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TendTudo Membro Novato |
# out/17
http://www.eumed.net/rev/cccss/29/discurso-juridico.html
As práticas e os discursos jurídicos são, com efeito, produto do funcionamento de um campo cuja lógica específica está duplamente determinada: por um lado, pelas relações de força específicas que lhe conferem a sua estrutura e que orientam as lutas de concorrência ou, mais precisamente, os conflitos de competência que nele têm lugar e, por outro lado, pela lógica interna das obras jurídicas que delimitam em cada momento o espaço dos possíveis e, deste modo, o universo das soluções propriamente jurídicas
É nessa senda que a utilização da hermenêutica interpretativa se faz potente para compreender esta proposta. Quando se levanta a possibilidade da música servir como um artefato importante para conectar o campo jurídico com o produzido socialmente, não se levanta essa discussão baseando-se em uma perspectiva que “tudo pode”. Pelo contrário, é fundamentando-se nos princípios constitucionais e no construído legalmente que o intérprete jurídico deve se fundamentar, assim como na sua percepção de habitus e campo social
ois esse sujeito, produtor do conhecimento jurídico, faz parte deste mundo, atravessado pelas práticas sociais nele construídas. Importante frisar, ainda valendo-se do que destaca Pierre Bourdieu (2007), que a produção de certo estudo necessita estar situado e datado numa espacialidade temporal, tendo em vista as modificações socialmente produzidas. Diz-se isso, porque estudar o Rap neste tempo apresenta-se como um mecanismo potente, tendo em vista estarmos situados em tempos onde igualdade, democracia e respeito à dignidade humana são preceitos assegurados legalmente, isto é, enfatizados no texto da Constituição brasileira de 1988, produzido e reproduzido no campo jurídico e espraiado socialmente.
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Beto Guitar Player Veterano |
# out/17 · Editado por: Beto Guitar Player
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Confesso que precisei usar o dicionário para saber o que é hermenêutica...
O ser humano tem uma grande capacidade para criar arte e uma maior ainda para criar um emaranhado de teias e ligações complexas de regras (que o próprio adora infringir, diga-se de passagem, mas isso nem vem ao caso). Bom, com todas essas ideias do que seria o correto e o praticável socialmente, surgem aí constituições que, de tão intricadas e cheias de peculiaridades, surgem também especialistas no assunto, que precisaram estudar muito. A música sempre enveredou pelo sentido empírico, tanto é que as letras de rap citadas nesse artigo debatem sobre as desigualdades, com certo cunho jurídico sim, mas principalmente no que tange a visão daqueles que vivem aquela situação. Discutir a "legitimidade" do assunto tratado na música tomando como premissa a ideia de que o indivíduo precisa ser uma pessoa "estudada" no assunto é um pouco exagerado, já que a música pode facilmente viajar por regiões abstratas e não condizer juridicamente com o assunto. Será que uma análise assim tem realmente alguma utilidade?
Todos sabem (ou deveriam saber) que a música foi instrumento de luta social (e ainda é hoje em dia, mas com muito menos importância nesse sentido), mas músicas com conteúdo implícito poderiam dizer muita coisa ou não dizer nada, depende um pouco da intenção do autor e MUITO da interpretação do ouvinte, e mesmo músicas explícitas podem não significar nada para muitas pessoas...
Cacete, fiz vários rodeios e não disse nada com nada, mas é isso... Devemos aproximar a arte da música com assuntos jurídicos o suficiente para gerar assunto criativo para a composição da música, da mesma maneira com que usamos qualquer assunto, como amor, "cornisse", natureza, vida, etc, etc, etc... Apenas isso, assunto para a música, nada mais, pois não terá um significado a mais abordando política, direitos, leis ou qualquer merda jurídica que vc queira abordar.
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TendTudo Membro Novato |
# out/17
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Beto Guitar Player Hermenêutica arte de interpretar, assim como a semântica e a sintaxe. a primeira substitui as últimas para uma melhor interpretação dos mundos.
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Buja Veterano |
# out/17
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OT pls.
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Beto Guitar Player Veterano |
# out/17
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Hermenêutica arte de interpretar, assim como a semântica e a sintaxe. a primeira substitui as últimas para uma melhor interpretação dos mundos.
TendTudo
Entendi. De todo modo são dois assuntos (constituição e música) que considero muito diferentes quanto à interpretação. O primeiro depende basicamente de estudo e o segundo de imaginação.
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TendTudo Membro Novato |
# out/17
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Claro
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