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metalheadgirl Membro Novato |
# mai/20
Bom dia,
Alguém me sabe explicar se existem acordes maiores diminutos (e consequentemente acordes menores aumentados)? Se sim, alguém me poderia informar das notas pertencentes a esses acordes (por exemplo em dó) e os intervalos entre cada uma delas?
Obrigada
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Filippo14 Veterano |
# mai/20
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Não existem esses tipos de acordes, dividindo eles para facilitar:
Acordes maiores diminutos: Não existem pois a 5a diminuta ou a 7a diminuta na verdade sao as mesmas notas de uma 4a aumentada e de uma 6a maior, respectivamente. Um acorde que possui a 3a maior, a 4a aumentada e a 6a maior é o 4o grau da escala maior, conhecido como lídio. Contudo, ele possui a 5a justa e a 7a maior tambem, portanto ele é um acorde maior com sétima maior, mas voce pode omitir a 5a justa e a 7a maior ao tocar. Faca o teste e veja como soa
Acordes menores aumentados: Explicacão bem similar ao caso anterior. Uma 5a aumentada na verdade é a mesma nota de uma 6a menor. No campo harmonico menor, tanto o III grau (frigio) como o VI grau (eolio) possuem essa 6a menor, mas tambem possuem a 5a justa, portanto continuam sendo menores com 7a tradicional. De qualquer forma, voce pode omitir a 5a justa e enfatizar essa 6a menor (5a aumentada). Testa e veja como soa.
Abraço
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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metalheadgirl
Como disse o Filippo14: Não existem esses tipos de acordes
Os acordes básicos são formados através do empilhamento de terças. Pega-se uma nota fundamental e adicione uma terça (terceira nota a partir desta fundamental). Tendo esta nota, você adiciona mais uma terça a partir dela (o que seria uma terça da terça). Daí o nome "empilhamento de terças". Por sua vez, a terça da terça corresponderá à quinta, partindo da nota fundamental.
As terças podem ser maiores ou menores. Sendo que a terça maior tem 2,0 tons, e a terça menor tem 1,5 tom. Pra facilitar a compreensão, vou chamar a terça maior de 3M e a terça menor de 3m, ok?!
Tendo isto em vista, podemos classificar estes acordes (tríades - 3 notas) da seguinte forma:
3M + 3m = tríade maior 3m + 3M = tríade menor
3M + 3M = tríade aumentada 3m + 3m = tríade diminuta.
Em intervalos, podemos ver estes empilhamentos da seguinte forma:
T, 3, 5 = tríade maior T, b3, 5 = tríade menor T, 3, #5 = tríade aumentada T, b3, b5 = tríade diminuta
Avançando bastante o assunto, o que você pode encontrar são acordes do tipo dominante (acordes X7) que podem ter na sua formação o #4 (enarmônico ao intervalo b5) e o #5 (enarmônico ao intervalo b6), que deriva de escalas mais exóticas. Contudo, não são tratados como diminutos ou aumentados. São chamados de "acordes alterados", tendo uma abordagem dominante/diminuto ou diminuto/dominante, e estão apoiados nas escalas dom/dim ou dim/dom.
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Lelo Mig Membro
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# mai/20
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metalheadgirl
Só uma coisa acrescentando o que os amigos já falaram:
Considere que, via de regra, a terça é um intervalo estrutural no acorde e nesse caso só temos terça maior e terça menor.
Considere também que após o 7 grau as notas começam a se repetir:
8 grau = 1 grau 9 grau = 2 grau 11 grau = 4 grau 13 grau = 6 grau
Então, teoricamente, você poderia em alguns casos chamar um acorde por um ou outro nome, mas isso causaria muita confusão, então algumas padronizações são usadas para facilitar, por exemplo: Uma cifra escrita Cm6, provavelmente você irá montar o acorde de dó menor e pegar o sexto grau mais próximo para formar o Cm6, mas se tiver escrito Cm13, você sabe que deve utilizar o sexto grau uma oitava acima, e não o sexto grau mais próximo. O acorde é praticamente o mesmo, a única diferença é uma sonoridade levemente distinta devido à oitava utilizada, mas é diferente e, portanto, importante destacar.
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Ismah Veterano |
# mai/20
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"Em minha cabeça, em minha mente" (Gigi D'Agostino) um Cm13 fica subentendido que seja T, 3, 5, 7, 11, 13 - um acorde com até seis notas, que pode conter qualquer uma delas, não necessariamente todas.
Em geral é um dominante com 7, com uma nota (VI). No caso Cm13 fica subentendido que exista o 7 grau. Ou seja Cm7 + a nota A, em alguma das oitavas.
Enquanto o Cm6 seria um acorde de Cm(add6), onde teremos apenas um Cm com a nota A adicionada, sem a presença do 7º grau.
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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Ismah
Cm13 não existe!
Enquanto o Cm6 seria um acorde de Cm(add6), onde teremos apenas um Cm com a nota A adicionada, sem a presença do 7º grau.
Sim! Exatamente isso! Neste caso o intervalo de 6a maior substitui o intervalo de 7a menor.
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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Ismah Em geral é um dominante com 7
Não é um dominante!
Porém, pode substituir um dominante. Por exemplo, um Am6 substitui facilmente um D7(9).
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Lelo Mig Membro
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# mai/20 · Editado por: Lelo Mig
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Ismah
Não muda nada em relação ao que exemplifiquei. Não entrei na complexidade de montagem do acorde, apenas quis "desenhar" que 13a não é 6a, ainda que sejam as mesmas notas.
LeandroP
"Cm13 não existe!"
Não entendi!
https://www.musica-e-acordes.com/showchord.php?ch=Cm13
https://diccionariodeacordes.com/pt/guitar/ChordsAcorde/HowToPlay/Cm13
https://www.standardguitar.com/pt/acorde-do-menor-com-13-para-violao
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Buja Veterano |
# mai/20
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Cm13 não existe!
Nao penso que nao exista. Ele está ai, existe.
Porem, nao se usa assim, apesar de eu ja ter visto muitas vezes essa cifragem. O acorde é o Cm6. É o mesmo caso de um Cm/A. As pessoas dizem Dó menor com A no baixo, mas, certamente deveria ser um Cm6. Não seria?!
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Lelo Mig Membro
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# mai/20 · Editado por: Lelo Mig
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Buja
"As pessoas dizem Dó menor com A no baixo, mas, certamente deveria ser um Cm6. Não seria?!"
Não, não seria. O acorde está especificando um Lá no baixo.
É justamente o que eu quis dizer acima e ninguém entendeu. A nomenclarura de um acorde é um descritivo, ele procura indicar exatamente a nota a ser reproduzida. Um Lá no baixo, um Lá 6a e um Lá 13a, NÃO são a mesma coisa, ainda que sejam um Lá.
Não importa, por exemplo, se um acorde de 13a pede a sétima (não estamos tratando da formação do acorde), o indicativo 13 é para avisar que o grau é uma oitava acima, ou seja, justamente não é a 6a.
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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Lelo Mig
Todos os sites que relacionaram este acorde não exemplificaram. No máximo foi dito que eles são raramente utilizados. Quando?
Buja
A inversão do baixo é outra coisa. O baixo pode ser invertido na tríade ou na tétrade, ou em casos modais, onde se preserva o acorde e a melodia é conduzida pelo baixo.
Um Cm/A é de uso bem comum em clichês menores, por exemplo:
Cm - Cm/A - Cm/Bb - Cm/A - Cm/G
Este trecho é a harmonia do refrão de "Mania de possuir" do Guilherme Arantes.
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Ismah Veterano |
# mai/20
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LeandroP
Cm13 não existe!
Eu entendo que não seja uma grafia popular, e nem um acorde popular - como a maioria dos acordes formados por 5 ou 6 notas... Nunca vi um acorde de 7 notas, mas em tese ele poderia existir - difícil seria dar sentido a ele. Só me ocorre em poli-harmonia, onde se sobrepõe 2 acordes. Enfim...
Cada gênero tem sua notação. Vejo bastante notações assim nas minhas partituras de piano, principalmente jazz. Já nunca vi isso numa cifra, creio que por mera convenção.
Em geral é um dominante com 7, com uma nota (VI). No caso Cm13 fica subentendido que exista o 7 grau. Ou seja Cm7 + a nota A, em alguma das oitavas.
Ficou confusa essa parte... Acabei escrevendo na correria... Quis dizer que:
O C13, em geral é formado a partir da dominante com sétima 7 (C7), onde se adiciona uma 5ª nota - a 13². Todavia, como disse, fica subentendido que seja um acorde onde exista a 7ª e 11ª . A execução, alguns dizem ser optativa, outros dizem que vai depender da musicalidade.
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makumbator Moderador
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# mai/20 · Editado por: makumbator
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Ismah Nunca vi um acorde de 7 notas,
Fácil de existir. Acordes clusters podem ter uma porrada de notas diferentes (6,7,8,9,10...)
Só me ocorre em poli-harmonia, onde se sobrepõe 2 acordes. Enfim...
Sim. Apesar que poli harmonia pode ser também reescrita de maneira a se colocar um acorde só e um monte de tensões (mesmo que o resultado pareça muito mais complexo que empilhar dois acordes). Eu já fiz muito isso pra explicar harmonia do Itiberê Zwarg e do Hermeto pra quem não é acostumado (até por eles não usarem nem mesmo a cifragem comum de poli harmonia).
Por exemplo, no vídeo abaixo (já está na posição correta) eu alterei a cifragem que o Zwarg usou originalmente (poli harmonia) para a versão mais "usual", de forma a que uma pessoa desacostumada com a forma de escrever acordes dele não ficaria perdida para improvisar. O resultado é obviamente um monte acordes aparentemente super complexos (que são na verdade empilhamento de acordes diferentes).
No caso do Zwarg o problema nem é o empilhamento, mas a forma que ele usa para notar as cifras (que é uma maneira toda particular, herdada do hermeto Pascoal):
https://youtu.be/pOBPdFy__T8?t=62
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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Ismah
Sim, o C13 existe e é um acorde do tipo dominante.
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Ismah Veterano |
# mai/20
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makumbator
Normalmente dá pra fazer essas "conversões". Estava fugindo disso, mas ando transcrevendo algumas coisas de solos + harmonia, para guitarra (meio que like a Django Reinhart, meio que like a David Gilmour) e tô esbarrando nisso. E olha que as músicas são extremamente básicas.
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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makumbator Ismah
https://www.youtube.com/watch?v=mdxKU_tJlPw
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Ken Himura Veterano |
# mai/20
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Ismah Nunca vi um acorde de 7 notas, mas em tese ele poderia existir https://en.wikipedia.org/wiki/Northern_lights_chord
Famoso acorde de 11 notas diferentes.
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Ismah Veterano |
# mai/20
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E alguém tem uma gravação com o som disso?
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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Ismah E alguém tem uma gravação com o som disso?
No álbum "Concertos para Ukulele"
rs brincadeira
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Ismah Veterano |
# mai/20
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Não é um acorde sequer viável para piano, a menos que o executante tenha polidactilia. Deduzo, que seja ou para um naipe, ou para órgão, onde se pode (em tese) chegar a tocar até mais notas simultâneas.
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LeandroP Moderador |
# mai/20
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Ismah
O lance é que muitas vezes consideramos um único instrumento. Mas, se 3 músicos tocam tétrades diferentes, você teria supostamente um acorde de 12 notas.
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Ismah Veterano |
# mai/20
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Por isso, disse que deduzo que seja para um naipe.
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Ken Himura Veterano |
# mai/20
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E alguém tem uma gravação com o som disso?
Fácil de achar.
Não é um acorde sequer viável para piano, a menos que o executante tenha polidactilia. Duas coisas básicas que são esquecidas aqui:
1) Piano tem pedal de sustain; com o voicing certo qualquer pianista profissional pode fazer um acorde denso assim com agilidade e;
2) Um mesmo acorde não precisa acontecer todo ao mesmo tempo de uma vez. Você pode aumentar ou diminuir a densidade do mesmo acorde, pc set, região harmônica, macroarmonia etc conforme a necessidade e vontade. Eric Whitacre e Thomas Adès são mestres nisso. A teoria neorriemaniana ajuda a construir e conduzir acordes assim.
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