Mesa/Boogie Caliber 50. dúvida sobre troca.

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redmojoblues
Veterano
# mai/11


Toco Blues,Surf Music e Rock 60's.

Possuo um Mesa/Boogie Caliber 50 +,modelo Short Head (Cabeçote um pouco menor que o normal.)

Ele tem um som maravilhoso,é feito a mão em Pentaluma California,e fiquei um bom tempo satisfeito com ele.
Porém,como fui indo muito pro blues de uns tempos pra cá,ele não me serve mais.
Adoro o Clean dele,mas não é tão complexo e quente como os Fenders. Seu forte é realmente a distorção,com um som "Kill em All" do Metallica,mais do que tudo.
Tenho a oportunidade de troca-lo "pau a pau" por um Fender Blues Deluxe USA 1996.

Queria saber se alguem que realmente já sentiu esse amp,me falasse sobre o headroom,Dinâmica e etc.
Creio que seja parecido com o Bassman.

A minha dúvida é se vou sair perdendo,pegando algo de qualidade inferior,mesmo o fender sendo USA. Meu sonho era realmente um Blackface,mas não consigo achar um preço em conta.

Outra coisa,cansei de ficar carregando cabeçote e caixa. preciso de um combo,e esse fender parece estar perfeito.
Possuo uma Stratocaster com caps Lollar e um Barber Direct Drive.

Obrigado desde já!
Abraços!

turtlefingers
Veterano
# mai/11
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redmojoblues

Estranho, pois o clean dos Mesas antigos são puxados para os Fenders.
Sou suspeito, tinha um amp nessa linha(DC-10) e me arrependo de ter vendido.

Se você acha um saco carregar cabeçote e caixa, espere até ter que levar um combo...

redmojoblues
Veterano
# mai/11
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turtlefingers

então cara,pode até ser "puxado" para os fender como você disse,porém não tem o mesmo som vivo dos clean fender.

e sobre carregar combo,já tive um combo marshall antes de ter o mesa/boogie,e eu realmente achava melhor de carregar do que cabeçote+caixa.

esses DC-10 são realmente muito legais!!
valeu pela resposta.
abraço.

MauricioBahia
Moderador
# mai/11
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turtlefingers: Estranho, pois o clean dos Mesas antigos são puxados para os Fenders.

Deve ser pq os Mesas foram criados a partir de modificações do Fender Princeton.

Abs

The origin of the MESA/BOOGIE amplifier was the modified Fender Princeton. Randall Smith, an amp tech in San Francisco, souped up those small guitar amps to put out 100w power and sold them. The first model was called "Mark I". Carlos Santana tried one and said, "Shit man, that little thing really Boogies! " -which gave the amplifier the brand name "BOOGIE."

The second model "Mark II" had lead and rhythm channels and a 4-band equalizer to give wider variety to the guitar tone. The special feature of this model was an accomplished simul- power circuitry (the operation could be switched between class A and class AB). The power amplifier section had six power tubes. When the class A operation is selected, two EL34 power tubes are activated and the amp puts out a really smooth sound. When the class AB operation is selected, these two EL34s and other four 6L6GC power tubes are all activated and the amplifier puts out its full potential power.

Until the model Mark II, MESA/BOOGIE amps were quite expensive, hand-made amplifiers, but the next model "Mark III" was more affordable. It has one 10" loudspeaker and 60w output power but retains all of the classic BOOGIE features; simul-power circuitry, the graphic EQ, and three (Rhythm1, Rhythm2 and Lead) separate channels. With this Zoom G series, you can select the modeling of the combo type of this "Mark III."


nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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redmojoblues

Cara, eu tenho o Blues Deluxe, tive o original USA por quase 10 anos e hoje tenho o Reissue feito Mexico (ainda tenho TAMBÉM o Deville original USA).

Fica difícil falar do Caliber 50+, porque toquei com ele uma vez e faz muito tempo, tenho bem mais experiência com o Dual Caliber de 20 e 50W.

De cara, eu posso dizer que acho o Caliber e o Dual Caliber infinitamente mais versátil que o Blues Deluxe e o Blues Deville. E não acho que eles deixariam a desejar para os estilos que você toca, até porque tanto o Caliber, quanto os Dual Caliber tem como grande atrativo os sons limpos e não os sujos. Com o EQ então dá pra conseguir fácil sons de Fender e até mesmo um pouco do limpo levemente sujo dos primeiros Marshalls.

Agora uma coisa que eu acho que eles poderiam ter melhor é o reverb, mas nada que um bom pedal de reverb não resolva, mesmo o Boss FRV-1 Fender Reverb (emulador do Reverb Valvulado da Fender), daria uma amaciada legal no som e deixaria ele tão bom ou melhor que muitos Fender.

No caso do Blues Deluxe, eu não tneho do que reclamar, tenho ele e o Deville porque pra mim em termos de som de Fender bem vintage "like", mas mantendo as versatilidades de um amp moderno (loop, mudança de canais e afins) é o melhor que dá pra achar sem entrar na praia dos Rivera ou ir atrás de um Vibro-King, mas não sai desse espectro tonal dos Fender, logo se quiser fazer sons mais diferentes disso com eles, é meio complicado.

Ele tem o som bem Rolling Stones, aqueles sons limpos a la Ronnie Wood e Mick Taylor e distorções a la Keith Richards e era isso que eu procurava nele. Dá pra tirar timbres limpos legais, distorções bem interessantes.

Fica também a dica de que é um amp pra ser tocado em volumes altos, pois com volumes baixos ele tende a ficar com o som meio "morto", não sei explicar, mas ele perde um bocado de brilho quando em volumes baixos, então vale a pena fazer algum dos mods que se propõe a resolver isso. Outra coisa que vale a pena é trocar os falantes por uns Jensen, aí fica com o som bem vintagesão mesmo.

Ele não tem muito haver com o Bassman, o Deluxe é um upgrade do '57 Fender Deluxe, assim como o Deville é do '59 Bassman.

Outra coisa é que ele tem o som absurdamente alto para um 40W 1x12, fala muito mesmo e quando usava ele em stereo com o meu Marshall JTM-60 tinha muito trabalho pra regular ele de forma a não encobrir o Marshall.

Enfim, acho que vale a pena você explorar mais o Caliber, acredito que embora ele não vá te dar o som de Fender que você quer, a longo prazo acho que a versatilidade dele é mais interessante que o Deluxe para quem toca muitos estilos.

A não ser que você faça como eu e mantenha os dois amps pra ter o melhor dos dois mundos.

redmojoblues
Veterano
# mai/11
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MauricioBahia

Cara,valeu pelo texto! muito interessante!!
valeu pela ajuda,abraço!

redmojoblues
Veterano
# mai/11
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nichendrix

valeu amigo,é de grande ajuda o que voce escreveu! valeu mesmo.

Cara,e quanto ao Fender Mexico vs EUA? você sente tanta diferença?
Não boto muito fé,mesmo todo mundo falando que os componentes são os mesmos,que só muda de que lado da fronteira está o mexicano que o montou e blah,blah,blah.

Entendi o que voce quis dizer sobre o Mesa. todo mundo fala disso mesmo,da versatilidade e tal. Vou pensar sobre isso.
O problema é que não estou procurando versatilidade mesmo...quero um som apenas e pronto. apenas um clean gordo,quente.

Talvez eu deva explorar ele mais um pouco. se bem que já fazem 6 anos de muitos ensaios,shows,jams...acho que conheço bem até onde ele pode chegar.

Na verdade eu queria um Super Reverb,sempre foi meu amp dos sonhos. Talvez tenha que juntar mesmo uma grana,vender o mesa e acabar com isso de uma vez.

O deville que é parecido com o Bassman,né? confundi..

Realmente,se eu pudesse manter os dois Amps,seria o set dos sonhos.

Valeu,abração.

nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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redmojoblues

Fora o fato de que os Mexico tem saída para caixa externa, não vi diferença de som entre os dois.

Cara, como falei, mexendo no EQ do Caliber e adicionando um Reverb mais rico, ele não fica atrás de um Fender não.

Muito do som dos Fender que você ouve, é na verdade o som do da equalização que o povo sempre usa nele. Em geral, especialmente a negada do Chicago blues, deixa o grave sempre bem baixo, tipo na posição de 11h pra inferior, e como nos Fender o grave é muito presente, isso faz uma diferença absurda. Acho que de cabeça a única pessoa que lembro desses blues até anos 60/70 que usa o grave acima de 11h é o B.B. King que deixa o grave na faixa de 1 a 2h (6 ou 8 dependendo de qual escala tu usa, já que alguns Fender vão de 0 a 12 e outros de 0 a 10).

Acho que muito do que tu tem que procurar no teu amp é emular esse som "magro". Falo magro, porque realmente os Fender tem graves pra caralho, então fora do jazz, em geral pra tirar aquele som cheio, mas ainda bem brilhante característico do Blues de Chicago e Memphis, enfim, deixar só graves o suficiente pra eles estarem lá, e usar os médios e agudos no talo e o volume também no talo (ou próximo disso) e limpar o som com o controle de volume da guitarra, e esse é o outro grande segredo desse som cheio, as válvulas estão rachando, no máximo e a única coisa que faz o som continuar limpo é o pot de volume.

Muito mais que o tipo de amplificador isso é o que "une" todos os caras que usam esse tom. O Clapton consegue esses sons seja em Fender ou em Marshall, o mesmo vale para o B.B. King que já viu tocando com Marshall e o som é virtualmente o mesmo. Sem contar que tem 30 anos pra mais que ele usa amplificadores SS. Isso vale pro SRV, que também usou além de diversos Fenders, alguns Marshalls e até mesmo um Dumble.

Eu particularmente gosto de usar um EQ em V invertido no meu Marshall pra dar uma mordida parecida com os Fender, adicionando médio graves ao som do Marshall. Acho que no caso do Mesa eu não daria pitaco, porque faz realmente muito tempo que toquei no Caliber 50+ e foi só uma vez, não dá pra falar muito só de lembrança.

Enfim, ter um amplificador há muito tempo não quer dizer tanto, dois dos meus amps estão comigo na faixa de 15 anos, e todo dia descubro um som novo com eles a ponto de preferir o Marshall para sons jazzisticos e os Fender pra sons mais nervosos, mas não é algo que apareceu de primeira e muitos dos meus melhores sons surgiram por acidente.

Enfim, pra mim essa troca só deve ser feita se for algo do tipo, se for realmente algo do tipo, eu tenho certeza que nunca vou querer esse som de volta. Como disse, tenho o Blues Deluxe e o Blues Deville, já até vendi eles e comprei de novo justamente porque depois vi que eram sons que eu sempre gostei de ter, que mesmo que me apaixone por outros, esses eu sempre quero pra mim (o mesmo vale pro JTM).

Eu gosto muito do Deluxe Reverb, Super Reverb e do Bassman, são meio que os sons de sonho nessa praia Fender pra mim, com o Deluxe e o Deville consigo um som próximo, e vários outros que esses amps não me dariam, por isso preferi o Deluxe e o Deville, mas nunca trocaria meu Marshall por um deles, porque o Marshall me dá outro tipo de som que eu não vivo sem.

No fim, a julgar pela minha experiência com os Dual Caliber (bem maior que do Caliber), dá pra tirar um som bem Fender com eles, dá pra emular o Deluxe tranquilo com eles. Pelo que me lembro do Caliber, o som é praticamente o mesmo, então acredito que se fuçar bem você acha o som que procura, sem mudar de amp.

Mas se for algo do tipo, se me livrar do Boogie não vou sentir falta mais nunca... a troca vale a pena, mas eu pediria um troco de volta, pois acho que seu amp vale mais que um Blues Deluxe.

Drive30
Veterano
# mai/11
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redmojoblues

Cara, eu sou fanático por Mesa Boogie (já tive 2) e tambem fora o 'metal' eu tenho preferências mais cleans e bluesísticas tambem. Porque nao espera e pega um 2 ampli? heheh . Eu to pensando em fazer isso. É foda ter 1 som que atenda tudo em 1 único ampli. Mas logico depende do orçamento, as vezes é melhor esperar, sei la. Você vai pegar um fender, e na hora que quiser tocar aquele metalzao não vai poder, eu penso muito nisso e não troco meu mesa nem a pau.

Quanto a praticidade, eu prefiro só levar o head em ensaios (ligar numa caixa do estudio) do que ter que levar 1 ampli combo que eu acho um tortolho.

redmojoblues
Veterano
# mai/11
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nichendrix

cara,sem palavras...valeu mesmo,muito proveitoso tudo que você escreveu,vai me ajudar mto.

quanto a esse lance de equalização,já explorei ao maximo o EQ do caliber. vou mais uma vez tentar o V invertido,e me ligar no lance dos graves que você falou.
pelo que tive de experiencias com meu Boogie,sempre sinto que falta um pouco da rouquidão e calor dos fender.
Uso cordas de calibre pesado,0.11 ou 012. e tenho a mão pesada. tem alguma coisa quando eu ataco muito forte que eu não gosto no mesa/boogie.

voce citou SRV,e eu nem queria falar sobre ele,por que todo mundo vive falando "O que faço pra ficar com o som do SRV" entre outras coisas que eu acho desnecessario. o timbre dele vem simplesmente daquela pegada cavalar + amps tops como voce disse.

mas tb busco um som parecido com isso..uma rispidez,não sei como dizer,que não tenho conseguido.

mas tudo que vc falou eu vou levar em consideração demais.




aproveitando que voce falou do deluxe reverb,voce ja utilizou
ele em shows? como é o headroom dele em shows sem microfonação? queria saber se trabalhando bem o pot de volume consigo esse som que discutimos.
eu sei que o deluxe é realmente maravilhoso,dado o historico que o amp tem. mas preciso ouvir uma resposta concreta,de alguem que já lidou com varios amps.

muito obrigado.

redmojoblues
Veterano
# mai/11
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Drive30

cara,realmente...levar em conta um segundo amp é um otimo negocio! maravilhoso..
mas acho que pra mim não vai rolar! dá um dor no coração me desfazer desse mesa,HAHAHA foda!

mas por exemplo. voce disse que eu vou pegar um fender,e quando quiser tirar um metal,não vou poder.
mas 95% do som que eu faço é Blues e Rock 60'..
e estou com um amp nas mãos que apesar de muito versatil,não tá me oferecendo o som que eu quero!

enfim,vou trampar mais um pouco em cima do Mesa..pode ser que tenha algo nele que eu ainda não sei HAHA

valeu pela resposta cara! abração.

Drive30
Veterano
# mai/11
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redmojoblues

Cara eu acho o seguinte, ampli valvulado bom e high gain faz um crunch razoável e um ampli que só faz crunch por melhor do mundo que seja esse crunch nunca vai fazer high gain. Eu acho isso. Mas se voce nao toca praticamente nada de high gain mais ai realmente melhor trocar mesmo, mas nunca diga nunca! Eu pensava assim tambem mas continuo tocando metal!

nichendrix
Veterano
# mai/11
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redmojoblues
quanto a esse lance de equalização,já explorei ao maximo o EQ do caliber. vou mais uma vez tentar o V invertido,e me ligar no lance dos graves que você falou.

Cara, no caso falei do V invertido porque os Marshall tem uma deficiência de médio graves e sobram médio agudos. Não creio que seja o caso do Boogie, mas posso estar enganado, já que é característica deles ter bastante médios em todo o espectro.

pelo que tive de experiencias com meu Boogie,sempre sinto que falta um pouco da rouquidão e calor dos fender.

Tenta fazer o seguinte, coloca o EQ em Flat, bota e os controles todos no 10, grave, médio, agudo e presence e vai cortando, começando pelos graves. Acredito que o grave vá descer até 3 ou 4, os médios também devem descer pra algo entre 4 e 6 e o presence deve ficar lá entre 6 a 9, os agudos tu regula a gosto.

Digo pra tu fazer por no 10, porque tudo no 10 é o flat de um amp, tem gente que vai dizer que é o 5, mas não é, pois o 10 é o ponto onde não há nenhum filtro no sinal, onde ele passa puro. A partir daí você vê realmente o que o amp tem de graves, médios e agudos ao natural e vai filtrando.

Ao contrário dos Fender, creio que o Mesa não vá ter tantos graves com tudo no 10, já que no caso dos Fender que embora sejam amplificadores de guitarra, se baseiam num circuito feito para baixo, já que todos os posteriores a 59 tem circuito derivado do 5F6A do Bassman (que originalmente é um amp pra contra-baixo que passou a ser muito usado por guitarristas).

Bom equalizado os 4 controles basicos do amp, tu meche no EQ, estando ele todo flat (tudo no meio), eu começaria mexendo no slide do meio (750Hz) até achar o ponto ideal de médios. A partir dele eu tentaria dar uma subidinha no controle de 250Hz e um ajuste maior no de 2200Hz e 6000Hz (esses dois podem ficar bem alto dependendo de quão brilhante tu queira), o de 80 Hz fica como coringa, mas acredito que termine ficando no 0 ou seja cortado um pouco. assim o desenho fica mais ou menos assim /|/

Falo isso porque os 250 Hz é o inicio dos médio graves, então um pouco de reforço aí tende a deixar o botton end parecido com o dos Fender, Nos 750Hz, deve ficar variando um pouco baixo ou acima do centro, dependendo do gosto, já que os Fender tem pouco médio, tem aquele som mais scooped (anasalado). E por fim 2200 e 6000 bosteando pra tentar dar um pouco do brilho dos Fender.

Não vai ficar igual e posso estar com a memória imprecisa, mas pelo que lembro esses eram os ajustes mais próximos com os DC-20, 30 e 50.

Como eu disse, vale a pena por um reverb bem presente, os dos Boogie nem sempre chegam naquele Reverb de Surf Music que os negões de antigamente gostam, bem molhado, mas pode adicionar um pedal, nada complicado, algo bem simples já resolve como o da EHX Holy Grail ou do FRV-1 da Boss que já resolvem.

Uso cordas de calibre pesado,0.11 ou 012. e tenho a mão pesada. tem alguma coisa quando eu ataco muito forte que eu não gosto no mesa/boogie.

Eu uso cordas bem pesadas, prefiro as 012 ou 014, mas como é difícil achar as 014, fico variando entre 11 e 12 dependendo da guitarra, em geral uso 012 nas escalas curtas (Gibson) e 11 nas longas (Fender), prefiro nas Fender as 010-52, são as que dão melhor equilíbrio pra mim.

No caso talvez seja algum ajuste de ataque, ou das válvulas. Mesa tende a vir com válvulas mais "nervosas" no pré, com uma tendência a distorcer muito, procura umas 12AX7 mais cristalinas e com menos distorção (o MMI que é especialista nesses detalhes dos Mesa, hehehehe), na pior das hipoteses tenta por uma 12AT7 no pré pra ter um som mais cheio.

Pra mim o que mata os mesa as vezes é essa tendência a usar válvulas que distorcem muito fácil no pré, quando o que pra mim o ideal é que elas segurem um pouco pra distorcer mesmo só na hora que o volume tá alto ou a mão tá descendo a cacetada mesmo.

voce citou SRV,e eu nem queria falar sobre ele,por que todo mundo vive falando "O que faço pra ficar com o som do SRV" entre outras coisas que eu acho desnecessario. o timbre dele vem simplesmente daquela pegada cavalar + amps tops como voce disse.

Cara, o som dele tem menos haver com o amp e mais haver com a mão, como disse, ele variava bastante de amps e sempre soava o mesmo. Como disse, o som vem muito de um scoop nos médios principais, com medio graves e medio agudos dando brilho. Isso seria como ter um eq empurrando na faixa de 200 a 400 hz e o presence bem alto com médios numa zona intermediária.

No Marshall eu consigo emular muito desse com com um V invertido no EQ e os controles do amp com grave no 8-9, agudos e médios em 6 e presence do 5 em diante (normalmente no 8), isso porque o Marshall é um amp com pouco grave e bastante agudo e médio-agudo. Então tenho sempre que boostear a faixa dos 400Hz no máximo e ir descendo até cortar um pouco na faixa de 6kHz e deixar os graves pouco acima do flat e o 200Hz a meio caminho.

Drive30
Veterano
# mai/11 · Editado por: Drive30
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nichendrix

Caceta. Que biblia.

Bem lembrado que os Mesa usam muita distorção de pre. A valvula 12AT7 é uma boa pedida, menos 'nervosa'.

Agora uma observação importante de um usuário já a um tempo de mesa. Cara o EQ dos MESA é coisa de maluco! Não funciona de uma forma 'normal' como a maioria dos Amps, por exemplo. O agudo é o controle dominante de tom, os medios e graves recebem o sinal depois (isso esta explicado na maioria dos manuais dos Mesas) se você colocar no máximo o agudo, os medios e principalmente os graves vao ter pouco efeito, tando no zero ou no 10, é curioso isso. Os medios parecem nao ter muito efeito, mas eles tem varias funcoes no amp, serve para aumento de ganho e para deixar o som menos comprimido, é coisa de maluco. O EQ funciona meio que numa forma de combinação das 3 frequencias, nao é simplesmente fazer tipo - ahh aumenta os graves porque ta sem peso, as vezes diminuindo os agudos voce tem um efeito de aumento de graves até mais eficaz, é a maior doideira.por isso tem que fuçar muito, e ainda tem o presence para adicionar mais variáveis. Eu concordo com o lance de usar tudo no 10 e depois ir diminuindo, mas não para os Mesas, tem que ir mesmo usando em combinacao as 3 frequencias juntas.

Eu acho um ampli fantástico e quase sempre proporciona trilhoes de timbres para varios estilos diferentes.

redmojoblues

Cara voce falou que seu mesa lembra o kill em all. Na verdade o kill em all é 100% Marshall, só ver a quantidade de agudos na guita do kirk. O Metallica passou a usar um pouco mesa boogie a partir do Ride the Lightning , a partir do Master of Puppets era mais só Mesa mesmo (da para notar que o timbre mudou muito, logico que isso nao se deve só ao amp tambem, foram utilizados recursos novos, a tecnologia vai se aprimorando tambem) e no and justice for all , (que pra mim é uma referencia de timbre metal ) era 100% Mesa. Como sou viciado em Metallica, vou sempre puxar saco dos Mesas! hehe A unica coisa que eu acho fraco nos mesas é o reverb, realmente não é dos melhores, mas eu não curto muito ambiencia então to nem ai, coloca um delayzinho no loop que já dá uma preenchida no salão. heheh. O mesa tem aquele som percussivo em palm mute que eu acho fudido, nunca vi igual.

Veja: http://www.encycmet.com/equipment/khiseq.shtml

nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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redmojoblues

Só pra ilustrar como as vezes uma mudança no EQ faz uma diferença danada.

Esse vídeo é meu, tá bem ruim a imagem e como isso foi umas 10h da noite em um churrasco que começou meio dia, então eu já estava pra lá de bagdá de tanta cerveja, tanto que demora um tempinho pra eu acertar a tonalidade A#/Bb e até lembrar qual tonalidade a musica tava mando um monte de nota na trave... hehehehehe

Nesse vídeo meu com minha antiga banda, eu basicamente só uso o Marshall e um GE-7 e no finzinho dou uma ligada no uni-vibe enquanto o vocalista faz o solo dele. Não tem pedal de distorção, e o tempo todo a guitarra está no canal drive, todas as limpadas são nos pots de volume da guitarra.

Eu não quis em nenhum momento simular o som do Albert Collins, tava todo setado pra tirar uns sons a la Cream e Gary Moore, mas queria a manter um pouco da característica da pegada ríspida e agressiva que ele tem em algumas outras musicas, como Too Tired na versão do Carnegie Hall com o Loonie Mack e o Roy Buchanan ou na versão com o Gary Moore, tipo queria algo que fosse meio que woman tone encontrando com the ice man... hehehehehe

O Marshall nunca ia me dar aquele quack de tele em Fender com uma SG e nem aquele reverb molhadão, mas deu pra ter um pouco da pegada do Albert Collins com um V invertido e um tequinho no level empurrando o amp (que pra mim, mais que a EQ é um dos segredos, junto com tocar com os dedos, pra ter a pegada nervosa Albert Collins).

Como disse a intenção não era ficar igual, mas queria ter aquele som cheio e com aquela mordida ríspida e o sustain infinito do Collins, já que sem isso não daria pra fazer jus ao espirito da musica dele. Com pouca coisa, uma mechida nos pots da guitarra e uma mudançazinha de EQ fui de um som bem anasaladão, bem throaty mesmo, pra um som cheio de mordida, aquele bitezinho nos médios que faltava no som básico.



nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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Drive30
Agora uma observação importante de um usuário já a um tempo de mesa. Cara o EQ dos MESA é coisa de maluco! Não funciona de uma forma 'normal' como a maioria dos Amps, por exemplo. O agudo é o controle dominante de tom, os medios e graves recebem o sinal depois (isso esta explicado na maioria dos manuais dos Mesas) se você colocar no máximo o agudo, os medios e principalmente os graves vao ter pouco efeito, tando no zero ou no 10, é curioso isso. Os medios parecem nao ter muito efeito, mas eles tem varias funcoes no amp, serve para aumento de ganho e para deixar o som menos comprimido, é coisa de maluco. O EQ funciona meio que numa forma de combinação das 3 frequencias, nao é simplesmente fazer tipo - ahh aumenta os graves porque ta sem peso, as vezes diminuindo os agudos voce tem um efeito de aumento de graves até mais eficaz, é a maior doideira.por isso tem que fuçar muito, e ainda tem o presence para adicionar mais variáveis. Eu concordo com o lance de usar tudo no 10 e depois ir diminuindo, mas não para os Mesas, tem que ir mesmo usando em combinacao as 3 frequencias juntas.

Se eu não me engano, isso é porque ele é semi-paramétrico, não linear.

Dito isso, é justamente o motivo de eu falar pra começar no 10 e mexer nos agudos por ultimo. O segredo do som dos Fender são os agudos, algo que os Boogie nunca vão dar, mas se ele achar os agudos certos (por isso deixei regula a vontade), ele vai ter a responsividade que ele precisará pra para graves e médios.

A Mesa recomenda algo entre 6 e 8 para o ponto onde os agudos são 100% interativos com os graves e médios, mas novamente, o que ele procura é justamente brilho, logo, vale a pena começar do 10 e ir procurando.

No caso o presence já é meio que um controle semi-paramétrico, já que ele adiciona frequências altas acima do espectro do agudo.

O mesa tem aquele som percussivo em palm mute que eu acho fudido, nunca vi igual.

Cara, esse é o som do Solo Head e de meia dúzia de modelos da Mesa que são baseados nele e mesmo esses nem sempre seguem essa linha como é o caso do Trem-o-Verb, Heatbreaker e Blue Angel (todos da mesma série).

Esse nunca foi o som que mais me chamou a atenção nos Mesa, e no caso o Caliber é anterior aos Dual Recto, logo ele nem poderia ter essa característica ainda, eles tem uma calibragem mais puxada pros Mark, que são bem mais puxados pro som dos Fender, mas modificados pra mais médios e alto ganho.

Numa comparação bem grosseira o Caliber e os Mark estão em termos de resposta tonal mais pra Hot Rod Deluxe do que pra Solo Head. Não estou dizendo que são iguais e nem parecidos, só que são parte de outro mundo, que não o dos dual recto.

Os Dual Caliber já são outros 500, eles tem a proposta de ter um som meio termo entre os Mark e o Recto.

Enfim, o som que sempre procurei nos Mesa é o som do Santana (MarkI, II, III e IV, Trem-o-Verb e Heartbreaker) ou o som do Eric Johnson, do Scofield. Por mais que eu seja louco por Metallica, pra mim esse som é o menos interessante que os Mesa tem pra oferecer.

redmojoblues
Veterano
# mai/11
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Drive30

então cara,eu entendo o seu lado quando voce fala de versatilidade do amp. mas eu sou um cara totalmente anos 50' e 60',então pra mim,essa desenvoltura toda do mesa com sons high gain não tá valendo muita coisa.

então,to ligado que o kill em all é total marshall,mas o drive do caliber é bem essa praia. não é muito a praia dos dual rect.
pra sons tipo o kill em all é perfeito.

e mesmo o caliber não sendo na praia dos dual rect,eu tb acho que o som percussivo dele com distorção é lindo mesmo!

valeu pelas dicas sobre a equalização cara!!! muito bom!!

redmojoblues
Veterano
# mai/11
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nichendrix

cara,valeu por tudo,nem sei por onde começar por que é muita coisa!
mas vou seguir o lance das equalizaçoes aqui e ver o que rola.
então,eu tenho um EHX holy grail,não sobrevivo sem ele.

então,como eu disse o SRV é mão pura msmo. não tem jeito.
po,albert collins é osso! po,valeu pelo video,curti muito. deu pra ilustrar o que voce disse.

po,nem sei o que falar! muito informação! valeu demais véio,muito precioso essas informaçoes todas.

tô na pira é de arrumar um bassman e acabar com isso tudo HAHA

valeu brother!!

nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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redmojoblues
tô na pira é de arrumar um bassman e acabar com isso tudo HAHA

Eu não uso muitos efeitos, mas gosto de um tremolo, um uni-vibe, um reverbão a lá Hank Marvin, um echo aqui e acolá e um phaserzinho bem sutil, então pra mim não rola de tocar num Bassman. Tive um duo por anos com um professor e amigo meu, ele usa um Bassman e o bicho é tão alto, mas tão alto, que foram raras as vezes que vi ele usar o amp na metade dos volumes.

Se algum dia for comprar um amp nessa praia e não fizer questão de Reissue, ou como eu gostar de alguns efeitos e de ter distorção em volumes baixos, recomendo o Blues Deluxe e especialmente o Deville. Existe um motivo pra Keith Richards e Clapton terem usado esses amps por anos, que é som vintage com vantagens modernas, especialmente com os mods pra resolver a perda de brilho em baixos volumes.

Agora como disse, acho que no teu caso, é uma ótima pedida como segundo amp, acho que o Caliber casaria bem com eles num set stereo (que as vezes eu uso pra pirar no uni-vibe e no tremolo) ou então como um segundo amp para quando sons mais fortes e nervosos, como The Who e Cream, forem a pedida da vez.

Eu não sei qual é o teu .50 Caliber, mas existem modelos dele com 6L6 e EL84, dizem que eles, em especial os com EL84 conseguem tirar sons tanto Fender-like, Vox-like e Marshall-like facinho mexendo nos controles de timbre e no EQ, obvio além dos sons de Mesa. Então acho que talvez ele seja o "amp-coringa" ideal, para quem gosta do som de um período tão cheio de nuances e variações quantos os anos 60.

Drive30
Veterano
# mai/11 · Editado por: Drive30
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redmojoblues

Cara vai por mim, segura ai com o Mesa um tempo e pega um 2 ampli, Mesa desse tipo ai tem fácil venda . Eu vendi o meu Dual caliber combo para trocar em um Single Rectifier Solo head em 1 semana! e com o preço inicial sem barganha.

Eu to em busca ainda do meu 2 ampli ai eu paro, hehe, pois vendi tambem uma porrada de coisa para realizar esse sonho (pedais que nao usava, coisa de pc, até uma mesa de jantar foi embora!) sei que é gosto , mas é o timbre que procuro há uns 20 anos . Acho Mesa em geral versátil pra cacete, bem mais que Marshall e Fender, não acho que ele é o famoso "Jack of all trades, master of none", para mim é Jack of All Trades, Master of Metal'' heheh. Mas obviamente nao é o master of blues ou low gain, nessa praia tem som melhores. Para metal, curto tambem os peaveys Triple XXX e 6505, e um pouco menos o Carvin V3 (falam pra cacete desse ampli com mil reviews bons, mas já testei não achei essa coisa toda não)

Pensa direito ai, ou entao faz o seguinte, anuncia o ampli, só para vc ver o que vai acontecer, vc vai querer desistir rapidinho. hehe.

Mas logico meu caso é diferente do seu, 70% do que eu toco é metal, uns 30% é hard/classic rock/blues

nichendrix
Veterano
# mai/11
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Drive30
Mas obviamente nao é o master of blues ou low gain, nessa praia tem som melhores.

A Mesa pra mim tem alguns dos melhores amplificadores já feitos pra tocar Blues, Hard Blues e Southern Rock, como o Blue Angel (pra mim o melhor Mesa de todos os tempos), os Mark I, II e III (nunca toquei no IV e no V pra comparar), os Maverick, os Lone Star e o Heartbreaker (que pra mim tem o melhor som para Southern Rock e Hard Blues de todos os Mesa).

Eu acho muito engraçado que hoje todo mundo fala dos Mesa como se eles tivessem começado a fazer amps em 92 com os Dual Recto, mas quem fez a fama dos Mesa foram caras como Santana, Keith Richards, Ron Wood, John Scofield, David Gilmour, Andy Summers e Paul McCartney que foram os primeiros usuários famosos da marca ainda nos anos 70 e 80.

Aqui no Brasil, eles começaram a ficar famosos bem depois, já nos anos 90, com o Solo Head e talvez por isso sejam associados quase exclusivamente ao metal. Mas a Mesa sempre teve uma proposta muito simples pra maioria dos amplificadores dela, que é serem versões Hot Roded dos Fender e as vezes Vox antigos. Eventualmente surgem até séries inspiradas em Marshalls Hot Hoded, como a Stilleto e a própria Solo Head, que foi criada para fazer frente à linha JCM da Marshall, mesmo ela tem uma certa inspiração nos Fender, já que pra ter aquele som do Solo Head, o que ele fez foi basicamente socar um preamp de alto ganho em um power que é basicamente um power de Fender modernizado e mesmo o Solo Head tem variações como o Trem-O-Verb, que tem um som limpo soberbo de lindo, totalmente inspirado nos Fender Blackface.

Drive30
Veterano
# mai/11
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nichendrix

Sim , é isso mesmo, falou e disse. Poxa o Mark I é com grill de cadeira de balanço! hehe

Vai dizer que isso ai não dá para tocar som vintage:

http://www.charlie-heavner.com/MesaBoogie.htm

É isso ai, Mesa tem anos de fabricação e quando começou nem existia heavy metal praticamente, mas é que a marca acabou ficando bem famosa pelos amps high gain, os quais eu gosto muito. Abraços,

nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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Drive30

Eu conheço esse amp relativamente bem, um amigo meu americano tem os 3 primeiros Marks e mais uma renca de Mesa que vão de meados dos anos 70 até hoje, são amps que eu acho impressionantes em muitos aspectos.

Mas de todos o meu preferido da marcar ainda é esse aqui.



Pra mim o 4x10 é um dos amps dos meus sonhos, quando pegar ele, um AC30TBX dos anos 90 e um Matchless pra mim fechou todos os meus delírios amplisticos.

Outros Mesa que eu adoro são os Maverick, Lone Star, Heartbreaker e o Trem-o-Verb:







O som limpo do Trem-o-Verb é soberbo também.


Drive30
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# mai/11 · Editado por: Drive30
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nichendrix

poxa com esse nick , voce nunca quis ter um Marshall plexi não? 1959,1987x, JTM,JPM?

To namorando um aqui é meu 2 sonho, hehe, quem sabe esse ano ainda consiga.

Edit: Muito bom timbre do cara ai, boa pegada tambem. Fica devendo nada para fender-like.

Edit 2: Poxa o lonestar é animal hein, nunca toquei nele, bem bonito tambem.

nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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Drive30
Eu tenho um JTM-60 já que não vendo não troco, não dou e nem empresto, se tiver que comprar mais algum seria um JTM-45 e um Bluesbreaker. Tenho também 3 Fenders. Pra mim faltam só um Vox pra tocar Beatles, Stones e Queen, um Blue Angel para sons diversos e um Matchless pra ter orgasmos tocando.

Drive30
Veterano
# mai/11
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nichendrix

JTM-60 nao é plexi. Ele é um combo , (acho que tem head tambem) da decada de 90, já é algo mais moderninho. To falando da familia 1959,1987x, JTM-45 e 2061x.

O JTM 45 e 2061x estou namorando eles em sites ai. Voce conhece o 2061x? é um mini-plexi 20 W saca só na net, o reissue é Handwired e custa 1800 US$. eu gostei do tamanho e da potencia 'comedida' parece ser bem legal e tem ótimos reviews. O JTM 45 nao precisa responder, melhor mod de bassman já feito! hehe.

nichendrix
Veterano
# mai/11
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Drive30
JTM-60 nao é plexi. Ele é um combo , (acho que tem head tambem) da decada de 90, já é algo mais moderninho. To falando da familia 1959,1987x, JTM-45 e 2061x.

Cara, eu sei que o JTM-60 é dos anos 90, eu comprei ele porque com ele eu consigo sons que vão do Bluesbreaker, passando pelo JTM-45, até os Plexi. Até porque na época a Marshall não tinha uma série Reissue (comprei o meu em 96), e os únicos amps "antigos" que eram o JTM-45 Head e JTM-45 Bluesbreaker.

Pude comparar muito essas duas reedições e entrou no mesmo critério que usei pra comprar o Blues Deville e não o Bassman. Com o JTM-60, bem regulado dá pra conseguir a maioria dos sons do JTM-45 e do Bluesbreaker e alguns sons mais modernos a la Plexi, e ainda com direito a mudança de canais e loop de efeitos. O mesmo vale pro Deville, a maioria dos sons do Bassman eu consigo nele, e ele ainda me dá recursos e sons que o Bassman não dá.

Eu fiz as comparações lado a lado, mais de uma vez nos mais de 15 anos que tenho esses dois amps, e nunca me arrependi de não ter pego as reedições.

E tipo, o série JTM não é Plexi também, que só surgiu do 1959 Super Lead em diante e foi até o JCM-800 (que foi o ultimo Plexi e quem deu de fato nome a série, já que pra Marshall todos os Plexi são da linha JCM-800).

O JTM 45 e 2061x estou namorando eles em sites ai. Voce conhece o 2061x? é um mini-plexi 20 W saca só na net, o reissue é Handwired e custa 1800 US$. eu gostei do tamanho e da potencia 'comedida' parece ser bem legal e tem ótimos reviews. O JTM 45 nao precisa responder, melhor mod de bassman já feito! hehe.

Eu já vi ele, mas o próprio JTM45 só tem 35W então, a diferença de potencia não é significativa a meu ver.

nichendrix
Veterano
# mai/11
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Drive30

Aqui vai o link pro meu review do JTM-60, adicionei uns vídeos a mais

http://forum.cifraclub.com.br/forum/10/210178/

redmojoblues
Veterano
# mai/11 · Editado por: redmojoblues
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muito legal os videos! eu gosto bastante do heartbreaker,já tive oportunidade de tocar em um por um tempo,e gostei bastante.
mas ainda tô na procura do fender.

tb tô colocando na lista de opçoes um Fender Deluxe Reverb 22 watts Reissue.

saida pra falante externo,1x12,vibrato e reverb,made in usa.
achei uns preços legais.

alguem já utilizou em um? sei que o george usou um pra gravar o Abbey Road,e uma galera tb já usou! é muito considerado como amp de estudio,e é excelente pra usar ao vivo por que dá pra abrir o volume melhor em ambientes menores.
já me falaram que por volta do volume 5/6 começa um crunch,e eu preciso de bastante clean. porem,disseram que esse 5/6 é BEM alto,o suficiente pra maioria das apresentaçoes normais em bares e clubes..principalmente se for microfonar,ai é tranquilo mesmo.

nichendrix
Veterano
# mai/11 · Editado por: nichendrix
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redmojoblues

Cara, já usei muito ele, tanto reissue quanto alguns dos originais black face e silver face. É um ótimo amp e como todo Fender, tem volume pra caralho, 5-6 nele é muito alto.

Enfim, eu acho o Deluxe Reverb mais que adequado pra lugares pequenos a médios, a menos que você toque com frequência em lugares pra mais de 400 pessoas, não tem porque precisar de mais volume, e se precisar, microfone nele.

Agora tem que ver se você usa muito efeito, porque se usar isso pode ser problemático em um amp que não tem loop e não tem mudança de canais.

Outro porém é que o vibrato é um canal separado, logo se tu for usar os 2 canais dele, tem que ter um A/B box no meio.

E alguns acham ruim o fato de ele usar 6V6, eu particularmente gosto do som dessas válvulas, mas tb eu adoro o som da Bonnie Raitt... heheheheh

Fora isso é um amp ótimo pra o que se propõe.

Sobre o volume dos Fender, a verdade é que fora os reissue do Champ e de alguns outros amps de 10W ou menos da Fender, ainda não encontrei um que eu precisasse a abrir o volume acima de 4-5 pra tocar em banda, é muito raro passar da metade do volume se tu não for tocar em lugar grande onde tenha que microfonar bateria. Um a ano e pouco atrás fui tocar em um ensaio com o Danny Vincent (guitarrista de blues argentino), ele toca com um combozinho silverface de 10W é pra baixo até o amp e mesmo tocando com banda inteira e o outro guitar com um Hot Rod Deluxe, ainda assim não precisou deixar o monstrinho no talo. Na hora do show emprestei dois amps meus (o Blues Deluxe e o Blue Jr.) pra ele e a banda que estava tocando com ele pra ficar de reserva, já que estava chovendo muito e isso na minha cidade é um prato pra queimar fusível em meio de show.

A filosofia de usar reissue ou vintage para tocar é muito bonita na teoria, mas na prática não é, a menos que tu seja um Keith Richards ou um Fruciante que leva 10 amps pra um palco e tem meia duzia de jacarés pra carregar pra ti. Foi quando percebi isso que desisti de me meter nessa praia. Por sorte descobri quando tava começando, já que no home studio do meu professor na época tinha tudo entre Fender e Marshall à Mesa e Matchless todos de diversas épocas diferentes desde anos 60-70 até o que havia de mais atual na época.

Enfim, uma crítica que eu tenho feitos a alguns amigos do fórum é que eles tem procurado muito o timbre no equipamento, ou em componentes, tem um colega aqui, que já trocou 3x de amp, atrás do som do Freddie King, agora está mudando tudo no Twin Reverb dele, trocou valvula, trocou capacitores, trocou trafo, agora vai trocar falante, porque ainda não deu o som que ele queria, está quase lá e nunca deu, agora está tentando comprar um falante JBL pra ver se consegue o som que quer, já toca de dedeira e tudo, só falta se pintar de preto e botar uma peruca black power, hehehehehe.

Ele não percebeu que o som está nos dedos do cara, se muito ajudava o fato de que naquela época todo mundo tava cagando e andando pra o amp e pras válvulas (que custava baratinho na época), e por isso os bias ficavam no limite, e isso é o máximo de influência que o amp tem no som do cara (válvulas queimavam rapidão naqueles tempos). Pegue o B.B. King, há mais de 30 anos toca em amps transistorizados, e já vi tocar em Marshall, Music Man, Fender, Roland Jazz Chorus e o escambau, mas tem o mesmo som em todos eles.

Então, embora o equipamento seja importante, é muito importante prestar atenção no fator humano. É só ver que o Hank Marvin do Shadows tirava aquele som totalmente a la Dick Dale com um Vox AC-15 que não é um amp que cruncha rapido que só.

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