Importante! A inovação de timbres...

    Autor Mensagem
    Chackall
    Veterano
    # set/05


    Caros foristas

    Há um fato que é uma constante no fórum e que tem me chamado a atenção: A LIMITAÇÃO, ESTAGNAÇÃO DE INOVAÇÃO DE TIMBRES.

    Regularmente surgem perguntas solicitando qual seria a melhor compra de amplificadores, e não raras vezes vejo que muitos equipamentos são classificados como “lixo” e “porcaria”, pelo simples fato de não corresponderem à “idéia de equipamento ideal” daquele que responde a pergunta.

    Agora devemos nos perguntar: EXISTE O EQUIPAMENTO PERFEITO?

    Sim, e respondo que é aquele que satisfaz o timbre, o som que você busca. Ou melhor, aquele que se encaixa na sua personalidade sonora.

    Todos os equipamentos existentes, sejam caros ou baratos, novos ou velhos, valvulados ou transistorizados, nacionais ou importados, guardam em si uma qualidade de timbre que vai se amoldar a um gosto musical.

    Acho que cada músico deve procurar a sua própria identidade musical. Não adianta comprar o amp “tal” só porque fulano indicou, ou porque aquele guitarrista usa. Isso porque aquele amplificador satisfaz o gosto musical daquele músico.

    Pra que ter o setup igual ao do Satriani, para fazer o som igual do Satriani, se já existe um Satriani e você reconhece o som dele de longe? Existem inúmeros “Satrianis” por aí, que não tem uma identidade sonora, mas se acham “os caras” só porque tem um amp famoso, pedais caríssimos e uma guitarra que vale uma fortuna (???)

    Esses dias fui surpreendido com alegações de um vendedor desqualificando os amplificadores nacionais, dizendo que amplificador decente é o Marshall. Ora, quanta bobagem. Entendo que quem possui um pensamento assim, tem muito que evoluir musicalmente, porque é mais um na multidão.

    Não existe equipamento com timbre lixo, podre, ruim. Pode-se conseguir a sua identidade sonora com um amplificador vagabundo, se ele atender e lhe der justamente o som que você quer.

    Cito o caso do Brian May. Alguém pode achar que o som dele é ruim, que não é um virtuose, mas você com certeza sabe quando é ele quem toca uma música. O cara tem identidade e usa uma guitarra fabricada pelo seu pai, e um amplificador que o baterista construiu a partir de um rádio. Saliente-se que o timbre “disso” está sendo fabricado pela VOX. Então vc pode qualificar aquele amplificador como “lixo”? Acho que não, porque ele atendeu à pretensão musical daquele guitarrista.

    Ou seja, ele não precisou comprar um Marshall JCM800, ou um Mesa Boogie Rectifier, uma guitarra Gibson ano tal, para deixar marcada na história musical sua identidade sonora.

    Impor o uso de determinada marca de amplificador ou outro equipamento importa em limitação da criatividade sonora no cenário musical, fazendo com que escutemos sempre os mesmos timbres. Há milhares de bandas Led Zeppelins, Irons Maidens, Rolling Stones, Beatles, Dream Theaters, etc porque ninguém tem coragem de assumir sua identidade musical, porque ficam com medo de dizer que tem um amp “vagabundo” e que dele sai o SEU som.

    Não vou questionar aqui a qualidade de construção e durabilidade do equipamento, que daí sim, deve ser levado em consideração.

    Mas acho que se você tem uma guitarra que lhe agrada, efeitos e amplificador dos quais consegue tirar exatamente o timbre que vc quer, não há porque ter vergonha se eles são nacionais, baratos e vão na contra-mão do entendimento massificante e pré-histórico de que só equipamentos top de linha (isso é, caríssimos) é que possuem timbre decente.

    Procure a sua identidade sonora.

    marcelogatinho
    Veterano
    # set/05
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    Otimo topico, parabens !!!! é isso ai mesmo

    SK8Boy
    Veterano
    # set/05
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    Maturidade...é isso q falta a maioria esmagadora os músicos...as vezes até mesmo em mim.Mto bom o tópico, parabens!

    Raven_Heart
    Veterano
    # set/05
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    Muito bom, cara...disse tudo, parabéns.

    baruch_kata
    Veterano
    # set/05
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    Otimo topico, parabens !!!! é isso ai mesmo(4)

    king_arthur
    Veterano
    # set/05
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    concordo

    Espiridião
    Veterano
    # set/05
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    Concordo até certo ponto.
    Porque a identidade sonora que um cara pode criar com uma Innsbruck mais um Harmonic chega a um certo limite que não atingirá a amplitude de possibilidades de quem possui uma Gibson mais um Marshall.
    Certamente, o equipo não determina o timbre que você atingirá, mas dá a base, digamos, material para que o guitarrista possa criar seu timbre e imprimir seu estilo.

    Chackall
    Veterano
    # set/05
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    Ouso discordar do amigo Espiridião (respeitando seu posicionamento), mas creio que o colega tem o posicionamento do qual estou a me referir, e incentivar atitude diversa.

    Veja: uma Insbruck, Tonante, Golden, mais um Harmonic, Frahn nunca vão soar como uma Gibson e um Marshall. E acho que nem é essa a pretensão dos fabricantes, porque eles querem justamente que a Insbruck soe Insbruck e a Frahn soe Frahn.

    Que a gibson tem uma gama de timbres maravilhosos, isso não há dúvida, mas são timbres Gibson.
    A Marshall assim como, a Laney, VOX tem seus timbres maravilhosos. Mas são seus timbres.

    Se vc imagina um certo timbre para uma determinada música que está compondo (e aí não falo em bandas Covers porque nesse caso vc terá que ter o setup da banda copiada se quiser soar igual), pode ser que você não o encontre em nenhum amp famoso, mas sim, naquele que todo mundo chama de "lixo"... Mas o timbre dele é o que vc procura!. Ou pode ser ainda que o som seja conseguido pelo seu vizinho, que se arrisca em eletrônica e construiu um amp frankstein pra vc que tem justamente o som que vc procurava.
    É disso que estou falando.

    Não estou de forma alguma dizendo que os equipamentos caros tem timbres ruins. Pelo contrário.

    Estou afirmando que necessariamente vc não irá encontrar o timbre que precisa e quer num amplificador ou outro equipamento caro e famoso.

    Esses dias mesmo, estava folhando uma revista antiga, e vi o setup do André Christovam. Ele na época usava pedais Danelectro, que já vi muita gente desfazer de sua qualidade. Mas se ali o cara consegue o timbre que quer, para que fazer ele usar outro equipamento, só porque é famoso, custa caro, se ele não vai produzir o timbre que ele procura???

    Estou falando em procurar a SUA identidade sonora.

    Chackall
    Veterano
    # set/05
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    Ouso discordar do amigo Espiridião (respeitando seu posicionamento), mas creio que o colega tem o posicionamento do qual estou a me referir, e incentivar atitude diversa.

    Veja: uma Insbruck, Tonante, Golden, mais um Harmonic, Frahn nunca vão soar como uma Gibson e um Marshall. E acho que nem é essa a pretensão dos fabricantes, porque eles querem justamente que a Insbruck soe Insbruck e a Frahn soe Frahn.

    Que a gibson tem uma gama de timbres maravilhosos, isso não há dúvida, mas são timbres Gibson.
    A Marshall assim como, a Laney, VOX tem seus timbres maravilhosos. Mas são seus timbres.

    Se vc imagina um certo timbre para uma determinada música que está compondo (e aí não falo em bandas Covers porque nesse caso vc terá que ter o setup da banda copiada se quiser soar igual), pode ser que você não o encontre em nenhum amp famoso, mas sim, naquele que todo mundo chama de "lixo"... Mas o timbre dele é o que vc procura!. Ou pode ser ainda que o som seja conseguido pelo seu vizinho, que se arrisca em eletrônica e construiu um amp frankstein pra vc que tem justamente o som que vc procurava.
    É disso que estou falando.

    Não estou de forma alguma dizendo que os equipamentos caros tem timbres ruins. Pelo contrário.

    Estou afirmando que necessariamente vc não irá encontrar o timbre que precisa e quer num amplificador ou outro equipamento caro e famoso.

    Esses dias mesmo, estava folhando uma revista antiga, e vi o setup do André Christovam. Ele na época usava pedais Danelectro, que já vi muita gente desfazer de sua qualidade. Mas se ali o cara consegue o timbre que quer, para que fazer ele usar outro equipamento, só porque é famoso, custa caro, se ele não vai produzir o timbre que ele procura???

    Estou falando em procurar a SUA identidade sonora.

    Espiridião
    Veterano
    # set/05
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    Se você falou então tá falado, né?

    Chackall
    Veterano
    # set/05
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    Não foi minha intenção passar a impressão de que seria o dono da verdade. Longe disso.
    Apenas expressei minha opinião acerca de um fato, que tanto pode ser acolhida como rechaçada, até mesmo, ignorada.

    Acho válida a discussão, o antagonismo, a quebra de conceitos impostos, pois são nesses casos que surgem as novidades.

    Metal_X
    Veterano
    # set/05
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    Concordo... se eu kiser tocar Thrash Metal e for testar um amp e ele tiver poucos graves e poko ganho eu vo dizer q ele eh uma merda, pois p/ mim ele naum serve, porém pode servir p/ alguém q keira um som menos agressivo, c/ mais agudos, mais limpo, etc... Ng toca Jota Quest c/ um Mesa Boogie Triple Rectfier e nem toca Krisiun c/ um Staner Kute

    Espiridião
    Veterano
    # set/05 · Editado por: Espiridião
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    Bom, também não concordo com a questão da validade da discussão e do antagonismo, pois sabemos que nem sempre surgem novidades a partir dela.
    Sua réplica não trouxe nenhum elemento novo em relação ao seu primeiro post. Você disse em outras palavras o que dissera antes.
    Quanto a mim, eu estava preparando a minha contra argumentação, mas vi que também não incluiria nenhum dado novo em minha resposta. Apenas reformularia meu post anterior. Ou seja, continuaríamos cada um, cada dois.
    Poderíamos ficar nessa querela interminavelmente, mas sabemos que cada um apenas retomaria sua argumentação.
    Por outro lado, ficaríamos contentes pelo debate enriquecedor, mas no fim das contas nenhuma relação de alteridade se estabeleceria.
    Bom, isso dá pano pra outra discussão, mas já percebeu que não mantenho ilusões de debates democráticos resultando em consenso. Consigo manter apenas o narcisismo das pequenas diferenças.
    Bem doido os rumos que os tópicos tomam, né?
    Sem mais,
    Espiridião

    Dave Grohl
    Veterano
    # set/05
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    quer inovar, se espelhem no Tom Morello

    Gabriel Chincha
    Veterano
    # set/05
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    Chackall

    é isso ai cara falou tudo...................essas discussões de equipamanto..............são muito engraçadas.

    AugustoPedrone
    Veterano
    # set/05
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    O timbre está nas mãos de quem toca...

    marcelogatinho
    Veterano
    # set/05
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    AugustoPedrone


    mais uma boa frase ´´O timbre está nas mãos de quem toca...``
    kem nunca reparou isso, depende o dia vc soa de uma maneira, tipo da diferença ate de quando vc começa a tocar e de depois q esta bem sintonizado e concentrado .....a pegada muda demais o som, chega a ser inacreditavel rss
    demorei bastante pra entender a tal ´´pegada`` q o pessaol mais intendido vivia falando ehehe

    Double Trouble
    Veterano
    # set/05
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    pow kra mando bm.. nunk tinha pensado por esse lado..

    monty
    Veterano
    # set/05
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    O Chackall mandou muito bem. O que acontece é que temos os timbres famosos e consagrados como referência e isso é muito natural, afinal são os sons de guitarra que fizeram e têm feito nossas cabeças desde que fomos tomados pelo rock, blues, jazz, etc. O que não precisa implicar, porém, em escravidão a esses timbres/sonoridades. Não existe um timbre de guitarra que me satisfaça e me emocione sempre, são múltiplos e variados os sons que me tocam.

    O grande lance é abrir a cabeça e se deixar levar pela emoção, o que não significa gostar de tudo. Ame os timbres que vc ama e deteste aqueles que vc detesta, tudo com intensidade, mas abra a cabeça pra busca dos seus sons, sem frescuras e pré-concepções. Eu toco uma Tele e uma semi-acústica Ibanez num valvuladozinho de 6W, com uma 12AX7 e uma 6V6, e tiro timbres que acho fantásticos, mas adoro outras combinações também. Também detesto certos timbres. Acho difícil, p.ex., uma combinação guitarra Jennifer/amp Brabus produzir um timbre que eu vá achar legal pra alguma música, não por serem baratos ou vagabundos, mas pelo som que oferecem. E vamos em frente que atrás vem gente, sem se esquecer que estamos nessa pela curtição e o prazer sem igual que a música proporciona. É isso.

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