Alexandre Díaz
Membro Novato |
# out/13
Olá, sou estou começando a aprender sobre acordes x escalas e etc. Tenho uma dúvida quanto a esta música, a cifra postada no cifraclub corresponde aos acordes da música, mas eu gostaria de entender melhor a composição. Até para improvisos posteriores.
Tentei falar com o rapaz que postou a cifra mas ele não soube responder kk
O tom parece ser em E sendo a escala: E F# G# A B C# D#
Assim cabe apenas os acordes E B A, mas a música inclui D e G. Entendo que dever haver uma troca de tom constante na música ou algo do tipo.
Alguém pode me dar uma luz? até no caso, para casos posteriores ou até mesmo para composição? Independente de instrumento.
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Filippo14
Veterano |
# out/13
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Alexandre Díaz
Sim, tem mudança tonal. Nesse cao, por ter 5 acordes maiores que apenas possuem as tríades é complicado tentar definir em que momentos que existem mudanças tonais, pois você pode solar em cima de uma música assim de infinitas formas. O que posso te dizer é que nunca vai existir um acorde de B e de D ou de E e de G na mesma escala. Isso acontece porque a relativa menor do D é o B, portanto em uma escala que possui o acorde de D maior só pode existir o acorde de Bm, da mesma forma o G e E, pois o E é relativo menor do G e deveria ser Em para se adequar ao mesmo tom dessa música.
O cara que transcreveu essa música usou o E como tonalidade central. Contudo, se fosse para escolher tonalidades centrais, pensando em agregar o maior número de acordes dentro dela, as que seriam formadas são as de
E sendo o jônio, formando os acordes de E - A - B maiores
D sendo jônio, formando os acordes de D -G -A maiores
A sendo jônio, formando os acordes de A - D -E maiores
Nos três casos teriam sempre 2 acordes fora do tom.
Para fins de improvisação, em cada um dos casos seria possível improvisar de formas diferentes em cada acorde devido inclusive a sua posição na escala. Podemos ver que o A pode aparecer nas 3 posições maiores de uma Escala maior natural. Ele aparece nas posições do Jônio, do Lídio e do Mixolídio. Atento ao fato de que há mudança tonal nessa música, o solo não pode permaner no meso tom toda hora. Uma ideia legal de usar é a de não pensar no acorde sempre com a mesma função, optar por solar em cima desses acordes varias opções que eles permitem faz com que o solo fique mais rico e soando mais original. Contudo, um passo de cada vez! Se você ainda não sabe improvisar direito, pense de forma blocada, tentando fazer o máximo de junções possíveis para que seja possível improvisar no menor número possível de escalas.
Um exemplo seria o de pensar em E jônio e no E-A-B você improvisa C#m7, que é o relativo do E, e no G-D você improvisa em G maior jônio, tocando Em7 e dando uma intenção de caminhar 1,5 tom para o mais agudo ( Nessa mudança tonal o E jônio passaria a ser E eólio, sendo uma mudança de 1,5 tom), que é muito usada e da um som super bacana, ou pensar em D jônio, sendo G a quarta dele e tocando Bm7 eólio ( nessa mudança tonal você andaria 1 tom para o grave, pois a distancia entre o C#m7 eólio e o Bm7 eólio é de 1 tom).
Abraço
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