Ronin Veterano |
# jun/03
Eu li hoje, na revista Atlântida, uma entrevista com o Humberto Gessinger... eu escolhi algumas das partes mais interessantes e digitei aqui... para que, como eu, que o considera uns dos melhores e mais inteligêntes do Brasil.
(sobre o disco)
O Disco vai se chamar "Dançando em Campo Minado". Quando comecei a falar neste título, faz quase um ano, todo mundo se fixava no "dançando". Perguntavam se era dance music. Depois ficou mais explícita a chinelagem "Bushiraque", o pessoal dá mais peso ao "Campo Minado".
De ambas as formas, se perde um pouco do sentido do título, que é "endurecer sem perder a ternura...
- Como é que é fazer rock hoje?
O ambiente está muito esquisito. Este mix entre as indústrias da informação e do entretenimento é esquisito. O lado bom é que me sinto livre, nem novo nem velho, nem pop nem rock, nem underground nem mainstream. Os discos todos são feitos para quem gosta de EngHaw. Hoje em dia só acredito em coisas que passam pelo canal do afeto.
- A estrada, a tal 'infinita highway', parece exercer uma atração forte sobre você, a julgar pela agenda da banda. Como vc administra a vida de estrada com a de pai de família.
O engraçado é que odeio viajar. Mas a estrada é a única realidade de uma banda: foto no jornal e Mercedes na garagem podem levar ao suicídio. Estrada, não. Família também é vida real, a parte mais doce da vida real. Não me lembro quando foi a última páscoa que passei em casa, mas compenso as ausências contando piadas sem graça 24 horas por dia quando estou em casa. Gosto de pensar que, com as notas que ganho como pai, filho e marido, passaria por média.
- No último Planeta Atlântida, uma das fãs mais entusiasmadas era sua filha. Como é conviver com um público que tem a idade da sua filha? Os Engenheiros ainda mantêm o público que começou com a banda?
Não sei se a Clara já entende a banda no que a banda tem de melhor (ela vai ficar indignada se ler isto). O público que aparece mais é garotada, mas tem gente que acompanha desde sempre, só não tem mais saco para ficar no gargarejo. Na real, este lance de definir público é falta de educação, coisa de marqueteiros que só vê números. Ninguém = ninguém.
- Até que ponto te afetou, como músico ou apenas com cidadão, essa guerra do Iraque?
Bastante. Quem ouvir o disco vai sacar. Mas não é só a guerra da CNN. Um dia, voltando do estúdio de madrugada, vi jogarem uma bomba na portaria do hotel onde me hospedo, no Rio. Bagdá é lá e aqui, é dentro da gente também. Há um muro deo Berlim, um Bush, um Saddam, um Chico Buarque, um Hendrix, um Collor, um Picasso, um Ratinho, um Bach dentro de todos nós. O lance é fazer bem a mixagem.
- O que você diria para toda a geração de leitores que está alimentando aquele velho sonho de montar uma banda de rock e se dar bem na vida?
Se o lance for grana, tentem publicidade. Se for mulher, tentem medicina. Se for álcool e drogas, tentem ser roadies... Se for inevitável, toquem até criar calo.
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Ronin Veterano |
# jun/03
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Uma pena que o EnG. não tenha mantido a formação Gessinger-Maltz-Licks, a original....
Va verdade, esta num é formação original... que seria: "Gessinger (voz e guitarra); Marcelo Pitz (baixo); Maltz (bateria)". Mais a formação que vc citou (GM&L) é a clássica e mais fantástica que o EngHaw teve...
Nesta entrevista os caras perguntaram pro Humberto o que havia acontecido com os caras... ele explicou que o Maltz está com uma banda no RS e que o Humberto gravou algumas músicas com ele para este cd... o cd anterios do EngHaw (Surfando karmas e dna´s) teve a participação (vocal e composição) do Maltz na música "e-storia". O maltz participou, ajudando na composição, de algumas músicas deste novo cd tbém.
O Augusto largou a música, infelizmente (nas palavras do próprio Humberto)... ele disse na entrevista que nunca tocou com nenhum outro guitarrista que soubesse colocar a guitarra numa música do jeito que o Licks fazia.
No fim elogiou todos que já tocaram com ele, um por um, citando as qualidades do cara. Muito legal.
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