Teste de várias marcas e modelos de microfone!

    Autor Mensagem
    Alan_27
    Veterano
    # jan/08


    Tava fuçando na internet sobre microfones e achei esse matéria sobre alguns testes q fizeram em algumas marcas de microfones. Daí, achei q era de grande utilidade pra quem tem dúvidas sobre a grande variedade de marcas e modelos de microfones e resolvi compartilhar com todos do forum!!

    Alan_27
    Veterano
    # jan/08
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    Microfones dinâmicos de mão de primeira linha
    Autor: Fernando Antônio Bersan Pinheiro


    Este teste se refere a microfones para vocais das igrejas. Antes de ler este teste, é fundamental ler o artigo. Veja em: http://www.somaovivo.mus.br/artigos.php?id=138

    METODOLOGIA DE TESTES

    Esse teste foi de grande dificuldade para ser realizado. Em algumas lojas, fomos com uma soprano e/ou um baixo. Em outras, era eu e o vendedor apenas. Testamos os microfones um de cada vez, mantendo todas as condições iguais: mesma mesa de som, mesmo cabo, mesma caixa acústica, mesma equalização (sempre flat), mesma música sendo cantada e mesmo volume. Como nenhuma loja tinha todos os modelos de microfone, sempre fizemos comparações com o Shure SM-58 (esse sim, todas as lojas têm).

    Em outras, nem testamos os microfones (o Beta 58, por exemplo, não tive coragem de encostar), mas aproveitamos os conhecimentos de vendedores de lojas que também são peazeiros fora do horário comercial. Aproveitamos também a experiência dos colegas peazeiros do curso do IATEC que tive oportunidade de fazer.

    Também foram levadas em conta as opiniões de peazeiros encontradas na internet (principalmente no site Audiolist.org).

    O método, nem um pouco científico e extremamente longe do ideal, foi por causa de uma coisa só: as complicadas opiniões sobre esses microfones. Enquanto uns preferiram um modelo, outros preferiram outro. As opiniões eram completamente diferentes entre pessoas ouvidas, com algumas amando e outras odiando certos produtos. Mas todos foram unânimes em dizer que não existe um microfone bom para tudo, mas para cada tipo de voz haverá um microfone com sonoridade melhor. A outra unanimidade de opiniões é sobre os Shure SM-58 e Beta 58, mas esse fica para os testes de microfones.

    A conclusão disso tudo é uma só: não deixe de fazer os seus próprios testes e tirar suas próprias conclusões.

    OS MICROFONES

    Quanto aos nossos concorrentes, são todos microfones dinâmicos de mão, indicados para vocais (masculinos/femininos). Como não poderia deixar de ser, começamos pela nossa referência, o Shure SM-58.

    Shure SM 58
    Resposta de Frequência: 50Hz a 15KHz
    Sensibilidade: -54,5 dB / 1,8mV/Pa
    Impedância: 300 Ohms
    Peso: 298g
    Diagrama Polar: cardióide
    Preço "oficial": R$ 450,00

    Entre todos consultados, a opinião foi uma só: o Shure SM-58 é um microfone que funciona muito bem para 90% dos tipos de voz. Seu timbre é extremamente bem equilibrado e, como disse um peazeiro, "todos os homens parecem ficar com a voz do Cid Moreira nesse microfone". Raras são as vozes que vão ficar "ardidas" nesse modelo, apesar de existirem. Isso tudo em um microfone que foi criado em 1965, e cujo timbre permanece o mesmo desde essa época.

    Sobre a sonoridade do Shure SM-58, vejamos texto escrito por Edu Silva, administrador do site Audiolist.org, um dos grandes nomes do áudio brasileiro:

    "Isso se deve (alem do padrão de captação) à resposta irregular, com um reforço artificial nos médios altos. Na época em que foi concebido, as mesas não tinham muitos recursos de equalização (quando tinham...) e um microfone que já vinha com resposta trabalhada era bem vindo. Esse reforço nas médias-altas ajudava a voz a se sobressair em meio aos instrumentos, em especial na música pop. E seu grave deficiente era conveniente na redução dos ruídos de palco.

    Hoje, com os recursos de equalização nas mesas (paramétricos, low pass...), um microfone com resposta mais plana é mais interessante (atende melhor todo o tipo de vozes). Temos projetos mais modernos, com conjunto bobina-diafragma mais leve, cápsula com padrão de captação mais estreito e corpo com melhor isolamento contra ruídos de manuseio - e mais baratos."

    Esse equipamento tem uma sonoridade que virou referência mundial (uma verdadeira lenda!), com todos os outros fabricantes perseguindo um som semelhante. A empresa acertou em cheio ao fazer um microfone cuja timbragem fosse muito boa para a maior parte das pessoas. Na época, em equipamentos simples e sem recursos, um microfone que já vinha com boa sonoridade sem necessidade de regular coisa alguma era bem interessante.

    Essa sonoridade até hoje é almejada, tanto pelos usuários quanto pelas empresas concorrentes. Mas há de se lembrar que alguns tipos de voz não ficam bem no Shure SM-58 (por exemplo, vozes muito agudas costumam ficar irritantes nele). O Edu Silva falou bem ao dizer que uma sonoridade mais "flat" do microfone seria interessante, pois o operador de som pode "construir" a sonoridade desejada (um microfone que seria bom para qualquer tipo de voz), enquanto que no Shure o operador tem que usar a sonoridade do próprio microfone (que está longe de ser ruim, a bem da verdade).

    O fato é que o som do Shure SM-58 se tornou tão comum que qualquer coisa diferente dele já nos soa "estranho". Não que outros microfones serão ruins por terem sonoridade diferente do SM-58, mas não tem jeito: quanto mais parecido o som for, "melhor" será para os concorrentes. É esse som que servirá de referência para nossa comparação, no teste.

    Isso sem contar que é um microfone que dura décadas. Um gerente de loja falou sobre isso: em 10 anos trabalhando com o SM-58, ele nunca mandou um único sequer para a assistência técnica.

    Shure Beta 58
    Resposta de Frequência: 50Hz a 16KHz
    Sensibilidade: -51,5 dB / 2,6mV/Pa
    Impedância: 290 Ohms
    Peso: 278g
    Diagrama Polar: supercardióide
    Preço "oficial": R$ 900,00




    O som do Shure SM-58 persiste por décadas com poucas mudanças. Claro que o microfone sofreu um ou outro ajuste, mas nada muito radical para que os fãs antigos não se sentissem excluídos. Mas os concorrentes investiram em microfones com sonoridades melhores, mais agudos, um grave melhor, e a Shure não ficou para trás. Criou o Beta 58, o microfone top de linha da marca.

    Podemos dizer que o Beta 58 é um SM-58 melhorado, com som mais consistente e inclusive mais sensibilidade (fala mais), além de ser supercardióide, em vez de cardióide.

    Tem bem mais graves e um pouco de mais agudos que o SM-58. Se já gostamos do som do SM, que dirá do Beta. Uma "delícia" de sonoridade. 10 entre 10 pessoas que opinaram no teste elegeram o Shure Beta 58 como o melhor microfone do mundo! A primeira (e muitas vezes, única) escolha de quem faz sonorização profissional.

    O problema do Beta 58 é o preço. Pesquisando para o artigo, encontrei este microfone em algumas lojas por até R$ 960,00 (garantia oficial do distribuidor), em outras por R$ 600,00 (importados pela loja, não pelo distribuidor), e até mesmo pela metade do preço "oficial" para quem procurar na "muamba".

    Para quem é profissional, para quem ganha dinheiro com isso, gastar quase R$ 1.000,00 tem justificativa. Para uma igreja, é um caso a se pensar bastante, já que "oficialmente" um Beta 58 custa o valor equivalente a dois SM-58. Mas sobre o preço, a opinião dos profissionais também foi unânime: vale cada centavo a mais.

    Uma história bastante interessante sobre a política de garantia do distribuidor. Em caso de problemas com seu Shure (raros mas acontecem), pode-se comprar cápsulas de reposição no distribuidor. Mas a Pride não as vende diretamente, é necessário enviar o microfone para a empresa, em São Paulo. Lá, o número de série será analisado e, se o produto não entrou por vias oficiais no Brasil, ele é devolvido sem conserto! A empresa se recusa a vender.

    Agora que vimos "as referências" do mercado, vamos olhar os nossos concorrentes. A tarefa é dura! Para efeito de comparação, vamos colocar aqui também o "campeão" do teste passado.

    Samson Q7
    Resposta de Frequência: 80Hz a 12KHz
    Sensibilidade: -53dB (2,2mV/Pa)
    Impedância: 200 Ohms
    Peso: 370g
    Diagrama Polar: supercardióide
    Preço médio: R$ 135,00

    Esse é o top de linha da Samson, uma empresa americana, fundada em 1981. Boa sonoridade, responde bem a graves e agudos, mas fica bem longe do Shure SM-58. Entre os microfones de segunda linha, foi o que melhor sonoridade apresentou. Quem já o usou garante que o mesmo agüenta altos níveis de pressão sonora. Pelo preço, uma boa compra com certeza. Fica a dever no quesito resistência, que ainda não foi testada e comprovada, pois é um modelo relativamente novo de um fabricante com pouco tempo de mercado.

    Audio Technica MB-1K
    Resposta de Frequência: 80Hz a 12KHz
    Sensibilidade: -53dB (2,2mV/Pa)
    Impedância: 600 Ohms
    Peso: 337g
    Diagrama Polar: unidirecional (pelo desenho do gráfico, é cardióide)
    Preço: R$ 170,00

    O MB-1K é o microfone mais barato da série profissional mais simples da Audio Technica. Ainda assim, tem excelente sonoridade. Em relação ao Q7, o MB-1K tem um grave pouco melhor, mas é nos agudos que o microfone impressiona, quase ao nível do exagero. Os agudos deles são muito realçados, faz qualquer voz feminina "aparecer" mais, até mais que em um SM-58. O problema é o risco de sibilância, também maior. Pessoalmente, senti falta dos harmônicos, ele tem muito agudo naquela faixa das médias-altas (até 10KHz), mas quase nada além disso.

    Para uma voz feminina, principalmente para quem canta com pouco volume, o MB-1K vai fazer a voz aparecer bem mais. Para uma voz masculina, o Samson Q7 parece ser mais "equilibrado". Comparando-se com o Shure SM-58, o MB-1K dá mais impressão de "brilho" (agudos), e talvez algumas cantoras até o prefiram, mas a sonoridade é bem diferente, sente-se falta de graves e é um som mais "pobre", sem detalhes. Mas pelo preço, é uma ótima escolha.

    Audio Technica MB-3K
    Resposta de Frequência: 60Hz a 14KHz
    Sensibilidade: -54dB (1,9mV/Pa)
    Impedância: 600 Ohms
    Peso: 343g
    Diagrama Polar: unidirecional* (pelo desenho, é supercardióide)
    Preço: R$ 266,00

    Visualmente praticamente idêntico ao MB-1K, a característica marcante do MB-3K são os graves bem mais encorpados que o seu irmão, o que o faz ideal para vozes masculinas. Ainda assim, tem resposta de agudos ampliada em relação ao MB-1K, o que o torna um microfone que pode ser bem utilizado para qualquer tipo de voz, masculina ou feminina. Muito bom seu som. A Audio-Technica fez um bom trabalho, deixando a resposta de frequência muito boa, sendo uma alternativa mais barata e bastante interessante ao Shure SM-58. "Show de bola" esse microfone.

    Shure PG-58
    Resposta de Frequência: 60Hz a 15KHz
    Sensibilidade: -53 dB / 2,2mV/Pa
    Impedância: 300 Ohms
    Peso: 321g
    Diagrama Polar: cardióide
    Preço: R$ 285,00

    A série PG (Performance Gear) é a série de "entrada" da Shure. É voltada para o hobista, para o "cantor de fim-de-semana", back-vocals, etc. Isso lá nos EUA. Aqui no Brasil, é usado por peazeiros como uma alternativa mais barata que o SM-58. Aliás, a primeira coisa interessante é o preço desse microfone. Oficialmente, esse microfone é mais caro que o MB-3K, mas por "vias tortuosas", dá para encontrar esse microfone por quase a metade do preço!

    Quanto ao som, o PG-58 decepciona um pouco quando comparado com os concorrentes. A reclamação geral é que ele tem "pouco peso" quando comparado com seu irmão SM-58. Observando o gráfico de respostas de frequência, fica fácil saber o porque: a partir de 200Hz, ele tem um roll-off (caimento) bastante acentuado, caindo -5dB em 100Hz e -10dB em 60Hz. Quanto aos agudos, ele também é um pouco pior que o seu "irmão mais velho", mas ainda assim tem boa sonoridade, de maneira geral.

    Pelo preço oficial, o PG-58 perde para o MB-3K, principalmente se para um cantor masculino. Pelo preço de muamba, o PG-58 se torna uma alternativa melhor que o Q7 ou o MB-1K.

    Beyerdynamic Opus 39
    Resposta de Frequência: 50Hz a 16KHz
    Sensibilidade: 2,4mV/Pa
    Impedância: 600 Ohms
    Peso: 310g
    Diagrama Polar: supercardióide
    Preço: R$ 285,00

    O Opus tem um som muito bom. Sua resposta de frequências é muito agradável, com graves bem encorpados (veja no gráfico que, a 10cm da fonte, ele é praticamente flat de 70Hz a até quase 2kHz, inclusive bem melhores que o SM-58 e o MB-3K. Na outra ponta, podemos esperar um som bastante rico em agudos. Nem vou falar muito porque o pessoal da Página do Som já escreveu sobre ele. Veja: http://www.paginadosom.com.br/gps/noticia-09.php

    Além do Beta 58, esse foi o único fabricante que apresentou sua curva de resposta de frequência em relação também ao efeito de proximidade. Note que, usado próximo à boca, ele deixa o grave bem acentuado. Além disso, tem um pouco mais de sensibilidade que os concorrentes, captando o som bem de longe.

    Para uma voz masculina, que queira dar uma boa sensação de "peso" e "poder" na voz, o Opus 39 é uma escolha até melhor que o Shure SM-58. Ele faz os graves aparecerem bem mais. E o preço é bem melhor. Ele também não decepciona nos agudos.

    Um peazeiro disse que gosta de trabalhar com esse microfone em sistemas que não tem sub-woofers, pelo reforço que o microfone dá em microfones. Em sistemas com sub-woofers e com alinhamento correto, o microfone fica perfeito. Se o sub estiver mal alinhado, o microfone "sobra muito" e embola. Mas a culpa é do alinhamento errado. Também é bom para microfonar caixa de contrabaixo e violoncelos.

    Sennheiser E835
    Resposta de Frequência: 40Hz a 16KHz
    Sensibilidade: 2,7mV/Pa
    Impedância: 350 Ohms
    Peso: 330g
    Diagrama Polar: cardióide
    Preço: R$ 369,00



    Fantástico este microfone. Bons graves e bons agudos, na medida certa, formando um perfeito equilíbrio. Um roll-off bem suave na região dos graves e um som bastante rico nos médios e agudos. O Sennheiser apresentou uma sonoridade mais harmoniosa, um "conjunto" muito, bem semelhante ao Shure SM-58. Ele tem até um pouco mais de agudos que o SM-58.

    Alguns dos grandes nomes do áudio brasileiro dizem que o E835 é tão bom ou até melhor que o Shure, custando R$ 100,00 a menos. Além disso, no nosso teste, é o microfone que mais "falou" (sensibilidade mais alta).

    AKG D660
    Resposta de Frequência: 70Hz a 20KHz
    Sensibilidade: 2,0 mV/Pa
    Impedância: 600 Ohms
    Peso: 240g
    Diagrama Polar: hipercardióide
    Preço: R$ 250,00
    Máximo SPL para 1% THD: 140dB SPL

    O único hipercardióide do teste. Quando testava microfones nesta loja, a caixa de som estava muito próxima e qualquer exagero dava aquelas microfonias "sobrando" um pouco. Então todo o tempo tinha que ficar me preocupando com a posição. Até testar o D660. Na hora, as microfonias sumiram, por mais que se falasse alto. Seu padrão hipercardióide foi excelente, mas o usuário terá que utilizar ele sempre com a fonte sonora diretamente apontada para a cápsula.

    Quanto à sonoridade.... decepcionante. De todos os microfones, foi o mais "muxoxo", sem "brilho", sem "alma". Ele tem até um grave bom, mas falta agudos. Nem uma voz masculina fica bom nele.

    O resultado do microfone foi muito estranho, tão estranho que fui dar uma olhada no site... descobri que é um microfone indicado para Karaokê ou Home Recording, nunca para uso profissional. Aliás, alguns reclamaram que a AKG tem tanta variedade de mics dinâmicos que ficam perdidos, sem saber quais são os bons e os mais simples. Ele nem deveria constar neste teste, mas o vendedor "garantiu" ser um excelente microfone para vocais, que vende muito para igrejas, etc. Fica aqui de lição.

    AKG D770
    Resposta de Frequência: 60Hz a 20KHz
    Sensibilidade: 1,8 mV/Pa
    Impedância: 600 Ohms
    Peso: 295g
    Diagrama Polar: cardióide
    Preço: R$ 340,00
    Máximo SPL para 1% THD: 147dB SPL

    Se o D660 decepcionou, no D770 a coisa muda de figura radicalmente. Esse microfone tem um agudo fantástico, onde a voz aparece bastante clara e bem rica em harmônicos. Também, esse microfone tem um realce em todas as frequências praticamente de 2K até 20KHz! Sua sonoridade é bastante agradável para uma voz masculina e, para uma voz feminina, é fenomenal, até melhor que o SM-58.

    Parece que alguém ligou o botão de Loudness na mesa de som, de tanta riqueza que os agudos ficaram com esse microfone. Para vozes femininas que cantam mais baixo, dá um incremento muito bom. Para vozes femininas que cantam muito alto, esse incremento pode até ser exagerado. Vai depender do estilo musical.

    AKG D880
    Resposta de Frequência: 60Hz a 20KHz
    Sensibilidade: 2,5 mV/Pa
    Impedância: 600 Ohms
    Peso: 298g
    Diagrama Polar: supercardióide
    Preço: R$ 380,00
    Máximo SPL para 1% THD: 147dB SPL

    A mesma sonoridade que o D770, agora na versão supercardióide e com muito mais sensibilidade. Muita gente elogia esse microfone, como até melhor que o Shure SM-58.

    Se as sonoridades são parecidas para vozes masculinas, para vozes femininas não há nem o que dizer: AKG D880 ganha longe em relação ao Shure SM-58: mais agudos, mais sensível, supercardióide. Um real concorrente para o Beta 58.

    MXL Fox (Marshall Eletronics)
    Resposta de Frequência: 50Hz a 18KHz
    Sensibilidade: 1,6mV/Pa
    Impedância: 300 Ohms
    Peso: 320g
    Diagrama Polar: supercardióide
    Máximo SPL para 0,5% THD: 147dB
    Preço: R$ 250,00

    Marshall Electronics? Mas o teste não envolvia 05 fabricantes, e só de primeira linha? Sim, mas a MXL é um fabricante muito conhecido não da turma dos peazeiros, mas sim do pessoal de estúdio. A MXL (www.mxlmics.com) tem uma completa linha de microfones voltados para a gravação e um único modelo para som ao vivo, o Fox. Como a MXL é bem conceituada, apesar de nova (empresa com 25 anos de idade, menos que a Samson), e o equipamento estava disponível em uma das lojas, resolvi incluí-lo no teste. Como disse o Edu Silva sobre a Marshall, "dos fabricantes de segunda linha, é um dos melhores".

    Como a MXL é especializada em estúdios, ela tentou colocar nesse microfone dinâmico características só encontradas neles. A sua curva de resposta é que tem a menor variação de todos os modelos, a mais flat de todas. Nos graves, o MXL surpreendeu muito, bastante "encorpado", com sonoridade muito parecida com o Opus 39. Também, ao analisar sua curva vemos que o seu roll-off de graves é muito pouco: cai entre 1 e 2 dB entre 300Hz e 100Hz e 3dB entre 100Hz até próximo dos 50Hz, quando só então a resposta faz uma curva acentuada para baixo. O resultado é um microfone com graves excelentes.

    Quanto aos agudos, o MXL Fox é um microfone que tem excelentes agudos. Sua resposta de frequência até 18KHz o faz responder até os harmônicos mais altos, deixando o som bastante rico em detalhes. No teste, foi fácil perceber mais harmônicos nele que em um microfone bem mais caro, o Sennheiser E835.

    Particularmente, quanto aos agudos (acima de 5KHz), o som do Fox foi bastante diferente do Shure SM-58 e o Sennheiser E835. Estes apresentaram um som mais agradável (será por estarmos acostumados com o som do SM-58?). Ao mesmo tempo que era possível notar que o microfone captava mais harmônicos que os outros, tinha uma resposta "diferente" do que estamos acostumados. Nem pior nem melhor: diferente.

    Provavelmente, o Fox é um desses representantes do que o Edu Silva quis dizer: um microfone mais flat, que funciona bem para todas as vozes, que o operador pode "construir" uma timbragem em cima dele. Exatamente o esperado em um estúdio, onde o engenheiro de gravação irá moldar a voz para alcançar o timbre desejado.

    Entre todos os microfones, o Fox foi o que apresentou o maior valor de SPL máximo suportado, de incríveis 147dB para 0,5% de distorção (os AKG suprortam 147dB para 1%). Só para comparar, uma turbina de avião produz 130dB!

    Quanto à sensibilidade, é um pouco mais baixa que os demais.

    Pelo preço e os excelentes graves, é uma excelente escolha para cantores masculinos. Para vozes femininas, também teve uma sonoridade muito boa.

    CONCLUSÕES

    Não teve para onde fugir. O Shure SM-58 continua sendo uma referência em sonoridade de microfones. O melhor equilíbrio de todos. Quem quiser pagar um pouco menos (nos canais oficiais), vai encontrar uma boa alternativa no Sennheiser E835, que foi o que apresentou a sonoridade mais próxima. E para quem não pode pagar tanto, o Audio Technica MB-3K não fica muito atrás dos outros.

    Para vozes masculinas, o Opus 39 e o MXL Fox foram alternativas até mais interessantes. Para vozes femininas, o AKG D770 e o D880 são imbatíveis. E, de modo geral, o Beta 58 é o melhor microfone de todos (tirando um pequeno detalhe: o preço). E o Fox é uma alternativa excepcional para quem faz gravações.

    Cada timbre de voz terá um microfone ideal. Cada tipo de utilização (vocal principal, backs, Rock, Pop, MPB) exigirá um microfone diferente. O ideal seria termos um exemplar de cada em nossas igrejas.

    Normalmente, em igrejas, quando conseguimos uma verba compramos logo um monte de microfones iguais (e isso é bom, facilita o trabalho do operador de som). Nesse caso, o SM-58, o E835 e o MB-3K serão melhores alternativas, pois poderão ser utilizados tanto por homens quanto por mulheres com excelentes resultados.

    Talvez, em um trabalho mais avançado, a utilização de microfones que destacam mais o timbre de voz por naipe de voz (por exemplo, Opus 39 para baixos, SM-58 / E835 / MB-3K para tenores e contraltos e o AKG D770 ou D880 para sopranos) seja uma idéia muito interessante. Ou então ter somente o Fox, e ir montando as sonoridades na mesa de som.

    E isso sem levar em conta o custo/benefício. O MB-1K para vocais femininos é simplesmente imbatível nisso, por exemplo.

    Resultado final: tirando o Shure SM e Beta, não há unanimidade, não há certo nem errado. Todos são excelentes microfones, talvez melhor para uma ou outra função, alternativas interessantes para se encontrar a sonoridade desejada. Logo, não deixe de testar para ter as suas próprias conclusões.

    Kawabanga
    Veterano
    # jul/08
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    up demais!
    o link do teste é:
    http://www.somaovivo.mus.br/testes.php?id=20
    e tem outro que os caras fizeram antes com microfones mais baratos:
    http://www.somaovivo.mus.br/testes.php?id=8
    beeem legal!

    184486
    Veterano
    # jul/08
    · votar


    muito bom... amei essas informações... já estava querendo comprar o beta 58 a .... mas ainda n estou decidida, tem o beta 87a q parece ser muito bom tb... q dilema

    rgmerighi
    Veterano
    # jul/08
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    sempre fica a dúvida do custo benefício..sou amador..tenho um lyrics da shure e queria comprar um sm58...aí vem esta coisa do beta...dá uma tentação...

    Gabriel_Pinguin
    Veterano
    # set/10
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    Nossa, super show esse tópico... ajuda mto.
    Mas eu gostaria d saber tbm sobre os modelos
    da behringer (tipo o xm8500), ou ele é ruim
    comparado com esses ai?

    kazu keyboard
    Veterano
    # fev/13
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    10

    Gabriel_Pinguin
    Veterano
    # nov/13
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    Cara bem que podia ter um tópico semelhante a esse com os modelos de MIC sem fio... seria bacana!

    mv_compositor
    Veterano
    # jun/16
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    Bom dia.
    Alguém pode indicar alguns microfones com fio bons e que custem até uns 200 reais. Preciso de um para voz mais grave (Martinho da Vila, Jerry Adriani) e outro médio-grave (Daniel, Renato Russo). obrigado!

    Ismah
    Veterano
    # jun/16
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    Voz não tem muito mistério...

    Um 57 ou 58 vai te trazer resultados interessantes para ao vivo. Eles tem como diferença o globo. O 57, até se tu respirar fora ele vai captar, ou seja exige uma dicção impecável.
    O 58 é um 57 com pop-filter (o globo) o que atenua problemas de sibilância (S, X, CH - geralmente por dentes incisivos separados) e fricativos (F, Z, V) acentuados, além das explosões labiais (P e B).

    Se tu for gravar, passe para um condensador, e seja feliz.

    mv_compositor
    Veterano
    # jun/16 · Editado por: mv_compositor
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    Ismah, vc diz o 58 da Sure ou leson? E o condensador é legal tb para fazer um som em casa?

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