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JJJ Veterano
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# mai/13 · Editado por: JJJ
Que futuro aguarda nossas gravações históricas?
Interessante matéria sobre o que está acontecendo com as fitas masters do nosso passado musical.
A salvação é a digitalização, sem dúvida. Mas será que ainda dá tempo?
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Lelo Mig Membro
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# mai/13 · Editado por: Lelo Mig
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JJJ
Assunto complexo, que deve ser debatido por quem, realmente conhece profundamente sobre o assunto.
Não sou muito chegado em João Gilberto, mas ele é indiscutivelmente um ícone da MPB, desta feita, seu trabalho é patrimônio cultural e não mais o pertence.
O artista precisa ter consciência, além de sua vaidade, que quando faz seu trabalho, ele deseja sucesso e reconhecimento, e quando isso acontece, sua obra passa a não ser mais sua propriedade e sim patrimônio cultural.
Não creio que as fitas originais estarão melhor guardadas na casa dele, do que na Iron Mountain.
E se ele surta e resolve tocar fogo porque o trabalho é seu? Ele têm esse direito? Quem se responsabiliza por isso?
Não tenho uma opinião absoluta sobre esse assunto, creio que é bem mais complexo e envolve questões legais e culturais que não tenho gabarito para discutir.
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JJJ Veterano
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# mai/13
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Lelo Mig
Eu nem falei por causa dele. Estou me referindo às obras, de modo geral.
Quanto à ficar na casa do João Gilberto ou do Roberto Carlos, concordo plenamente com você. Tem que ficar num local com estrutura adequada. Mas está tudo ficando muito velho. Mesmo que a conservação seja muito boa (o que eu tenho cá minhas dúvidas), o meio físico se deteriora. Este acervo deveria ser todo digitalizado, na minha opinião, em nome da memória cultural do nosso país.
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Mr. Rosa Veterano |
# mai/13
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Não sei se entendí direito.. Mas isso quer dizer que o brejo que as gravadoras estão atoladas é tão grande que nem arquivar direito os registros eles conseguem mais? As vezes o fundo do poço não tem fundo...
Referente ao que interessa, realmente trata-se de um patrimônio cultural... Eu rí quando lí lost-sessions
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Lelo Mig Membro
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# mai/13
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JJJ
Sim, quanto a digitalização...concordo.
Mas, independente disso, tem que guardar, restaurar, conservar e etc. os originais, o quanto forem necessário. E alguém têm de ser o responsável por isso.
Apenas, "digitalizar", e mais nada, seria o mesmo que fotografar a Mona Lisa e guardar o original no sotão.
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JJJ Veterano
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# mai/13
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Lelo Mig Apenas, "digitalizar", e mais nada, seria o mesmo que fotografar a Mona Lisa e guardar o original no sotão.
Mas a Mona Lisa, bem cuidada, dura muito mais do que o meio magnético... Não tem jeito, por mais bem cuidada que seja, a fita magnética vai perdendo o magnetismo, vai dando o tal efeito descrito no texto (que "liquefaz" os compostos), resseca, etc... E, ao contrário de pinturas e textos manuscritos, não tem muito como "restaurar" a fita. Até tem o procedimento do "forno", como fala o Oswaldo (aliás, o Oswaldo é aquele do Pholhas, lembra? Tá com um puta estúdio hoje, o MOSH, um dos melhores do país), mas não é a mesma coisa. Sempre há perda. O único jeito de "ficar pra posteridade" é digitalizando mesmo (e na maior resolução possível).
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