Sobre mudanças de tonalidade (voz + acompanhamento)

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    bruno.pdias
    Veterano
    # jul/12


    Galera, o que eu vou explicar pode ficar meio confuso, mas vou tentar detalhar:

    Sou barítono e tbm tenho facilidade para cantar baixo, mas os agudos são meu grande problema. Faço aulas há 1 ano e meio, e nesse tempo senti um aumento na minha extensão. O problema é que eu não fico feliz em cantar músicas fora da minha tessitura, apesar de aguentar os agudos em falsete ou voz de cabeça, acho que não tem mta potencia e não me agrada.

    Eu treino canto acompanhando com um violão, e certa vez eu li que QUALQUER MÚSICA é "cantável" num espaço de 1 tom e meio. Ou seja, se tá mto agudo, desce meio tom, ou um tom, ou um tom e meio. Se tá EXTREMAMENTE agudo, desce uma oitava na voz. Se essa oitava ficou mto grave, aí vc vai subindo a tonalidade até um tom e meio.

    Dessa forma consegui achar uma região agradável pra cantar, sem comprometer minha voz. Apesar de não estar no tom, eu sinto que a voz sai mais potente, mais brilhante.

    O que eu quero saber é se eu devo continuar assim e largar mão de tentar desenvolver os agudos. Quero dizer, eu deveria me preocupar em deixar a voz bonita nessa região (e me contentar com isso), ou eu deveria continuar treinando extensão até conseguir cantar em qualquer tonalidade? Ou eu deveria fazer os dois ao mesmo tempo? Afinal eu tenho sonho de me formar em canto e trabalhar com isso (seja cantando, seja dando aulas), então eu não deveria saber cantar em qualquer tonalidade, como muitos cantores bons (inclusive desse fórum)?

    Enfim, me corrijam também se esse negócio de "1 tom e meio" estiver errado, por favor!

    Valeu!

    Leopold
    Veterano
    # jul/12
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    bruno.pdias

    Não tem essa regra de tom e meio. O que comanda é a voz. Você simplesmente tem que adequar a tonalidade da música de acordo com a sua capacidade vocal, onde a voz rende.
    Agora, SE a música irá ficar boa de se ouvir é outra coisa, portanto a escolha do repertório é o que conta mais e os testes de tonalidade que você fizer. Cante no tom adequado para você e veja se a música ainda fica interessante, senão troque o repertório para um mais adequado ao seu tipo de voz.

    bruno.pdias
    Veterano
    # jul/12
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    cara, na verdade eu tenho uma implicância com "não poder cantar tal música", então eu sempre acabo dando um jeito

    adapto para a minha tonalidade, faço uma versão diferente, mudo uma notinha ou outra (nada que prejudique a música, igual o próprio Ozzy fez em Sabbath Bloody Sabbath na versão do Reunion, que ele já não alcançava o agudo)

    Mas eu sempre acabo tocando a música que eu me propus a tocar. Mudar o repertório eu acho que é meio como "desistir", não é uma ideia que me agrada. Mas a gente tem que engolir o orgulho de "não conseguir cantar no tom original" e saber adaptar pro nosso tom e tbm fazer versões que deixem a musica legal

    Leopold
    Veterano
    # jul/12
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    Eu acho que não é questão de orgulho e nem de desistir.

    Simplesmente a escolha do repertório é uma das coisas mais importantes. Tem músicas que não ficam bem na voz da pessoa e não adianta fazer nada, simplesmente não casa.
    Por isso a pessoa tem que conhecer a fundo a própria voz pois aí vai saber na hora se aquele tipo de música vai servir para ele ou não. Tem gente que não canta bem música mais "alegre" vamos dizer, que a voz cabe melhor em coisas mais dramáticas ou melancólicas. É questão mesmo de conhecimento.

    É proibido cantar? não. Mas se não cai bem determinado tipo de música, não vejo razão nenhuma para insistir.

    O que conta também é se a sua versão for bem diferente e ficar boa também está valendo. A ideia é sempre fazer melhor do que o original. Pelo menos para mim.

    bruno.pdias
    Veterano
    # jul/12
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    Leopold

    Concordo com tudo q vc disse, realmente eu acho mais interessante fazer versões (tanto para encaixar melhor na voz do cantor, quanto na pegada dos instrumentistas). Não vejo graça em tirar um cover IDENTICO ao original, só para fins de treinar e aprimorar a técnica msm... mas para tocar eu acho legal dar uma identidade nas músicas

    Mas o que vc falou é verdade, cada voz encaixa melhor em um tipo de música... tanto que tem músicas que eu aprendo a cantar simplesmente pra falar para mim mesmo "tá vendo, eu consigo". Mas depois nem toco ela nas rodinhas de violão, hehehehehehe

    Obrigado pelas respostas

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