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Mensagem |
Deji Veterano |
# jul/06
Todos tendem a permanecer sendo o que sempre foram; é preciso aprender a conviver com os outros como eles são
Pessoas não mudam. Elas falam em mudar, mas não mudam. Na verdade, mudam apenas quando não têm outra alternativa. Essa é a tese de Po Bronson em seu livro O que devo fazer da minha vida? (Editora Nova Fronteira), onde relata quarenta histórias tiradas de 900 entrevistas com gente de tudo que é tipo.
Na verdade, Po Bronson é um otimista. Em novembro de 2004, a megacorporação IBM realizou sua conferência de “Inovação Global”, quando reuniu alguns dos melhores cérebros do planeta para propor avanços científicos e tecnológicos capazes de solucionar os grandes problemas mundiais. No topo da agenda estava o setor da saúde, que custa aos Estados Unidos 1,8 trilhão de dólares anuais (três vezes o PIB do Brasil). A grande conclusão a que chegaram foi que muito desta dinheirama seria economizada se as pessoas estivessem dispostas a mudar seus hábitos alimentares e seu estilo de vida. Mas uma pesquisa realizada para subsidiar a discussão mostrou que, mesmo diante da morte iminente, apenas uma entre 10 pessoas mudam seu jeito de pensar e agir. Em outras palavras, para a pergunta: “Se fosse dada a você a opção de morrer ou mudar, o que escolheria?” De cada 10 pessoas, apenas uma escolheria mudar.
Sou tentado a concordar. Ao longo de mais de 20 anos de atividade pastoral, vi muito pouca gente mudando de verdade. Mudanças cosméticas, apenas comportamentais, vi aos montes – mas estruturais, foram poucas. As pessoas tendem a ser o mesmo que sempre foram: os tímidos continuam tímidos, os eufóricos permanecem eufóricos, as mulheres dominadoras seguem dominando, os maridos passivos continuam no cabresto, os trabalhadores continuam trabalhando, o hipocondríacos continuam lendo bulas e por aí vai. Freud explica. Literalmente.
Outro dia fui interpelado por uma jovem após uma de minhas palestras. Seu semblante demonstrava apreensão e sofrimento. Foi direta ao ponto: tinha um noivo um pouco violento, que já a havia agredido duas vezes, mas que sempre chorava, pedindo perdão e prometendo não repetir as agressões. Depois, fez a pergunta: “Pastor, devo me casar com ele?” Contrariando um procedimento padrão, respondi de maneira direta: “Apenas se estiver disposta a apanhar pelo resto da vida”. É claro que acredito que aquele sujeito pode mudar. Mas como não podemos ter certeza disso, disse à moça que deve se casar somente na hipótese de acreditar que poderá conviver com o marido, mesmo que ele não mude.
Depois daquela conversa, reavaliei minha fé, minha crença no poder transformador do Evangelho e na força da graça. Onde já se viu, um pastor pessimista quanto à mudança das pessoas! Logo eu, que acredito que a transformação pessoal à imagem de Cristo é essencial à mensagem cristã e que o maior problema do ser humano não é o diabo, nem o mundo mau, nem nada que exista do lado de fora, mas seu inimigo íntimo, que habita suas entranhas. Após tantos anos presenciando conversões extraordinárias, cheguei ao ponto de duvidar que as pessoas mudam; ou pior – acreditar que a verdade maior é que as pessoas não mudam mesmo.
Precisei percorrer todo o caminho novamente. Revisei o que me ensinaram, e cheguei a conclusões preliminares que, pelo menos a mim, me fizeram mais sentido. Primeiro, considero que as mudanças de que fala o Evangelho não são necessariamente estruturais, na personalidade ou na índole das pessoas, mas em seus valores, seus amores, e portanto, seus objetos de devoção. A grande mudança do Evangelho não é “eu deixar de ser eu”, mas eu me render à vontade do meu novo Senhor, isto é, não mais o meu eu, mas o Cristo, que vive em mim.
Muita coisa na vida muda, mas continuamos sendo nós mesmos. A conversão não implica na despersonalização. Ela não apaga tudo o que vivemos e nos fez o que somos. Mas após a rendição a Cristo, toda a vida passa por uma revisão, e, necessariamente, deixa-se de fazer muita coisa. E passa-se a fazer outras. Não por obrigação ou culpa, mas por uma nova orientação da vontade: afinal, mudou o objeto de devoção. As figuras “morte e ressurreição”, ou “novo nascimento”, que simbolizam o antes e o depois da experiência mística-espiritual cristã, significam passar a viver orientado para outra direção. Não é que tenhamos mudado – o que mudou foi a maneira como convivemos com o que sempre fomos, e provavelmente vamos continuar sendo. O extraordinário nisso é que já não somos mais obrigados a ser o que sempre fomos. Não estamos mais escravizados a realizar a sina da nossa personalidade nem a cumprir o vaticínio das marcas que a vida deixa. Somos livres: livres para nos reinventarmos, livres para virmos a ser e, inclusive, livres para continuar sendo o que sempre fomos. O que muda é que nos relacionamos de maneira tão diferente conosco mesmos, que as pessoas ao nosso redor dirão que parecemos outra pessoa. Conhecemos a verdade, e a verdade nos libertou. Na verdade, as pessoas mudam, mas em número, profundidade e velocidade inferiores ao que desejamos: pouca gente, mudanças razoavelmente superficiais e lentas. Portanto, aprenda a conviver com as pessoas do jeito que as pessoas são. Não passe a sua vida tentando mudar os outros: seu cônjuge, seus filhos, seus amigos, seu chefe ou colegas no trabalho. Deixe isso nas mãos de Deus, à mercê da graça. Conviva a partir da gratuidade: paciência nos processos, perdão, mais amor, entrega e serviço do que cobranças, exigências e condições. Aprenda a se relacionar com os outros do jeito que eles são. Não tente fazer novas as pessoas. Faça novos acordos. Você vai ver como sua vida vai mudar. E os outros também.
Ed René Kivitz
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queridinha Veterano |
# jul/06
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EMO
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Vick Vaporub Veterano |
# jul/06
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Pessoas não mudam. Elas falam em mudar, mas não mudam. Na verdade, mudam apenas quando não têm outra alternativa.
Esse cara fez uma tese com isso? Mas isso é tão obvio...que imbecil.
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staind Veterano |
# jul/06
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Que beleza, hein?
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Jenny naum sei qto Veterano |
# jul/06
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éé tiö
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128556 Veterano |
# jul/06
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isso é..
fantastico
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stratopeido Veterano |
# jul/06
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Era isso q tava observando esses tempos... fiz ate um topico sobre o assunto. Sobre a conversão, sempre olhei com desconfiança p/ aqueles que em um dado momento se convertem, "nascem denovo", e radicalmente mudam os habitos, isso pra mim não existe, acredito que a mudança é possivel sim, mas ela jamais ocorre de maneira tao imediata, é mais um processo, mais lento e gradual, esses convertidos devem sofrer bastante pois estao em connstante atrito entre a personalidade intrinsceca e verdadeira deles, com a suposta nova conduta e personalidade de um cristão, deve ser estressante. Mas a questao sobre a impossibilidade das pessoas mudarem ficou meio superficial nesse texto.
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.:Anonimato:. Veterano |
# jul/06
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acredito que a mudança é possivel sim, mas ela jamais ocorre de maneira tao imediata, é mais um processo, mais lento e gradual, esses convertidos devem sofrer bastante pois estao em connstante atrito entre a personalidade intrinsceca e verdadeira deles, com a suposta nova conduta e personalidade de um cristão
Falou bonito e demonstrou sensatez!
Peço permissão para complementar:
"A nova vida em Cristo é como subir uma escada em direção ao céu, o trecho é feito passo a passo, degrau por degrau, de forma quase sempre lenta e cuidadosa, e buscando ser sempre progressiva, sem jamais voltar atrás e evitando estagnar. Há daqueles que sobem mais lento e há dos que sobem mais rápido, mas cada um possui seu próprio jeito, disposição de espírito, caráter, modo de pensar e em cada um Deus trabalha diferente. Apenas temos de tomar cuidado com a velocidade com que subimos, por quem sobe depressa demais uma escada corre um sério risco de tropeçar e cair."
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Manticore Veterano |
# jul/06
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teressante
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ronaldosamurai Veterano |
# jul/06
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Deji
nem adianta por esses post enormes que nem vo ler tudo isso ai.
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Maths_Gun Veterano |
# jul/06
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Eu não li tudo
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TONY BLANCO Veterano |
# jul/06
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"A nova vida em Cristo é como subir uma escada em direção ao céu
Do céu descia as nuves, e as luzes diziam que ele retornaria para salvar os menos providos da sorte.
Tocando trompetas, os anjos anunciam a chegada do nosso rei
Amém!
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amico Veterano |
# jul/06
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Pessoas não mudam
eu mudo, morava em maringa agora em umuarama, comecei tocando bateria, fui pra guitarra, era revoltado com a vida não sou mais..... um monte de coisa.....
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amico Veterano |
# jul/06
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sobre o texto eu nem li... muito grande pra depois eu discordar
huahuahuhuauha
depois eu leio.
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Deji Veterano |
# jul/06
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Vick Vaporub
Esse cara fez uma tese com isso? Mas isso é tão obvio...que imbecil.
imbecil para um ser ignorante como vc que acha que sabe tudo mas vive na merda e nao sai do anonimato.
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staind Veterano |
# jul/06
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Deji
calma, mano!
:)
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TONY BLANCO Veterano |
# jul/06
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Deji
calma, mano! (2)
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Bend Veterano |
# jul/06
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Eu tava achando bem interessante até começar a falar de evangelho e de conversão....
Pensei que ia aparecer um "na casa do senhor não existe satanás" ai no meio ahuaheuaheuaheau
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TONY BLANCO Veterano |
# jul/06
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"na casa do senhor não existe satanás"(1)
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Horcruxes Veterano |
# jul/06
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O problema não é que as pessoas não mudam, se elas quiserem ficar paradas no Posto C o problema é delas, que se fodam! O verdadeiro problema é justamente quando elas mudam e fazem qualquer besteira que ferra a vida de outras pessoas.
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128556 Veterano |
# jul/06
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Horcruxes
bem pensado
pensamento altamente complexo da complexidade moderna da sociedade atual
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Rafael Ferraço Veterano |
# jul/06
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Deji
mudam sim....
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Adrianodevil Veterano |
# jul/06
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Deji
Uma vez eu mudei de casa...
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.:Anonimato:. Veterano |
# jul/06
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Deji
Responda com seriedade cara, tu é evangélico?!
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Maths_Gun Veterano |
# jul/06
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Deve se a 10° vez q eu passei nesse tópico e não li tudo
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Horcruxes Veterano |
# jul/06
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Maths_Gun
Deve se a 10° vez q eu passei nesse tópico e não li tudo
Não esquenta, ninguém leu.
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Maths_Gun Veterano |
# jul/06
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mudam sim....
eu mudei as corda da guitarra hj
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