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Mensagem |
130ever Veterano |
# jan/16
Olá galera do FCC Bom minha dúvida é a seguinte, tenho esta progressão de acordes:
Estrofe: D C G D Refrão: Am C D D
Logo vejo que a escala da música é D lídio ( D-E-F#-G-A-B-C-D) Seu campo harmônico é G (G-A-B-C-D-E-F#-G)
(Baseando que o que deduzi acima está certo) Qual é o tom da música, D ou G ?
Desde já agradeço
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PianoGlauco Veterano |
# jan/16 · Editado por: PianoGlauco
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Não podemos falar em TOM quando temos música MODAL, portanto o TOM é Sol maior... (música TONAL)
E campo harmônico é questão de ACORDES e não de notas, portanto seria: G7M, Am7, Bm7, C7M, D7, Em7, F#(b5)7
Se for música MODAL, aí falamos em MIXOLÍDIO (não interessa o "centro tonal", pois a estrutura do modo que é o fundamento e não a altura). Tanto que na Música Medieval e Renascentista existem versões em várias alturas. Não podemos falar - a rigor - em "tom"...
Na música modal, o importante é a melodia e a ênfase nos intervalos característicos do modo...
Só uma ressalva: creio que meu ponto de vista seja muito ortodoxo, então é interessante ver os pareceres de colegas guitarristas...
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Paulovfcm Membro Novato |
# jan/16 · Editado por: Paulovfcm
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130ever
Você pode analisar a harmonia dos dois jeitos, o que vai diferenciar é que na musica modal, o acorde preparatório não precisa ser resolvido. Se você for pensar na música tonal, as duas progressões repousam no ré maior, que seria o acorde preparatório do sol maior, e não se resolve diretamente (tem o C retardando a resolução na primeira e não se resolve na segunda). Então você pode pensar como D mixolídio (edit) mesmo, mas como o PianoGlauco disse, não existe o "tom" na música modal. Um livro legal sobre harmonia é o Harmonia e Improvisação, de Almir Chediak, tem volume 1 e 2! Abraço
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Ismah Veterano |
# jan/16
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PianoGlauco
E quem é pianista reprimido? kkkk Que f**a aquela rádio que tu postou em algum tópico. To ouvindo o dia inteiro quase!
130ever
Entender música modal não é fácil, ela joga por terra tudo que vc entendeu até o dia de hoje como música, a dita tonal.
Não existem limites nem regras de comodidade que se vê na música tonal. Por exemplo, não é preciso soar harmonioso entre melodia e harmonia, desde que isso atenda a intenção (esse conceito vem muito presente na música modal).
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PianoGlauco Veterano |
# jan/16
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Ismah
Hahahha... Foi no post sobre "instrumentos de timbre desagradável"... Sensacionais os canais de rádio, né?
É da mesma equipe da
www.jazzradio.com (tem quase 40 estilos para escolha)
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AtalaBukas Membro Novato |
# jan/16
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130ever Corrigindo: não é D lídio (T-T-T-ST-T-T-ST - D-E-F#-G#-A-B-C#-D) e sim D mixolídio (T-T-ST-T-T-T-T - D-E-F#-G-A-B-C-D). E é como o Paulovfcm informou, você pode analisar das duas formas. Mas eu tenderia mais a pensar em modal, até porque o refrão termina em D, e o verso começa em D. Um pensamento tonal predispõe que o verso começasse em G: Se você for pensar na música tonal, as duas progressões repousam no ré maior, que seria o acorde preparatório do sol maior, e não se resolve diretamente (tem o C retardando a resolução na primeira e não se resolve na segunda).
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PianoGlauco Veterano |
# jan/16
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AtalaBukas
Perfeita a retificação (editei meu comentário). É mixolídio...
Complementando...
Uma questão que difere o tonal do modal é o binômio TENSÃO/REPOUSO, que no modalismo é ausente, pois o repouso é MELÓDICO e não HARMÔNICO...
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Ismah Veterano |
# jan/16
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PianoGlauco
As rádios são ótimas, e essa consideração mereceria estar em qualquer livro que trate de música modal x tonal!
Uma questão que difere o tonal do modal é o binômio TENSÃO/REPOUSO, que no modalismo é ausente, pois o repouso é MELÓDICO e não HARMÔNICO...
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PianoGlauco Veterano |
# jan/16
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Obrigado, Ismah! :-)
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