Afinal música é universal, será? II - o tópico da treta

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Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14
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RafaelBernatto
Esse gosto dele é mau pra você, pra ele é bom. Ele se sente bem. A recompensa que ele recebe pelo seu próprio sistema corpo-cerebral o faz sentir-se bem.
Sim, mas ele prejudica terceiros. o que faz ele ser um mal pra sociedade, onde tanto faz o que ele gosta, ele deve ser condenado. Agora, se alguém gosta de Axé, e não faz mal pra ninguém, essa pessoa esta dentro da sua liberdade, e deve ser respeitada por isso.

entamoeba
O que o cara do rock sente, pode ser o mesmo que o cara do sertanejo sente. E talvez pode até mesmo ser o que o cara do Jazz sente. A questão é a dopamina que libera-se ao ouvir a música. Se o cara fica mais feliz ouvindo Funk do que Jazz, acho mais é que ele tem que ouvir o que o deixa feliz. E nesse sentido, tanto faz o "nível" da música. O importante é ser feliz.

Ismah
Ai é complicado. Porque claro que a orquesta tem níveis técnicos impecáveis. Mas e se a sonoridade que o cara busca não é musica erudita e sim samba ou choro?
Sinto que estamos discutindo técnica e não gêneros.

RafaelBernatto
Veterano
# dez/14 · Editado por: RafaelBernatto
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Wuju Wu Yi

"sociedade, onde tanto faz o que ele gosta"

Adorei essa parte. rsrs. Soou melhor sozinha. :D

Um dia você vai perceber que tudo passa pelo mesmo princípio, independente de como nos organizamos no mundo.

Quando surgiu, o rock tinha "mania" de ser subversivo, ou seja, mau pra sociedade. Isso não o torna ruim. ;) (Apesar de "os coroas" acharem que era um ritmo "do demonho" rsrs)

Mas cara, repare que você já tá generalizando, contrariando o que tu mesmo disse...

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14
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RafaelBernatto
Cara, eu não acredito que vc n entendeu. Só estou dizendo que vc tem toda a liberdade que quiser, contando que não prejudique ninguém.

Eu inclusive acho que n temos intenções opostas. Você escreveu:
Quando surgiu, o rock tinha "mania" de ser subversivo, ou seja, mau pra sociedade. Isso não o torna ruim. ;) (Apesar de "os coroas" acharem que era um ritmo "do demonho" rsrs)
Minha intenção é justamente acabar com o preconceito de gêneros musicais.

Mas cara, repare que você já tá generalizando, contrariando o que tu mesmo disse...

não.

entamoeba
Membro Novato
# dez/14
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RafaelBernatto
É impressão minha ou você se contradisse?
Disse pra mim que somos parecidos e pro Wuju que somos diferentes? rsrs


Onde eu disse isso? Posso esclarecer se souber o que foi dito e em que contexto.

entamoeba
Membro Novato
# dez/14
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Wuju Wu Yi
Minha intenção é justamente acabar com o preconceito de gêneros musicais.

Já teve, na história da humanidade, um projeto ambicioso que visava "acabar com o preconceito" e isso foi há uns 250 anos. Tempos depois, chegaram a conclusão que era bobagem. Sendo otimista, 99% do que conhecemos é preconceito e 1% é conceito.

(Essa ninguém vai entender, rs) Acho que a música trata justamente do preconceito, trata daquilo que não pode ser conceituado, do que está para além do verbal.

O que o cara do rock sente, pode ser o mesmo que o cara do sertanejo sente. E talvez pode até mesmo ser o que o cara do Jazz sente. A questão é a dopamina que libera-se ao ouvir a música. Se o cara fica mais feliz ouvindo Funk do que Jazz, acho mais é que ele tem que ouvir o que o deixa feliz. E nesse sentido, tanto faz o "nível" da música. O importante é ser feliz.

Não acho que dê para sentir o mesmo ouvindo rock e sertanejo. Algumas sensações podem até ser semelhantes, uma pequena euforia ou algo do gênero. Só que o que sentimos tá longe de poder ser reduzido a dosagens de serotonina ou de qualquer neurotransmissor.

RafaelBernatto
Veterano
# dez/14 · Editado por: RafaelBernatto
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Wuju Wu Yi

Cara, eu não acredito que vc n entendeu. Só estou dizendo que vc tem toda a liberdade que quiser, contando que não prejudique ninguém.
Eu entendi sim, só achei interessante aquela parte em especial, pois não deixa de ser verdade.

Eu inclusive acho que n temos intenções opostas.
Sim, sim. O que não quer dizer que, por isso, concorde com tudo mais que você disser..

entamoeba
Sendo otimista, 99% do que conhecemos é preconceito e 1% é conceito.
Realmente. Aí acho que já entra aquilo sobre o qual estava falando. Uma resposta a um padrão. Um instinto preguiçoso. De assimilar coisas que não tem uma relação causa->efeito. Já entram paradigmas e tudo mais...

Você disse "portanto, devemos enxergar de maneira muito parecida. "
e depois: "respondemos de maneira diferente a determinados estímulos"

E os argumentos que você usou pra dizer que "respondemos diferente" podem ser os mesmos para dizer que "enxergamos diferente".

Acho sim que a música trata do preconceito, mas no sentido de apresentar o ponto de vista de quem compõe. De um "bom" relativo. rsrs

rcorts
Veterano
# dez/14
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Incrível como alguns comentários aqui conseguiram desgraçar todo um tópico. Infelizmente tem horas que falta a moderação chegar e fechar e por fim à lambança. Eu ia até comentar mas desisti.

Me desculpe Ismah, mas se fosse eu a uma altura dessas já teria fechado esse tópico há muito tempo.

RafaelBernatto
Veterano
# dez/14
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rcorts

Pra mim, está tudo nos conformes. É o que se espera que aconteça em um tópico desse tipo. Se não fosse pra acontecer, seria melhor nem ter criado. E esse tipo de discussão, por mais improdutiva que pareça, ainda é uma discussão, a gente exercita a arte... Sempre aprende alguma coisa... Ou não. Rsrs.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14 · Editado por: Wuju Wu Yi
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entamoeba
Já teve, na história da humanidade, um projeto ambicioso que visava "acabar com o preconceito" e isso foi há uns 250 anos. Tempos depois, chegaram a conclusão que era bobagem. Sendo otimista, 99% do que conhecemos é preconceito e 1% é conceito.
eu entendo cara. a humanidade é complicada. mas se pelo menos não tiver discussões do tipo "meu estilo é melhor que o seu" já tá bom. pq quase sempre tá errado isso. mesmo que o cara fale assim pra mim: Jazz é melhor que Axé (eu gosto bastante de Jazz). Eu vou perguntar pra ele: Melhor em que? Porque tudo depende, tudo é relativo. Não gosto de ouvir Jazz sempre, e entendo completamente, entendo mesmo, o cara que gosta de ouvir Axé, porque eu também gosto de Axé.

Não acho que dê para sentir o mesmo ouvindo rock e sertanejo. Algumas sensações podem até ser semelhantes, uma pequena euforia ou algo do gênero. Só que o que sentimos tá longe de poder ser reduzido a dosagens de serotonina ou de qualquer neurotransmissor.
eu acho que a diferênca tá no nível de dopamina que é liberada. e ai abre margem pra muita coisa. se o cara que escuta parangole tiver mais dopamina liberada do que quando escuta rock, ele vai achar rock muito chato e parangole muito legal. E vice versa. E o que vai definir o tanto de dopamina, são varias coisas, se aquilo é novidade pro cara, se o momento tava bom, outras sensações simultâneas que ele tava tendo, se ele mesmo está sendo positivo sobre o que esta ouvindo, etc.. sendo que esse ultimo é muito importante, pq se o cara fizer negativismo sobre o que ouve, já cria um bloqueio na mente dizendo que aquilo é ruim, e não libera dopamina como teria potencial. Então dependendo da forma que o cara exergar o axé, samba, frevo, forró, sertanejo, choro, etc.. pode ser tão massa e tão prazeiroso quanto rock, blues, metal, jazz, etc.. Claro que só separei assim pra ficar evidênte o raciocío, porque me uso como exemplo, pra mim, eu escuto tudo isso ai em pé de igualdade.

Mas me estendi bastante, e claro que posso errar em algum ponto, mas isso é o que acredito no momento.

RafaelBernatto
Relaxa, claro que não precisa concordar em tudo, pessoas são diferentes. E acho que a gente tem que acreditar no que funciona pra gente. As vezes minhas idéias não funcionam pra vc, e vice versa, então o importante é encontrar a nossa. Mas acho que no fundo, a gente não deve pensar tão diferente.

Pra mim, está tudo nos conformes. É o que se espera que aconteça em um tópico desse tipo. Se não fosse pra acontecer, seria melhor nem ter criado. E esse tipo de discussão, por mais improdutiva que pareça, ainda é uma discussão, a gente exercita a arte... Sempre aprende alguma coisa... Ou não. Rsrs.
Boa. Eu ia responder, mas vc já respondeu bem ai. hehe!

rcorts
Veterano
# dez/14
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RafaelBernatto

O problema não é a discussão. Aliás, eu sempre fui a favor da discussão. O problema é quando o nível começa a baixar. Eu nem vou me alongar, mas o ponto é que nós precisamos de aprender (e eu não me excluo dessa) a defender nossos argumentos sem precisar de falácias, insultos e outras estratégias para desqualificar ou desmoralizar nossos interlocutores.

Veja alguns tópicos de 2004, 2005, 2006 e você vai entender o que eu estou dizendo. Penso que tivemos alguma evolução aqui no FCC nos últimos anos e se a gente não prezar por isso amigo, vira feira.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14 · Editado por: Wuju Wu Yi
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rcorts
mas acontece cara, importante é saber lidar com isso. a solução não é fechar o tópico, que também tem coisas produtivas. você pode só ignorar o que vc julga ruim.

RafaelBernatto
Veterano
# dez/14 · Editado por: RafaelBernatto
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#OFF
rcorts
É triste isso cara rsrs. E complicado.
Acho que muito disso se deu porque a galera solidária, "gente boa", acabou ficando, e com eles a bagagem de saber lidar com um fórum.

Veja alguns tópicos de 2004, 2005, 2006 e você vai entender o que eu estou dizendo. Penso que tivemos alguma evolução aqui no FCC nos últimos anos e se a gente não prezar por isso amigo, vira feira.

Mas creio que não dá pra fugir disso... Sempre virão novos usuários.. Que tem uma visão diferente da nossa e que acaba agindo segundo as "próprias regras"...
Sou moderador de um grupo de umas 3.500 pessoas no facebook e é tenso. A gente sempre faz modificações, muda as regras, tenta organizar tudo para que flua da melhor forma.. Mas sempre aparecem desavisados "f**endo com tudo" rsrs. O que eu percebo é que os bons costumam ficar... E a gente fica aqui na torcida pra que os novatos (que nada tem a ver com aquela classificação "automática") aprendam, de certa forma, a tratar de uma maneira produtiva os diversos assuntos.. E prezem pela "saúde" do fórum.

Edit: Eu também sou "novato".

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14
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RafaelBernatto
pra mim, tem que falar o que pensa sem muita frescura, mas mantendo o respeito. pessoal as vezes aceita a opinião da maioria Só porque é da maioria, e vira um paradigma.

claro que odeio falácias como o colega ai citou.

rcorts
Veterano
# dez/14
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Wuju Wu Yi
pra mim, tem que falar o que pensa sem muita frescura ... mas mantendo o respeito

É isso, em suma é o que eu quis dizer.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14
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rcorts
:)

entamoeba
Membro Novato
# dez/14
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RafaelBernatto
Você disse "portanto, devemos enxergar de maneira muito parecida. "
e depois: "respondemos de maneira diferente a determinados estímulos"


Desculpe, ficou mal escrito mesmo! Estímulos diferentes provocam respostas diferentes. O Wuju Wu Yi tava supondo que responderíamos de maneira igual a músicas significativamente diferentes, o que não ocorre!

Wuju Wu Yi
Não dá para reduzir a qualidade de uma experiência aos níveis de secreção de serotonina.

Lelo Mig
Membro
# dez/14 · Editado por: Lelo Mig
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Wuju Wu Yi
rcorts

"pra mim, tem que falar o que pensa sem muita frescura ... mas mantendo o respeito"

Também concordo. O "politicamente correto", em minha opinião, é um sujeito suspeito.

Mas, é preciso sempre, estar atento ao fato, que um texto, sem gestos, sem olhares, sem sinais corporais, pode ser interpretado de forma muito diferente, na sua intenção real, pelo interlocutor. Um texto, para quem esta do outro lado, é frio... e ao começar a ler, podemos perceber ternura ou raiva, mesmo ela não existindo. É importante estarmos cientes disso.

Mas existe algo que me incomoda, inclusive no mundo real, que é o fato de alguns confundirem desentendimento com briga.

Eu posso discordar de alguém, posso defender minha opinião de forma incisiva, os ânimos podem até se acirrar... mas não significa que eu tenho raiva, não gosto, não reconheço inteligência e etc, no outro.

Se alguém quer descer a pohada em outrem com qual se desentendeu num fórum, necessita urgentemente de um psiquiatra.

E por último.....saber reconhecer excessos e se desculpar, publicamente no mesmo fórum onde xingou, não deveria ser motivo de vergonha, mas sim de orgulho.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14 · Editado por: Wuju Wu Yi
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Lelo Mig
Perfeito. Realmente, discutir é saudável, e não há motivos para brigas, ou até mesmo ficar com aquele rancorzinho bobo que tem gente que guarda. É tudo um debate de idéias, por isso que o respeito é importante para demonstrar que apesar de discordar, não quer dizer que Odiamos a pessoa. kk. E sim, se errou, e percebeu que errou, tem que se desculpar, é a atitude mais humilde e honesta a se ter.

entamoeba
Não dá para reduzir a qualidade de uma experiência aos níveis de secreção de serotonina.
Claro que não, o cérebro é muito complexo. Mas os níveis de dopamina é um bom medidor de partida para comparar sensações, pois é o hormônio que define o tanto que vc aprecia algo.

O que tento dizer é que a reação de diferentes pessoas ao mesmo gênero podem ser muito distintas, dependendo de cada pessoa e suas variáveis.
Mas fora Tudo isso, eu penso que todo gênero tem coisas apreciáveis, e acho difícil entender porque tanto as pessoas agridem um gênero ou outro. Eu gosto da batida do Funk, talvez a letra nem tanto, mas Também entendo quem gosta, entendo a lógica que a pessoa segue.

Eu acho que nós seremos humanos, temos muito mais tendência a gostar das coisas do que não gostar, então acho meio suspeito esse militarismo Contra as coisas, isso se forem coisas benignas, penso que a pessoa as vezes não são honestas com elas mesmas.

Creio que nós, se queremos mudar alguma coisa, se queremos que o Jazz, a música Erudita, Choro, Bossa Nova, Samba, ou seja lá qual for o gênero que mais seja querido, se torne mais popular, precisamos divulgar falando o Quão bom é o gênero, e não falando o quão ruim é o outro que não gostamos

E também não é porque o Jazz é maravilhoso, que eu não posso tirar um tempo pra me delíciar com o riquíssimo ritmo do samba, ou a energia vibrante da música eletrônica, ou a alegria e malandragem do Axé, o peso dos riffs rápidos ou carregados do metal, e assim por diante.

Amem a música, não os gêneros musicais.



Desculpe, ficou mal escrito mesmo! Estímulos diferentes provocam respostas diferentes. O Wuju Wu Yi tava supondo que responderíamos de maneira igual a músicas significativamente diferentes, o que não ocorre!
Eu estou falando da liberação de dopamina, que seja usando drogas, seja fazendo sexo, seja comendo, seja jogando videogame, seja ouvindo música, de qualquer gênero musical, o efeito dele é igual. Claro que tem outros fatores em consideração, mas no caso da música, não são tão relevantes. Posso falar mais sobre.

AtalaBukas
Membro Novato
# dez/14
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Ismah
Pra mim, no rock existem bandas de muito mais mal gosto do que o sertanejo. Se você pegar Capital Inicial, a música "A sua maneira" é simplesmente um "sertanejo" perfeito (e eu acho Capital Inicial uma das bandas mais sem criatividades do rock brazuca). Do outro lado, Vítor e Léo fazem canções boas, com um zelo maior, é perceptível, são músicos de verdade. Pra mim, o problema dessas bandas e grupos que vocês estão falando não é o rótulo rock, sertanejo, axé, é a má qualidade das letras, a falta de identidade, a questão da fórmula manjada. Podem falar o que quiser da Ivete Sangalo, por exemplo, mas é som muito dela o que ela faz. O tecno brega, que hoje tem a Gabi Amarantos como principal expoente, creio eu; é bem criativo, tem identidade, letras boas. Enfim, o problema não é o rótulo em si, e sim a qualidade.

Julia Hardy
Veterano
# dez/14
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Embora exista o estigma, este não é muito fiel à realidade. Comparativamente, o público do rock e metal, em geral, é muito mais “mente aberta” do que o público de outros gêneros.

Por outro lado, o que eu já vi de gente(que só ouve as "dez mais da jovem pan") que que não distingue Metallica, Iron Maiden e Black Sabbath de Helloween, Dream Theater e Sepultura não é pouco. Acha tudo “barulheira”.

--

Entre outras coisas, o gosto musical é resultado do meio em que se vive. A não ser que a pessoa tenha uma inclinação natural(ou como queiram chamar) pra um certo tipo de música, ela vai ouvir o que os outros ao redor ouvem e pronto.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14
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Julia Hardy
Comparativamente, o público do rock e metal, em geral, é muito mais “mente aberta” do que o público de outros gêneros.

O público mais mente aberta que eu já conheci são jazzistas e músicos de choro.

rcorts
Veterano
# dez/14
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Lelo Mig

Você está certo, tanto é que eu e você em algum outro tópico já tivemos também um ou outro desentendimento, mas pelo que me lembro eu me desculpei e você também quando foi o caso. Se eu não me desculpei antes, aproveitando, desculpa, he he he.

Mas se você ler em umas duas páginas anteriores vai ver que rolou uma certo blá, blá, blá. Eu só falei aquilo porque acho que quando a gente mantém o nível os tópicos tendem a fluir melhor.

Quanto ao que você falou da linguagem escrita possibilitar distorções de interpretação em relação à conversa falada eu concordo plenamente com você, por isso hoje em dia muitas vezes estou me policiando mais, às vezes até mesmo antes de fazer uma piada que pode ofender alguém.

AtalaBukas
Enfim, o problema não é o rótulo em si, e sim a qualidade.

Este é o ponto chave na minha opinião. Não existe nenhum estilo que seja bom nem ruim no todo. Assim como não existe nenhum artista que sempre faça músicas boas e nem mesmo uma música que cuja audição sempre valha a pena. Por isso penso que na música tudo é muito relativo e depende do ponto de vista.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14
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rcorts
Este é o ponto chave na minha opinião. Não existe nenhum estilo que seja bom nem ruim no todo. Assim como não existe nenhum artista que sempre faça músicas boas e nem mesmo uma música que cuja audição sempre valha a pena. Por isso penso que na música tudo é muito relativo e depende do ponto de vista.


Perfeito. Apesar de todo mundo ter aquela banda que gosta de todas as músicas. kkk! Mas na regra geral, é exatamente isso.

Julia Hardy
Veterano
# dez/14 · Editado por: Julia Hardy
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Wuju Wu Yi

Eu não conheço muitos jazzistas e músicos de choro pra comparar. Mas, no fim, todo mundo puxa a sardinha pra algum lado. Mesmo os que se dizem mente aberta.

Lelo Mig
Membro
# dez/14 · Editado por: Lelo Mig
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Galera... mesmo esta questão da "qualidade", acaba sendo muito subjetiva e submete-se ao mesmo "gosto vs não gosto".

Podemos tentar avaliar baseado num critério "técnico" de qualidade e confrontar...vamos fazer um exercício de imaginação, apenas como exemplo:

Rush (um trio de rock) vs Nirvana (um trio de rock):

Neil Peart é melhor baterista que Dave Grohl.
Geddy Lee é melhor baixista que Krist Novoselic.
Alex Lifeson é melhor guitarrista que Kurt Cobain.
Os álbuns do Rush tem arranjos mais complexos.
O Rush possui canções mais complexas.
Geddy Lee canta melhor que Cobain.
E mais uns 20 itens onde o Rush ganharia pelo menos 15.

Isso significa que Rush é melhor que Nirvana?

É um equivoco este tipo de análise, música não é física.

Ela envolve emoção, e mais uma série de coisas que não possuem análise racional.

Então, diga: Prô meu gosto Rush é melhor que Nirvana ou Nirvana é melhor que Rush.

Qualquer coisa além disso, no fundo não faz sentido algum... apesar de eu mesmo, incorrer neste erro muitas vezes.

entamoeba
Membro Novato
# dez/14
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Julia Hardy
Entre outras coisas, o gosto musical é resultado do meio em que se vive. A não ser que a pessoa tenha uma inclinação natural(ou como queiram chamar) pra um certo tipo de música, ela vai ouvir o que os outros ao redor ouvem e pronto.

Sim, isso é bem relevante. Mas um grupo que cresceu comigo foi pro rock/metal e outro enveredou para o axé (como pretexto de "comer mulher"). São muitas variáveis que atuam na constituição do "gosto".

Lelo Mig
Neil Peart é melhor baterista que Dave Grohl.
Geddy Lee é melhor baixista que Krist Novoselic.
Alex Lifeson é melhor guitarrista que Kurt Cobain.
[...]

Certamente, não é por aí...

Sabem, tem tanto juízo de natureza semelhante que a gente faz e fica de viadagem se embaraçando para admitir que uma música pode ser melhor do que a outra.

Tipo, alguém lembra daquela propaganda com o Ricardo Macchi fez com o Dustin Hoffman? Ninguém tem dúvida que Hoffman é MELHOR ator do que Macchi, nem mesmo "o cigano", tanto que topou a brincadeira.

Por que é tão evidente que existem atores muito bons, enquanto outros são nitidamente sofríveis? Tem a ver com transmitir VERDADE na cena, tem a ver com ser convincente.

Sobre o "critério da serotonina" 1:

Um bebê pode receber uma enxurrada de serotonina com o estímulo mais patético do mundo. Quando ele cresce um pouco, torna-se mais exigente, pois foi contagiado pela cultura e adquiriu critérios mais sofisticados.

Sobre o "critério da serotonina" 2:

Um filme de terror pode provocar descargas de noradrenalina, adrenalina, cortisol e os níveis de serotonina nos momentos de alívio não terem picos tão expressivos quando os obtidos com uma gargalhada. Isso significa que as comédias são melhores do que filmes de terror?

Garanto que esse critério é inadequado. Acredito que posso citar pelo menos uns 50 exemplos que demonstram a fragilidade desse critério, ainda que a maior parte deles seja extremamente entediante para quem não está habituado a esses papos, e demandariam uma penca de explicações adicionais para que eles pudessem ser compreendidos corretamente.

Então, Wuju Wu Yi, acredite em mim: também não é por aí.

Wuju Wu Yi
Membro Novato
# dez/14 · Editado por: Wuju Wu Yi
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entamoeba
Eu te entendo cara, não discordo disso que vc escreveu, eu só usei um exemplo generalizado, e estou falando da dopamina, que faz tu querer continuar fazendo algo "ouvindo". a serotonina pode fazer vc querer dormir.

E eu não estou dizendo que não tenha gêneros que acho musicalmente melhores que outros, estou dizendo que o pessoal reduz alguns gêneros a "inaudíveis, sem nada de bom, inapreciáveis", o que no Meu gosto pessoal, acho que tem muito mais haver com descriminação do que com razão.
E também, até mesmo o melhor pode ser relativo, como disse lá encima, se eu jogar joguinhos ouvindo música eletrônica meu desempenho é melhor que ouvindo jazz, que me desconcentra. então eletrônica é melhor que jazz pra eu jogar, etc..

edit: achei massa teu post, falando dos hormônios no cotidiano.

Julia Hardy
todo mundo certamente puxa sim, mas julgo mente aberta quem consegue apreciar ou respeitar uma grande quantidade de coisas e críticar só o necessário.

Ismah
Veterano
# dez/14
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Até o momento podemos concluir três coisas:

- O que julgamos bom, é baseado no que gostamos;
- O senso de gostar deriva do meio em que vivemos, e com quem convivemos;
- A maioria dos comuns (entenda-se por quem não é ligado ao meio musical), música é irrelevante, e - semelhante a um filme - apenas um pano de fundo, para expressão corporal (dança) e envolvimento emocional (amor e sexo - no melhor estilo Freud)

Agora eu pergunto ainda:

E onde se origina o gosto comum?

Quero dizer, onde está a razão de no nordeste ter forró (está certo que aqui no sul, também tem relativamente muitas bandas já), axé, reggae. No norte, techno brega, pisadinha, arrocha raíz, e demais. No sudeste funk, pagode, no centro oeste sertanejo raíz, sertanejo universitário (?). E no sul, ritmos raíz, polkas, bailão, bandanejo etc...

rcorts
Veterano
# dez/14
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Ismah
E onde se origina o gosto comum?

Acho que em vez de onde, seria melhor perguntar "como?". Na minha opinião, o gosto comum se origina através da cultura, do partilhar conhecimentos comuns, do estar imerso num meio socioeconômico cujas influências lhe são apresentadas algumas vezes conscientemente e outras tantas inconscientemente.

A cultura é como uma espécie de "fumaça", fina, permeável, capaz de tomar desde os mínimos até os mais amplos espaços. É de certa forma natural que a cultura crie também essas identidades regionais que você citou, pois uma mesma região compartilha de vários aspectos sociais e econômicos (índice de desenvolvimento educacional, origem das famílias, atividade econômica primária, clima, geografia, etc....). Por exemplo, dizem que até os dias de hoje é comum na Europa o pessoal passar mais de 1 dia sem tomar banho, pois é frio, então culturalmente instaurou-se, muito por conta do clima, o hábito do não-banho.

O pequi, por exemplo que é uma comida típica aqui em Goiás, muito provavelmente se popularizou culturalmente por conta de ser um fruto abundante do cerrado e ser rico em óleos vegetais. Ainda que talvez inconscientemente foi considerado uma iguaria. O pessoal do litoral já privilegia pratos com frutos do mar, pois é abundante. Então, de certa forma as pessoas vão acomodando seus gostos, opiniões e identidades em prol de certos fatores regionais.

Com a música não é diferente. Aqui em Goiás a viola caipira, que já se sabe foi inserida na nossa cultura através dos jesuítas, se tornou o instrumento que mais identifica a cultura goiana, pois os caipiras a utilizaram para construir todo um repertório de modão sertanejo que contava como era a vida na roça, ou mesmo nas cidades ainda na transição entre rural e urbano e explorava desde o sentimento do povo daquela época quanto registrou tradições, preconceitos e crenças que eram fortes e familiares na vida dos compositores.

Como os violeiros eram praticamente leigos em teoria musical, formaram praticamente toda sua base harmônica em cima do I IV V que instintivamente soa bem aos ouvidos e tem as principais funções harmônicas ali presentes. Até a voz grave, muito comum nos tocadores de modão como Tião Carreiro e Pardinho, muito provavelmente era fruto da cultura patriarcal da época: "homem que é homem tem que ter voz grossa"

Enfim, a cultura é de onde se origina o gosto comum. Mas ao mesmo tempo é complexo entender que cultura não é um conceito fechado em si, mas sim produto de diversos fatores sócio-econômicos, religiosos e talvez até mesmo psicológicos. Por exemplo, porque os japoneses se cobram tanto em relação a serem bem sucedidos e o Japão sempre foi conhecido por ter altas taxas de suícidio? isso é cultural, certo. Porém, as origens seriam sociais ou psicológicas? aí já não sei dizer.

RafaelBernatto
Veterano
# dez/14
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Ismah

E onde se origina o gosto comum?
Quero dizer, onde está a razão de no nordeste ter forró


Aí entra o tal do paradigma...

Agora, quem começou...rsrs Não sei...

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