Definitivo: Classificação e extensão vocal

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Baritono Martin
Veterano
# jan/07
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Eu falava da ópera, e francamente não entendo o axé por isso não me agrada.

Concordo com vc sobre Georgia Brown, mas acho que se ela tivesse a tecnica do canto lírico ela seria vista como uma Mado Robin da vida!

Desculpe não quis te ofender!

Onde vc estuda e com qual professor (a).

Eu fui aluno do Chico Campos e da Cioromilla

John Arch
Veterano
# jan/07 · Editado por: John Arch
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Baritono Martin
Eu ñ fiquei ofendido não. Mas é q pareceu q vc tava falando q eu ñ gosto de ópera pq não entendo. Sendo q eu nunca falei na minha vida q não gosto de ópera. Mas tá trankilo, escrevendo sempre rola essas confusões...

Eu estudo aqui no Rio, no conservatório Villa Lobos. Fui aluno da Patrícia Vilches durante um tempo, mas vai ser difícil pra qquer pessoa saber qual das Patrícias Vilches eu to falando, pois são todas cantoras líricas, primas e sopranos (e os sites sempre erram a subclassificação de todas elas). Bom, atualmente eu to com o Marcos Teixeira, só q eu nem conheço o cara ainda, pq as aulas do curso técnico não começaram ainda, mas todo mundo falou bem do kra. Espero q seja bom msm.

Valeu!

EDIT = tamo desvirtuando o tópico. Foi mal aí!

PatrickCordas
Veterano
# fev/07 · Editado por: PatrickCordas
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Olá, sou novato por aqui!
Toco Guitarra, Violão, Viola, Cavaco, Teclado, Clarinete, Trompete...
Sou formado em Solos Gerais(tanto para sopros quanto cordas)...
Mas queria confirmar se sou Baritono e minha extensão vocal...
Veja bem, desenvolvi um sistema que é o seguinte, veja a tablatura.


e------------------------------0-1-3-5-7--------------------
B------------------------0-1-3----------------------------
G--------------------0-2---------------------------------
D--------------0-2-3--------------------------------------
A--------0-1-3--------------------------------------------
E--0-1-3--------------------------------------------------



Logo depois, fui fazendo o som das vogais A, E, I, O, U,
fui fazendo aleatóriamente, A vogal que se encaixar junto com o som da corda solta, eu marcava em uma folha as notas que dava certo.
No final, eu alcancei esses tables...

e----------------------------0-1-3------------------------
B----------------------0-1-3------------------------------
G------------------0-2-----------------------------------
D------------0-2-3----------------------------------------
A------0-1-3----------------------------------------------
E----3--------------------------------------------------



Fazendo a Cifragem, dara o seguinte resultado:

Sol1-La1-Si1-Do2-Re2-Mi2-Fa2-Sol2-Lá2-Si2-Do3-Re3-(Mi3-Fa3-Sol3)
Com Falsete!

Agora as duvidas....

1-Sou Baritono(Lirico)?
2-Transposição de Notas....Segundo a regra do Do Central, minha extensão mudaria, ficaria uma oitava mais alta...Mas seria impossivel para mim, já qeu minha voz tem um timbre bem grosso, uma cor tipo...um cinza meio escuro...


Gostaria de saber ao menos se é preciso fazer a transposição de clave...
Na minha opnião e pelo qeu aprendi não é preciso quando se canta com base no violão, agora, se tiver cantando na base do teclado ou piano, é presico subir uma oitava...

Me esclarecam essas,duvidas por favor...

Obrigadão...

John Arch
Veterano
# fev/07 · Editado por: John Arch
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Kra, vai ser meio difícil alguem conseguir te responder com base nessas informações, mas vou tentar te ajudar em algumas coisas...

Primeiro, o falsete não influi na classificação. Veja todas as notas q vc consegue cantar, mas notas realmente cantáveis, com volume, e tmb q vc não precise se esgoelar. Devem ser consideradas somente as ntoas q realmente estão na sua tessitura natural.

Segundo, o resultado do violão q vc escreveu logo abaixo da tablatura (sOl1...) está correto. É exatamente akilo, nem uma oitava mais grave, nem mais aguda. Não tem essa de vc ter q cantar uma oitava mais grave ou mais aguda por causa do piano. O q existe é q a Nota Dó, da 3ª casa da corda A do violão corresponde ao Dó2 (exatamente como vc escreveu ali). O problema q vc está mencionando diz respeito somente a partitura, pois na msm linha onde se escreve o Dó 3 do piano, se escreve o Dó2 no violão, apesar de não haver nenhuma indicação quanto as oitavas. Mas isso é em função do instrumento. A sua execução vocal em nada mudará por isso. É tudo uma questão de referencial. O q importa é saber, no instrumento q vc está usando, aonde está o Dó central (q é o Dó 3). No caso do violão, é o Dó da 1ª casa da Corda B (q tmb é idêntico ao Dó da 5ª casa da corda G, q tmb é idêntico ao Dó da 10ª casa da corda D, q tmb é igual ao Dó da 15ª casa da Corda A...)

PatrickCordas
Veterano
# fev/07
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UHn...legal....

Agora me confirmem...
Segundo os violões, tenho a extensão de G1-D3
eu acho que sou baritono(lirico)... sou baritono(lirico)?
minha voz seria o A1 (voz normal, ou seja, tom normal).

Obrigado!

João Antônio Cardoso
Veterano
# fev/07 · Editado por: João Antônio Cardoso
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Tenho 16 anos, vou fazer 17 este ano(2007).
Comecei a treinar vocal ha uns 3 meses.
Quando criança, eu fazia parte de um coral, mas não lembro que tipo de voz era. Lembro de ser agudo!
Tenho o costume de falar baixo, nunca grito... Tenho bons cuidados com a garganta e cordas vocais, talvez por falar baixo elas sejam meio "fracas"... Sou guitarrista e pretendo fazer aula de canto!

Fiquei confuso agora. Sempre achei que o violão era afinado assim:
1º - E5
2º - B4
3º - G4
4º - D4
5º - A3
6º - E3

Bom, numa afinação dropada, vou escrever todas as casas que alcanço.

E5||--------------------------------------------------------1-2-3-4-5- 6-7-8-9-|
B4||----------------------------------------------1-2-3-4-5----------- --------|
G4||--------------------------------------1-2-3-4--------------------- --------|
D4||----------------------------1-2-3-4-5----------------------------- --------|
A3||------------------1-2-3-4-5--------------------------------------- --------|
D3||--0-1-2-3-4-5-6-7------------------------------------------------- --------|
(de D3 até C#6, se não contei errado. Se trabalhar, acredito que vá além de C#6, mas não vou arriscar sem um professor do lado)

Notas com facilidade:

B4||--------------------------------------------1-2-|
G4||------------------------------------1-2-3-4-----|
D4||--------------------------1-2-3-4-5-------------|
A3||----------------1-2-3-4-5-----------------------|
D3||--1-2-3-4-5-6-7---------------------------------|

Observações:

Minha voz fica meio estridente aqui:

B4||------1-2-3-4-|
G4||--4-5---------|

Aqui fica meio cristalina:

E5||--1-2-3-4-5-6-7-8-9-|

A nota normal da minha voz é:

D4||--3-|

Não soube classificar minha voz, podem ajudar? ó.ò
Obrigado!

John Arch
Veterano
# fev/07
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João Antônio Cardoso
Quanto à altura das notas no violão, o problema é q vc está se guiando por alguma notação q não a brasileira. Pouco importa se é 3 ou se é 5, se vc está usando notação brasileira ou americana ou européia. O q importa é vc saber qual o Dó central (q na notação brasileira é o Dó3; na americana é o Dó4, e por aí vai...), q no violão encontra-se na 1ª casa da 2ª corda (dentre os outros lugares possíveis de se encontrar a msm nota no braço do instruemnto, como já falei anteriormente).
O resto ainda não li. VAleu!

Christhian
Moderador
Prêmio FCC 2007
# mar/07
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Estou liberando esse tópico do sticky.

Ainda hoje vou postar algo pra organizar melhor isso aqui.

Abraços.

bringhimhome
Veterano
# mai/07
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alguem pode ajudar a classificar a minha voz?

eu sei que é dificiu sem escutala. mas atraves das caracteristicas talvez possam me dizer. o meu alcance vocal é de fá1-sib3 (lá sai com muito esforço) em falsete atinjo o mi4 (fa4 com muito esforço). a minha voz media grave é cheia e forte, perto do meu limite de agudos naturais tenho ainda algumas dificuldades para nao esganar com a traqueia mas este registo eh tambem forte quando isto nao acontece. o meu falsete eh limpo e ha dias em que consegue ser mais forte que a minha voz de peito, sendo o registo perto do limite do falsete bastante metalico e penetrante. Ja fui classificado como baritono-baixo e como contra-tenor. acho um pouco estranho as classificaçoes diferirem tanto, e um amigo me falou desse forum e disse que tinha visto aqui falar de tenor dramatico que tb pode ser uma hipotese... alguem sabe me dizer alguma coisa? agradecido

Mento077
Veterano
# mai/07
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bringhimhome
E ae cara!

Faça aulas, pergunte ao professor, ele é mais confiavel que a internet.

Abraço.

bringhimhome
Veterano
# mai/07 · Editado por: bringhimhome
· votar


mento007
E ae cara!

Faça aulas, pergunte ao professor, ele é mais confiavel que a internet.

Abraço.




eu sei cara. mas to parado agora por causa de uma faringite e to apenas a estudar na net cds e livros. e lembrei-me de ver se alguem ai podia ajudar em relacao a minha classificacao pk ja tive um prof k diz k sou baritono baixo e outro diz k sou contra tenor. isso é estranho pa cacet.
abraço

SylvioLima
Veterano
Prêmio FCC 2007
# mai/07
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bringhimhome
ja tive um prof k diz k sou baritono baixo e outro diz k sou contra tenor. isso é estranho pa cacet.
hahahahahahaha...
eu nem preciso mais assistir programa de comédia... Panico na TV virou 'fichinha' perto disso... noss... muito bom hahahahahahahaha

Leandro Rigon
Veterano
# ago/07
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Vou postar um texto escrito por R o s e l i S c h ü n e m a n n, que é professora da Escola de Música e Belas Artes do Paraná.


ATRIBUTOS DE DIFERENCIAÇÃO VOCAL

R o s e l i S c h ü n e m a n n

Mestre em Canto. Professora da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, das disciplinas: Canto, Dicção
Lírica, Música de Câmara, Técnicas do Ensino. Atua, ainda, como Supervisora de Estágio dos Cantores e como Orientadora de Monografias nos Cursos de Especialização na Área de Música na EMBAP.

RESUMO: Resultado de minuciosa investigação na área de canto, aliada à observação acurada junto a cantores e a alunos de canto, o presente artigo sistematiza as características qualitativas que identificam as diferentes vozes nas mais variadas categorias com suas subdivisões, abrangendo, uma a uma, das mais agudas às mais graves, a fim de facilitar o complexo processo de classificação vocal. Os objetivos deste trabalho foram preencher a lacuna existente na literatura específica em português sobre este tema, bem como divulgar informações úteis a professores, cantores, estudantes de canto e demais interessados na tipologia vocal atualmente em vigor.

O presente artigo baseia-se nas obras de Sonky, Labarraque, Wicart, Canuyt, Kloiber, Bastos e Teixeira, de onde foram extraídas as características de cada tipo vocal.
A época em que estes autores desenvolveram suas pesquisas pode sugerir que estes estejam ultrapassados. No entanto, na literatura pertinente atual de que se tem conhecimento, não há pesquisa alguma que conteste os achados e as afirmações dos autores em questão. Por exemplo: Lauri-Volpi, o tenor da voz eterna, analisa com objetividade cantores dos séculos XIX e XX, realçando suas qualidades canoras e interpretativas num paralelismo traçado entre dois expoentes de cada categoria vocal. Celletti, por sua vez, fornece "exemplos em disco" dos diversos tipos vocais. Estes autores não entram nos detalhes da distinção das vozes dos cantores por eles citados.

Desse modo, o meticuloso estudo feito até agora permite que se estabeleçam diretrizes didático-pedagógicas de diferenciação vocal. Menciona-se, abaixo, uma listagem, por ordem, das vozes mais agudas às mais graves, de utilidade a professores, cantores, estudantes de canto, quer como fonte de indagação a novas buscas, quer como guia para uma melhor caracterização da tipologia vocal em vigor atualmente.


Soprano ligeiro: voz produzida em órgão vocal de pequenas dimensões, por cordas vocais curtas, estreitas e delgadas. É a voz feminina mais aguda, que enfrenta, com segurança, as notas agudas e superagudas. Tem timbre cristalino e um tanto juvenil, e é dotada de leveza, agilidade e facilidade para vocalizar e executar os ornamentos canoros tradicionais – destacados, trinados, apogiaturas, grupetos, cadências e cromatismos. Própria de cantores de temperamento alegre e jovial, cuja mente tenha, no dizer de Teixeira, "o senso da leveza, da rapidez, da agilidade".

Soprano lírico: voz produzida em órgão vocal pequeno, por cordas vocais curtas, porém mais espessas: aguda, clara e brilhante, de timbre doce e quente, capaz de inúmeros matizes expressivos, mais intensa e potente que a precedente, com bela sonoridade nas notas médias e semi-agudas. É considerada a mais comum das vozes femininas e, conforme Bastos é, também, a "mais feminina das vozes". Exige temperamento romântico, próprio para as linhas suaves.

Soprano dramático: voz própria de mulheres com ressoadores bem desenvolvidos, produzida por cordas vocais musculosas. É voz intensa, volumosa e ampla, pouco flexível, própria para inflexões enérgicas e poderosas. Sua beleza máxima é obtida nos registros médio e alto. A verdadeira voz de soprano dramático, não ampliada artificialmente, é rara; daí a razão de ocorrerem freqüentes erros de classificação. É também chamada de soprano forte. Alia amplitude, riqueza de timbre e extensão vocal. Voz própria para ópera, menos flexível que a do soprano lírico, de timbre quente e encantador.

Soprano Spinto ou de meio-caráter: voz produzida por órgão vocal mediano, por cordas vocais musculosas, ressoadores desenvolvidos. É redonda, de timbre brilhante, menos potente que a do soprano dramático, porém bela nos agudos e cheia nos médios e graves. Segundo Canuyt, o soprano demi-caractère é encontrado com grande freqüência. Exige temperamento apaixonado e grande força expressiva.

Meio-soprano: voz produzida em laringe de proporções medianas e cordas vocais mais longas e mais espessas que as do soprano. Caracteriza-se pela sonoridade mais volumosa, brilhante especialmente nas notas médias. Os agudos são mais opacos, porém os graves são mais ricos e cheios que os do soprano. Seu timbre pastoso e quente por natureza é muito agradável ao ouvido. Essa voz aproxima-se, às vezes, à do soprano dramático ou à do contralto. Não tem, porém, a tessitura do soprano dramático nem a força expressiva do registro grave do contralto. Erros de classificação são muito freqüentes nesta categoria vocal, devido ao engrossamento artificial das notas graves dos sopranos pela dificuldade de obter agudos brilhantes e volumosos.

Contralto: voz ampla, vibrante, vigorosa, expressiva e enérgica, caracterizada pela amplitude dos graves, sonoros, volumosos e brilhantes. É produzida por cordas vocais resistentes e de grandes dimensões. Presta-se ao gênero dramático por seu timbre aveludado que seduz, encanta e comove. É a voz feminina mais grave e mais rara.

Tenor ligeiro: voz de timbre suave, não muito volumosa, com agudos claros e fáceis e dotada de grande aptidão para os vocalizes e ornamentações acrobáticas, produzida por cordas curtas, estreitas e delgadas e órgão delicado e de pequenas proporções. Essa voz suave, cheia de encantos tem poder para acentuar as nuanças de estilo, graças à leveza, agilidade e flexibilidade de que é dotada. Na opinião de Teixeira, "o tenor ligeiro ideal é aquele que tem a tendência psicológica de acordo com a voz que possui".

Tenor lírico ou de ópera: voz de timbre redondo e de notável ressonância nos agudos, mais potente que a do tenor ligeiro, porém menos ágil e leve, produzida por cordas vocais mais robustas e mais espessas que as do tenor ligeiro, alojadas num órgão vocal mais resistente e ressoadores mais amplos. Presta-se, também, para executar passagens ornamentadas.

Tenor dramático: também chamado tenor forte: voz vigorosa, que se caracterizada pela potência, volume e amplitude. É produzida por cordas vocais musculosas e resistentes, um pouco mais espessas que as do meio-caráter, porém um pouco mais curtas que as deste, alojadas em laringe de porte arredondado. Apresenta o máximo vigor e beleza vocal nos tons médios. Embora Labarraque mencione a falta de "flexibilidade e leveza na articulação", o tenor dramático impressiona, no dizer de Teixeira, pela "potência de suas modulações".

Tenor spinto ou meio-caráter: como o próprio nome indica, é voz com características lírico-dramáticas; seus agudos são menos brilhantes e fáceis que os do lírico e sua voz menos volumosa que a do dramático, porém mais flexível. Encanta por seu timbre redondo e envolvente. Possui cordas vocais mais espessas, porém de comprimento e largura semelhantes às do tenor dramático.

Barítono agudo: também chamado brilhante, de ópera cômica, tipo Verdi ou Martin: voz que se caracteriza pela facilidade, clareza, agilidade e potência. Apresenta o máximo de sonoridade nas notas centrais e de brilho nos agudos. O tipo Verdi abrange o repertório verdiano com facilidade, atingindo o Sol ou o Lá 3. Suas cordas vocais são do mesmo comprimento que as do tipo Martin, porém mais espessas e mais largas. Sua laringe, maior que o do tenor dramático, é igualmente arredondado. O tipo Martin apresenta grande extensão para o agudo, podendo atingir o Dó 4. Às vezes, é confundido com o tenor dramático,
pela tendência tenorizante no setor agudo da voz, mas pode-se identificá-lo pelo timbre baritonal que conserva sempre nas notas médias. Possui cordas vocais um pouco mais longas, porém mais estreitas e mais delgadas que as do tenor spinto e uma laringe mais oval.

Barítono de ópera cômica: voz que se caracteriza pela clareza, agilidade, versatilidade e presença. Seus agudos são bem timbrados, porém os graves são pouco vigorosos. Tipo difícil de definir e do qual a arte consiste mais na ação cômica que no canto. Barítono grave: também chamado dramático, de Grande Ópera, ou, ainda, barítono-baixo: aproxima-se do baixo-cantante nos sons graves, porém seu timbre é mais vibrante e claro. Dotado de potência nos graves, possui volume considerável em toda a extensão. Possui cordas vocais musculosas e laringe mais alongado que o barítono verdiano.

Baixo-cantante: voz forte, vibrante e sonora, cujo máximo esplendor está na região média-alta, de onde obtém os mais belos efeitos, com leveza e flexibilidade. Suas cordas vocais são largas e espessas, porém não mais longas que as do barítono grave e sua laringe é menos arredondado.

Baixo-profundo ou nobre: voz volumosa, ampla, profunda, austera, pesada e pouco maleável, que se caracteriza pela sonoridade e amplitude das notas graves. O baixo-profundo possui um órgão vocal igualmente raro, alongado em elipse; suas cordas vocais são longas, mas não espessas.

Baixo cômico ou bufo: voz com facilidade para a agilidade, aproximando-se do baixo cantante. Muito em voga nas óperas cômicas italianas (Pergolesi, Rossini, Donizetti etc.), que exigem do intérprete, além da voz, o talento de comediante, transformando-o em "ator-cantor". Outros tipos de vozes, com intérpretes cada vez menos freqüentes, são considerados
criações de alguns países:

Tenor wagneriano: também chamado de tenor heróico ou Heldentenor: voz muito especial, que alia potência, sonoridade e grande resistência vocal a um timbre imponente, capaz de matizes de suavidade extrema. Voz pesada, volumosa, trágica nos médios e
baritonal nos graves. É, no dizer de Kloiber, um tenor-barítono. Possui cordas vocais longas, mas não espessas e largas; sua glote é de aspecto alongado. A voz de meio-soprano pode, dependendo do caráter, receber duas subdivisões:

Meio-soprano Dugazon: voz de meio-soprano capaz de vocalizar com leveza e agilidade, produzida por cordas vocais mais longas que as do soprano dramático, porém mais delgadas e um pouco mais largas, numa laringe mais alongada. A denominação foi dada em homenagem à cantora Rose Léfèvre Dugazon, que se tornou notável por sua graça, sensibilidade e agilidade vocal.

Meio-soprano Falcon: voz muito extensa, potente e homogênea, proveniente de cordas vocais mais largas, longas e espessas, e laringe mais arredondado. Marie Cornelle Falcon, cantora dotada de raro talento musical, lhe deu o nome.

Alguns autores, como, por exemplo, Silva, citam o meio-soprano Galli-Marié e o baixo Lablache que, como outras denominações, reverenciam e perpetuam o nome das celebridades de que provieram. Labarraque distingue o soprano de opereta, de ópera cômica, o meio-contralto e a fort chanteuse:

Soprano de opereta: voz de timbre cristalino e claro, com alguns agudos brilhantes, cujos médios são um pouco destimbrados e sem graves, dotada de grande leveza, excelente alcance vocal e boa articulação.

Soprano de ópera cômica: soprano que possui muita facilidade no agudo, que é redondo e bem timbrado. Voz muito potente na tessitura média, onde consegue melhor articulação. Essa voz, como disse Labarraque, "deve brilhar mais pelo seu charme que por sua expressão", apesar de que estas duas qualidades podem muito bem coexistir.

Meio-contralto: segundo o autor supracitado, essa voz é mais freqüente que a de contralto, menos extensa no limite inferior, porém de tessitura média ampla e redonda, caracterizada pela facilidade, beleza e leveza de emissão.

Fort chanteuse: instalada entre mezzos e sopranos, é assim caracterizada: voz bem timbrada no grave, cujos médios são amplos e redondos, de agudos poderosos e amplos, às vezes muito metálicos, um pouco desagradáveis nos sons fortes; voz pesada, de articulação mais difícil principalmente no registro agudo, imprópria para as pequenas salas. Kloiber, no seu Handbuch der Oper, registra, ainda, alguns tipos vocais atualmente
usados na Alemanha para a divisão dos "papéis":

Soubrette (soprano cômico): voz delicada, porém metálica, própria para canções ligeiras. Extensão: Dó 3 - Dó 5.

Spieltenor (tenor cômico): voz elegante, aguda, ágil e metálica, de muito sucesso nas pessoas de âmago agradável, extrovertidas. Voz que se caracteriza pelo charme. Extensão: Dó 2 - Si 3.

Kavalierbariton (barítono cavalheiro): voz metálica, potente, de cor nobre e muita presença, própria para peças líricas e dramáticas. Extensão: Lá 1 - Sol 3.

Seriöser Bass (baixo sério grave): voz pastosa, de timbre escuro, graves profundos e possantes. Também chamada de baixo negro. Extensão: Ré 1 - Fá 3.

Em que pese haver superposições ocasionais entre algumas das categorias vocais mencionadas, preferiu-se manter a relação apresentada na forma pela qual foi proposta pelos seus autores, de modo a reforçar as sutilezas das diferenças entre as várias categorias encontradas, para se poder enquadrar cada cantor na classificação mais adequada possível.

Referências

BASTOS, Maria Amélia Balbi de. Los buenos preceptos del Canto. Lima: Medica Peruana, s. d.
CANUYT, Georges. La voz. 7. ed. Buenos Aires: Libreria Hachette, 1958.
CELLETTI, Rodolfo. Il Canto. Storia e tecnica, stile e interpretazione dal "recitar cantando" a oggi.
Itália: Garzanti, 1989.
KLOIBER, Rudolf. Handbuch der Oper. 2. ed. München: dtv Bärinreiter-Kassel, 1978. v. 2.
LABARRAQUE, Lineo. Technique vocal et hygiene de la voix. Paris: Vigot, 1926.
LAURI-VOLPI, Giacomo. Voces paralelas. Madrid: Labor, 1974.
SONKY, S. Theorie de la pose de voix. 6. ed. Paris: Fleischbacher, 1911.
TEIXEIRA, Sylvio Bueno. Estudos sobre a voz cantada. São Paulo: A. P. Ed., 1970.
WICART, Alexis. Le chanteur. Paris: Desfossées, 1931. t. 1.

melinda
Veterano
# ago/07 · Editado por: Moderador
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Nossa!!!É muita informação!!Amei!!!Bom...diz minha professora que tenho uma boa extensão vocal...acredito que seja mesmo...tenho graves bem graves...e agudos brilhantes também...fiquei um pouco frustrada no começo pois esperava agudos fortes e pesados como meus graves ...mas cheguei bem nos agudos sem esforço,mas ainda quero encorpá-lo mais \o/

EDIT DA MODERAÇÃO: Não use negrito no texto todo, ok? Bem-vinda!

dedocarlos
Veterano
# set/07
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notação das extensões... é na brasileira ou na notação americana?!?!?

dedocarlos
Veterano
# set/07
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mas mesmo assim.. estão boas... barbara disse a mesma coisa no inicio.. eu acho...

EDUARDO DANTAS
Veterano
# set/07
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Olá, pessoal?
Já ouvirão falar da tecnica do "Cox" assisti uma cantora norte americana que é contralto e num instante virou soprano durante uma canção, loucura né?
Comentário aberto!!

dedocarlos
Veterano
# set/07 · Editado por: dedocarlos
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duvido...

ninguem vira um soprano ou baixo do nada....


tipo... agora vou ser soprano...lalalalal.... pronto vou ser contralto de novo....

eu acho q isso num rola... ou é ou não é...

SylvioLima
Veterano
Prêmio FCC 2007
# out/07
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EDUARDO DANTAS
Já ouvirão falar da tecnica do "Cox" assisti uma cantora norte americana que é contralto e num instante virou soprano durante uma canção, loucura né?
Quanta babaquice...

Maju
Veterano
# out/07
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Possuir e conseguir todos os timbres e tom é o sonho de todo cantor...Qual será o tipo de voz que mais tem problema? Ouvi dizer que contraltos tende a ter mais problemas vocais, é verdade ? E o que as mezo podem fazer para sofrerem menos na execução de músicas, que tendem mais para agudo ou mais para grave?

MatheusMX
Veterano
# dez/07
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Eu só consigo isso aqui:


e-----------
B-----------
G-----------
D-----------
A-----------
E-1/21------


eu sou o que ?
kkkkk

membro
Veterano
Prêmio FCC 2007
# dez/07 · Editado por: membro
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Possuir e conseguir todos os timbres e tom é o sonho de todo cantor...Qual será o tipo de voz que mais tem problema? Ouvi dizer que contraltos tende a ter mais problemas vocais, é verdade ? E o que as mezo podem fazer para sofrerem menos na execução de músicas, que tendem mais para agudo ou mais para grave?

O tipo de voz que tem mais problema é a voz de quem não estuda o suficiente ou pega um professor medíocre.
De quem vai atrás de técnicas mirabolantes de nomes esquisitos e ditas revolucionárias, quem não se conforma com o tipo de voz que tem e força a barra para ser mais dramático do que é, quem quer ter agudos fortes e pesados como meus graves , como foi dito aí em cima.

E respondendo a pergunta final:
As mezzos podem estudar mais, com um bom professor, daí não vão ter dificuldade em cantar nada.

kitassato
Veterano
# dez/07
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o que e um tenorino? por favor tire-me esta duvida e qual a sua extensao vocal?

kitassato
Veterano
# dez/07
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Ola pessoal,sou novato na area de canto,Tenho duas duvidas a serem esclarecidas uma e sobre o meu timbre e a outra sobre minha extensao vocal.Desde a infancia sempre tive uma voz muito aguda,passando pela adolescencia quase nao houve mudança na muda vocal,permaneçi com uma voz de adolescente.Hoje ja tenho 27 anos e continua a mesma coisa.Hoje faço acompanhamento com um fonoaudiologo e prof. de canto que me falaram que fisiologicamente as minhas cordas vocais sao perfeitamente normais.Fiz dois testes de voz o primeiro fui do la2 a sol4 e o prof. me classificou como tenorino, o segundo fui do sibmol1 a fa4 e o prof. disse que eu era contratenor.Mais eu continuo com muitas duvidas a respeito disso,Para mim as passagens na regiao grave se faz com muita dificuldade,quase minha voz nao sai.O prof. mesmo disse que de grave tenho pouco.Por favor peço a um especialista na area que me esclareça essas duvidas e eu ficarei muito agradecido...Brigadao.....

SylvioLima
Veterano
Prêmio FCC 2007
# dez/07
· votar


kitassato
Tenho duas duvidas a serem esclarecidas uma e sobre o meu timbre e a outra sobre minha extensao vocal.
Não diga...

Desde a infancia sempre tive uma voz muito aguda
É mesmo??? Não diga...

fui do la2 a sol4 e o prof. me classificou como tenorino, o segundo fui do sibmol1 a fa4 e o prof. disse que eu era contratenor.
Nossa... vc devia ir ao Fantastico...

________
Seriu mesmo... esse tipo de coisa já encheu o saco.

=/

kitassato
Veterano
# dez/07
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Existe mesmo homens com alcançe de voz até um dó5,sem usar o falsete,poderiamos denominá-los sopranistas ou contratenores?

kitassato
Veterano
# dez/07
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uma pessoa do sexo masculino que vai do sibmo1 até um fa4,eu posso classificar como?

Zapata
Veterano
# dez/07
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kitassato

Não poste em vários tópicos, isso é extremamente desagradável.

kitassato
Veterano
# dez/07
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um cantor masculino que vai do sibmol1 a um la4 pode ser classificado como?

Bohonos
Veterano
# fev/08
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Eu nunca fiz aula de canto mais a minha extensão vocal vai da quinta corda do violão que é o Fa até o Ré da segunda corda do violão na terceira casa.
Eu queria saber a minha classificação vocal se eu sou tenor, barítono ou baixo.

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