Como vocês imaginam o cenário musical daqui a 10 anos?

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rcorts
Veterano
# mai/15
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Quanta pérola! Gzuis!

Considero o nível da maioria das músicas que rodam na mídia hoje de péssima qualidade, inclusive no rock e metal. Não, não é distorção de Mesa Boogie e séries de arpejos e muito menos visuais andrógenos que definem o que é ou não música conceitual. Muito menos serve para atestar qualidade.

A verdade é que gosto músical não se explica apenas baseado em nível educacional e nem são as rádios que "empurram" lixo para os ouvintes. As rádios trabalham com pesquisa de popularidade e sabem identificar tendência e gosto popular. Ou vocês acham que as novelas e séries veículadas e/ou produzidas/coproduzidas pela Globo tem tanta erotização e baixaria gratuitamente. Existem agências especializadas em identificação de imaginário popular e tendências de comunicação. Não se iludam.

O que rola por aí é o que o povo quer ouvir. Simples assim. Se as massas quisessem ouvir rock, as rádios tocariam 90% de rock, se quisessem ouvir jazz, tocaríam jazz e assim por diante. A Europa tem níveis educacionais tremendamente superiores ao Brasil e por lá se escuta também todo tipo de porcaria comercial e com pobreza musical e de conteúdo. Tanto é que Ai se eu te pego foi cantado até em russo (aí entra meu conceito pessoal sobre a música e sobre o estilo).

Até quando vocês vão achar que as pessoas gostam de sertanejo porque não tem educação, ou porque estão sendo manipuladas pela mídia e tal? quanta besteira.

Hoje penso que religião ou moral influenciam muito mais na definição de gosto do que nível educacional. Só não tenho dados científicos para afirmar isto com certeza. Mas pode ver que no geral vocês não vão ver um evangélico ouvindo um CD de funk carioca.

Outra coisa que poderia ser atribuída a gosto seria a necessidade social de se integrar em um grupo. Geralmente a formação do gosto se inicia pela necessidade de inclusão e legitimação em um grupo ou meio social, pois isto cria identidade e serve para legitimar a participação do indivíduo no grupo.

Em algum momento o cara internaliza aquela ideia de que sertanejo é bom, como se o gosto fosse resultado exclusivamente de processos internos, quando na verdade pode ter sido gerado "de fora pra dentro".

Algumas associações:

Clubes de motociclistas: rock (na maioria clássico) e heavy metal;

Ricos, intelectuais, pessoas de berço: música clássica, erudita; MPB, músicas de raiz.

Povão: sertanejo, axé, funk, rock em geral, metal melódico, emocore, rap, hip hop, pop etc...

Músicos: jazz, blues, country, rock (selecionado por gênero ou por "nível de qualidade"), fusion, clássico/erudito, MPB, música caipira de raíz, samba, choro, bossa nova, instrumental, música eletrônica etc...

Fiéis religiosos: gospel, e possivelmente algum grau de abertura para um ou outro dos estilos acima.

É claro que uma ou outra pessoa que se identifica dentro de um destes grupos acima pode eventualmente gostar de outro estilo, mas no geral os estereótipos são válidos.

Agora quando eu leio termos como música requintada, método objetivo e nível educacional para justificar gosto X melhor do que gosto Y, fico só pensando até que ponto não temos sensibilidade de perceber que nossa visão sobre música, enquanto músicos, é totalmente diferente da visão que o público em geral tem sobre música?

entamoeba
Membro Novato
# mai/15 · Editado por: entamoeba
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rcorts

Pelo visto, as tais "pérolas" que você acusa são minhas, né? Prefiro acreditar que você não tenha interpretado direito o que leu. Bom... vamos lá.

A verdade é que gosto músical não se explica apenas baseado em nível educacional e nem são as rádios que "empurram" lixo para os ouvintes. As rádios trabalham com pesquisa de popularidade e sabem identificar tendência e gosto popular.

Não é bem assim!

!O que rola por aí é o que o povo quer ouvir. Simples assim.

Não é bem assim! [2]

Até quando vocês vão achar que as pessoas gostam de sertanejo porque não tem educação, ou porque estão sendo manipuladas pela mídia e tal? quanta besteira.

Se o pensamento for simplório como o apontado, concordo que é besteira.

Hoje penso que religião ou moral influenciam muito mais na definição de gosto do que nível educacional.

Pra começar, não existe "nível educacional". Educação não é uma coisa linear. E religião e moral fazem parte da educação, portanto, são menores do que a educação.

A Europa tem níveis educacionais tremendamente superiores ao Brasil e por lá se escuta também todo tipo de porcaria comercial e com pobreza musical e de conteúdo.

Pelos motivos explicados acima, não acho essa argumentação válida. Ainda assim, você sabe se as proporções do consumo de "porcarias x música de qualidade" são as mesmas daqui?

Outra coisa que poderia ser atribuída a gosto seria a necessidade social de se integrar em um grupo.

Sim, é uma das variáveis que contribuem para a construção do gosto.

Geralmente a formação do gosto se inicia pela necessidade de inclusão e legitimação em um grupo ou meio social, pois isto cria identidade e serve para legitimar a participação do indivíduo no grupo.

Geralmente? Sei lá... isso tá com cara de achismo!

como se o gosto fosse resultado exclusivamente de processos internos, quando na verdade pode ter sido gerado "de fora pra dentro".

Essa é uma das questões mais interessantes sobre o gosto! Me parece evidente que não existem processos exclusivamente internos ou externos, a ponto de me questionar se essa separação é útil para a compreensão do problema.

fico só pensando até que ponto não temos sensibilidade de perceber que nossa visão sobre música, enquanto músicos, é totalmente diferente da visão que o público em geral tem sobre música.

Não nasci músico (e nem sei se posso me considerar um) e o gosto que adquiri antes de ter contato com qualquer instrumento perdura até hoje. Não acho que meu exemplo chegue a refutar a sua preocupação, só acho que essa questão é bem menos interessante do que outras, dentro do mesmo assunto.

rcorts
Veterano
# mai/15
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entamoeba

Vamos lá:

Pelo visto, as tais "pérolas" que você acusa são minhas, né? Prefiro acreditar que você não tenha interpretado direito o que leu. Bom... vamos lá.

Primeiramente, li sem nem mesmo considerar quem escreveu, por isto não citei nomes aqui. Se você usou um dos argumentos que citei, sim, foi pra você.

A verdade é que gosto músical não se explica apenas baseado em nível educacional e nem são as rádios que "empurram" lixo para os ouvintes. As rádios trabalham com pesquisa de popularidade e sabem identificar tendência e gosto popular.

Não é bem assim!


Se não é bem assim, diga como é. Ah, já sei, jabá! tá bom, mas julgar que as pessoas simplesmente aceitam o que é oferecido a elas é desconsiderar a influência dos grupos sociais, dos formadores de opinião e de vários mecanismos subjetivos que ocorrem na formação do gosto. Mas se você pensa que ninguém tem cérebro e simplesmente aceita o que ouve no rádio, bem, é sua forma de pensar.

Não posso dizer que concordo, pois não concordo, inclusive isso era uma das teorias da comunicação que já caiu por terra. Então, apesar de detalhes como jabá e interesse econômico envolvido por trás de tudo, as pessoas gostam de ouvir essas porcarias. E sim, o que rola por aí é o que o povo quer ouvir sim. Ainda que parte desse "povo" goste de rock entre outros estilos "melhores", o que vale é a opinião da maioria, daí o interesse econômico. Mas a imensa maioria gosta de ouvir exatamente o que toca em rádio e tv. Quem não gosta busca outros meios: festivais, internet e sei lá mais o quê.

Então, é simples assim sim. Talvez se a maioria das pessoas fossem letradas em música, aí sim, talvez considerassem música através de outra perspectiva.


Pra começar, não existe "nível educacional". Educação não é uma coisa linear. E religião e moral fazem parte da educação, portanto, são menores do que a educação.

Bom cara, não vou entrar na discussão com você sobre o que é, ou sobre o escopo, ou natureza da educação. Mas nível educacional existe sim. Qualquer 7ª série da vida sabe que a educação (formal) é dividida por níveis (básico ou fundamental, médio, tecnico ou profissionalizante, superior, pós graduação). É lógico que existem várias formas de educação, dentro elas a educação religiosa, mas volto a dizer, com convicção que a religião ou a moral influenciam muito mais no gosto da pessoa do que o nível educacional, como acabei de explicar.

Agora, se a pessoa é educada em música, em artes, humanas ou qualquer outro tipo de instrução que desperte reflexões ou percepções estéticas mais "refinadas", como foi colocado aqui, repito: não sei quem disse, neste caso a educação pode sim influenciar consideravelmente no gosto.

Geralmente? Sei lá... isso tá com cara de achismo!

Bom cara, estudei isso em Psicologia da Comunicação na época da graduação. É claro que um psicólogo de verdade saberá explanar isto em termos muito mais técnicos e precisos do que eu, até porque eu nunca busquei aprofundar meus conhecimentos de psicologia. Mas esta é a noção geral da coisa, inclusive este tipo de discussão aqui já gerou muito bate boca em sala de aula também.

entamoeba
Não nasci músico (e nem sei se posso me considerar um) e o gosto que adquiri antes de ter contato com qualquer instrumento perdura até hoje. Não acho que meu exemplo chegue a refutar a sua preocupação, só acho que essa questão é bem menos interessante do que outras, dentro do mesmo assunto.

Também não nasci músico. Meu primeiro contato com música foi por incrível que pareça com sertanejo e axé, e admito que escutava junto com meus primos, justamente por conta da interação social. Por outro lado, meu padrasto escutava muito Dire Straits e um amigo meu colocou pra tocar um CD do Guns N' Roses. A partir daí meu interesse por rock passou a sobrepor outros estilos, por mais banal que pareça. Também não penso que essa informação lhe interesse, mas provavelmente em todas estas situações sociais citadas eu fui influenciado em maior ou menor grau pelo convívio social.

Não sei explicar conscientemente porque o rock foi que mais me convenceu. Talvez eu tivesse alguma predisposição emocional para esse tipo de música, ou pode ter havido algum processo até fisiológico/psíquico mesmo. Sei lá, não tenho como saber. Só sei que a partir de então comecei a tocar e de lá pra cá minha apreciação musical mudou consideravelmente, e daí pra cá posso te afirmar conscientemente que toda educação musical que tive influenciou no meu gosto. Muito provavelmente eu não gostasse de jazz por exemplo se não fosse músico.

Não acho que meu exemplo chegue a refutar a sua preocupação, só acho que essa questão é bem menos interessante do que outras, dentro do mesmo assunto.

Bom, aí discordo de você totalmente. Eu posso por exemplo ter uma visão sobre direitos humanos a partir de um ponto de vista de cidadão, enquanto um bacharel em direito ou jurista possa ter um ponto de vista completamente diferente influenciado pela sua área de conhecimento.

entamoeba
Membro Novato
# mai/15
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rcorts
Se você usou um dos argumentos que citei, sim, foi pra você.

Não usei os argumentos que você citou, mas fui o único que falou em educação. E como não vi ninguém usar os argumentos que você citou, acredito que a sua crítica tenha origem na interpretação errada do que eu escrevi.

Se não é bem assim, diga como é. Ah, já sei, jabá!

Não, não sabe! Não tava falando de jabá. Tava falando da ilusão de que as pessoas têm muito mais autonomia sobre as próprias escolhas do que de fato ocorre! E isso não tem nada a ver com qualquer teoria da comunicação!

mecanismos subjetivos

Que diabos é isso?

[...] sabe que a educação (formal)

Isso, você entendeu! Educação não é só a educação formal. Quando falei em educação não me referi exclusivamente à educação formal.

Mas se você pensa que ninguém tem cérebro e simplesmente aceita o que ouve no rádio

Penso que aceitam porque têm cérebro. Só que tenho uma concepção de cérebro bem diferente da maioria. O cérebro ao qual me refiro é material, sem elementos mágicos como "alma" ou afins. Ele é um órgão que temos em comum e se comporta como tal: de maneira relativamente previsível. E ninguém escapa disso, nem os "gênios".

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# mai/15
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enquanto não se definir do Porque algo é bom, qualquer discussão sobre o assunto não vai chegar a lugar algum.

Mas no geral concordo quase que plenamente com o rcorts de que o gosto musical se deve a influências do meio que a pessoa cresce/está. Afinal tem duas formas de influência principal no começo da vida. A dos familiares e a dos amigos/colegas. Em 99% dos casos, o indivíduo vai ter gostos ou semelhante ao dos Pais ou dos amigos/colegas. A não ser que comece a tocar algum instrumento, ai vai entrar em outro circulo de pessoas (músicos) e rapidamente vai Também se aproximar do gosto destes.

cafe_com_leite
Veterano
# mai/15
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O entamoeba enrola e enrola mas não diz o que é bom e de requinte. Dê-nos a luz, sábio!

rcorts
Veterano
# mai/15
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entamoeba
Se não é bem assim, diga como é. Ah, já sei, jabá!

Não, não sabe! Não tava falando de jabá. Tava falando da ilusão de que as pessoas têm muito mais autonomia sobre as próprias escolhas do que de fato ocorre! E isso não tem nada a ver com qualquer teoria da comunicação!


De certa forma tem a ver com Teoria da Comunicação sim. Mas é algo que eu não espero que você sequer pare para pensar ou tentar entender, dado o tom arrogante que eu já percebi da sua estratégia (ou falta dela) em vários outros posts.

entamoeba
mecanismos subjetivos

Que diabos é isso?


Mais uma vez, é algo que eu não espero que você tente entender, pelo que eu acompanho dos seus posts.

entamoeba
[...] sabe que a educação (formal)

Isso, você entendeu! Educação não é só a educação formal. Quando falei em educação não me referi exclusivamente à educação formal.


Nesse ponto eu concordo com você. Tivemos um ruído de comunicação aí, e eu interpretei o que você disse de outro modo. O que não implica em dizer que nível educacional não exista, pois pelo menos formalmente ele existe, nisso não há o que discordar (nem é o foco da conversa).

Mas se você pensa que ninguém tem cérebro e simplesmente aceita o que ouve no rádio

Penso que aceitam porque têm cérebro. Só que tenho uma concepção de cérebro bem diferente da maioria. O cérebro ao qual me refiro é material, sem elementos mágicos como "alma" ou afins. Ele é um órgão que temos em comum e se comporta como tal: de maneira relativamente previsível. E ninguém escapa disso, nem os "gênios".


Bom, para evitar outra confusão interpretativa, não sei bem porque você citou "alma ou afins". Para ficar claro, esta frase minha sobre a qual você argumentou foi uma metáfora de que as pessoas tem mais capacidade crítica para recepcionar os conteúdos midiáticos que lhes são apresentadas do que pode parecer. A verdade é que ao aceitar ou não algum conteúdo, isso é feito tendo como base associações tanto com o meio social, com as referências culturais que já façam parte da bagagem do indivíduo e por quê não, também com estados emocionais que eventualmente promovam uma conexão cerebral favorável nele. Nesse sentido até o sistema de valores estéticos que varia entre cada indivíduo dificulta a análise.

A todos que acompanham o tópico

Por isto que eu falei em outro tópico: o problema destas discussões é só um, aqui não é o lugar.

Todo o material de trabalho que temos aqui é a opinião de um contra a opinião do outro, além de conhecimentos particulares que cada um tenha. Podem abrir mais mil tópicos como este que em nenhum momento haverá consenso aqui e muito menos chegaremos em respostas objetivas (como já foi proposto por diversas vezes em outros tópicos similares).

Uma discussão tão complexa como esta cabe realmente em um espaço adequado, com pesquisadores hábeis, métodos bem elaborados e material intelectual pertinente o suficiente para que a discussão não descambe para achismos ou tentativas mútuas de desqualificar o argumento alheio sem sistematização de procedimentos de coleta e análise de dados.

Por isso volto a dizer, já há um bom tempo eu não entrava nesse tipo de discussões por aqui, e acho que não perco nada em permanecer assim daqui em diante.

entamoeba
Membro Novato
# mai/15 · Editado por: entamoeba
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rcorts
Claro que eu quero entender! Mas, não faço questão de te convencer disso.

Não sou um pregador, só "luto" para tentar derrubar certas barreiras que se interpõe ao diálogo. Não esperava não poder fazer alegações sobre gosto em um fórum de música! Aqui é obrigatório fazer uma ressalva do tipo "na minha opinião" ou "pro meu gosto", caso contrário aparece uma turba de linchadores juvenis enfurecidos para atravancar o rumo da prosa. Acho isso um atraso! (mas é só a minha opinião) ;-)

dado o tom arrogante que eu já percebi da sua estratégia (ou falta dela) em vários outros posts.

mmm... ok!

Por isso volto a dizer, já há um bom tempo eu não entrava nesse tipo de discussões por aqui, e acho que não perco nada em permanecer assim daqui em diante.

Tô pensando em dar um tempo também... estou "estragando" muitos tópicos.

Rednef2
Veterano
# mai/15 · Editado por: Rednef2
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Wuju Wu Yi
Membro Novato
# mai/15
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Aqui é obrigatório fazer uma ressalva do tipo "na minha opinião" ou "pro meu gosto"

Nada mais justo e racional considerando que este fórum é aberto pra quem se interessa por qualquer tipo de música. Diminuir um gênero como se fosse a verdade universal é pedir pra ser linchado.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# mai/15
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Até porque o maior de todos os atrasos é a intolerância a gênero x ou y. Na minha opinião, o post da visão de futuro mais interessante deste post inteiro foi o terceiro. vou até copiar aqui.

Eu acho q daqui alguns bons anos tudo vai se estabilizar mto bem, gostos vao ser gostos, e as pessoas deixarao de ser tao preconceituosas, pensando bem esse é meu desejo, mas talvez daqui uns bons e longos anos aconteca isso

é muito mais importante Acabar com o paradigma de que é justo ridicularizar pessoas por seus gostos musicais, envés de incentivar essa bobagem de querer definir gênero z ou s como superior.

entamoeba
Membro Novato
# mai/15
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[...] é pedir pra ser linchado.

Esquisito falar isso enquanto prega a "tolerância".

Diminuir um gênero como se fosse a verdade universal

Como chegaremos à verdade sem tentar confrontar percepções? Um jeito prático de se aproximar dela é por meio das generalizações. Pelo menos, num primeiro momento! Nem sempre elas são justas, mas é inegável que elas dizem algo sobre o objeto.

Mas, tô cansado desse trabalho de Sísifo. Quando parece que essas conversas vão engrenar sempre surge algo que nos joga de volta a estaca zero...

rcorts
Veterano
# mai/15
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entamoeba
Mas, tô cansado desse trabalho .... Quando parece que essas conversas vão engrenar sempre surge algo que nos joga de volta a estaca zero...

Tá vendo porque eu desisti. Nesse tipo de tópico a gente corre mais o risco de fazer inimizade do que de chegar em qualquer tipo de verdade. Já até me arrependi de ter entrado novamente. Muito desgastante.

mmm... ok!

Foi a impressão que eu tive. Mas como já foi falado em outro tópico (não me lembro por quem), quando a gente posta alguma coisa aqui o que fica é o texto.Nem sempre quem lê consegue captar o tom da conversa.

Eu mesmo já fiz piadas que foram encaradas como ofensas. Se minhas impressões foram equívocadas fica aqui meu pedido de desculpas.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# mai/15
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Esquisito falar isso enquanto prega a "tolerância".

estou apenas parafraseando você. se você acha que discordar de você é um linchamento, então que assim fique. não a nada de esquisito nisso.

Como chegaremos à verdade sem tentar confrontar percepções? Um jeito prático de se aproximar dela é por meio das generalizações. Pelo menos, num primeiro momento! Nem sempre elas são justas, mas é inegável que elas dizem algo sobre o objeto.

generalização é um punhado de meias verdades colega, que como vc mesmo está dizendo, nem sempre são justas. creio ser mais humilde e mais sensato admitir que tem coisas que permancem inconclusiveis, do que chegar a conclusões parciais e que no fim não servem pra nada.

fora que generalizações, pode-se fazer atirando para qualquer lado. o limite é a criatividade de quem faz. eu provavelmente posso diminuir tudo o que vc gosta se entrarmos no campo das generalizações.

são afirmações vazias e carentes de aprofundamento.

enfim. estamos na estaca zero porque ninguém ainda definiu parâmetros de julgamento pra avaliar o que é bom e o que é ruim. se vc, por obséquio, quiser definir algum, já da pra começar.

Alias, você não ia criar um tópico sobre esse assunto?

tito lemos
Veterano
# mai/15
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O negócio é cada um deixar de se achar o dono da verdade, deixar de se preocupar com o que será daqui a dez anos, deixar essas discussões bestas que não levam a lugar nenhum, pegar o seu instrumento seja ele qual for e fazer música. Pegar seus sons preferidos, suas bandas favoritas, e se deleitar com eles.

Eu vejo esses tópicos repletos de tantos esforços de passar a verdade individual por cima da verdade alheia... A galera gosta de se desgastar. No fim das contas, tudo é vaidade e um esforço para alcançar o vento.

rcorts
Veterano
# mai/15
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tito lemos

Sou obrigado a concordar com você, principalmente no ponto em que tudo que a gente debate e defende nesse tipo de discussão são verdades individuais.

JJJ
Veterano
# mai/15 · Editado por: JJJ
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-Dan
Daqui 10 anos haverá tiozoes dizendo que o rock morreu nos anos 80.
Daqui 20 anos anos haverá tiozoes dizendo que o rock morreu nos anos 90.
Daqui 30 nos haverá tiozoes dizendo que o rock morreu nos anos 2000.
Todos com postagens enormes e bem escritas, cheias de argumentos que darão preguiça de ler.


Ok... pediste a resposta de um tiozão, né?... kkkkk

Cara, sempre foi assim. Não pense que isso começou com a sua geração...

Então vamos seguir para mais um texto "cheio de argumentos que darão preguiça de ler"... hehehe

Não vou fazer conjecturas sobre a música atual, mas sobre a minha experiência como ouvinte de música. Sei que vou sair um pouco do tema do tópico, mas acho interessante a discussão.

Vou partir de duas premissas:

1) pego a máxima do saudoso Zé Rodrix que dizia que uma nova geração surge "de 20 em 20 anos";
2) em geral, entre o final da infância e a adolescência (quando começamos a ouvir música por questão de gosto), o que se ouve, na verdade, é fruto da geração anterior.

Então, a geração anterior à minha, que eu comecei a ouvir, foi a do rock clássico (no mundo) e da mpb e tropicália (no Brasil). O que eu comecei a ouvir - quando me dei por gente - foi Led Zeppelin, Deep Purple, Yes, Pink Floyd, Genesis, Beatles, Stones, Who, Chico, Milton, Caetano, Gil, Mutantes, Terço e por aí vai. Era a geração anterior à minha.

Você acha que os "tiozões" daquela época achavam bom? De modo geral não! Os meus pais, europeus, curtiam música italiana mais antiga (tipo Sole Mio, essa praia), música francesa (La Vie en Rose, por aí), música espanhola e tal, enquanto o pessoal da velha guarda tupiniquim preferia o samba de raiz, bolerões. Porque era o que a geração anterior a eles produziu.

Só que cada geração - espera-se! - tem que continuar a girar a roda, senão a gente pára no tempo... E a minha geração nos deu o b-rock brasil anos 80 (Paralamas, Legião, Capital, Barão, Titãs, etc,), enquanto no mundo talvez o movimento musical de maior expressão tenha sido o grunge de Seattle e suas vertentes. Fizemos a nossa parte, inclusive com uma modestíssima participação deste que vos fala (escreve...). Cabe às atuais gerações continuar girando a roda...

Eu acho o som da minha geração melhor do que a anterior?

Não!!! Não suporto mais ouvir b-rock anos 80! E isso é o normal. Pergunta se o Mick Jagger ou o Keith Richards preferem o som dos Stones ao dos mestres blueseiros que lhes serviram de inspiração? Tenho certeza da resposta...

E quanto à música que meus pais gostavam e eu fazia careta? Hoje sei que é ótima. Os clássicos europeus dos anos 20, 30, 40, 50 são canções lindíssimas. Assim como o samba de Noel, os bolerões e tangos de outrora. Tem coisas maravilhosas ali! O tempo nos dá essa liberdade de deixar de ser obtusos e conseguir enxergar a beleza das coisas das gerações anteriores.

Aliás, o tempo nos tira um monte de coisas... O pouco que ele nos dá é super bem-vindo e tem que ser festejado.

Mas eu devo concordar que, com o tempo, a paciência para as coisas novas diminui. Mas eu tenho uma teoria que explica isso.

O que acontece é que as coisas antigas já foram "filtradas" pelo tempo. Ninguém lembra mais do sambão pavoroso do Zequinha Xulé, mas lembra dos sambas do Cartola. Ninguém lembra daquela balada mela-cueca dos RockBabies, mas lembra de Love of my Life do Queen. O tempo filtra! Por isso que parece tão óbvio que o "som de antigamente" era melhor (embora eu acho que seja mesmo, mas não tanto quanto parece... tinha muita merda antes também! kkkkkkkk).

Já o som atual vem tudo o que tem. As coisas que prestam entremeadas com montes de bostas - que vão sumir um dia, mas ainda estão aí e em grande quantidade. A falta de paciência dos mais velhos talvez venha daí. Eu não tenho mais saco de "filtrar" porra nenhuma. Eu não quero ouvir porcaria, só quero ouvir coisa boa. Como eu não tenho saco de filtrar, deixo que o tempo faça isso por mim - e acabo não ouvindo o que eventualmente exista de bom na atualidade.

Eu não sei se isso vale pros demais "tiozões" do fórum, mas pra mim é a explicação.

Pra acabar: os mais "rebeldes" da geração anterior à minha tinham uma visão de choque de gerações muito exacerbada. Era o auge da rebeldia sem causa (James Dean personificou isso muito bem, no cinema). Havia uma música por aqui que bradava: "não confie em ninguém com mais de 30". Bom... hoje esse pessoal - se estiver vivo - está com MUITO MAIS de 30. Espero que tenham se dado conta da bobagem que diziam...

rcorts
Veterano
# mai/15
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JJJ

Sabe que eu não tinha parado ainda pra pensar dessa forma!

Bom, eu ainda estou no meio do caminho (32 nesse ano) mas achei que sua opinião faz sentido e realmente o tempo tem sua parcela de culpa nessa "seleção natural".

shoyoninja
Veterano
# mai/15
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cafe_com_leite
O entamoeba enrola e enrola mas não diz o que é bom e de requinte. Dê-nos a luz, sábio!

E, o que é a porcaria. Na verdade essa informação é muito mais valio$a. :)

Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mai/15 · Editado por: Mauricio Luiz Bertola
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JJJ
Cara, eu sou dessa geração que ouvia Led Zeppelin, Yes, MPB (aqui entendido como convencional), e etc.
Quando eu tinha 5 anos de idade (1968), minha mãe me levou pra ver "Yellow Submarine" no cinema perto lá de casa (morávamos na Tijuca nessa época e no fim do ano meu pai foi transferido para Recife, PE), pois ela curtia Elvis e Beatles. "Peguei" TODA a "Geração 80" (colaborei com a Fluminense FM) e curti muito o rock dos anos 80 (exceto o "Hair Metal" ou "Metal farofa" aqui).
Naquela época o rádio imperava e haviam muito boa música sendo veiculada, e muita porcaría também.
A geração do meu pai era chegada em boleros e samba-canção, que também tinha coisas muito ruins (e chatas) e outras bem bacanas e poéticas. Também fui muito influenciado pela música erudita, pois ouvia em casa e na casa dos meus avós.
Concordo com a sua posição, posto que "...Como eu não tenho saco de filtrar, deixo que o tempo faça isso por mim - e acabo não ouvindo o que eventualmente exista de bom na atualidade..." e o pouco que tenho escutado não me agrada, não me diz nada e não considero ao nível do que se fazia nos anos 70 e 80. Mas pode ser que tenha sim...
"não confie em ninguém com mais de 30".
Cara, essa música era cantada pela saudosa Elis Regina, composta pelo Marcos Valle, mas a frase está descontextualizada, ela se completa por outras frases do restante da música e era uma crítica pesada à geração anterior e à "caretice" (aqui o termo é muito amplo e deve ser contextualizado pela época em que a música foi escrita), portanto, não era tão "besteira" assim (na época).

Com mais de 30
Não confie em ninguém com mais de trinta anos
Não confie em ninguém com mais de trinta cruzeiros
O professor tem mais de trinta conselhos
Mas ele tem mais de trinta, oh mais de trinta
Oh mais de trinta
Não confie em ninguém com mais de trinta ternos
Não acredite em ninguém com mais de trinta vestidos
O diretor quer mais de trinta minutos
Pra dirigir sua vida, a sua vida
A sua vida
Eu meço a vida nas coisas que eu faço
E nas coisas que eu sonho e não faço
Eu me desloco no tempo e no espaço
Passo a passo, faço mais um traço Faço mais um passo, traço a traço
Sou prisioneiro do ar poluído
O artigo trinta eu conheço de ouvido
Eu me desloco no tempo e no espaço
Na fumaça um mundo novo faço Faço um novo mundo na fumaça
Não confie em ninguém...




Wuju Wu Yi
Membro Novato
# mai/15
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tito lemos
também concordo com vc. no fundo no fundo, não faz sentido algum discutir isso. realmente não faz sentido nesse contexto querer forçar a individualidade própria sobre os demais. e menos ainda, negar a individualidade de cada um.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# mai/15
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JJJ
Ótimo post cara.

tito lemos
Veterano
# mai/15 · Editado por: tito lemos
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Wuju Wu Yi

É o lance da verdade individual. Eu tenho a minha. Você tem a sua. Qual é a "verdadeira" verdade? As duas. Nenhuma das duas. Dá até pra filosofar em cima disso, mas é um exercício pra cada um fazer dentro da sua própria cabeça.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# mai/15
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tito lemos
pois é cara. é uma confusão esse assunto ai. porque querendo alguns ou não, tem muita subjetividade envolvida. porque não tem parâmetros, não tem uma forma padrão de julgamento. não pra saber se fulano gosta de algo por causa da complexidade, por causa da simplicidade, por causa do emocional, por causa da música, por causa da letra, por causa do harmônico da guitarra, ou do toque do pandeiro.

Eu acredito sim que da pra chegar a conclusões e debater o assunto. Qualidade musical, complexidade de gêneros, contexto social, contexto moral, etc..

Mas certamente não são conclusões simples e superficiais como (Isso é melhor que isso).

Além das conclusões serem muito mais abrangentes e circunstânciais, certamente não se limitam a apenas uma, e sim varias que trabalham em conjunto.

Esse é meu ponto de vista.

Gulopbr
Membro Novato
# mai/15 · Editado por: Gulopbr
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Vou deixar esse post nos favoritos, daqui a 10 anos volto aqui e discuto com vocês kkkkkkkkkk

Nycolas
Veterano
# mai/15
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Galera, segue minha contribuição para "apimentar" a discussão...
Entrevista do Tuta Amaral (que era dono da Jovem Pan) de 2009. O Cenário de lá pra cá, não mudou muito não:

P: Você é um dos homens mais temidos da indústria fonográfica do Brasil. Por quê?
R: Sou o mais temido, lógico. Sou assim mesmo. Se não tocar na minha rádio, a Jovem Pan, o artista não estoura. E não sou bonzinho. Se a música é ruim, digo para o artista: "Não vou tocar, seu disco é uma porcaria. Tchau e não me amola".


P: Muita gente dizque você é jabazeiro [que cobra jabá].
R: Me chamem do que quiser. Na minha rádio tem nota fiscal, tô pouco me danando. O cara para entrar no Fantástico também paga. Jabá é quando você faz ilegalmente na empresa. O que eu faço são acordos comerciais.


P: Que tipo de acordo?
R: Por exemplo: hoje chegam 30 artistas novos por dia na rádio. Por que eu vou tocar? Eu seleciono dez, mas não tenho espaço para tocar os dez. Aí eu vou nas gravadoras e para aquela que me dá alguma vantagem eu dou preferência.


P: Que vantagem?
R: Se você tem um produto novo, você paga pra lançar. Era isso o que eu fazia. Eu tocava, mas queria alguma coisa. Promoção, dinheiro. Ah, bota aí 100 mil reais de anúncio na rádio. Me dá um carro pra sortear para o ouvinte. Mas hoje não tem mais isso. As gravadoras não têm mais dinheiro. O que pode existir é o empresário fazer acordo. Ah, toca aí meu artista e eu te dou três shows. Ou uma porcentagem da venda dos discos.


P: Isso não é jabá?
R: Não. Na Jovem Pan nunca teve jabá. Antigamente as rádios tinham. Quando eu comecei a trabalhar, até me assustava. A Rádio Record ficava junto com a Jovem Pan. Na época, chegava o cara da gravadora e dava dinheiro, walkman, relógio para o radialista. Quando eu entrei, eu pegava essas coisas para a Jovem Pan. Nas outras rádios, os donos não estavam. Eu não tinha interesse em roubar a Jovem Pan. Queria fazer negócio. Antes o rádio era muito amador. Então a gravadora dava uma coisa pro cara, dava mulher...

LINK DA ENTREVISTA COMPLETA: http://tubaraumradioshow.blogspot.com.br/2009/04/tuta-amaral-dono-da-j ovem-pan-super.html

JJJ
Veterano
# mai/15
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Wuju Wu Yi
Valeu!

Mauricio Luiz Bertola
a frase está descontextualizada, ela se completa por outras frases do restante da música e era uma crítica pesada à geração anterior e à "caretice" (aqui o termo é muito amplo e deve ser contextualizado pela época em que a música foi escrita), portanto, não era tão "besteira" assim (na época)

Então... Como você mesmo diz é uma "crítica pesada à geração anterior". A temática comum a várias manifestações artísticas da época, na literatura, no cinema, na música... Eu citei também a música do Zé Rodrix, um pouco mais bem humorada (a cara dele... rs), mas dentro do mesmo tema.
Só tenho minhas dúvidas se era a Elis que cantava... Não era a Cláudia?

Enfim... Seguem as duas ótimas músicas, para apreciação geral:





Mauricio Luiz Bertola
Veterano
# mai/15
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JJJ
Agora que vc citou a Cláudia... Acho que era mesmo... Equívoco meu.
Sim, era um dos "motes" da época, e tinha sua razão de ser...
Havia um abismo muito grande de gerações nessa época, e um choque entre elas também.
Meu pai, por exemplo, tinha 30 anos em 1969, era um oficial da MB, chefe de uma OM em Recife, e nada tinha à ver comigo aos 30 anos, ele parecia ter uns 60 (quando eu tiver essa idade) de hoje em dia...
Abç

BrotherCrow
Membro Novato
# mai/15
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Deste tópico, tiro algumas conclusões.

Primeiro, que dez anos é muito menos do que a gente quer crer que seja. Quando eu tinha 16 anos, dez anos parecia uma eternidade. Parecia que em dez anos o mundo ia virar de cabeça pra baixo. Hoje eu tenho 33 e vejo que dez anos atrás (quando eu estava me formando na faculdade!) a música era basicamente a mesma coisa que é hoje. As coisas que faziam um sucesso estrondoso na época continuam existindo, mas viraram coisa de nicho. Outros gêneros são mais perenes, como o rock. Tem banda de rock inovando hoje? Tem, mas também tinha dez anos atrás. E tem bandas que inovavam dez anos atrás e ainda não foram igualadas. Dez anos é pouco. De 2005 pra cá mudou pouco, daqui pra 2025 provavelmente vai ter mudado pouco também.

Segundo: sempre houve música boa e música ruim. Não tem essa do politicamente correto de "tudo é bom, é questão de gosto". Existem bandas objetivamente melhores que as outras. E você sempre teve a chance de escolher o que você quer ouvir. Hoje ainda existe música boa e música ruim. A diferença é que hoje é muito mais fácil achar a música que você gosta. Vinte anos atrás, a gente pegava compact discs emprestados com os amigos. Quinze anos atrás, a gente ainda pegava os discos emprestados, mas já copiava ou gravava em mp3 pra deixar no computador. Dez anos atrás, já era mais fácil pegar na internet do que arrumar alguém que emprestasse. Hoje, é muito mais rápido baixar um disco do que ouvi-lo (sem falar da possibilidade de streaming), então posso dizer que a questão do acesso à música foi basicamente superada. Virou questão de escolha e de se dedicar a ouvir.

Terceiro: concordo com a coisa da filtragem. As músicas antigas que sobrevivem são as boas. Mas acho que isso tem outro benefício, menos direto: as bandas novas têm toda a história da música até hoje pra servir de influência. Exemplo bem óbvio: o Nirvana tem uma influência absurda dos Beatles. Eles não surgiriam do nada, sem essas influências. Mesmo se você pegar uma banda intencionalmente retrô, que tente emular o som dos anos 70, eles acabam fazendo um som diferente do que teriam feito se existissem nos anos 70, porque não tem como simplesmente ignorar os últimos 40 ou 50 anos de evolução da música. E o músico, até certo ponto, escolhe suas influências. Mas influência não é tudo. Tem que ter inovação também.

FELIZ NATAL
Veterano
# mai/15
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BrotherCrow

o Nirvana tem uma influência absurda dos Beatles.

prossiga..

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