Harmônicos (THD), cancelamento parcial, e porque Válvulas são melhores que Transistores (SS)

Autor Mensagem
Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah


Esse tópico vai dar treta, já sei... mas é preciso falar sobre esse tipo de assunto, mesmo que delicado.

É simples, mas é complexo. Vou ir escrevendo e postando os textos. Talvez demore mais que o planejado, pois preciso criar as imagens, gravar vídeos (se conseguir gerar a animação). A sorte está lançada.

MMI
Veterano
# out/15
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Ismah

porque Válvulas são melhores que Transistores (SS)

Pirou de vez...

Vai dar treta! hahahahahahahaha

Ismah
Veterano
# out/15
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MMI

Não pirei, quero explicar sobre THD... Sabe que meus textos técnicos são sempre sem fim (tipo o sobre impedância), onde sempre vou agregando uma conta. kkk

Luiz_RibeiroSP
Veterano
# out/15
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Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah
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Bom, que se prega, que transistores são piores que válvulas, a gente sabe. E desde que comecei a entender um pouco sobre, eu me questionei o porque.

Hoje quero explicar para quem quiser entender.

O segredo está em algo chamado THD, e acreditem, no cancelamento de fase entre os sinais. Vamos aos conceitos.

THD - Total Harmonic Distortion ( Distorção Harmônica Total)

As imperfeições de um amplificador se manifestam de diversas formas. Uma delas é o ruído, que é a presença de energia em faixas de frequências que não têm relação alguma com o conteúdo do sinal amplificado. Outra forma é a Distorção* Harmônica. Trata-se do aparecimento de sinais que guardam uma relação harmônica com o sinal original. Relação harmônica, neste caso, significa que os sinais acrescentados são múltiplos da freqüência que deve ser amplificada. Isso é devido ao comportamento não-linear que temos nos semicondutores. Logo, se colocarmos uma senoide pura na entrada de nosso amp, vamos ter essa senoide distorcida, gerando assim um Conteúdo Harmônico com seus devidos coeficientes.

Adaptado de http://www.inf.ufrgs.br/~juan/tutorial/My_tutorial/tutorial3/THD/THD.h tm

*Entenda-se por DISTORÇÃO, qualquer alteração do sinal. E por conseguinte, distorção harmônica a soma de harmônicos, ao sinal original, os chamados sobretons.

Harmônicos nada mais são que múltiplos inteiros (x2, x3, x4...) da frequência original. Ou seja, se tivermos uma senoidal de 1KHz (padrão para medições em laboratório), os harmônicos serão correspondentemente

Fundamental: 1KHz
Harmônico 2: 2KHz
Harmônico 3: 3KHz
Harmônico 4: 4Khz

Imagem 1

Para mais artigo da Wikipédia

Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah
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OBSERVAÇÃO

Daqui por diante usarei muito o software ISIS, que faz parte do PROTEUS, por causa do seu Osciloscópio virtual. Os possíveis vídeos serão dele. É um software pago, voltado para criação e simulação de circuitos.

Cancelamento de fase

Pense em tu empurrando um objeto. Então um amigo, faz força no sentido oposto, a sua. Pronto! Temos um cancelamento de forças.

Numa onda, cada pico equivale a uma força positiva (+), e cada vale a uma força negativa (-) que se alternam ao longo do tempo, e a velocidade com que isso ocorre chama-se FREQUÊNCIA e é medido em Hertz (Hz)

Quando temos duas forças, em sentido oposto (exemplo acima), não há movimento. O mesmo vale quando tempos duas ondas iguais, e os picos de uma, se encontram com os vales de outra ao longo do tempo.

Imagem 1.1

O resultado é este:

Imagem 1.2

Então em linguagem técnica...

Cancelamento de fase é um fenômeno de ondulatória (presente em qualquer tipo de onda!). Basicamente é quando duas ondas, se cancelam por completo, fazendo com que não haja movimento de partículas (ar, elétrons, água, átomos...).

Mas o cancelamento também pode ser parcial. Isso acontece quando não existem forças exatamente na mesma intensidade, se opondo. É o caso dos cancelamentos e somas gerados pelos harmônicos.

makumbator
Moderador
# out/15
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Ismah

Independente da parte técnica, pra mim o ser "melhor" depende não apenas do usuário quanto o aspecto analisado (afinal, não existe apenas o som, mas a durabilidade, custo, facilidade de manutenção, consumo elétrico, etc...)

Mas ficando no som, eu por exemplo sempre preferi amplificadores de baixo transistorizados do que os valvulados. Não sei o motivo, mas gosto mais do som deles no baixo do que os valvulados (ou mesmo aqueles híbridos com um pré amp de válvula e o power SS).

Ismah
Veterano
# out/15
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makumbator

Vc tocou no ponto que eu queria chegar só bem mais tarde: EU PREFIRO!

Mas no fim vc vai entender várias coisas. Eu também prefiro um SS por esses motivos, principalmente quando recursos são limitados. Mas nunca entendi o porque dele soar tão diferente, e ser das válvulas serem idolatradas.

Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah
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THD: Transistores vs Válvulas

A maior diferença entre SS e válvulas são o seu THD. Válvulas geram harmônicos pares, isso significa que teremos no exemplo de 1KHz

Fundamental: 1KHz
Harmônico 2: 2KHz - - - - - - - Á isso se dá o
Harmônico 4: 4KHz - - - - - - nome de ORDEM
Harmônico 6: 6Khz

A questão é que essas ondas geram acoplamento perfeito, isto é, as amplitudes se somam. Veja na imagem abaixo, que a amplitude dobrou na soma (rosa), em relação as duas senoidais puras (1KHz em amarelo e 2KHz em azul).

Imagem 1.3

Em contraponto, os transistores geram harmônicos ímpares. E isso é mau!

Ainda no exemplo acima, de 1KHz, vamos somar ele com seu primeiro harmônico ímpar, de frequência 3KHz.

Apenas sobrepondo as senoidais que vão se somar já se percebe algo...

Imagem 1.4

Percebamos que um vale de 3KHz, coincide justamente com o pico de 1KHz. Isso gera cancelamento de fase!

Imagem 1.5

Considerando a queda de amplitude

Porém, os harmônicos não são de mesma amplitude (A) - medida em dB, Vrms (volts root mean square) e alguns outros - que o som original. São inversamente proporcionais a sua ordem. Ou seja:

Fundamental: 1KHz @ A dB
Harmônico 2: 2KHz @ A/2
Harmônico 3: 3KHz @ A/3
Harmônico 4: 4Khz @ A/4

Agora some harmônicos ímpares dando cancelamento até chegar na 7ª ordem (x3, x5, x7)...

Imagem 1.6

Imagem 1.6 por Prof. Dr. Angela Schwenk
http://www1.beuth-hochschule.de/~schwenk/hobby/fourier/einzelbilder.ht ml

Voi la! Onda quadrada!

murilo97
Veterano
# out/15
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marcando para acompanhar. Conteúdo interessante!

Johnny Favorite
Veterano
# out/15
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marcando para acompanhar. Conteúdo interessante!(2)

Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah
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Distorção por intermodulação

Ela também existe, mas estamos falando de instrumentos com seis cordas vibrando, amplificação gerando harmônicos, etc, que torna quase toda a parada imperceptível.

Um dos problemas mais recorrentes é o "hummmmm" de 100/120Hz, vindo da rede elétrica (que é 50/60Hz, mas que ao ser retificada, dobra). Isso geralmente é problema no capacitor de filtro da fonte. Não é algo que vai queimar o amplificador, mas é algo chato pra caramba.

A distorção resultante, teria a frequência moduladora, subrtraída e somada da fundamental, e seus harmônicos.

Moduladora 60Hz
Fundamental 1KHz
1000 - 60 = 940Hz
1000 + 60 = 1060Hz

E mais os harmônicos das resultantes...

Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah
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Agora vos coloco a seguinte questão: válvulas são melhores que transistores?

Depende rs

THD de válvulas é mais alto que de transistores.

Como é somatório, a amplitude vai subindo, mais amplitude vai fazendo com que o som chegue mais perto do fim do head room, e começa a compressão do som. Com a compressão, se adicionam ainda mais harmônicos.

Acredito que quando a compressão chega próximo da amplitude da frequência fundamental, temos o tão sonhado, e apreciado por muitos, overdrive.

Em contra ponto um transistor, mesmo tendo menos THD, quanto mais próximo do fim de seu headroom chega, mais próximo de uma letra M, a onda fica. E teremos o Fuzz!

Imagem 1.7

EHX LPB1 clipando, e onda original mixada com a distorcida.

Ismah
Veterano
# out/15
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Um gif que mostra o problema dos harmônicos ímpares... Os créditos ficam para uma amiga do Carlos Adolphs (que publicou no seu face)

Imagem 1.8

Filippo14
Veterano
# out/15
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Bom topico, parabens

Ismah
Veterano
# out/15
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Filippo14

Tem muito mais que isso, apenas falta tempo pra estudar, entender, e redigir o texto. Outras coisas carecem de artigos de pesquisa, etc.

Matec
Membro
# out/15
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Ismah

Olá .

Quero parabenizá-lo pela iniciativa. Textos técnicos, de vez em quando melhoram o conteúdo do fórum.

Mas também tenho uma crítica. Me pareceu que falta alguma clareza nos seus comentários. A princípio, em vez de explicar, eles tendem a confundir.
É só minha opinião.

Continue com os textos.

Abs

Ismah
Veterano
# out/15 · Editado por: Ismah
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Matec

Eu acho que se refere a eu dizer no título

"E porque válvulas são melhores que Transistores (SS)"

Mas na metade do caminho afirmar

THD de válvulas é mais alto que de transistores.
Como é somatório, a amplitude vai subindo, mais amplitude vai fazendo com que o som chegue mais perto do fim do head room, e começa a compressão do som. Com a compressão, se adicionam ainda mais harmônicos.

Em contra ponto um transistor, mesmo tendo menos THD, quanto mais próximo do fim de seu headroom chega, mais próximo de uma letra M, a onda fica. E teremos o Fuzz!


Isso é porque quero mostrar que não existe melhor, são coisas diferentes, cada qual com uma vantagens, e desvantagens.

Matec
Membro
# out/15 · Editado por: Matec
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Ismah

É por aí!
Fazendo daquele outro modo, quem lia ficava mais confuso do que informado.
Se você explicar melhor sua intenção, o texto ficará mais interessante.

Pra mim, as suas últimas edições já melhoraram bem a qualidade da informação.

\o/

Abs

MMI
Veterano
# out/15
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Ismah

Esse é o problema. Seu gosto pela polêmica acaba estragando algo que poderia ser mais bacana e poderia ser melhor desenvolvido. Fica a dica.

Abs

Ismah
Veterano
# out/15
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Matec
MMI

Anotado por aqui. A questão da polêmica, é simples marketing. Que pode estar agindo negativamente.

As edições são revisões, das revisões. Geralmente levo uma noite inteira para escrever e reescrever - principalmente por causa de não ser muito bom em síntese.

Ismah
Veterano
# dez/15
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Esta página foi escrita em agosto de 2001

Introdução

Olá amigo. Se você está lendo esta página é porque, assim como eu, gosta da guitarra elétrica e do maravilhoso som que produz. Esta Home Page visa esclarecer as principais diferenças existentes entre os amplificadores valvulados e os solid state (transistorizados), em relação ao som que produzem. Talvez o conteúdo não seja muito didático ou talvez seja superficial demais para você. A verdade é que, após ler, pelo menos um mínimo de informação poderá ser assimilada e eu já estarei satisfeito. Não hesite em me escrever caso tenha alguma dúvida ou não concorde com o que escrevi. Se estiver ao meu alcance, terei o maior prazer em ajudá-lo e em aceitar críticas e/ou sugestões.

A diferença entre o som valvulado e o solid state

O verdadeiro motivo pelo qual amplificadores valvulados soam melhor do que seus descendentes solid state é a diferença das características de seus componentes ativos ou seja, válvulas e transistores. Os transistores saturam-se com extrema facilidade e é exatamente por isso que é difícil projetar um amplificador solid state com som limpo, sem distorções. A válvula satura-se com mais dificuldade e por isso os amplificadores valvulados apresentam um som tão limpo e cristalino. Mas, quando se usa distorção (saturação) é que os solid state ficam ridículos (Em tempo: quando falo de distorção/saturação, refiro-me aos altos volumes e não à utilização de pedais overdrive, ok?). Os transistores, assim como as válvulas, geram freqüências inexistentes no som original (som da guitarra), além de achatar demasiadamente os picos da forma de onda. Essas freqüências sempre são harmônicos de cada freqüência original e é aí que reside a principal diferença sonora. Os transistores geram harmônicos de todas as ordens e as válvulas geram, apenas, os harmônicos pares. O resultado é uma distorção clara e firme nos amplificadores valvulados e uma distorção "suja" com graves e médios-graves "ocos" nos solid state. Num acorde distorcido nos valvulados notam-se todas as notas; é possível dedilhar deliciosamente e emendar um solo arrasador seguido de uma palhetada delirante nos bordões. Nos solid state só conseguimos chegar mais ou menos perto disso, com amplificadores extremamente bem projetados, de som limpo, e utilizando overdrives valvulados, mesmo assim obtemos a típica distorção de pré. Outros dois fatores que moldam o timbre dos valvulados é a ressonância da própria válvula que é oca e trabalha com vácuo e o transformador de saída, que não é linear e, portanto introduz modificações no timbre (Os transistores não necessitam de transformadores para acoplarem-se aos alto-falantes, já as válvulas, devido a sua alta impedância de saída, devem ter essa impedância casada com a dos alto-falantes). Isso modifica drasticamente as características originais do sinal da guitarra. Um inconveniente da distorção dos valvulados é que só conseguimos os melhores timbres com altos volumes (você tem vizinhos?) pois as válvulas saturam-se quando estão trabalhando com altos ganhos e isso, nos pentodos ou tetrodos de saída, significa regime de alta potência.

Timbre

Um pouco de história


Quando Leo Fender patenteou seu primeiro captador, estava tentando amplificar o som da guitarra mantendo o timbre do violão que, por si só, tem um volume muito baixo em comparação com instrumentos de sopro e percussão. É fácil deduzir que, para acompanhar as bandas de Jazz que vinham surgindo, era imprescindível amplificar o som do violão com a maior fidelidade possível, já que ninguém conhecia o som de guitarras. A tentativa deu certo ao amplificar o som do violão, mas não deu certo em reproduzir o seu timbre (para chegar mais perto disso só com os problemáticos microfones). Diversas equalizações diferentes nos pré-amplificadores deu origem ao som que conhecemos hoje e que é fácil encontrar em antigas gravações de Blues. O resultado todos conhecemos, pois foi criado um novo timbre, um novo instrumento musical, por assim dizer. Um instrumento com um timbre que os músicos e ouvintes aprenderam a gostar e muito, tanto que mudou a história da música e hoje é o que se tenta buscar. No final dos anos 50 os guitarristas de rock'n'roll e de blues descobriram que aumentado bastante o volume dos amplificadores obtinha-se um novo timbre, bastante agradável a quem gosta desses ritmos. Jim Marshall, um professor de bateria que possuía sua própria escola em Londres percebeu que copiando os amplificadores de Leo Fender iria ganhar um bom dinheiro, uma vez que estes tinham um preço altíssimo na Inglaterra. Projetou seu primeiro amplificador baseando-se no Fender Bassman 59 e utilizou as válvulas EL34, fabricadas na própria Inglaterra, ao invés das 6L6 ou 6550 dos Fender. Como resultado obteve um amplificador com o qual se obtinha uma distorção diferente e mais pesada, a qual agrada muito até hoje; é o famoso som de Marshall.

Hoje

Chega-se à conclusão que se houvessem meios mais sofisticados, como os de hoje para reproduzir em altos volumes o som do violão, o som da guitarra poderia não ter sido criado. Como são as coisas! Hoje em dia existem verdadeiras legiões de guitarristas que adoram esse antigo timbre das primeiras guitarras e estão sempre à procura de algum efeito que possa reproduzi-los, ou então, utilizando cópias dos antigos amplificadores. Para conseguir isso os projetistas deveriam trabalhar na equalização dos amplificadores. Tanto as válvulas quanto os transistores apresentam dificuldades de projeto para a obtenção de sistemas lineares ao amplificar sinais de áudio, isso significa que, por exemplo, as válvulas podem amplificar mais os graves e médios enquanto os transistores amplificam mais médios e agudos. A tentativa de compensar a falta de linearidade dos componentes faz com que diversos amplificadores apresentem timbres distintos e o timbre é uma característica de agrado bastante pessoal. Justamente as primeiras tentativas de Leo Fender são as que se tentam imitar e, parece-me, a história se repetirá.

Amplificadores Híbridos

Com iniciativa comercial da Marshall, temos hoje diversos amplificadores híbridos (amplificadores que combinam válvulas e transistores, de forma a diminuir o custo de produção). Infelizmente, esses amplificadores utilizam uma única válvula no estágio pré-amplificador (uma 12AX7, normalmente) com alta saturação, e o estágio de potência é transistorizado... Esses amplificadores, apesar de não terem (nem de longe) o timbre de um completamente valvulado, são muito populares pois satisfaz aos guitarristas que nunca tocaram num JCM800 ou similar. Esses amplificadores são a linha ValveState da Marshall. Muitos outros fabricantes já estão fabricando amplificadores desse tipo, como a Crate, a Meteoro (no Brasil), a Fender e outras. Trata-se, no entanto, de aparelhos caros e sem utilidade, uma vez que é possível obter o mesmo efeito com pedais overdrive valvulados e amplificadores transistorizados mais baratos.

A distorção

Existem dois tipos de distorção nos amplificadores valvulados: a de pré e a de power (não trataremos das distorções de transientes nem de crossover nem outros parasitas dos amplificadores, apenas a distorção útil para guitarras). A distorção de pré é obtida com a saturação das válvulas intermediárias do pré-amplificador (Parte do amplificador total que cuida do ajuste do sinal da guitarra para o amplificador de potência e que também cuida dos controles de tonalidade e de overdrive), o som é distorcido com tons de overdrive. É o mesmo som dos pedais de overdrive que utilizam válvulas como elementos ativos. É uma distorção agradável, mas não é a melhor porque não gera o timbre característico dos amplificadores valvulados. A distorção de power é a que se obtém com a saturação das válvulas de saída. Só é utilizável em altos volumes e é uma pena pois não é possível fazer uma gravação direta do amplificador pois, o alto-falante entra na jogada junto com o gabinete e suas ressonâncias e reverberações, pela produção do timbre. É com a distorção de power que obtemos sons como os de Steve Ray Vaughn, Eddy Van Halen, Eric Clapton, para só citar três. Quando você ouve uma gravação de um de seus ídolos e fica imaginando como eles conseguem aquele timbre, saiba que eles utilizam um amplificador valvulado em altos volumes, sem distorção de pré e o som é captado via microfone para as mesas de som, onde são tratados e enviados aos gravadores!!! O ambiente de gravação também influencia e é por isso que shows ao vivo não apresentam os mesmos timbres da gravação original, até mesmo na bateria. Em shows é comum a utilização de amplificadores valvulados como geradores de timbre, sendo que o som captado por microfones passa pelo tratamento de PA e é distribuído para diversos locais, estrategicamente, via amplificadores solid state (quem diria?). Vale destacar aqui cada tipo de válvula de saída apresenta um timbre individual. Assim, temos som de 6L6 (Fenders e a maioria dos amplificadores americanos), som de EL34 (som de Marshall) e som de 6V6 (amplificadores de menor potência) para reduzirmos os exemplos aos 3 principais modelos.

Conclusão

Sem sermos radicais num ou noutro sentido, deduzimos pelo que foi apresentado que não é que os amplificadores valvulados são melhores. Simplesmente gostamos mais de seu timbre. Para isso é plausível suportarmos choques elétricos, zumbidos, instabilidades com as mudanças de temperatura, etc. (Eu, pessoalmente, acho que VALE A PENA!!!)
Então, se você concorda comigo, que gosta do timbre e da distorção dos valvulados, a solução mais econômica é utilizar um... verdadeiro amplificador valvulado! Enquanto existirem fabricantes de válvulas, mesmo os que sobraram (chineses (argh!) e Russos) poderemos ter esses maravilhosos amplificadores à disposição de qualquer guitarrista de bom gosto.

Por Tube Amps (São Bernardo do Campo, SP)
http://www.tubeamps.com.br/tubesound.htm

Ismah
Veterano
# dez/15
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Lendas e Crenças sobre o timbre vintage

Esclarecimento prévio: Nada do que está escrito aqui pretende ser a verdade absoluta. Trata-se apenas de um compêndio de diversas leituras, anos de experiência e um pouco de reflexão. Aqui está refletida apenas a minha opinião e cabe ao leitor verificar a veracidade ou não dos fatos antes de aceitá-los ou criticá-los gratuitamente. Isto foi escrito e publicado em 18/08/2005 e ainda passará por diversas correções e/ou atualizações.

Última atualização: 30/01/2010

Nos últimos 10 anos, uma verdadeira febre assolou o mundo da música Trata-se do retorno dos amplificadores valvulados para guitarra elétrica e gaita. Não que antes disso não fossem reconhecidos mas, foi nestes últimos anos que eles foram “redescobertos”. Este site tem sua parcela de culpa no Brasil, uma vez que após a criação da Tubeamps, outros fabricantes de boutique ou “handmakers” pegaram carnoa nessa onda, bem como dois dos maiores fabricantes nacionais resolveram incrementar suas pobres porém rentáveis linhas de amplificadores com algo que realmente funciona.

Na internet encontra-se todo tipo de informação e, cabe ao leitor dessas informações, analisar friamente, raciocinar um pouco (é, raciocinar) e tentar concluir se as informações são coerentes ou não. Pode-se utilizar do recurso “uma certa informação que é repetida por diversos sites está, infalivelmente, correta”. Mas, mesmo assim, corre-se o risco de ser mais um a acreditar em lendas infundadas. Neste artigo, irei me concentrar nas lendas que atingem apenas o timbre de amplificadores valvulados para guitarra e o que tanto se diz sobre o que é necessário para que seu amplificador tenha o timbre dito vintage.

(Note que essas lendas sempre são endossadas pelos que diretamente lucram com elas, por exemplo alguém que acumulou um belo lote de capacitores antigos (e vencidos) vai, evidentemente, fazer propaganda positiva quanto ao" som deles")

Alguns conceitos são extremamente difundidos, a ponto de parecerem (ou até mesmo serem em algums casos) verdades absolutas:

1. As válvulas que se faziam na era dourada (até 1972) eram melhores que as produzidas hoje em dia;
2. As válvulas de então soavam melhor do que as de hoje;
3. Os amplificadores de então tinham componentes gerais melhores que os de hoje;
4. A madeira utilizada nos gabinetes dos amplificadores influi terminantemente no timbre;
5. Os alto-falantes da época eram feitos com muito maior qualidade que os de hoje;
6. Os transfomadores de saída de audio de então eram infinitamente melhores que os de hoje;
7. Os amplificadores com válvulas retificadoras soam melhor que os que tem retificadores a diodo de silício
8. O tipo de ligação de componentes influi no timbre
9. Conclusão

1. As válvulas que se faziam na era dourada (até 1972) eram melhores que as produzidas hoje em dia

É reconhecido mundialmente, pelo que se diz na internet, que as válvulas atuais são de pior qualidade que as antigas e que nenhuma válvula de qualidade atual pode competir neste quesito com as vintage. Por outro lado, é fato que elas custam menos hoje do que custavam antigamente. Os russos e os chineses estão produzindo a todo vapor e o mercado consumidor está em fase crescente.
Tenho minhas próprias experiências que aqui vou relatar: Nunca fiz um teste de durabilidade, mas tenho visto dezenas de amplificadores Giannini com válvulas 6L6GC RCA ou Sylvania originais. E, depois de uma revisão obrigatória, a maioria dos amps não necessitaram ter as válvulas trocadas.
Por outro lado, tenho visto as atuais válvulas russas funcionarem sem problema por alguns anos, mas essa durabilidade só poderíamos, nós meros mortais, comprovar daqui a mais tempo, caso elas (ou nós) durem (ou duremos) para isso.
Sabe-se que as velhas máquinas e técnicas que eram utilizadas para se fazer as antigas válvulas nos EUA e na Europa foram adquiridas pelos chineses. Já os russos sempre produziram válvulas, ao ponto de a terem aperfeiçoado (é notória a história do MIG-25 cujo piloto pousou no Japão, deserdando a então URSS. Boa parte da eletrônica “secreta” do avião era valvulada). Isso parece indicar uma qualidade que, pode ter sido herdade pelos fabricantes atuais.
Ao contrário do que se publica na internet, tenho constatado que as 6L6 e EL34 russas (estou falando das Sovtek) agüentam altas tensões, altas correntes de catodo (altas mesmo), ao ponto de ficarem inteirinhas cor de cereja e esquentarem absurdamente, por um bom tempo SEM pifarem. Isso me garante que esse mito da pouca durabilidade das válvulas russas é pura "balela" de americano nacionalista que ainda "não caiu na real" sobre os russos.

2. As válvulas de então soavam melhor do que as de hoje

Eu já tive a oportunidade de testar um mesmo amplificador com válvulas de marcas diferentes e, devo confessar que sou incapaz de diferenciar o som de uma ou de outra. Por exemplo, o Asset Tubeamps não soou nem melhor nem pior com a utilização das RCA 6L6GC ou das as Sylvania 6L6GC. As originais Electro Harmonix 6L6EH ofereceram o mesmo timbre delicioso. Mas, neste caso é uma formulação bastante subjetiva e eu só estou expondo a minha opinião, baseado em minha própria sensibilidade. Uma medição em osciloscópio mostrará, evidentemente, diferenças dentre as válvulas de mesmo tipo e de fabricantes diferentes, talvez não mais do que entre válvulas do mesmo fabricante, uma vez que as válvulas são componentes eletrônicos de construção mecânica, o que - por si só - já seria motivo de pouca homogeneidade.
De qualquer forma muitas pessoas conseguem sentir diferenças. Existem pessoas que se julgam capazes de notar diferenças no timbre de válvulas de mesmo modelo e fabricante. Tem gente que acha que percebe diferença no timbre até mesmo quando se inverte a posição da tomada de força.
É importante lembrar um aspecto técnico bastante esquecido: por uma válvula não pode nem deve passar do cátodo para o ânodo (placa) nem da grade para o ânodo (placa) qualquer corrente alternada. E o som, elétricamente, é corrente alternada. O que acontece é uma variação da tensão na placa proporcional em freqüência à variação da freqüência da corrente alternada aplicada na grade de controle. Portanto, tanto uma válvula 6L6GC Sylvania de 1962 quanto uma Svetlana 6L6GC de 2005, trabalhando em na região linear reproduz, por obrigatória conseqüência, fielmente essas variações de freqüência, mantendo o timbre.
Fazendo as válvulas trabalharem em regime de saturação teremos outro cenário: aí as diferenças começam mesmo a aparecer e não são tão subjetivas. O suficiente para causarem confusão.

3. Os amplificadores de então tinham componentes melhores que os de hoje

Aqui estaremos falando sobre uma lenda bastante aceita, em geral. Fala-se muito, principalmente entre os ditos gurus de eletrônica valvulada, sobre o som de capacitores e o som de resistores. Diz-se que para se obter um timbre vintage, deve-se, obrigatoriamente, utilizar TODOS os componentes antigos, mas principalmente estes dois. Bom, admitindo-se que você possa encontrar esses resistores e capacitores antigos, em boas condições de manipulação, após 40 anos da fabricação, terá que admitir - obrigatoriamente - que eles estão com as principais características originais bastante alteradas pelo longo tempo que passou. E deve-se ainda argumentar: você quer um novo amplificador soando como esses antigos amplificadores soavam antigamente quando eram novos ou quer o timbre fornecido por um desses velhos amplificadores envelhecidos por 30 ou 40 anos de uso?
Fala-se até em som de resistor ou som de capacitor. Um resistor ideal deveria apresentar um único efeito: resistência. Já, na prática do mundo real, eles apresentam certa indutância e capacitância adicionais. Quem sabe para enfatizar a imperfeição humana? Os ditos gurus afirmam, com toda a convicção, que essas imperfeições modificam o timbre definitivamente. O que esses gurus de amplificadores valvulados não dizem (ou não sabem) é que essas indutâncias e capacitâncias parasitas só apresentam efeitos perceptíveis em circuitos de altíssima freqüência, como rádio, radares e TV. Nos amplificadores de guitarra ou de áudio esses efeitos não existem; é como jogar um copo de água salgada numa lagoa de água doce: ninguém vai notar.
Os efeitos devem ser mais inócuos ainda, uma vez que em áudio trabalhamos com uma faixa de freqüências bastante restrita (20Hz a 20KHz) e as guitarras elétricas apresentam queda livre de freqüências após os 6KHz).
Outra característica dos resistores de carbono é a instabilidade de valor de resistência com tensões mais altas, antes da estabilização da temperatira. Isso produz os famosos ruídos de fritura que os amplificadores valvulados equipados com esses resistores costumam apresentar esporadicamente.
Quanto aos capacitores, há os gurus que só utilizam os Sprague Orange “porque estes sim é que dão um timbre vintage”. Eles até mesmo argumentam que podem diferenciar o som de um capacitor de cerâmica, do som de um capacitor de poliéster e mais ainda do som de um extinto capacitor de papel. Argumentam que o capacitor de poliéster apresentam um timbre mais “macio” que um de cerâmica. Mais “macio” significa (parece significar) com menos agudos, isso significa que o capacitor de poliéster apresenta uma capacitância maior que o equivalente cerâmico (se utilizado em filtro corta-altas). Então, deve-se concluir que um capacitor cerâmico de 10nF tem um timbre mais áspero que um capacitor de poliéster de 10nF. Ah sim, cerâmica ou poliéster são os isolantes utilizados no capacitor, não só o material do corpo. Isso significaria que o material isolante é que incide no timbre. Reflita e tire suas próprias conclusões.

Com relação a outros componentes, destaco:

- os soquetes cerâmicos de hoje são melhores que os soquetes plásticos ou de baquelite antigos;
- As chaves liga-desliga de hoje são tão boas ou melhores que as antigas;
- Os transformadores são equivalentes ou até mesmo melhores que os antigos; (veja mais abaixo)
- Resistores de filme de metal são muito mais estáveis e menores que os antigos de carbono;
- Potenciômetros são tão bons ou melhores quanto o eram há 40 anos;
- Instalações elétricas com aterramento não existiam ou não eram comuns há 40 anos.
– As válvulas de hoje (pelo andar da carruagem) parecem ser tão duráveis quanto as antigas

4. A madeira utilizada nos gabinetes dos amplificadores influi terminantemente no timbre

Provavelmente sim, um pouco. Afinal o som que ouvimos em altos volumes (altos o suficiente para sentirmos o impacto) é o ar posto em movimento violentamente pelos alto-falantes. A função da caixa acústica é cancelar (ou tentar cancelar) o som fora de fase provocado pela tentativa de retorno do cone à sua posição original. Existem técnicas para aproveitar esse movimento através de uma inversão de fase adicional de forma a reforçar o som frontal, mas isso não vem ao caso aqui, uma vez que esse recurso é mais para reforçar os graves em caixas acústicas de audio. Uma caixa acústica, fechada ou aberta na traseira, deve apresentar uma determinada freqüência de ressonância que entrará em ação sob certas condições durante a utilização. Resta aceitar que essa vibração seja forte o suficiente para movimentar o ar ao redor e competir e mesmo modular o ar movimentado pelos alto-falantes a ponto de interferir no timbre. Isso só pode significar que você não deve aceitar nada menos que um gabinete de pinho sólido (de preferência com mais de 100 anos, como diz um certo guru americano) para que se tenha um timbre aceitável.
Eu, pessoalmente, vi um Twin Reverb Silverface cujo gabinete era feito de aglomerado vagabundo e já estava se esfarelando. Exatamente o mesmo pode ser dito dos gabinetes Marshall e da famosíssima caixa 1960A: puro aglomerado. Isso influi no timbre? Provavelmente sim, mas apenas através de um osciloscópio. Isso influi, sim, é na durabilidade e resistência à umidade. Tenha também em mente que o compensado, à época em que os gabinetes de pinho sólido eram produzidos, custava muito mais caro que madeira sólida, principalmente por ser novidade. Isso explicaria porque se utilizava esses material para os gabinetes dos amplificadores, ao invés do vantajoso e "cool" novo material.

5. Os alto-falantes da época eram feitos com muito maior qualidade que os de hoje

Eram, pelo menos, menos tolerantes a altas potências que os de hoje. Cabe aqui ressaltar algumas características que os alto-falantes de guitarra precisam ter (é estou entregando o ouro) para apresentar um timbre, digamos, nobre:

- cone feito de material fino e resistente. Sim, Papel! Mesmo que seja emendado, como em alguns Eminence.
- cone profundo, ou seja, de altura sensilvelmente maior que a de um cone de alto-falante comum de áudio.
- ímã pequeno;
- bobina estreita;
- “aranha” com regulagem ideal, sem ser muito macia, para que não "embole" nos bordões e apresente aquele grave "sequinho". (Aqui entra a experiência auditiva)
- suspensão de papel sanfonado, no próprio cone - nunca de espuma;

Isso tudo se traduz como um falante de má qualidade, se for pensar em um sistema de áudio de padrões atuais. Mas são justamente esses itens que mais caracterizam um bom alto-falante de guitarra. Sim, resumindo, um bom falante de guitarra é um péssimo falante de áudio. A recíproca, claro, não é verdadeira.
Temos hoje à disposição os falantes Jensen, Eminence, Celestion e outros. Todos possuem reedições de seus antigos modelos até mesmo com ímãs em liga de AlNiCo. O timbre? Esses fabricantes possuem uma infinidade de modelos, para atender a infinidade de variações timbrísticas que o povo guitarreiro aprecia. Pelos modelos que tenho testado e usado, não deixam nada (nada, fora preço) a desejar.
Os primeiros amplificadores Fender, Gibson utilizavam falantes típicos utilizados em reprodução do que mais era ouvido à época: emissoras de rádio AM. São os famosos falantes full-range, que abrangiam desde "quase graves" até "quase agudos". Esses falantes ainda são produzidos hoje em dia, só que sob a designação de guitar speaker e com preços estratosféricos.
Outra confusão existente é a afirmação de que alto-falantes com ímã de AlNiCo (liga especial de Alumínio, Níquel e Cobalto, com características de fortíssimo magnetismo) soam muito melhor que os de ferrite e isso, a meu ver, é uma questão de opinião bastante subjetiva. Mas a questão é que muitos "gurus" afirmam que isso se deve ao ímã própriamente dito. Por um ímã de alto-falante não passa nenhum som e nenhuma corrente elétrica. A função do ímã é ficar fixo e, por conseqüência, fazer com que a bobina se movimente num vai e vem rápido, acompanhando as variações de freqüência fornecidas pelo amplificador. Ora, é a construção do alto falante de AlNiCo que modifica o timbre em relação a um mais moderno, de ferrite. Os falantes de AlNiCo possuem um ímã tão pequeno que pode deslizar por dentro da bobina, permitem bobinas bem mais finas e a potência é relativamente mais baixa. Tudo isso favorece uma alteração do timbre que parece agradar e agrada à maioria dos guitarristas.

6. Os transfomadores de saída de audio de então eram infinitamente melhores que os de hoje

Os modernos gurus da amplificação valvulada estabeleceram como regra geral que os amplificadores de guitarra precisam de transformadores de saída especiais, com as seguintes características:

a. Enrolamento entrelaçado. O enrolamento entrelaçado é tido pelos gurus como sendo mais eficiente no acoplamento, permitindo um maior rendimento do transformador e apresentando um timbre superior ao transformador de enrolamento separado. A verdade mais comum, porém, é que o enrolamento entrelaçado entre primário e secundário ajuda muito a reduzir a indutância de fuga, o que garante uma melhor resposta das altas frequencias, ou melhor, uma menor atenuação das altas frequencias. Como a guitarra apresenta resposta cadente a partir dos 5KHz, pode-se garantir que, mesmo com os harmônicos, o espectro de audio poderia ser limitado um pouco abaixo dos 20KHz o que garante que não há necessidade de se utilizar os caríssimos transformadores de HI-FI.

b. Isolamento em papel entre o enrolamento primário e secundário. O argumento aqui é que o isolante de papel é mais fino que o de plástico e permite uma maior aproximação entre as espiras dos enrolamentos, favorecendo a conversão sem perdas de potência no enrolamento entrelaçado. Tanto o papel quanto o plástico (no caso, filme de PVC) são isolantes e quem já viu isolantes de papel e de plástico pode jurar que este último é bem mais fino. Lembro ao leitor que tanto o papel quanto o plástico são completamente transparentes ao magnetismo, portanto apenas uma distância bem maior que a espessura do isolante entre os fios dos enrolamentos é que poderia interferir em timbre ou potência. A vantagem evidente do papel sobre o plástico é que o papel suporta muito melhor as altas temperaturas (quase nunca presentes em transformadores de audio) e eu mesmo nunca vi um único fabricante de transformadores de audio que não utilize isolante de papel no entrelaçamento. O papel utilizado para transformadores é especial para essa aplicação e é encerado.

c. Ferro de grão-orientado. Mais conhecido como GO, tem maior densidade, o fluxo magnético é incrementado e o resultado é uma maior indutância de primário, diminuindo a atenuação dos graves. Também diminui a indutância de fuga, o que garante menor atenuação dos agudos. Como um aumento na densidade do ferro diminui a distorção do transformador em altas correntes, com a melhora da resposta de frequência, estes transformadores foram adotados pelo mundo dos audiófilos, o mundo HI-FI.

d. Bobina de papel melhora o timbre. Isso sim é uma grande bobagem que dispensa comentários.

Na verdade, se você for projetar um transformador para, digamos, duas 6L6 a 45W (típico Bassman ou JTM45), utilizando-se de laminação e fio de bitola padrões para essa faixa de potência e resistência de placa, dificilmente não conseguirá um transformador que atenda de uns 85Hz até uns 14KHz (A indutância do primário, a fuga de indutância e a capacitância da fiação vêm de brinde nessas medidas e dentro da tolerância). Isso é mais do que suficiente para garantir um bom timbre.

O que a maioria dos gurus não leva em conta é que os velhos amplificadores considerados modelos de timbre (anteriores aos anos 70) eram feitos sem uma indústria específica para amplificadores de guitarra. Isso significa que os fabricantes entravam em contato com diversos fornecedores de transformadores que atendessem as especificações básicas para um par de 6V6 (por exemplo) e simplesmente compravam do que melhor desconto lhes desse para um lote de algumas centenas ou milhares de unidades. Nada de Grão Orientado, nada de "mas e a resposta em frequência?" e menos ainda "qual o ponto de saturação do núcleo?".
Outra prática bastante comum foi adotar transformadores desenhados para uns 15W para um amplificador de 22W com duas 6V6 (ainda o mesmo exemplo). Por que isso? Porque o preço era menor, evidentemente; além de que os projetistas tinham como certo que ninguém iria operar esses aparelhos com o volume no 10, simplesmente porque o som era "distorcido, horrível"; nem imaginavam que exatamente isso é que transformaria o Rockn'Roll.
A real vantagem de se utilizar um transformador de saída levemente subdimensionado é que o núcleo satura mais facilmente e essa distorção, ao contrário do que muitos afirmam, faz - sim - parte da história do Rock.


7. Os amplificadores com válvulas retificadoras soam melhor que os que usam diodo de silício.

Verdade. Soam melhor porque modificam o timbre de uma forma que se tornou agradável com o tempo, com a evolução do Rock'n'Roll. Mas isso só funciona em altos volumes. Acontece que as válvulas retificadoras apresentam uma resistência entre 100 e 150 ohms que faz com que a corrente fornecida pelo transformador de alimentação decaia quando muito exigido. Quando ele é muito exigido? No caso dos amplificadores push-pull (duas ou quatro válvulas de saída) em altos volumes. No caso dos single ended, amplificadores com uma única válvula de potência, isso não ocorre. Esse decaimento da alta tensão em altos volumes (sag) provoca uma maior compressão das válvulas de saída e o efeito obtido é muito agradável no timbre.
Isso se simula perfeitamente pela inclusão de resistores divisores de tensão entre a retificação e a filtragem. Cabe ao cliente definir se ele quer que seu amp tenha ou não o famoso sag. Por outro lado, os diodos de silício proporcionam maior potência e firmeza em altos volumes. A válvula retificadora, além de aquecer muito mais que as outras, apresenta outro inconveniente: a queima dela pode provocar a queima imediata das válvulas de potência e do transformador de saída, resultando em um grande prejuízo.

8. O tipo de ligação de componentes influi no timbre

A afirmação de que as montagens no estilo antigo (PTP) são as que mais permitem obter um timbre "bom", ou vintage é uma das informações mais fáceis de se encontrar pela internet. Até mesmo em diversos fóruns eu já li declarações de alguns adoradores do Heavy Metal que só consideram um amplificador bom se este estiver construído em PTP e isso para amplificadores de dois ou mais canais obrigatóriamente em high-gain ou ultra-high-gain. Claro que esses jovens entusiastas não têm idéia do que estão falando, pois fazer um amplificador valvulado com 5-6 válvulas 12AX7, chaveamento de canais, 10 ou mais controles, footswitch e ainda por cima o "puro" reverb de molas em PTP é tarefa para titãs e para quem gosta de problemas, pois a infinidade de fios indo e vindo e se aproximando "daqui" e "dali" irão produzir um verdadeiro inferno de ruidos, principalmente zumbidos e apitos.
E mais: todos os fabricantes mundiais desses amplificadores destinados ao mundo da distorção "sem limites" são unânimes em se decidir pela montagem em placa de circuito impresso (PCB), justamente para tornar a produção, manutenção e até utilização possíveis.
Agora, voltando ao assunto principal dos tipos de montagem deve-se ter em mente que, antigamente, os componentes passivos (resistores e capacitores) eram dotados de terminais longos e mais rígidos; os de hoje são curtos, finos e maleáveis. Isso, por si só, já impede qualquer tentativa bem feita de montagem PTP.
E as montagens que são consideradas PTP, como a Stripboard, só são consideradas PTP porque possuem fios que ligam a placa aos componentes externos a esta (soquetes das válvulas e potenciômetros).
Se estiver a fim de se aprofundar neste assunto, este site possui uma página que aborda sózinha esse assunto dos tipos de montagens (http://www.tubeamps.com.br/ptp.htm) e lá estão expostas e contrariadas as principais lendas a esse respeito.
Na verdade as montagens PTP costumam ser mais resistentes a pancadas recebidas pelo amplificador.
Os donos dos amplificadores high gain é que sofrem por precisarem ser mais zelosos no transporte.

9. Conclusão

Algumas lendas são verdadeiras e comprováveis tecnicamente, outras não. No caso de se obter um timbre vintage, eu ressalto três exigências básicas, por ordem de importância no timbre:

1. Alto-falantes vintage ou réplicas exatas. Pode-se arriscar com outros falantes, mas os resultados, via de regra, são decepcionantes.
2. Transformadores de saída. Estes devem ter uma série de requisitos mínimos a serem considerados na hora da confecção e isso demanda um certo conhecimento e raciocínio lógico de quem os projeta. Os requisitos máximos também devem ser levados em conta, para não termos transformadores "bons demais" para a aplicação e estragar o timbre. Lembre-se; aqui estamos discutindo tudo no âmbito da produção de timbres vintage de guitarra e não reprodução o mais perfeita possível de audio.
3. Circuitos simples. A lei do menos é mais prevalece aqui de forma bastante concreta.

A Tubeamps utiliza os componentes da seguinte forma:

1. Válvulas novas, atuais, russas.
2. Resistores de carbono no sinal de audio e metal film nos pontos críticos de ruido
3. Capacitores de poliéster ou cerâmicos, conforme o valor
4. Soquetes cerâmicos novos, russos
5. Transformadores de saída com enrolamento entrelaçado e bobina de plástico. As faixas de resposta em frequência, indutância de primário e potências máximas admissíveis estão de acordo com o que era utilizado antigamente.
6. Alto-falantes Eminence ou nacionais construídos especialmente para guitarra. Opção do cliente
7. Retificação a diodos de silício de alta tolerância (O cliente manda: válvulas retificadoras podem ser utilizadas)
8. Madeira compensada de 18mm e 15mm em todos seus gabinetes, exceto os de acabamento em madeira natural, que são feitos assim por motivos estéticos apenas.
9. Potenciômetros top line da Alpha ou CTS (Aqui a durabilidade é o quesito de qualidade mais importante)
10. Montagem em circuito impresso ou PTP Stripboard, conforme o modelo
11. Chassi em alumínio de 1/8" de espessura com pintura eletrostática.

Por TubeAmps - São Bernardo do Campo, SP
http://www.tubeamps.com.br/lendas.htm

Ismah
Veterano
# dez/15 · Editado por: Ismah
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DIFERENÇAS ENTRE AS MONTAGENS POINT-TO-POINT E PCB
Por TubeAmps - São Bernardo do Campo, SP (Adaptado)
http://www.tubeamps.com.br/ptp.htm

Revisto e atualizado em 01/09/2005.

Este artigo visa não ser extremamente técnico, apenas demonstrar um estudo imparcial. Antes de prosseguirmos, vamos estabelecer algumas pequenas convenções:

Point-to-point (PTP): Tipo de montagem eletrônica onde os componentes são soldados uns aos outros, com a fiação o mais curta possível. É o tipo mais antigo existente. Mais conhecido como PTP verdadeiro (True PTP).

Stripboard: Também é um point-to-point, mas utiliza uma placa (pode ser fenolite) com diversos rebites de metal soldável (nunca alumínio) onde os componentes são fixados, de forma a organizar o lay-out da montagem

Printed Circuit Board (PCB): Placa de circuito impresso. Os componentes são alinhados da melhor forma possível, visando economia de espaço, porém as ligações entre eles podem ser relativamente longas, dependendo de como as trilhas foram desenhadas. (não no caso de amps).

Introdução

Alguma vez ouviu isto?

"Adquira um amp com fiação point-to-point porque os amps com placas de circuito impresso (PCB) não são bons. Eles não possuem o timbre de antigamente."

Quanto mais você se aprofundar no assunto, mais ficará convencido disso. São muitos técnicos e novos gurus de valvulados que afirmam isso. Eles até podem apresentar argumentos tão tênues como várias trilhas estreitas de circuito impresso demasiadamente próximas ou capacitância parasita no sinal de componente para componente e que isso tudo, de alguma forma, influi no som, no timbre, principalmente eliminando as altas freqüências e, consequentemente, os harmônicos. Esse mito possui alguma verdade?
Sim e não. A resposta mais resumida é a seguinte:
Não existem razões técnicas que indiquem que amps com PCB sejam inferiores aos PTP, tal qual afirmam os técnicos mais velhos. Entretanto, existem algumas razões para que muitos amps PCB sejam inferiores aos seus irmãos PTP e aí teve origem o mito. No fundo, os dois lados dessa questão possuem seu egoísmo e suas razões. Os fabricantes que optam pelos amps PCB, o fazem visando um barateamento da produção que o recurso realmente oferece. Mas, procuram reduzir custos de outras formas, principalmente utilizando componentes de baixa qualidade (mais baratos), tais como (um dos elementos principais de um amp valvulado) soquetes e transformadores de saída, influindo respectivamente de maneira decisiva na durabilidade e no timbre obtido. Tecnicamente, amplificadores com custos de produção baixos são os que mais apresentam defeitos, evidentemente. E, ainda por cima, os amps PCB são mais trabalhosos para consertar porque, uma vez que os componentes ficam de um lado da placa e as soldagens do outro, fica obrigatório retirar a mesma para poder-se substituir os componentes danificados. Essa operação requer um pouco de delicadeza. Já os PTP, especialmente a PTP verdadeira, proporcionam maior facilidade para trocar componentes, pois existe acesso direto a eles. Outra vantagem da PTP verdadeira é a robustez: são praticamente imunes a vibrações e pancadas leves (uma queda de 1 m não é uma pancada leve!), uma vez que existe maleabilidade devido ao fato de que fios e terminais flexíveis são o suporte dos componentes.

Comparativo básico

Veja agora a tabela abaixo que compara vários tipos de montagens.


PTP verdadeiro

Prós:

Ideal em termos eletrônicos;

baixa capacitância parasita e baixa distorção por intermodulação (crosstalk), desde que bem elaborado;

Extrema robustez na montagem, desde que usando-se componentes com terminais robustos e longos, não encontrados hoje em dia.

Facilidade de reparos;

Facilidade para fazer modificações.

Contras

Custo alto para projetar o lay-out;

Custo alto para fabricar;

Erros de montagem na fiação são bastante comuns;

Acabamento confuso e com componentes sujeitos a movimentos tridimensionais.

PTP stripboard

Prós

Mais barato para fazer que a PTP verdadeira;

Capacitância parasita maior que a PTP verdadeira, uma vez que existem muitos fios indo e vindo para fazer as ligações entre os diversos componentes que ficam alinhados.

Baixa distorção por intermodulação, se os componentes estiverem bem orientados;

Facilidade média de reparos;

Facilidade média para realizar modificações.

Contras

Custo relativamente alto para projetar o lay-out;

Custo relativamente alto para montar cada circuito;

Erros de montagem ainda são bastante comuns, uma vez que se utiliza os fios para unir componentes.

PCB (circuito impresso)

Prós

O método mais barato de todos;

Quase imune a erros de montagem;

Reprodução em massa com índice de erros baixíssimo;


Os parasitas são conhecidos e podem até ser reproduzidos, uma vez que os circuitos são exatamente iguais entre si;

Nos amplificadores pode-se utilizar trilhas largas e curtas, minimizando os parasitas e evitando a quebra de trilhas;

Permitem a construção de amplificadores "high-tech" com mais de um canal completamente independentes e diversos recursos de todos os tipos.

Contras

Custo relativamente alto para projetar o lay-out da placa;

Dificuldade para reparos, pois exige-se habilidade e delicadeza para retirar componentes;

Placas com alta densidade de componentes podem sofrer rachaduras da placa ou, mais comumente, das trilhas, mesmo no caso de amplificadores simples.

Soldas frias são muito mais comuns.


PTP verdadeiro

Abaixo segue uma imagem que mostra um PTP verdadeiro em um amp de guitarra.
Note a confusão existente e como isso poderia provocar inevitáveis erros de montagem, além de tomar um enorme tempo para a construção
.


Uma boa montagem de PTP utiliza fios os mais curtos possíveis e nunca em paralelo, uns com os outros, além de poupar fios, soldando os componentes através de seus terminais, sempre que possível e mantendo-os o mais próximo possível uns dos outros. Doce ilusão, quando temos que ter o pré-amplificador de um lado e o power junto com a fonte do outro.

PTP stripboard

Os famosos Fender utilizavam este método. Note que existe uma maior organização dos componentes,
facilitando a montagem e diminuindo a incidência de erros.
Porém, por baixo da placa stripboard (não visível, claro) existe um emaranhado de fios que interliga os diversos componentes e favorecendo a captação de ruídos e oscilações.



PCB

Alguns amplificadores como os Peavey, Soldano e MesaBoogie utilizam PCB. Realmente deve-se ANTES fazer um bom projeto de distribuição dos vários componentes, a fim de evitar oscilações, distorções, capacitâncias parasitas e loops de terra. Mas para isso existem muitas técnicas que podem ser aplicadas. A reprodução em série é o grande atrativo deste método. A Eliminação dos fios interligando os diversos componentes é, na minha opinião, a maior vantagem deste tipo de montagem.


A verdade

Muitos amps PCB produzidos tem um timbre bem mais pobre que seus irmãos PTP. Mas isso se deve, principalmente às técnicas de redução de custos, (principalmente soquetes, potenciômetros, transformadores e alto-falantes). Essesdois últimos fatores é que são os principais responsáveis, mas o PCB é que levou a fama, injustamente. Quem já realizou alguma manutenção num JCM800 já deve ter notado que a Marshall utilizava todas as boas técnicas para PCB, menos uma: potenciômetros soldados diretamente na placa e, ainda por cima, servindo como suporte desta ao chassis. A quebra deles é inevitável, dada a fácil torção do fino chassis de ferro.
Existem algumas técnicas para não deixar uma montagem PCB frágil, algumas delas são:

· afastamento do componente da superfície da placa, utilizando-se um pouco dos terminais do mesmo.
· Pontos largos de solda também contribuem para isso, além de ajudar muito a evitar a ocorrência de soldas frias.
· Trilhas de largura razoável.
· Não utilização de soquetes diretamente na placa, a menos que sejam específicamente projetados para essa função.

Os amps da TubeAmps, nesse sentido, são híbridos. Utilizamos PCB na fonte de alimentação. No pré-amplificador e no amplificador de potência. Sim, utilizamos PCB mas sem a soldagem dos soquetes e potenciômetros diretamente na placa, mas através de fios. As placas também são interligadas entre si através de fios. Utilizamos todas as técnicas para deixar as montagens PCB resistentes, flexíveis e sem soldas frias e com trilhas de 1.2 mm.


Note num sistema antigo da Tubeamps (F Model de 100W) a disponibilização otimizada dos componentes e como os soquetes e potenciômetros não são sustentados pela placa. Nota-se, também, que existem pouquíssimas trilhas que conduzem o sinal de audio - capacitância parasita virtualmente nula. A facilidade de manutenção foi levada em conta como prioridade, o que justifica os componentes soldados pelo lados das trilhas. O resultado é robustez, manutenção facilitada e timbre matador.

Capacitância Parasita. O que é isso?

Bem, é inevitável que dois condutores que possuem tensões elétricas diferentes apresentem uma pequena capacitância entre si. É um verdadeiro capacitor fantasma inserido no circuito, onde não deveria existir.
Para dois fios, o mais próximo que eles podem chegar é a soma das espessuras da própria capa isolante. A máxima área são longas conduções em paralelo, a mínima é através de um cruzamento a 90 graus. Quanto maios a área de proximidade, maior a capacitância parasita. Numa boa construção, os condutores devem estar o mais longe possível e se tiverem de estar próximos, que seja cruzando-se em ângulos retos. A pior condição possível é dois fios correrem em paralelo (ou enrolados em trança) com as superfícies isolantes tocando-se. Alguns estudos conseguiram estabelecer as capacitâncias parasitas entre dois condutores, exemplo: Para 2 fios AWG22 tocando-se pelos isolamentos a capacitância parasita é de aproximadamente 0.382pF (pico Farads) por polegada. Isso significa que 10 polegadas de fio trançados (prática muito comum nos PTP) irão apresentar uma capacitância parasita de 3.81pF, suficiente para interferir na tonalidade e reduzir os agudos e harmônicos altos de maneira significativa e bastante perceptível. Para o cruzamento desses mesmos fios em ângulo reto, a capacitância resulta em 0.008pF, valor quase insignificante para um circuito de áudio. Para PCB, a capacitância parasita resulta similar! Para duas trilhas de 0.025" espaçadas por 0.075", a capacitância é em torno de 0.317pF por polegada. Como em um circuito de amplificador não se utilizam trilhas tão finas, a capacitância subirá, mas como as distâncias entre as trilhas também são maiores(0.2 polegadas no mínimo), a capacitância diminuirá proporcionalmente. O estudo indica que PTP e PCB apresentam capacitâncias bastante similares no geral, indicando que não é essa a diferença principal entre o timbre dos PTP com os PCB.

Extraído em grande parte de Aiken Amplification www.aikenamps.com

macaco veio
Veterano
# dez/15
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Também diminui a indutância de fuga, o que garante menor atenuação dos agudos. indutancia de fuga? que diabo e' isso? Acho que voce quiz dizer fuga das linhas do fluxo magnetico, onde ce leu isso? GO ficam mais direcionadas mas vao fugir do mesmo jeito, GO so permite mais concentracao num espaco menor. Expande a regiao de frequencias mas influencia muito mais nos graves do que nos agudos. Que eu saiba os amantes do HI-fi gostam e' de trafos grandes com chapas de baixo gauss. Nem consegui ler tudo, muita confusao e os termos tudo misturado.

Ismah
Veterano
# dez/15
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macaco veio

O texto não é meu, seriam mui bem vindas suas revisões.

MMI
Veterano
# dez/15
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Ismah

Polêmica...

Não sei até que ponto isso tudo vale. Igual em construção de guitarra, tudo muda, tudo deixa diferente. Mas até que ponto muda consideravelmente e é válida a discussão não sei. Acho que tem amp bom e ruim, bem feito e mal feito, independente de ser PTP ou PCB. No texto (que não consegui ler tudo) um JCM800 serviu de amp mal feito, o que concordo, pelo menos sob este ponto de vista.

Ismah
Veterano
# dez/15
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MMI

Não é questão polêmica... É uma OPINIÃO PESSOAL, baseada na experiência de quem trabalha com isso (é um dos handmakers mais antigos do país o Manolo). Acho que não tem melhor pessoa para falar.

Pode estar equivocado? Pode. Minha mãe segue a mesma receita de waffles, que minha tia, e as da tia são perfeitos, e os de minha mãe bem mais ou menos...

MMI
Veterano
# dez/15
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Ismah

Isso é polêmica e uma discussão chata, fica até meio constrangedor. Recentemente o Pedrone veio aqui e nem quis começar a discussão de PTP x PCB, dizendo que não é isso que dá diferença. Mais ainda, o que eu concordo, ele cita como "mestres" do assunto (e eu concordo) o Carlos Adolphs e o Carlos Alberto Sossego. Sem desmerecer ninguém nem opinião contrária... Aí falar que "não tem melhor pessoa para falar", fica complicado, põe um contra o outro e sinaliza que um é melhor que o outro. Vira uma coisa chata, um disse uma coisa e outro disse o oposto, daí se cita que um é melhor que o outro e fica um incômodo até para eles que não tem nada a ver com isso.

Opinião pessoal? Ok... Da mesma forma que o texto diz que o JCM800 é um amp mal feito, uns acham o máximo, eu mesmo pelo som não por construção, não acho grande coisa mas muito melhor que o 900 e o 2000 (que não quero nem de graça). Só que uns acham bons e até fazem sons que merecem respeito. Nem acho que vale a pena essa situação no fórum, uma discussão vazia e constrangedora.

Mas o tópico é seu... Fica o alerta. Abs

Ismah
Veterano
# dez/15
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Não quis dar esse sentido a expressão MMI. Quis dizer que o Manolo é alguém que pode falar por ter experiência com, se comparado a nossa maioria de músicos.

E se perceber ele disse o mesmo que o Pedrone (DIFERENÇAS entre PTP e PCB): PCB não é melhor que PTP, ambos tem prós e contras. E por razões diversas ELE OPTOU em usar PCB nos seu amplificadores, simples.

O J. Fonseca. Adolphs e o Sossego são dois gênios, mas nenhum se propôs a escrever sobre. Converso sim com o Adolphs, mas não me vejo no direito de descarregar uma chuva de perguntas sobre o tema, mesmo ele respondendo de bom grado talvez. Acho questão de respeito.

Tem mais gente capacitada no país para falar sobre? Claro que tem, mas ainda no fim serão opiniões baseadas nas experiências pessoais de cada. É o que se chama na ciência de "correntes", cada um defende uma com seus argumentos.

Minha opinião eu deixei no teu inbox pra não desvirtuar ainda mais aqui.

Em tempo... Viu que são três (longos) textos né?

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