Renato Rocha rasgando o verbo sobre sua saída da legião!

    Autor Mensagem
    MarcosMalmsteen
    Veterano
    # mar/13


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    [EDITADO PELA MODERAÇÃO]

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    Li essa entrevista a uns dias e me rachei com várias coisas... ahuahau acho que vcs vão curtir...

    Matéria do Domingo Espetacular da Record de 25 de março de 2012 mostrou a dramática situação em que vivia o ex-baixista da Legião Urbana, Renato Rocha, há 5 anos nas ruas do Rio do Janeiro. Leia mais no link abaixo.

    Legião Urbana: Renato Rocha é morador de rua no Rio


    Em meio à discussão sobre o caso, algumas entrevistas de Renato Rocha, conduzidas há alguns anos, vieram a tona na internet. Reproduzimos abaixo uma delas, concedida a Luiz César Pimentel e Alexandre Petillo à revista ZERO, em 2002.
    ZERO: Você era da turma dos Skinheads, não?

    RENATO ROCHA: Quando o punk começou a acabar, sobrou muito gayzola, muito playboy que se dizia punk. Eram aqueles caras que compravam calças Fiorucci, desfiavam e falavam que eram punks. Aí resolvemos ser cabeça raspada. A gente era uma equipe do terror, pra diferenciar dos punkzinhos gays.

    ZERO: Quem eram punkzinho gay?

    R.R: Os lambe-lambes (risos)

    ZERO: Que a gente conhece, quem era?

    R.R: Os dois lá, o Dado e o Bonfá, o Dinho, Philipe Seabra [vocalista e guitarrista do Plebe Rude], essa turma.

    ZERO: Por que lambe-lambes?

    R.R: Porque não faziam nada. Chegavam nas festas e ficavam bodeados num canto. Gostavam de Bauhaus e PIL. Eram fracassados. Os carecas chegavam chutando o teto.

    ZERO: Qual foi seu primeiro contato com o Renato e o resto da banda?

    R.R: Ah, a gente andava numa turma, ia pras festas. Tinha uma época que tinha umas cinco festas por noite. Festas de detonar, de barão. Pó, maconha à vontade. E não aparecia ninguém pra encher o saco. O mais fraco ali tinha seis Rolls Royces na garagem. Quem ia ter coragem de entrar pra dar uma geral?

    ZERO: Como você entrou para a Legião?

    R.R: Renato tinha cortado os pulsos em Brasília, estava na pré-produção do primeiro disco. Como ele tocava baixo, precisava de alguém para o lugar dele. Eu sabia todas as músicas, as letras. Entrei quatro dias antes do início das gravações. Acabamos virando a maior banda do Brasil.
    Mas quando ficou cheio de grana, o Renato não queria fazer mais nada.Ficou muito chato, alcoólatra. Aí ele começou a chutar todo mundo, tratava todo mundo muito mal.

    ZERO: Quando foi isso?

    R.R: Foi no final dos 80. Ele tava inacreditável, tomou varias overdoses.

    ZERO: Ele já não gostava de fazer shows?

    R.R: Depois de encher o cú de grana, só gostava de encher a cara.

    ZERO: Vocês eram amigos?

    R.R: Não. A gente era conhecido. Amigo, não. A partir do momento em que o cara só se preocupa com ele mesmo…só ele tem dor de cabeça, só ele tem exaqueca, só ele tem problemas…

    ZERO: Qual era o seu papel na banda? Você era apaziguador ou só chegava e tocava?

    R.R : Eu fumava meu baseado inocente, tomava minha dose de uísque e ficava pensando: “cara, eu estou fazendo a melhor coisa do mundo: ganhando grana pra fazer música, e neguinho fica aí se lamentando à toa, reclamando do bife”. Eu aproveitei minha fase rock. Os caras não tinham atitude roqueira, não falava com a galera, esnobavam os fãs. Pra mim ficar na Legião era um sacrificio.

    ZERO: Por que você acha que eles se sustentaram como banda tanto tempo?

    R.R: O Renato gostava de homem bonitinho e chamou o Marcelo Bonfá e o Dado pra tocar. O Dado só entrou porque o Renato queria o nome Villa-Lobos na banda. Aí ele ensinou o Dado a tocar. E o Bonfá era um pilha fraca, não aguentava tocar um show inteiro, não ensaiava, não treinava, não malhava, não comia, era um merda.

    Saia com a namorada, não queria pagar a conta e a menina pagava. Queria fumar um baseado mas não apertava, eué que tinha que apertar. Folgado e mão-de-vaca. É um cara muito babaca, nem a mulher dele aguenta ele. Era uma agonia, pois o cara não sabia tocar nada.

    ZERO: E como foi sua vida depois da banda?

    R.R: Eu tive uma fase ruim, fiquei em baixa. Namorei uma mulher errada e minha vida degringolou. Era uma mulher que só queria sacanear. Tipo Cleopatra. Fiquei muito alcoólatra, muito louco, tomava tudo.

    ZERO: Mas o Dado dizia que você já detonava antes de sair da banda.

    R.R: O problema do Dado é que ele não sabe nem escolher a roupa que vai vestir. A mulher dele é quem escolhe. Ele não sabe tocar, não tem personalidade própria. Ele é tão bundão que podia ter impedido minha saída. A gente ia para o mundo inteiro. Iamos pra Europa, ele bundou pra mulher dele. A mulher queria ter um filho e prendeu ele aqui. Ele botou pilha pra gente não gravar fora.

    ZERO: Foi depois do terceiro disco?

    R.R: Foi. A gente ia gravar em Portugal.Estava tudo certo. A Legião ia arrebentar e ele bundou. Ficou com medo da Fernanda. A mulher amarrava um lacinho no pescoço dele e ele saia na rua assim. Não representa nada para o rock brasileiro. Representa o gosto do Renato. E aí? Vai dizer que uma bicha daquelas era roqueiro? Em vez de comprar uma moto comprava uma lambreta. E ainda andava de lencinho. Como um cara desses pode dizer que é punk?

    Eu saia, ia nas favelas, cheirava pó, ficava nas quebradas, pegava as putas. Ai o cara dizia que eu estava aloprando. Ele é que não aguentava a pressão. Eu pegava as gatas e passava na frente dele, o cara ficava com aquela carinha de bunda.

    ZERO: Desde sempre eles tiveram essa atitude na banda?

    R.R: Eu fiquei puto porque era um bando de cuzão com uma oportunidade de ouro nas mãos. Todo mundo falando bem pra caralho. Minha maior frustração é isso cara. Um cara do gabarito do Dvid Byrne falando das possibilidades de sermos o maior sucesso do mundo e dois playboyzinhos babacas sacaneando.

    ZERO: Foi o David Byrne que ofereceu a oportunidade de vocês gravarem lá fora?

    R.R: Não, foi a gente que conseguiu. Éramos a melhor banda de rock n’ roll do Brasil. Éramos.

    ZERO: E você achava isso na época?

    R.R: Eu achava uma das melhores do mundo. O Renato sabia cantar todas aquelas letras maravilhosas em inglês. O disco ia arrebentar. A gente ia ser o U2 e o Dado não deixou. Ou melhor, a mulher do Dado.

    ZERO: Ele (R.Russo) tinha uma atitude homosexual dentro da banda?

    R.R: Tinha. Sempre teve. Pirava, ia lá e dava para o roadie Mas é aquela história. Se o cara tem muito poder, ninguém fala a verdade.

    ZERO: A legião perdeu a atitude rock com a sua saída?

    R.R: Cara, rock exige uma certa agressividade. Rock não é para playboyzinho pasmo, tchutchuquinha. Dado tomava um copo de uisque e ficava bêbado. A Cracatoa Vermelha nem bebe.

    ZERO: Quem é a Cracatoa Vermelha?

    R.R: Bonfá(risos)

    ZERO: Quando foi a última vez que você falou com ele?

    R.R:´Foi na gravação de Uma outra estação. Ele virou pra mim e disse: “eu estou igual a você”. Pensei: “puta merda, fudeu” (risos)

    ZERO: E o Dado?

    R.R: Foi uma vez no ATL HAll. ELE pegou meu braço e disse: ” Não fala mal de mim na imprensa não”. Eu fiquei só rindo, porque o filho dele tava todo preocupado, com medo de eu dar porrada nele. O moleque ficava falando “pai, vamos embora”

    ZERO: Você ainda voltou pra gravar esse disco póstumo (R. Rocha participou da faixa da gravação instrumental da faixa Riding Song, que foi sobre posta a uma gravação dos 4 integrantes feitas durante as gravações do disco Dois).

    R.R: Gravei cara. Infelizmente eu grave. Ganhei um barão [R$ 1000]. Aquele cara me ridicularizou. Mas eu estava precisando de grana.

    ZERO: Você gastou toda a grana que ganhou na Legião?

    R.R: Não, eu comprei carro, moto. Depois vendi tudo. E eu não ganhei tanta grana assim.

    ZERO: Você foi ao enterro do Renato?

    R.R: Não fui porque não sou cretino. Mas um dia passei com a minha namorada e a mãe do Renato estava no Burle Marx pra jogar as cinzas. Aí o pneu da moto furou bem na frente. Eu falei: “caralho, Manfredo, solta do meu pé”. Mas eu sempre gostei do Manfredo, ele sempre foi uma pessoa muito sincera, só que ele se fodeu, cara, porque ficou com dois babacas.

    ZERO: Quando você falou com Renato Russo pela última vez?

    R.R: Falei pelo interfone. Ele não quís me atender. Toquei na casa dele e ele respondeu que tava de ressaca.

    ZERO: O que você queria com ele?

    R.R: Ah, sei lá. Perguntar como ele tava. Ele alucinava, tomava todas e subia na mesa,(…)Cansei de levar ele doidaço, babando no taxi. Mas aí como ele era mentor da banda e da juventude brasileira, mascaravam esse comportamento. (…)

    ZERO: Como foi que você saiu da banda?

    R.R: O Renato Russo saiu do elevador e falou: “Você está fora da minha banda”. A gente ia assinar o contrato do Quatro Estações. Estavamos no prédio da EMI.Ai eu falei pra ele: “Cara, se você me apontar o dedo eu torço seu braço”. Fiquei na minha, puto, mas sabia que não era uma coisa do Renato. que era coisa dos dois perobinhas. O maior castigo é ter grana e não ser feliz. Eu tenho e sou feliz.

    ZERO: Parou com as drogas?

    R.R: Fumo meu baseado, tomo umas bebidas.

    ZERO: E a legião ainda dá grana?

    R.R: Não, dá uma miséria. Menos de mil reais por mês. Só que conversar com eles é tentar tirar leite de pedra. Eles são brancos, eu sou pele-vermelha.

    ZERO: Já pensou em se candidatar a algum cargo público?
    Opa, já. Prefeito de Mendes. O grande lance é entrar no esquema e não ser corrompido´por ele. Como eu entrei na Legião e não fui corrompido.

    Fonte: Legião Urbana: a versão de Renato Rocha sobre a sua saída http://whiplash.net/materias/entrevistas/151129-legiaourbanarrsemteto. html#ixzz2MleeKXLo

    alexdiffer
    Veterano
    # mar/13
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    MarcosMalmsteen

    hsuahsuhauh como ele era skinhead se ele é negro?


    http://3.bp.blogspot.com/_mt4UL697Dh4/Sp01ekEBSEI/AAAAAAAAAHo/i2yXcuDM Vcw/s400/OQAAADKSBbTdY-3lNGtmVrTYFfpvwlQbO7-ddwr7YN1oe_r9REmYoZDvOKzUY 0uY2sXo6kXrAPtX6S9hGTXDAUeM7xYAm1T1UNQPra08sxUMpVqjasocIO46CnTp.jpg

    MarcosMalmsteen
    Veterano
    # mar/13
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    alexdiffer
    Ele fala mta coisa nada haver aí... mas acho que o Dado e o Bonfá são 2 zé ruela mesmo... ahiuahuahuah

    alexdiffer
    Veterano
    # mar/13
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    MarcosMalmsteen

    São sim uns PNC fudido

    MarcosMalmsteen
    Veterano
    # mar/13
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    alexdiffer
    Iamos pra Europa, ele bundou pra mulher dele. A mulher queria ter um filho e prendeu ele aqui. Ele botou pilha pra gente não gravar fora.

    Isso eu achei foda, imagina se eles gravam em ingles, fora do Brasil, com um produtor foda... pqp... Isso de mulher melar banda é osso, se eu fico irritado com pitaco de mulher que nao é da banda... sendo que nem toco profissionalmente... Imagina perder uma oportunidade dessas...

    alexdiffer
    Veterano
    # mar/13
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    MarcosMalmsteen
    Isso eu achei foda, imagina se eles gravam em ingles, fora do Brasil, com um produtor foda... pqp... Isso de mulher melar banda é osso, se eu fico irritado com pitaco de mulher que nao é da banda... sendo que nem toco profissionalmente... Imagina perder uma oportunidade dessas...



    Ahh muita pretensão dele achar era que seriam o U2....e outra como ele pode acreditar tanto no futuro da banda se ao mesmo tempo critica a qualidade dos músicos?
    Meio hipócrita essa entrevista dele...

    MarcosMalmsteen
    Veterano
    # mar/13
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    alexdiffer

    Realmente, é muito contraditório... acho que no começo eles deveriam ser terriveis mesmo... só que, por exemplo... naquele acustico MTV o trampo de violao do Dado é bem legal...

    Acho que realmente o potencial eram as letras do Renato Russo...

    Simonhead
    Veterano
    # mar/13
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    Se o cara tem muito poder, ninguém fala a verdade.

    Só!

    Li o lance todo. Valeu pelo post.

    Electric Eye
    Veterano
    # mar/13
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    Ainda bem que eles não gravaram na Europa, acho que iriam perder toda a identidade na banda.
    Foda que não dá pra saber nunca a história da banda, o Renato Rocha parece exagerar muito nos relatos.

    MarcosMalmsteen
    Veterano
    # mar/13
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    Apesar de eu concordar que o Dado e o Bonfá eram 2 babacas...

    Em vez de comprar uma moto comprava uma lambreta. E ainda andava de lencinho. Como um cara desses pode dizer que é punk?

    Eu saia, ia nas favelas, cheirava pó, ficava nas quebradas, pegava as putas. Ai o cara dizia que eu estava aloprando. Ele é que não aguentava a pressão. Eu pegava as gatas e passava na frente dele, o cara ficava com aquela carinha de bunda.


    Isso nao é ser punk! isso é ser noia!

    paulinho pc
    Veterano
    # mar/13
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    Típico discurso de quem não teve culhão pra aguentar a pressão, foi excluído porque fazia muita merda, e agora quer pagar de fodão!

    Pra falar mal de alguém, no mínimo, você precisa ser melhor do que ela.

    Simonhead
    Veterano
    # mar/13
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    paulinho pc
    Típico discurso de quem não teve culhão pra aguentar a pressão ...

    Acho que não é só isso ai, não.Que ele fazia das suas e foi chutado, beleza. Normal. Acontece e ele não será o último. Mas bastidor de banda é muito mais do que a idolatria mostra ou prega. No final das contas, é só grana que esse povo quer. Botar a boca no trombone serve apenas para mostrar que as outras 03 criaturas, como o próprio Negrete, eram/são humanos e fizeram MUITA besteira que acabou jogada para debaixo do tapete e tals.

    Mulambojr.
    Veterano
    # mar/13
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    Que cara otário.
    Sem mais.

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