| Autor |
Mensagem |
Lelo Mig
Membro
 |
# nov/14 · Editado por: Lelo Mig
Em minha época, Festivais de Música, eram muito comuns e bons.
Eles colaboraram muito para tudo que aprendi e desenvolvi. Aprendi muito em festivais.
Compor, arranjar, se apresentar. Encarar público com música autoral, tocar algo que nunca ninguém ouviu e agradar.
Se preparar para o evento, lidar com nervosismo e ansiedade. Encarar músicos de outros lugares, alguns muito bons e experientes. Buscar o diferencial para agradar aos jurados e o carisma para superar a melhor técnica de outras bandas.
Encarar palcos grandes. P.As, estruturas semi profissionais e profissionais. Conhecer técnicos de som, de luz.
Participei de festivais pequenos, médios e grandes. Festivais da escola do bairro, com estrutura simples, e festivais nacionais promovido por um grande banco ou empresa, com estrutura mega profissa.
Toquei em pátio de colégios para 200 alunos e no ginásio do Ibirapuera para 8.000 pessoas. Entre estes dois opostos, todos os públicos e estruturas imagináveis.
Entre 1978, meu primeiro festival, até 1995, quando decidi virar músico hobbista e abandonar o lado profissional, participei de uns 20, talvez mais. Sendo que depois, ainda fiz uns 5 ou 6 como técnico de som.
Já sai do palco triste e abatido, sob o total desprezo da galera, no que eu chamo de “O Grande Fiasco na USP”, onde o nervosismo e ansiedade nos fez errar, não “dar liga”, não contagiar o público, num festival na Universidade de São Paulo nos anos 80, televisionado.
Já sai do palco todo orgulhoso, ao sermos ovacionados, após a premiação de vencedores em três categorias: Melhor Música, Melhor Arranjo e Melhor Banda, em um festival nacional, promovido por um grande banco, numa mega estrutura, e um publicou que nos aplaudiu e vibrou, sem ter nenhum amigo na plateia. Além de a premiação ajudar muito nossa banda. Neste dia dei autografo, peguei uma garota, no melhor estilo “rock star por um dia”.
Os festivais me ajudaram a ser um músico conhecido em minha escola, no meu bairro, na minha região.
A pergunta é: Onde andam os festivais? Ainda existem?
Conte-me! De onde você é? Têm festivais por aí? Você participa? Ainda possuem alguma importância?
Obs: Inclusive, um de meus primeiro tópicos FCC, foi dando “macetes” de como se comportar num festival: http://forum.cifraclub.com.br/forum/3/289582/
|
fernando tecladista
Veterano |
# nov/14
· votar
já participei de festival de música de igreja, mais isso já faz no minimo uns 20 anos
faz tempo que não escuto falar de algum
|
entamoeba
Membro Novato |
# nov/14
· votar
Na cidade em que moro atualmente rola um festival na universidade. Cada banda se inscreve com uma música, tem jurados... acho que é desse formato que vocês estão falando, né?
|
Ismah
Veterano |
# nov/14
· votar
Aqui em terras guaranis também rola...
|
Lelo Mig
Membro
|
# nov/14
· votar
entamoeba
Ismah
E é legal? Vocês participam? São importantes?
|
entamoeba
Membro Novato |
# nov/14
· votar
Lelo Mig,
Ah, é quase um festival de escola ampliado - organizado pela universidade e aberto a comunidade. Legalzinho! Dá de tudo, né? Tem dupla sertaneja, banda de metal, cantora gospel, mpb, tudo no mesmo balaio.
|
Ismah
Veterano |
# nov/14
· votar
Lelo Mig
E é legal?
Cara... fiz uns 20 deles nos últimos anos...
Vocês participam?
Só como técnico... Não gosto de por música a prêmio... Sempre tem alguém, que tem o ego inflado pra pagar mico...
São importantes?
Eu sou... kkk
Os festivais tem apoio da prefeitura, sempre rola uma grana alta para os meus lados...
Fora isso, é aquele feijão com arroz, escola envolvida, galera que toca pra caralho; que não toca nada, mas tem muita vontade; galera que se acha e se atrapalha no C D E...
Tem valor pra olheiros, alguns talentos que despontam ali são chamados pra bandas locais... Nem sempre algo grandioso - vi bandas debulhando e suando sangue por seu objetivo, se desfazerem meses depois quando terminaram o 2º grau...
|
gpeddino
Veterano |
# nov/14
· votar
Já participei de dois, que eu me lembre...
Toquei em um festival organizado pela Cultura Inglesa, em 2004. Eu estudava lá na época e era um compositor tímido, que tinha na manga meia dúzia de canções bobas em inglês mas não tinha coragem de mostrá-las pra ninguém.
Imaginem o meu nervosismo ao subir no palco sozinho com um violão e cantar uma delas, perante um júri, e considerando que praticamente todos os outros concorrentes eram bandas (tinha até uma de... black metal).
E imaginem a minha surpresa ao... ganhar um "prêmio de estímulo", antes dos três primeiros colocados. Jamais passou pela minha cabeça ganhar qualquer coisa ali, mas ganhei. E a motivação que eu senti ali nunca mais saiu da minha cabeça.
Uns anos depois, participei de um festival na FFLCH-USP, onde eu estudava. Dessa vez foi com minha primeira banda. Tocamos duas composições minhas e duas da vocalista. Ficamos em segundo lugar e eu (que nem tinha cantado, e só tocado guitarra) levei um prêmio de Melhor Intérprete. Pena que isso causou um mal-estar na banda... e ela acabou pouco tempo depois.
|
Mauricio Luiz Bertola
Veterano
|
# nov/14
· votar
Lelo Mig
Eu já participei de 2, mas aqui no Rio, eles são uma espécie de "pau-de-sêbo", no qual produtores armam e as bandas pagam para tocar e são obrigadas a levar público (vender ingressos); quem lucra é o cara que "armou" o lance e o "vencedor" ganha uma gravação "lesco-lesco" num estúdio qualquer e a (vã) promessa de "ir para a mídia"...
Ou seja: Ou o Estado entra nesse fomento à atividade artística (musical), ou nada... Exceto encher o bolso de grana de espertos...
Abç
|
JJJ
Veterano
 |
# nov/14
· votar
Pra mim foi FUNDAMENTAL.
Ganhei alguns prêmios em festivais de colégios (dois deles de primeiro lugar no Semente, que era o festival do Santo Agostinho, no Rio - um dos mais tradicionais festivais de colégio da época). Tocava para centenas de pessoas, com som profissional e tudo. Pra quem estava começando, era o máximo!
Tinha "festivais" de bandas também, tipo "mini-woodstocks"... hehehe
Fiz alguns desse tipo também. Na Cinelândia, na reserva florestal do Grajaú, na Selva de Pedra... Juntava umas quatro bandas ou mais e rolava! Eram outros tempos, tudo era mais difícil, mas ao mesmo tempo, paradoxalmente, era tudo mais fácil... [modo filosofia de banheiro off]
|
Lelo Mig
Membro
|
# nov/14 · Editado por: Lelo Mig
· votar
Ismah
Como técnico é uma aula né?......O som pode estar uma maravilha que vão reclamar......kkkkkk.
Uma vez uma banda passou o som. Na hora do vamos ver, não sei porque raios, o vocalista trocou o microfone que estava destinado a ele, por que tava no fundo do palco (que havia sido usado por backing de outra banda), mas na hora eu não vi. O microfone tava fechado, quando ele entrou cantando...nada! Como não sabia o que tava acontecendo, levei uns 2 minutos prá descobrir a troca, abrir e equalizar o microfone dele. Ou seja, a música já tava no fim.
O moleque queria me matar, e só não veio pro pau, porque ele era magrela e eu fortinho na época, acabou arregando, depois de eu esculachar ele com adjetivos do tipo: Novato, kbação, e etc...(não existia "noob" na época).....kkkkkk.
gpeddino
"a motivação que eu senti ali nunca mais saiu da minha cabeça"
É isso que não tem preço......chama-se estória, experiência.
Mauricio Luiz Bertola
Estes esquemas armados, prá comer grana da galera (tem uns que tem taxa de inscrição)......é osso!
JJJ
"Pra mim foi FUNDAMENTAL."
Que legal.....prá mim também.
"tudo era mais difícil, mas ... tudo mais fácil..."
Isso é uma realidade... aprendi muito improvisando com pouco.
|
Casper
Veterano
|
# nov/14
· votar
Festivais de Música? Ainda existem?
Claro! E em breve o Festival do minuto 2015,
edição comemorativa de 3 anos de sucesso!
::::: F e s t i v a l d o M i n u t o ::::: - Edição 2013
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/311018/
::::: Festival do Minuto - Edição 2014 :::::
http://forum.cifraclub.com.br/forum/9/315280/
|
Ismah
Veterano |
# nov/14
· votar
Lelo Mig
O som pode estar uma maravilha que vão reclamar...
Ou não.... É um dos motivos que gosto de fazer pagode e bandas pequenas, eles geralmente vão te agradecer... Por pior que tenha sido...
Sempre fiz palco então meu caro, a merda no ventilador é constante... Quanto a isso sempre fiz uma reunião e coloquei pros caras:
- O técnico sou eu, pode existir 10 formas de fazer diferente, vou fazer do meu jeito, porque são N bandas, e vamos demorar dias pra passar todo mundo (sorte das digitais que tem como salvar cena), concentrem-se em tocar, no mínimo certo...
- Vcs podem ter experiência em palco ou não, aqui ninguém é estrela pra exigir nada, e ninguém é menos pra ficar sem o que precisa. - Certa vez recebi um rider, de um duo de rap, pedindo side no palco com no mínimo 2000W/lado pra um palco de 7 metros...
- Quero usar o seu cubo? Perfeito. Quer usar seu microfone? Perfeito. Mas garanta que ele vá funcionar e com qualidade, não sou obrigado a reparar um erro de terceiros.
- Não gosta de luz/strobo, fumaça, retorno de chão... Bom assim que um show funciona. É isso que tem, quer? Pega, não quer se vira.
- Quer trazer seu técnico? Perfeito. Garanta que ele sabe operar, eu não passo cena em cima da hora.
- Sabe a diferença entre dois microfones iguais? Se sim ótimo, se não, preste atenção: M1 pode ser seu, M2 pode ser o mic que usei para captar pandeiro, e a não ser que queira cantar como um chocalho, pergunte na dúvida. Eu vou entregar o mic certo, de cada um na mão - e espero que me entregue na saída.
|
waltercruz
Veterano |
# nov/14
· votar
Em Brasília existe o Festival da Nacional FM, embora seja bem restrito ao englobar apenas os artistas da cidade.
http://radios.ebc.com.br/festival-de-musica-nacional-fm/edicao/2014-11 /conheca-os-vencedores-do-festival-de-musica-2014-da
|
rcorts
Veterano |
# dez/14 · Editado por: rcorts
· votar
Ismah
Poxa, eu confesso que não tenho noção do que é ser um técnico de palco, mas em certos momentos deve ser tenso ter que lidar com um barril de egos.
Aqui em Goiânia tem o Bananada, que costuma ocorrer anualmente no Teatro Martim Cererê. No geral, eu diria que é um Festival até reconhecido, pois várias bandas de todo o país dentre elas várias regionais participam todos os anos (yeah! Goiânia não é só a terra do sertanejo). Mas esse festival geralmente agrega só bandas do underground.
Tem também o Goiania Noise Festival, esse costuma reunir algumas bandas mais com cara de mainstream, porém pouquíssimo conhecidas e recebe várias bandas de mainstream também.
Esses dias aqui na UFG teve um Festival (1º Canto da Cigarra) que eu diria, não chegou a ser nem regional, pois o grosso do público foram os alunos da UFG mesmo, mas reuniu várias bandas de rock e outros estilos alternativos. Mas como foi a primeira edição se derem continuidade quem sabe não consigam ampliá-lo.
Fora isso, tem uma cena de metal bem underground também que é promovida principalmente pelos DCE da Universidade Católica e da Universidade Federal.
Mas ainda falta muito pra alcançar o patamar que nós músicos goianos queremos.
Eu infelizmente nunca participei de festivais. Já toquei aqui mesmo foi em botecos na época da banda de blues da qual eu participava e por incrível que pareça já toquei Raul Seixas em uma igreja que promoveu um tributo a Raul Seixas. Sei que parece esquisito, mas é pura verdade!
|
rcorts
Veterano |
# dez/14
· votar
Casper
Vou ficar ligado no Festival do Minuto 2015.
|
nivekk
Membro Novato |
# dez/14
· votar
Vou ficar ligado no Festival do Minuto 2015.²
|
MauricioBahia
Moderador |
# dez/14 · Editado por: MauricioBahia
· votar
Lelo Mig
Me recordo deste:
http://www.webfestvalda.com.br
Abs
|
Ismah
Veterano |
# dez/14
· votar
rcorts
deve ser tenso ter que lidar com um barril de egos.
Nessas horas que vc tem que saber ser autoridade e não autoritário. Já ouvi muito de "se não tiver X aparelho, não vou tocar", simplesmente me limito a dizer "a escolha é sua, é só um candidato a menos"
|
Lelo Mig
Membro
|
# dez/14 · Editado por: Lelo Mig
· votar
Ismah
"a escolha é sua, é só um candidato a menos"
Você é um gentleman!
Uma vez, um cara enchendo meu saco, eu apontei prá um gramado atrás do palco e disse:
Tá vendo aquela moita? Têm dois, do festival do ano passado, enterrados ali. Quer entrar prá banda deles?
(é tudo blefe, sou um baita dum bundão que não mato nem barata. Mas, com minha voz grave e uma cara "fake" de mau, funciona que é uma beleza!)
|
Ismah
Veterano |
# dez/14
· votar
Lelo Mig
é tudo blefe
Mas eles não sabem disso ;)
No más, sou sincero demais pra uma dessas, mas eu prometo guardar a dica, para uma eventualidade.
|