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erico.ascencao Veterano |
# nov/14
Sou assíduo frequentador de casas noturnas em São Paulo onde rolam bandas ao vivo - a saber: Café Piu-Piu, Morrison, Wild Horse, Stones, Metropolis, etc. E como músico hobbysta que sou há alguns anos (antes como baterista, agora como guitarrista), sempre sonhei com a possibilidade de um dia conseguir tocar nestas casas.
Entretanto, com o passar dos anos frequentando esta casas, percebi que elas constituem um circuito no qual algumas bandas se revezam como atração. E mais: estas bandas, mesmo tendo mudado de formação diversas vezes, sempre contam com as mesmas figurinhas carimbadas (Cláudia França, Kleber Shima, João Kurk, Henrique Lima, Giba San, Billy Coripe, só pra citar alguns nomes). Isto geralmente gera a ira de muitas bandas menores, que acusam os bares e/ou os músicos deste circuito de constituírem uma "panelinha".
Pois bem, no último sábado fui ver a banda Rádio Show, do Nando Fernandes. Eis que me deparo com um guitarrista novinho tocando (tocando muito, diga-se de passagem) que não me era estranho. Fuçando no Facebook no dia seguinte lembrei que ele era aluno do Kléber Shima, ou seja, eu o conhecia da época em que também fazia aula com o Kléber. E não é o primeiro aluno dele que se enveredou a tocar na noite, o Paulo Roveri da Almanak é outro pupilo do japa.
Bom, aonde eu quero chegar com esta história? Percebi que o caminho pra você tocar na noite é você se posicionar como músico disposto a tocar em alguma banda que precise de você. Montar uma banda "do zero" pra enveredar neste mercado é mito difícil, então a forma mais fácil e caçar estas oportunidades. E como surgem estas oportunidades? Conhecendo gente, fazendo aula com professores que tocam na noite... ou seja, networking.
Dissertem e contem suas experiências.
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INNARELLI Membro Novato |
# nov/14
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pra mim, no meu modo de ver, formar uma banda seria bom se fosse apenas por diversão. pq além de morar longe de sampa e numa cidade que nao tem boemia do rock, só sertanejo. o máximo que dá pra fazer é nada.
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JJJ Veterano
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# nov/14 · Editado por: JJJ
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erico.ascencao
Muito tempo atrás, quando eu tocava na noite, a "fórmula" era... correr atrás.
Se você e sua banda fossem ilustres desconhecidos, não iam conseguir o palco de sábado na melhor casa noturna, assim, logo de cara...
Tinha que ralar. Ir aos bares mais "secundários", num meio de semana. Ir a uma cidadezinha menor. O "nome" e o público eram construídos aos poucos. Quando a banda tivesse algum nome na praça, aí você podia procurar casas cada vez melhores.
Não creio que isso tenha mudado muito desde então.
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fernando tecladista Veterano |
# nov/14 · Editado por: fernando tecladista
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Isto geralmente gera a ira de muitas bandas menores, que acusam os bares e/ou os músicos deste circuito de constituírem uma "panelinha". é o mesmo mimimi de sempre, juntando com o mimimi que banda cover tira espaço de banda autoral
bandas que não entendem ou não querem enxergar como funciona, e entender que o buraco é mais embaixo, não colocam essas bandas novas pra tocar pelo mesmo motivo que não me colocam pra apresentar o jornal nacional
ai você citou os bares tops, o dono não dá pra arriscar banda nova que ele não conhece pra tocar no bar, e não é CD demo que mostra isso o cara não sabe como a banda é, se vai falar merda no microfone, se vai encher o caneco e começar a tocar errado, se vai ser muito estrela tem que seguir a cartilha da casa, e assim que você quer que toca, então "sim senhor!", só libera x-músico e itaipava então blz, manda x-músico e itaipava, não fica reclamando com o garçom
o lance é como está comentado ai, tocar em bares secundarios de dia de semana, quase certo que vai tocar por meia portaria ou até de graça de quarta-feira, mas nisso você vai aprendendo noção de palco e vai fazendo contatos, mais contatos, o dono do bar top, não vai perder a segunda a terça dele procurando novos talentos nem ouvindo cd-demo para tocar no bar dele outra coisa que ajuda, ir assistir shows, o cara quer tocar na noite, mas não usa os dias livres pra ir nos bares top e ver o que rola, não troca um lero com os caras que tocam, "posso te adicionar no face?, vou mandar um video da minha banda," na outra semana passa lá: e ai, viu meu video
e contatos funciona assim com todo mundo: segurança, chapeiro, garçom, cozinheiro, faxineiro, porque músico seria diferente?
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erico.ascencao Veterano |
# nov/14
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JJJ fernando tecladista Concordo com vocês a respeito de, com uma banda nova, sair conquistando território em bares menores e tocando durante a semana. Vejo poucas bandas na noite que tiveram este caminho (Kashmir e Rock Machine, por exemplo), mas o fizeram porque nenhum dos membros já era do meio.
Agora, vira e mexe, aparece uma banda "nova" que na verdade é um catado da mesma patota de músicos que toca por aí. Os velhos de guerra têm os contatos e conseguem bons lugares pra tocar, mas sempre tem no meio deles um novato que conseguiu a boquinha dele fazendo a "correria" de forma individual.
Eu sinto que hoje eu sei como correr atrás de conseguir umas oportunidades como estas, mas por outro lado sei de que precisaria de bastante dedicação pra me preparar tecnicamente, coisa para a qual infelizmente não tenho tanto tempo. Mas pra quem quer correr atrás, esse é o caminho.
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JJJ Veterano
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# nov/14
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erico.ascencao
É lógico que quem tem alguém pra dar um empurrão sobe mais rápido. Isso sempre foi assim e não só no mundo da música. Quem tem padrinho, não morre pagão...
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Lelo Mig Membro
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# nov/14 · Editado por: Lelo Mig
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erico.ascencao
Bom, amigo, estou fora do "metier" à muito tempo.
Toquei em algumas casas famosas e fortes nos circuíto dos 80/90. A maioria, acho que nem existe mais ou mudou de nome..
- Blue Note. - Café Piu Piu. - Berimbau. - Chico Chopp. - etc...
Na minha época, bandas e artistas fortes, de prestígio, que atraiam público e que eram sérios, corretos, pontuais, ou seja, bons profissionais, acabavam ganhando o dono do estabelecimento e virando "fixo".
Em algumas casas, haviam estes fixos e entre uma entrada e outra, se abria espaço para os novos.
O segredo estava aí. Estar na noite, fazer amizade com os "famosos", esperar sua oportunidade, e quando ela surgisse, tipo numa Jam... agarrar com todas as forças e arrebentar!
Os "famosos/fixos" eram quem acabavam convencendo o dono do bar a te contratar.
Ou seja, relacionamento profissional... não vejo nada de errado nisso.
Daí prá frente ainda tinha uma série de "provas" profissionais, que uma banda passa e a maioria pisa na bola:
- Não encher a lata. - Ser pontual. - Não faltar. - Não destratar cliente. - Ter uma postura séria. - Não arrumar brigas. - Não mexer com a mulher dos outros. - Não passar a mão na bunda das garçonetes.
e etc, etc, etc....
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Ismah Veterano |
# nov/14 · Editado por: Ismah
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Lelo Mig
Passou em uma prova? kkkk
erico.ascencao E como surgem estas oportunidades? Conhecendo gente, fazendo aula com professores que tocam na noite.
E aí sendo relativamente famoso, vc pode fundar sua banda... Sempre é assim...
networking
Eu chamo de CONTATOS.
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erico.ascencao Veterano |
# nov/14
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Ismah O Kleber Shima já indicou dois figuras pra noite. Meu camarada faz aula de canto com um cara que toca na noite e ele já comentou que vira e mexe ligam pra ele pedindo um cara pra indicar, mas ele tem poucas pessoas em que confia para dar uma indicação. Estes dias, entretanto, este meu camarada foi chamado pelo professor pra dar uma canja e a banda curtiu o resultado - ou seja, ponto pra ele.
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Ismah Veterano |
# nov/14
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erico.ascencao
Contatos ;D
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