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GIGABYT221 Veterano |
# fev/22
Nesses anos em fóruns de internet sempre notei isso, principalmente vindo dos iniciantes.
Primeiro que classificação vocal fora do canto lírico é algo praticamente irrelevante. Não canso de ver tópicos por aí do tipo "Sou tenor?", "Aii sou barítono?", "Classifiquem meu tipo vocal", "Qual nota aguda mínima um tenor tal deve atingir?" e derivados... Se até mesmo cantores líricos passam anos de estudo e treinamento até descobrirem de fato onde melhor se encaixam, como e pra quê um cara que começou dia desses, não tem treinamento e técnica nenhuma vai querer saber se é tenor ou barítono? Ou tenor lírico ou tenor dramático, spinto, leggero, etc?
O mesmo acontece no tocante a extensão vocal, as pessoas amam se gabar na internet de atingirem 8797987468 oitavas e tudo mais, vários tópicos repetidos sobre extensão vocal, como atingir tal nota, "Ahh esses dias eu atingi nota X", "Agora quero fazer nota x". Sendo que geralmente a maior parte dessas pessoas que se gabam de notas altíssimas na verdade emitem sons berrados sem qualidade alguma ou em alguns casos piores, sobem em falsete e acham que estão arrasando, como já vi em alguns lugares. Se no canto lírico tenores bem treinados não costumam passar de C5, imagina o zézinho do fórum que começou dia desses e diz fazer G5 ou seja lá o que for em voz plena? Fico imaginando a cena do sujeito em casa berrando alto segurando o celular com o aplicativo de afinador tentando atingir tal nota pra depois dizer que aquela nota agora faz parte da sua extensão kkkkk..
Acho que essa supervalorização da extensão e classificação vocal deve ser explicado mais por algo relacionado ao ego, de se sentir um "fenômeno" ou especial, se sentir único por acreditar que tem várias oitavas ou que de um tipo vocal raro, como um tenor dramático, por exemplo.
Qual a opinião de vocês sobre isso?
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kafka à beira-mar Membro Novato |
# fev/22
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Pq pro leigo, em qualquer situação da vida, quanto maior melhor. Por isso que desde cedo tive que aprender que não importa o tamanho, importa saber usar.
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Lelo Mig Membro
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# fev/22 · Editado por: Lelo Mig
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GIGABYT221
Fora o que o kafka à beira-mar já disse, o que levou a essa neura é também a verdadeira fixação que se desenvolveu, à partir dos anos 90, por vozes agudas.
O mercado, e consequentemente, o consumidor geral (onde muitos serão futuros cantores) criaram a ideia equivocada de que atingir notas altas é coisa de bom cantor... em decorrência, as belas vozes graves, foram perdendo espaço.
Com todo respeito a quem gosta, mas eu particularmente, nunca entendi porque um cara fala com sua voz normal e na hora de cantar sobe prá caramba na zona de falsete se achando soprano de ópera (like a André Mattos). Ok, gosto é pessoal, mas eu acho uma bosta.
Subir onde a música pede, ok, legal, mas ficar cantando o tempo todo fora da zona de conforto... acho bizarro.
O sertanejão agroboy também tem essa pira e os caras forçam os agudos até arrebentar as pregas vocais e do c...
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Wanton Veterano |
# fev/22
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GIGABYT221 como e pra quê um cara que começou dia desses, não tem treinamento e técnica nenhuma vai querer saber se é tenor ou barítono? Ou tenor lírico ou tenor dramático, spinto, leggero, etc?
Deve ser porque o interesse pela ópera tem crescido vertiginosamente no Tik Tok.
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kafka à beira-mar Membro Novato |
# fev/22
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Lelo Mig Com todo respeito a quem gosta, mas eu particularmente, nunca entendi porque um cara fala com sua voz normal e na hora de cantar sobe prá caramba na zona de falsete se achando soprano de ópera (like a André Mattos). Ok, gosto é pessoal, mas eu acho uma bosta.
Por isso o meu artista favorito é o João Gilberto. Nunca precisou subir a voz pra cantar bem. Claro que existe muita técnica por trás, mas mesmo assim. Como disse Miles Davis, João Gilberto soa bem até lendo jornal.
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Lelo Mig Membro
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# fev/22
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kafka à beira-mar
Eu gosto de cantores técnicos e de voz poderosa. Gosto de cantor que têm "volume e peso", que costumamos dizer que "têm pulmão". Claro que o timbre (que é genético) também enriquece prácarai.
Mas, o que mais me agrada num cantor é o seu lado ator. Sim, a forma como ele interpreta, como se emociona e passa a emoção. Se ele têm técnica, legal, agrega, se alcança notas altas ou mesmo usa falsete de forma interpretativa, onde a música pede, ótimo. Se têm uma divisão rítmica/silábica diferenciada, legal.
Mas, tudo em função da canção. Estes cantores cheios de técnicas firulentas "vejam como eu sou fodão", acho um saco.
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Delson Veterano |
# fev/22
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Estes cantores cheios de técnicas firulentas "vejam como eu sou fodão", acho um saco.
Dessas firulas, o que mais me incomoda é o uso indiscriminado de MELISMAS.
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JJJ Veterano
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# fev/22 · Editado por: JJJ
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Lelo Mig verdadeira fixação que se desenvolveu, à partir dos anos 90, por vozes agudas.
Acho que é bem anterior... A nossa turma mesmo, do rock setentista, mandava uns agudos complicados! Tem vocais em registros altíssimos no Led, Purple, Rush, Queen, Uriah Heep e por aí vai.
O pior é que a galera faz isso enquanto é tudo novinho, arrebenta a porra da goela e, depois que passa dos 30, não consegue nem no falsete! Aí dá-lhe de baixar tom nas músicas... kkkkkkkk
Tem uns por aí que mal conseguem falar, de tanto que fuderam as pregas vocais.
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Lelo Mig Membro
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# fev/22
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JJJ
Eu não costumo ser muito saudosista com nada e acho que, tecnicamente, a música pop (ainda que se faça música que eu não gosto) evoluiu bastante.
Porém, eu acho que os vocalistas são bem piores que os do passado. A turma dos anos 40, 50 e 60, em minha opinião, mandava bem melhor. Eram caras que cantavam na maioria do tempo na zona de conforto, com vozes poderosas e encorpadas, quando subiam atingiam notas altas na cabeça da afinação, de forma precisa, sem deslizes ou truques de ajustes. Alguns rockers dos anos 70 também tinham essa característica, até porque, a maioria era rockeiro mas cresceu ouvindo caras como Frank Sinatra, Elvis Presley e Tom Jones... só que sim, os caras dos 70 abusaram um pouco. Mas (e aqui é gosto pessoal, portanto subjetivo) eu acho os exageros "nas alturas" de Robert Plant ou Ian Gillan, muito mais dramáticos e interpretativos do que essa galera do Heavy Melódico por exemplo, 90% do tempo em falsete.
O Rush foi um caso à parte. Aquele falsete forçado do Geddy Lee sempre foi um horror, uma merda, só que se encaixou no Rush, virou uma característica da banda, tanto é que não dá prá imaginar Rush com outra voz.
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JJJ Veterano
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# fev/22
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Lelo Mig
Cara, o Geddy Lee não usava falsete, ele chegava alto pacaraio mesmo. Depois ele começou a enrolar a voz, nos shows (algo meio "fanho"), porque era impossível reproduzir os agudos de mais de 30 anos atrás.
Eu acho que o cantor tem que pensar nisso e não ir até o talo, mesmo quando pode... Um que foi esperto foi o Mick Jagger, tanto que até hoje não precisa baixar tom.
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Lelo Mig Membro
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# fev/22 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ
"o Geddy Lee não usava falsete"
Usava pracaraio sim JJJ, e muito é o que hoje em dia os caras chamam de semi falsete. Não é simplesmente a voz natural, de peito, num tom alto.
Só você comparar com um cantor que passeia dos graves a altos tons, porém com técnica, casos de Ronnie James Dio e Freddy Mercury e atingem notas altas no peito. (usam falsete também, mas é diferente do Geddy Lee, que quase não canta com a voz natural).
Mas, detalhes à parte, Mick Jagger é o exemplo de um cara que canta na zona de conforto quase que todo o tempo e usa bastante o falsete, principalmente, como detalhe interpretativo, um tempero, como em Miss You. Mas Jagger explora os graves também, como em Living in A Ghost Town. Mick Jagger pode não ser um excelente cantor, mas é um interprete muito acima da média.
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JJJ Veterano
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# fev/22 · Editado por: JJJ
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Lelo Mig e muito é o que hoje em dia os caras chamam de semi falsete
Isso aí eu não conheço... mas falsete clássico acho que ele não usa não...
Veja Circumstances, por exemplo. O refrão ( aos 00:55) é alto pra cacete e não tem falsete não, é no gogó mesmo. E o pior: o cara parece nem estar fazendo força nenhuma! kkkkkkkk
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Lelo Mig Membro
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# fev/22 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ
Pois é... eu conheço bem, tenho a discografia inteira do Rush (até a fase que não gosto.....hehehe).
Não sei, nunca parei para analisar muito. O que eu sempre achei (e posso estar 100% equivocado) é que o timbre dele é naturalmente muito agudo, ou seja, o tom nem é tão alto como dá a impressão, porém, por conta desse timbre agudo, nem dá prá notar direito quando ele entra em falsete (diferente de um Dio, por exemplo, que tem uma voz mais grave), além do que, hoje não mais, mas o Geddy Lee "gritava" prá caralho para alcançar alguns agudos, o que é diferente de "cantar". Veja bem, eu gosto, não é um comentário com aspecto de crítica negativa.
Mas, agora fiquei com a "pulga atrás da orelha"... tenho um amigo vocalista dukaraio, vou falar com ele sobre Geddy Lee...hehehe.
Sempre me liguei apenas no fato que a voz dele falando, ainda que diferente de quando ele canta, é naturalmente aguda. Mas, você pode estar correto, agora fiquei curioso.
Se eu falar com meu amigo volto aqui...
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Grimc Veterano |
# fev/22 · Editado por: Grimc
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GIGABYT221
Eu acho que a origem é bastante simples.
A pessoa quer cantar um Karaoke de alguma musica anos 80 ou anos 90, principalmente nos campos do hard rock, metal, etc, descobre não consegue alcançar as notas, e vai atrás de saber se pode mudar isso.
É foda cantar um The Final Countdown no tom original, por exemplo, e é uma musica extremamente popular até hoje. Não é surpresa que pessoas criem interesse em tentar aumentar o range vocal como resultado. Eu passei por isso, quando queria cantar Yes. Acabei desistindo da idéia haha
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Wanton Veterano |
# fev/22
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Patty Pershayla > Geddy Lee
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Grimc Veterano |
# fev/22 · Editado por: Grimc
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Patty Pershayla > Geddy Lee
Cadê o baixo, os bass pedals e o sintetizador dela?
Foda comparar quando só ta fazendo 1/3 do trabalho
(Brincadeiras a parte, canta muito mesmo, e se fecha os olhos parece que tou ouvindo o geddy anos 70 mesmo)
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JJJ Veterano
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# fev/22 · Editado por: JJJ
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Grimc quando queria cantar Yes
Jon é outro que chega alto pacaraio... difícil reproduzir. Já desisti de tocar algumas do Yes e outras bandas por não conseguir chegar nem perto... kkkkkk
Wanton Patty Pershayla > Geddy Lee
Porra, mas ela é mulher! Naturalmente alcança notas mais altas. Mesmo assim, outro dia vi a Miley Cyrus (é assim que se escreve?) cantando uma do Led e tendo que oitavar pra baixo porque não conseguia chegar onde o Plant chegava...
Às vezes me pergunto se esses caras são castrados...
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Gansinho Veterano |
# fev/22
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JJJ Veja Circumstances, por exemplo. O refrão ( aos 00:55) é alto pra cacete e não tem falsete não, é no gogó mesmo.
Pra mim isso é falsete. A voz tá bem leve, eu não vejo como isso ser voz plena. É no mínimo voz mista (falsete + cabeça), ou como os professores gringos chamam, high mix. Pelo menos eu acho haha
outro dia vi a Miley Cyrus (é assim que se escreve?) cantando uma do Led e tendo que oitavar pra baixo porque não conseguia chegar onde o Plant chegava...
A Miley fudeu a voz no início de carreira.. Hoje em dia ela canta bem mais grave, apesar de que eu acho que ela tem cantado muito melhor que antigamente, principalmente rock.
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Lelo Mig Membro
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# fev/22
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JJJ Gansinho
Não sou muito fã da Miley, mas acho ela uma das melhores cantoras de sua geração... Como ouvinte (não quero discutir aspecto técnico) acho ela uma cantora do caraio, justamente pelo seu poder de interpretação, que é o que, pro meu gosto, faz toda a diferença num cantor, já que não gosto de cantor "robótico"... prefiro que desafine ou dê na trave "por tesão", do que execute perfeito feito um boneco de cêra.
Miley é foda, arrisca prá caralho, é ousada. Têm uma interpretação recente dela de Maybe (da Janis Joplin) absolutamente incrível, no mínimo, corajosa.
(Ela fala prá caralho antes... quem quiser ir direto a música é 2:20 min.)
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Gansinho Veterano |
# fev/22
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Lelo Mig Eu gosto da Miley. Ela tem uma voz nada convencional pro mainstream, o que me agrada. E concordo com você, ela se entrega nas interpretações. Agora parece que ela "se encontrou" no rock.
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Lelo Mig Membro
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# fev/22
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Gansinho
"Agora parece que ela "se encontrou" no rock."
Quando disse "não gosto" é do repertório Pop anterior que me referia... e ainda assim a apreciava enquanto cantora.
Mas, concordo, agora no rock ela tá matando a pau.
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shoyoninja Veterano |
# fev/22
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Creio que o principal problema é que poucas coisas no canto são fáceis de se perceber e quantificar/qualificar, por isso é natural que a idéia de extensão seja popular.
É algo que dá para medir e comparar. Não serve pra nada, mas alimenta uma idéia de objetivo/progresso/competência.
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Ningen Veterano |
# fev/22
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shoyoninja
Porra... faz total sentido...
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Lelo Mig Membro
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# fev/22
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shoyoninja
... procede!
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Grimc Veterano |
# fev/22 · Editado por: Grimc
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Não serve pra nada, mas alimenta uma idéia de objetivo/progresso/competência.
Eu não diria que não serve pra nada, claramente tem sua utilidade musical, assim como o violino que tem um registro mais agudo ocupa uma função diferente na orquestra do que a viola e o cello.
Na minha opinião, a chave está em compor a musica pensando no cantor, em vez de escolher o cantor pensando na música. Uma composição que valorize um registro vocal barítono também fica sensacional. Também tem a vantagem de não precisar ficar mudando a afinação dos instrumentos quando o vocalista envelhece. Mas se o vocalista consegue os agudão maluco, acho mais do que justo aproveitar essa capacidade ao máximo.
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Wanton Veterano |
# fev/22
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O pessoal adora mensurar a extensão, mas raramente fala do calibre.
shoyoninja Não serve pra nada, mas...
Serve. Deve desempenhar um papel motivacional na introdução do sujeito à música. Se classificar é se colocar dentro. Não canto nada, mas sei que a minha classificação vocal é a mesma do Eddie Vedder? Maravilha! Já tenho um norte! Já "sei" onde posso chegar.
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shoyoninja Veterano |
# fev/22
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Já "sei" onde posso chegar.
Pois é... mas na realidade não sabe... E além de chegar a uma conclusão falsa, ainda traz um monte de implicações sobre como essa pessoa "acha" que sua voz é e funciona, que só na base do tapa para fazer esquecer...
Ao mesmo tempo sim, de um ponto de vista mais ingênuo essas coisas até fazem sentido, infelizmente.
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Wanton Veterano |
# fev/22
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shoyoninja infelizmente
É 'o jeito que a voz funciona' x 'o jeito que o cérebro funciona'. Fonoaudiólogos e otorrinos podem até se rasgar com a notícia, mas tem muito cantor foda que descobriu o seu estilo cantando errado, fodendo as pregas vocais. Técnica vocal e estímulos estéticos não são opostos necessários, mas às vezes entram em conflito. Paciência.
mas na realidade não sabe
Às vezes, isso é verdade. Às vezes, não é. Quantos imitadores diferenciados começaram a explorar a sua voz desde cedo e aprenderam formas de produzir sons com extrema competência? Tome o caso da dança como exemplo. A pessoa é capaz de desenvolver consciência corporal e de aprender a se mover com muita competência observando os outros dançando. Um dançarino espontâneo pode ter muito mais facilidade para dançar do que alguém duro, como eu, recebendo todo suporte técnico conhecido. Arrisco a dizer que a técnica, por ser incompleta e limitada, pode até atrapalhar em alguns casos.
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shoyoninja Veterano |
# fev/22
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Não, pq isso pressupõe que as chances de derivar algo produtivo, ou bobagens, com base em extensão (que nem definido foi até o momento), são similares. É possível ter sorte e acertar alguma coisa, mas na vasta maioria das vezes não leva a nada.
O negócio de cantor "foda" que não teve treino técnico tem dois problemas. Primeiro porque o oposto de não se preocupar com extensão não é necessariamente fazer aulas, basta não ficar viajando na maionese e já será muito melhor.
Segundo, outra vez uma premissa falsa, para determinar se não treinar técnica é um caminho efetivo você precisa comparar a quantidade de sucessos em relação a todos que querem cantar e tentam esse caminho. E quando falo sucessso não estou falando em virar um Russel Allen, podemos usar algo bem mediano, ser capaz de cantar um repertório sem passar muita vergonha.
E óbvio, se fosse assim simples assim, que tonto que ia perder tempo fazendo aula?
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Christhian Moderador
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# mar/22
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A maior parte das pessoas usa a classificação vocal pra justificar suas incapacidades técnicas. Já cansei de receber gente em aula dizendo que é "barítono" só por que não consegue cantar as músicas que deseja, no tom original - e depois percebem que não era nada disso. Outras se preocupam com as notas que "conseguem atingir", como se isso fosse algum mérito, sem conseguir fazer uma escala maior ou sequer uma melodia de repetição de duas ou três notas.
Mas esse último caso também acontece analogamente em outros instrumentos, como na guitarra, onde muita gente só se preocupa com velocidade, mas não tem muita noção do que está tocando, de fato.
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