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Mensagem | 
timeisonmyside Veterano | 
 # ago/05 
  
  Nesta semana a morte de Carlos Drummond completa 18 anos, fica aqui esta inutil homenagem para este que foi um dos maiores poetas e escritores da historia da humanidade...
 Fica aqui postado dois tiros certeiros que nosso maravilhoso poeta deu contra os problemas de nossa humanidade e que ainda hoje permancem... 
  
 Elegia 1938 
 Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, 
 onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
 Praticas laboriosamente os gestos universais,
 sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
 Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
 e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
 À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
 ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
 Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
 e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
 Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
 e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
 Caminhas entre mortos e com eles conversas
 sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
 A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
 Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
 Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
 e adiar para outro século a felicidade coletiva.
 Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
 porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
 
 
 A máquina do mundo 
 
 E como eu palmilhasse vagamente
 uma estrada de Minas, pedregosa, 
 e no fecho da tarde um sino rouco 
 
 se misturasse ao som de meus sapatos 
 que era pausado e seco; e aves pairassem 
 no céu de chumbo, e suas formas pretas 
 
 lentamente se fossem diluindo
 na escuridão maior, vinda dos montes
 e de meu próprio ser desenganado, 
 
 a máquina do mundo se entreabriu
 para quem de a romper já se esquivava
 e só de o ter pensado se carpia. 
 
 Abriu-se majestosa e circunspecta,
 sem emitir um som que fosse impuro
 nem um clarão maior que o tolerável 
 
 pelas pupilas gastas na inspeção
 contínua e dolorosa do deserto,
 e pela mente exausta de mentar 
 
 toda uma realidade que transcende
 a própria imagem sua debuxada
 no rosto do mistério, nos abismos. 
 
 Abriu-se em calma pura, e convidando
 quantos sentidos e intuições restavam
 a quem de os ter usado os já perdera 
 
 e nem desejaria recobrá-los,
 se em vão e para sempre repetimos
 os mesmos sem roteiro tristes périplos, 
 
 convidando-os a todos, em coorte,
 a se aplicarem sobre o pasto inédito
 da natureza mítica das coisas, 
 
 assim me disse, embora voz alguma
 ou sopro ou eco ou simples percussão
 atestasse que alguém, sobre a montanha, 
 
 a outro alguém, noturno e miserável,
 em colóquio se estava dirigindo:
 "O que procuraste em ti ou fora de 
 
 teu ser restrito e nunca se mostrou,
 mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
 e a cada instante mais se retraindo, 
 
 olha, repara, ausculta: essa riqueza
 sobrante a toda pérola, essa ciência
 sublime e formidável, mas hermética, 
 
 essa total explicação da vida,
 esse nexo primeiro e singular,
 que nem concebes mais, pois tão esquivo 
 
 se revelou ante a pesquisa ardente
 em que te consumiste... vê, contempla,
 abre teu peito para agasalhá-lo." 
 
 As mais soberbas pontes e edifícios,
 o que nas oficinas se elabora,
 o que pensado foi e logo atinge 
 
 distância superior ao pensamento,
 os recursos da terra dominados,
 e as paixões e os impulsos e os tormentos 
 
 e tudo que define o ser terrestre
 ou se prolonga até nos animais
 e chega às plantas para se embeber 
 
 no sono rancoroso dos minérios,
 dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
 na estranha ordem geométrica de tudo, 
 
 e o absurdo original e seus enigmas,
 suas verdades altas mais que todos
 monumentos erguidos à verdade: 
 
 e a memória dos deuses, e o solene
 sentimento de morte, que floresce
 no caule da existência mais gloriosa, 
 
 tudo se apresentou nesse relance
 e me chamou para seu reino augusto,
 afinal submetido à vista humana. 
 
 Mas, como eu relutasse em responder
 a tal apelo assim maravilhoso,
 pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio, 
 
 a esperança mais mínima - esse anelo
 de ver desvanecida a treva espessa
 que entre os raios do sol inda se filtra; 
 
 como defuntas crenças convocadas
 presto e fremente não se produzissem
 a de novo tingir a neutra face 
 
 que vou pelos caminhos demonstrando,
 e como se outro ser, não mais aquele
 habitante de mim há tantos anos, 
 
 passasse a comandar minha vontade
 que, já de si volúvel, se cerrava
 semelhante a essas flores reticentes 
 
 em si mesmas abertas e fechadas;
 como se um dom tardio já não fora
 apetecível, antes despiciendo, 
 
 baixei os olhos, incurioso, lasso,
 desdenhando colher a coisa oferta
 que se abria gratuita a meu engenho. 
 
 A treva mais estrita já pousara
 sobre a estrada de Minas, pedregosa,
 e a máquina do mundo, repelida, 
 
 se foi miudamente recompondo,
 enquanto eu, avaliando o que perdera,
 seguia vagaroso, de mãos pensas.
  
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Alessandra Veterano | 
 # ago/05 
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  Prefiro Mário Quintana
 
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Joanna Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  Congresso Internacional do Medo
 
 Provisoriamente não cantaremos o amor, 
 que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos, 
 Cantaremos o medo, que estereliza os abraços, 
 Não cantaremos o ódio porque esse não existe, 
 existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro 
 e medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, 
 o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, 
 cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, 
 cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, 
 depois morreremos de medo 
 e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. 
 
 Carlos Drummond de Andrade
 
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timeisonmyside Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  triste neste forum é que existem pessoas que querem mais demonstrar sua vaidade do que discutir, algo é que a unica razão de um forum.
 juro gostaria de ver apenas um paragrafo de todos ai que conseguisse mostrar que Elegia, ou Maquina são ruins, só um paragrafo....infelizmente é mais facil usar uma frase de efeito idiota, que mascara a imbecilidade de quem escreveu e a inutilidade da vida dela (ja qué inutil a vida de alguem que entra em um forum, apenas com a vontade de fazer exatamente o que não se poderia fazer nele, só por vaidade)...
 
 Joanna
 grande poema que voc citou...
 
 A noite dissolve os homens 
 
 A noite desceu. Que noite!
 Já não enxergo meus irmãos. 
 
 E nem tão pouco os rumores que outrora me perturbavam. 
 
 A noite desceu. 
 Nas casas, nas ruas onde se combate,
 nos campos desfalecidos, a noite espalhou o medo e a total incompreensão. 
 
 A noite caiu. Tremenda, sem esperança...
 Os suspiros acusam a presença negra que paralisa os guerreiros. 
 
 E o amor não abre caminho na noite.
 A noite é mortal, completa, sem reticências,
 a noite dissolve os homens, diz que é inútil sofrer,
 a noite dissolve as pátrias, apagou os almirantes cintilantes! nas suas fardas. 
 
 A noite anoiteceu tudo... O mundo não tem remédio...
 Os suicidas tinham razão. 
 
 Aurora, entretanto eu te diviso,
 ainda tímida, inexperiente das luzes que vais ascender
 e dos bens que repartirás com todos os homens. 
 
 Sob o úmido véu de raivas, queixas e humilhações, 
 adivinho-te que sobes,
 vapor róseo, expulsando a treva noturna. 
 
 O triste mundo fascista se decompõe ao contato de teus dedos,
 teus dedos frios, que ainda se não modelaram mas que avançam na escuridão
 como um sinal verde e peremptório. 
 
 Minha fadiga encontrará em ti o seu termo,
 minha carne estremece na certeza de tua vinda. 
 
 O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes se enlaçam,
 os corpos hirtos adquirem uma fluidez, uma inocência, um perdão simples e macio... 
 
 Havemos de amanhecer.
 O mundo se tinge com as tintas da antemanhã
 e o sangue que escorre é doce, de tão necessário para colorir tuas pálidas faces, aurora.
 
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Joanna Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  timeisonmyside
 
 :**
 
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Joanna Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  A casa do tempo perdido
 
 
 Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu.
 Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
 Resposta nenhuma.
 A casa do tempo perdido está coberta de hera
 pela metade; a outra metade são cinzas.
 Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando
 pela dor de chamar e não ser escutado.
 Simplesmente bater. O eco devolve
 minha ânsia de entreabrir esses paços gelados.
 A noite e o dia se confundem no esperar,
 no bater e bater.
 
 O tempo perdido certamente não existe.
 É o casarão vazio e condenado. 
 
 Carlos Drummond de Andrade
 
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timeisonmyside Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  Sentimento do mundo 
 
 Tenho apenas duas mãos
 e o sentimento do mundo,
 mas estou cheio de escravos,
 minhas lembranças escorrem
 e o corpo transige
 na confluência do amor. 
 
 Quando me levantar, o céu
 estará morto e saqueado,
 eu mesmo estarei morto,
 morto meu desejo, morto
 o pântano sem acordes. 
 
 Os camaradas não disseram
 que havia uma guerra
 e era necessário
 trazer fogo e alimento.
 Sinto-me disperso,
 anterior a fronteiras,
 humildemente vos peço
 que me perdoeis. 
 
 Quando os corpos passarem,
 eu ficarei sozinho
 desfiando a recordação
 do sineiro, da viúva e do microscopista
 que habitavam a barraca
 e não foram encontrados
 ao amanheceresse amanhecer
 mais noite que a noite.
 
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Joanna Veterano | 
 # ago/05 · Editado por: Joanna 
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  SONETO DA PERDIDA ESPERANÇA
 
 Perdi o bonde e a esperança.
 Volto pálido para casa.
 A rua é inútil e nenhum auto
 passaria sobre meu corpo.
 
 Vou subir a ladeira lenta
 em que os caminhos se fundem.
 Todos eles conduzem ao
 princípio do drama e da flora.
 
 Não sei se estou sofrendo
 ou se é alguém que se diverte
 por que não? na noite escassa
 
 com um insolúvel flautim.
 Entretanto há muito tempo
 nós gritamos: sim! ao eterno.
 
 C.D.A.
 
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Joanna Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  timeisonmyside
 
 acho que vi vc no orkut.
 :*
  
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Rato Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  Joanna
 quem é vc?
 acho q me apaixonei
 
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timeisonmyside Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  Joanna
 não tenho orkut
 
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timeisonmyside Veterano | 
 # ago/05 
  · votar  
  Os Ombros Suportam o Mundo 
 
 Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. 
 Tempo de absoluta depuração.
 Tempo em que não se diz mais: meu amor.
 Porque o amor resultou inútil.
 E os olhos não choram.
 E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
 E o coração está seco. 
 Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
 Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
 mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
 És todo certeza, já não sabes sofrer.
 E nada esperas de teus amigos. 
 Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
 Teus ombros suportam o mundo
 e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
 As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
 provam apenas que a vida prossegue
 e nem todos se libertaram ainda.
 Alguns, achando bárbaro o espetáculo
 prefeririam (os delicados) morrer.
 Chegou um tempo em que não adianta morrer.
 Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
 A vida apenas, sem mistificação.
 
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Christhian Moderador
         
         
         
          | 
 # nov/06 
  · votar  
  Hoje eu tirei o dia pra ler Drummond. 
 
 Nem imaginava que tinha isso aqui no OT. Sinal de que um dia isso já foi um lugar decente. 
 
 :(
 
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Sir Cam Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Congresso Internacional do Medo 
 Muito bom.
 
 O conto "Essas Meninas" é maravilhoso também.
 
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Christhian Moderador
         
         
         
          | 
 # nov/06 
  · votar  
  Sir Cam
 O conto "Essas Meninas" é maravilhoso também.
 Li esse hoje tb. Tb li "e agora José?" e achei fantástico... 
 Esse Os ombros suportam o mundo tb é incrível.
 
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Sir Cam Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Christhian
 Drummond é true.
 
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Phantom Of Death Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  descanse em paz... 19 anos
 
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teuabreu Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Não curto muito ele não, prefiro Ferreira Gullar, Olavo Bilac, Castro Alves e Vinicius.
 
 A poesia dele não arrebata minha cabeça, acho meio artificiosa, como Quitana que gostava muito, mas depois passei a achar meio sem sal e muito homogenea no sentido formal, mas isso é so meu gosto pessoal, não me xinguem!!!!
 
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snowwhite Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Que tópico lindo...=)
 
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snowwhite Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  como Quitana que gostava muito, mas depois passei a achar meio sem sal e muito homogenea no sentido formal,
 
 
 Não consigo gostar de Quintana ...o nosso "poetinha". É muito mais uma lenda daqui de Porto Alegre. Como poeta deixa muito a desejar.
 
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Senhor Marine Veterano | 
 # nov/06 · Editado por: Senhor Marine 
  · votar  
  Prefiro Quintana também.
 
 Mas Álvares de Azevedo e Fagundes Varella são os melhores(brasileiros), principalmente o segundo. 
 
 Arquétipo
 
 Ele era belo; na sua espaçosa fronte
 O dedo do Senhor gravado havia
 O sigilo do gênio; em seu caminho
 O hino da manhã soava ainda,
 E os pássaros da selva gorjeando
 Saudavam-lhe a passagem neste mundo.
 
 Sim, era uma criança, e no entanto
 Friez de morte lhe coava n'alma!
 O seu riso era triste como o inverno,
 E dos olhos cansados, nem um raio
 Nem um clarão, nem pálido lampejo
 Da mocidade o fogo revelavam!
 
 Era-lhe a vida uma comédia insípida,
 Estúpida e sem graça, - ele a passava
 Com a fria indiferença do marujo
 Que fuma o seu cachimbo reclinado
 Na proa do navio olhando as vagas,
 - Vivia por viver.... porque vivia.
 
 Em nada acreditava; há muito tempo
 Que a idéia de Deus soprara d'alma
 Como das botas a poeira incômoda.
 O Evangelho era um livro de anedotas,
 Beethoven torturava-lhe os ouvidos,
 A Poesia provocava o sono.
 
 Muita donzela suspirou por ele,
 Muita beleza lhe dormiu nos braços,
 Mas frio como o gênio da descrença,
 Após um'hora de gozar maldito,
 Saciado as deixou, como o conviva
 A mesa do festim, - farto e cansado. -
 
 Era mais caprichoso, - mais bizarro
 Do que um filho de Álbion, mais volúvel
 Que um profundo político; uma tarde
 Após haver jantado, recordou-se
 Que ainda era solteiro; pelo Papa!
 - É preciso tentar, disse consigo.
 
 Quatro dias depois tinha cansado.
 Escolhera uma noiva descuidoso,
 Como um brinco chinês - um livro in-fólio,
 Ao altar conduziu-a, distraído,
 E as juras divinais do casamento
 Repetiu, bocejando ao sacerdote.
 
 Como tudo na vida, o matrimônio
 Bem cedo o aborreceu; após três meses
 Disse Adeus à mulher que pranteava,
 E acendendo um cigarro, a passos lentos
 Dirigiu-se ao teatro onde assistiu
 Um drama de Feuillet, - quase dormindo. -
 
 Por fim de contas, uma noite bela,
 Depois de ter ceado entre dois padres,
 Em casa de morena Cidalisa.
 Pegou numa pistola e entre as fumaças
 De saboroso - Havana - à eternidade
 Foi ver si divertia-se um momento.
 
 
 São Paulo - 1861
 Fafundes Varella poeta brasileiro.
 
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Peik Veterano | 
 # nov/06 
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  Prefiro Renato Russo!!!!!!!!!!
 
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lufre Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Peik
 Prefiro Renato Russo!!!!!!!!!!(2)
 
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superguita Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Peik
 
 
 Prefiro Renato Russo!!!!!!!!!!
 
 Prefiro Cazuza!!!!!!!!! (hehehehe só pra contrariar....)
 
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Peik Veterano | 
 # nov/06 
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  superguita
 Prefiro Cazuza!!!!!!!!! (hehehehe só pra contrariar....)
 
 Humm aprende rapido eu tomem gosto de cazuza..rs
 
 
 lufre
 
 =D
 
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lufre Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Peik
 \o/
 superguita
 cazuza tb eh bom
 
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superguita Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  Peik
 
 Humm aprende rapido eu tomem gosto de cazuza..rs 
 
 sim, sou mais rapido que o THE FLASH
 
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superguita Veterano | 
 # nov/06 
  · votar  
  lufre
 \o/
 
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lufre Veterano | 
 # nov/06 
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   THE FLASH
 que eh isso?pedal?
 
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Peik Veterano | 
 # nov/06 
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  superguita
 sim, sou mais rapido que o THE FLASH
 
 hauahauahauahauahauaaua
 
 O The Flash q tem q tomar cuidado com vc..rs
 
 lufre
 que eh isso?pedal?
 
 kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
 
 super herói mais rapido do mundo..rsrs
 
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