sim, sem problemas.
- Me chamo Bramires!
- Jason Vorhees, man.
Apertaram-se as mãos.
O novo Jardineiro juntou sua trouxa e foi para a garagem, onde permaneceu o resto do dia, em silêncio, até que todos se esqueceram dele...
Por enquanto.
Lá dentro, ele observa a casa minunciosamente, e começa a arquitetar seus planos...
Mais tarde, Grprs, com um band-aid colorido dos "Os Incríveis" na testa, estava trazendo tinta para a reforma da fachada da hospedaria barah's, Cabeça de Balde trazia pregos, serrotes e cola, e Bramires trazia debaixo do braço uma caixa de cerveja e uma churrasqueira portátil.
- Que porra man, pega a escada lá na garagem! Disse grprs para Bramires
- Ca-la-dö, GPS, tô trazendo artigos de primeira necessidade.
- PAREM DE BRIGA E ARRUMEM LOGO ISSO OU NÃO VAI TER ALMOÇO - Berra Nillaketty pela janela da cozinha, batendo na parede.
Cabeça de balde tropeça num vasinho com flores e cai na grama, espalhando os pregos, numa cena pastelão bonita de se ver.
Carla Andrea ajuda Nilla com o almoço, enquanto conversam alegremente sobre o que mais gostam: Sexo.
- Ah, eu já fui uma daquelas meninas castas, que queria casar virgem, sabe? Mas aí pensei, pra quê? - Dizia Nilaketty
- Ahahhaaha, pois é... e isso é tão bom... - Diz Carla Andréa pegando uma colher e pau e fazendo movimentos de sucção na ponta.
-Eita.... - sussurra Alexandre Souza, que estava de plantão na recepção, jogando Sonic.
Nesse momento, uma Mercedes-Benz, conversível, vermelha, estaciona na frente da hospedaria, deixando um rastro de poeira no árido terreno de Otville.
Alexandre Souza, entretido em jogar, não viu a mulher alta que desceu da mercedes, e estava nesse momento entrando na recepção.
Alexandre, de bermudas, camiseta regata do Grêmio de 1983, curvado pra frente, joystick na mão, saracoteava feito uma criança, dava tapinhas nas coxas, ria sozinho e exclamava:
- Falei pra vocês, falei!!! Falei que eu ia derrotar o Robotinick dessa vez, falei, falei!!! Ahahhahahha
Nesse momento, a mulher, que não respeitou a barreira do balcão, deu a volta e virou a cadeira de Alexandre e ficou defronte a ele.
Ela era alta, usava um vestido vermelho decotado, óculos escuros, sandálias de tiras finísimas e salto alto, uma fenda no vestido deixava suas pernas a vista. Praticamente uma Sophia Loren.
Alexandre Souza olhava de boca aberta, a musiquinha do videogame tocando, quando a mulher misteriosa ergueu uma das pernas e colocou a ponta do pé na cadeira onde Alê sentava, no vão das suas pernas, ela tirou os óculos escuros e os colocou no decote.
-Ah... Ah... Ah... - balbuciava Alexandre Souza.
-Oi. Disse a estupenda senhora de formas inigualáveis em sua frente.
-..................... Oi ................. - Foi o que Alê conseguiu dizer. Suas mãos apertavam o joystick, na tela atrás dele, Sonic pulava.
- Ouvi dizer que vocês têm quartos sobrando... Com quem eu posso conseguir um? A mulher dizia, com voz calma, enquanto enrolava um dos pixains de Alê Souza nos dedos.
- Olha Dona... Comigo mesmo, he he... he, como... como é o nome da Senhora? - Disse um ofegante Barah na cadeira.
- Hm.... Por enquanto, pode me chamar de Snow. Snowwhite. - Disse a mulher, que tirava o pé da cadeira e abria um sorriso cativante, seus grandes olhos azuis fitavam as duas moças paradas na porta.
- A senhora tem malas? Perguntou Nillaketty
- Tenho sim, estão no carro! - Respondeu Snowwhite
- A gente ajuda você a trazer pra cima! - Falou empolgada Carla Andrea, com a misteriosa mulher que acabara de chegar.
As 3 foram buscar as malas no carro, enquanto Alexandre Souza se ajoelhava perto da cadeira e falava:
- Obrigado meu pai do céu, obrigado. Prometo que nunca mais vou botar fogo nas calcinhas da Nilla, nem colocar purgante na água do Bramires, obrigado meu deus!
No quarto da nova hóspede, Nillaketty e Carla Andrea olhavam com curiosidade as malas grandes de Snowwhite.
-Vamos meninas, abram elas, vou colocar as roupas nos cabides, pretendo ficar um certo tempo aqui.
Foram abrindo as malas, vestidos Dolce & Gabbana, Dior, sapatos Carmen Stephans, Jóias, tênis e malhas de primeiríssima linha, bolsas Victor Hugo...
- Nossa, quanta coisa cara... - Falou por impulso Carla Andrea.
Snowwhite sorriu meio triste para ela, e disse:
- Nem tudo que é caro é bom de verdade, existem coisas que nem todo o dinheiro pode comprar...
Nillaketty e Carla Andrea e olharam e perceberam um certo com de melancolia na voz de Snowwhite.
Então vozes masculinas em alvoroço começam a ser ouvidas dos andares debaixo!
-FUMAÇA!
-FOGO!
-A BÓIA, A BÓIA!
-Ué, que será... Ahhhhh! A comida! - Nillaketty sai correndo pela porta até a cozinha, onde havia deixado a panela de arroz e do feijão no fogo, e encontra os rapazes 'armados' com mangueiras, tampas, almofadas e latas de cerveja, tentando apagar o fogo que se espalhava pelos panos de prato e tomava conta de um terço da cozinha da hospedaria...
Bramires chorava bêbado num canto:
- A bóia cara, a bóia... Que a gente vai comê mano? O quê?
Dando uma bicuda nas costelas de Bramires, Grprs fala:
- Deixa de ser tchola!
No cômodo de Snowwhite, Carla Andrea acha uma maleta preta dentro de uma das malas, e vai abrindo:
- Ei, o que tem aqui...?
- NÃO!!! - Fala Snowwhite, mas já era tarde demais.
Pelo chão rolaram um chicote, um par de algemas, uma calcinha de couro, dólares, libras e euros, um "Passaporto" Italiano, uma foto de Moscow, dela e de uma adolescente, e aparatos que Carla jamais tinha visto.
- Desculpa, eu não sabia... Carla começa a juntar os objetos, completamente sem graça.
- Tá tudo bem, deixa que eu termino aqui, ok? Disse Snowwhite.
Carla Andrea sai do quarto devagar, e fica pensando que estranhos segredo deve guardar a rica mulher de olhos azuis...
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