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suitsu Veterano |
# ago/12 · Editado por: suitsu
Perdoem minha ignorancia, mas eu to começando a estudar música recentemente, eu baixei um livro enorme que ensina a ler partituras e copiei tudo pra um caderno, o problema é que eu quero saber se eu lendo uma partitura eu posso tirar uma música sem nunca ter ouvido ela??
É assim que funciona isso? tipo depois que vc aprende bem ler partituras, vc ve uma partitura de uma música que vc nunca ouviu antes e vc consegue tocar essa música num instrumento?
Agradeço a todos.
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juninholiveira Veterano |
# ago/12
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é claro, pra isso que elas existem oras.
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Led Zé Veterano |
# ago/12
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suitsu Pô, velhão...Vamo usar o cérebro...Como você acha que uma orquestra toca uma música composta em 1700 ? Baixando tutorial no Youtoba? kkkk
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rhoadsvsvai Veterano |
# ago/12 · Editado por: rhoadsvsvai
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suitsu meu professor de guitarra quando passava musicas ,dizia que a nivel de treinamento é muito importante tocar as musicas sem nunca ter ouvido elas ,que é uma caracteristica de boms musicos eruditos que os musicos populares pecam em não ter , logico que ele nao fazia a gente ler a partitura logo de cara ,passava ela com uma tablatura junto mas ainda sim a gente se forçava a ler pelo menos o tempo das notas na partitura.
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Lelo Mig Membro
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# ago/12
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Em tempos que não existiam nenhum método de gravação, como se fazia?
Exatamente, para isso, que elas foram criadas.
Mas olha, tirando músicos de orquestra, muito poucos músicos (mesmo os que leem partituras) são capazes de executar uma música "as cegas" com perfeição.
Todo mundo "diz que lê", mas ler de verdade, são poucos.
Contudo, hoje em dia, com os meios de gravação e etc, ler partitura a este ponto (é bom, importante, cultura, etc) mas não é "absolutamente necessário".
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sebber Veterano |
# ago/12
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Pode ser um pouco de dor de cotivelo de quem não estudou teoria, mas para mim partitura "caparia" minha criatividade e feeling.
Ah e respondendo à pergunta do título, dá sim, como já foi dito.
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suitsu Veterano |
# ago/12
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Led Zé KKKKKKKKKKKKKK
Vlw galera, obrigado.
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Cochise Veterano |
# ago/12
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sebber A criatividade e feeling do Sebastan Bach (pianista, não o cantor) ( pra nao citar outros ) não foram prejudicadas por causa do uso de partituras, entao isso deve ser apenas algo pessoal seu.
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fernando tecladista Veterano |
# ago/12 · Editado por: fernando tecladista
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sebber mas para mim partitura "caparia" minha criatividade e feeling. sim, se você for tocar um blues, jazz, a partitura é só um esboço e você cria em cima
mas você não vai se dar bem querendo tocar uma sonata de beethoven usando toda sua criatividade e feeling
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TG Aoshi Veterano |
# ago/12
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Em suma a resposta é "sim". Mas tem algumas considerações.
Se ninguém postar antes (makumbator ou Ken Himura, =p), mais tarde eu monto uma resposta bem relevante sobre o assunto.
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sebber Veterano |
# ago/12
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Cochise e fernando tecladista, vocês estão certos mesmo, na verdade eu não tenho absolutamente nenhum conhecimento sobre leitura de partitura, e não posso nem falar com propriedade, e por isso minha opinião é bem vaga e pessoal.
O que eu quis dizer é que, por exemplo, se eu tocar a mesma música duas vezes consecutivas vão sair detalhes diferentes de uma para outra, e se fosse seguindo fielmente a partitura o resultado seria o mesmo para as duas versões, mas não estou atribuindo juízo de valor, não sei até que ponto é vantajoso com ou sem partitura.
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OverZakk Veterano |
# ago/12
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Sim você pode!
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JJJ Veterano
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# ago/12
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Depende também da qualidade da partitura, né galera?
Se for extremamente acurada, com todos os detalhes representados, chega-se muito perto do esperado.
Mas... imagine um solo do Jimi Hendrix, cheio de ruídos, arranhões de palheta nas cordas, fogo na guitarra!!! hehehe... Colocar isso numa partitura é meio complicado. Claro que as frases "normais" podem ser colocadas (e é pra isso que serve a partitura!), mas é bom ouvir a performance do artista, se você quiser capturar nuances muito sutis para serem fielmente representadas no papel.
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suitsu Veterano |
# ago/12
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Vlw galera, agradeço a todos, só uma coisa, eu ja estudei toda a teoria, sei as notas, intervalos, claves, compassos, classificação das vozes etc...
O que eu não entendi é o seguinte, tipo ta la a partitura, ai tem uma semibreve na segunda linha com clave de Sol, então essa é a nota de sol, ai eu (no violão por exemplo) tenho que tocar a nota sol? ou o acorde de G?
Obs: desculpem a ignorancia, mas isso tudo eu aprendi sozinho e as apostilas não explicam isso direito.
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Luiz_RibeiroSP Veterano |
# ago/12
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suitsu Relaxa velho, tem uns caras aqui que pegam pesado também.
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suitsu Veterano |
# ago/12
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Luiz_RibeiroSP éé kkkkkkk
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Lelo Mig Membro
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# ago/12
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suitsu
Se têm uma nota apenas, é uma nota Sol (no exemplo que vc citou) e não um acorde.
Acordes são triades/tetras etc, ou seja, 3 ou mais notas em grupos.
Outra coisa, um violão de 19 casas têm aproximadamente 3 oitavas e 8 semi tons....você sabe identificar qual destes "Sol" é o que está grafado?
Não é tão simples quanto parece amigo.
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suitsu Veterano |
# ago/12
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JJJ Mas... imagine um solo do Jimi Hendrix, cheio de ruídos, arranhões de palheta nas cordas, fogo na guitarra!!!
hashaushauhsauhsaushaushaushaaha
Lelo Mig Vlw cara, sei que não é simples mas por exemplo eu me refiro ao Sol da oitava de Dó central, la na partitura como eu vou saber que esse Sol é da oitava do Dó central ou se é de uma outra oitava?
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suitsu Veterano |
# ago/12
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Alguem........
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Ken Himura Veterano |
# ago/12
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sebber O que eu quis dizer é que, por exemplo, se eu tocar a mesma música duas vezes consecutivas vão sair detalhes diferentes de uma para outra, e se fosse seguindo fielmente a partitura o resultado seria o mesmo para as duas versões, mas não estou atribuindo juízo de valor, não sei até que ponto é vantajoso com ou sem partitura.
Isso não vai acontecer, fique tranquilo. Você não vai conseguir tocar a mesma música exatamente da mesma forma nem que quisesse.
Lelo Mig Contudo, hoje em dia, com os meios de gravação e etc, ler partitura a este ponto (é bom, importante, cultura, etc) mas não é "absolutamente necessário". Depende, Lelo. Músico de estúdio tem que saber ler e ler pra caralho à primeira vista. Já vi gravações, por exemplo, que o "dono" da gravação adicionou um tecladista na formação na hora H, não tinha linha pra teclado. O cara pegou a grade, e à primeira vista, improvisou uma linha que ora dobrava com a guitarra, ora reforçava o baixo e ora era solo. Sem falar que deram pro cara liberdade sobre os voicings, ele fez várias inversões e aberturas... e tudo isso lendo a grade.
Outro caso comum da necessidade da leitura é quem quer trabalhar como músico acompanhador, geralmente pianista. Tem que ler muito bem pra isso.
JJJ Se for extremamente acurada, com todos os detalhes representados, chega-se muito perto do esperado.
Não tem como representar todos os detalhes, nem perto disso. A gente pode tentar escrever o máximo de detalhe que der, mas muita coisa da música vai só ser descoberta pelo intérprete após uma análise bem feita.
suitsu Vlw cara, sei que não é simples mas por exemplo eu me refiro ao Sol da oitava de Dó central, la na partitura como eu vou saber que esse Sol é da oitava do Dó central ou se é de uma outra oitava? Porque cada nota ali tá numa altura diferente. Na clave de sol, o dó central tá na primeira linha suplementar inferior, logo o sol da clave vai ser na oitava do dó central. Agora, o sol do espaço em cima da 5a linha vai ser uma oitava acima ao da clave. E por aí vai, pra cima e pra baixo. Por isso que tem tantas claves diferentes.
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kiki Moderador |
# ago/12 · Editado por: kiki
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suitsu Vlw cara, sei que não é simples exato, por isso é algo que se estuda, e inclusive alguns estudam por anos pra pegar fluencia.
se tem uma bolinha, é uma nota apenas. se é um acorde, vai ter várias notas (todas as que forem tocadas no acorde), ou uma cifra.
no mais, o nosso amigo Ken Himura já explicou muito bem.
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kiki Moderador |
# ago/12 · Editado por: kiki
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JJJ Mas... imagine um solo do Jimi Hendrix, cheio de ruídos, arranhões de palheta nas cordas, fogo na guitarra!!! hehehe... Colocar isso numa partitura é meio complicado. Claro que as frases "normais" podem ser colocadas (e é pra isso que serve a partitura!), mas é bom ouvir a performance do artista, se você quiser capturar nuances muito sutis para serem fielmente representadas no papel.
é que aí é uma questão de interpretação.
pense que quando foi inventada a partitura nao existia amplificação. a musica erudita nao era feita pra ser tocada de acordo com a individualidade do musico e sua interpretação. era pra dez violinos tocarem exatamente iguais e soarem como um só bem alto. pra isso, quanto mais "pura" a execução melhor, e a partitura cai muito bem pra isso.
esse espirito do jimmy hendrix nasceu com o jazz. ali os caras começaram a falar assim: "nao importa como foi composta a musica, eu toco ela assim"
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makumbator Moderador
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# ago/12 · Editado por: makumbator
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TG Aoshi Se ninguém postar antes (makumbator ou Ken Himura, =p), mais tarde eu monto uma resposta bem relevante sobre o assunto.
Ele chegou primeiro, e escreveu com bastante propriedade. Não preciso citar mais nada!
Ken Himura
É isso aí!
kiki a musica erudita nao era feita pra ser tocada de acordo com a individualidade do musico e sua interpretação.
Eu entendi o que você quis dizer, mas é importante reforçar que a escrita musical não elimina a individualidade de cada músico (principalmente quando se está solando). Mas obviamente ela serve muito bem para organizar grupos muito grandes, e também possibilitar o uso de naipes tocando a mesma linha(mesmo com as diferenças naturais e inerentes da individualidade de cada músico).
A partitura é um esboço e guia, aonde o executante (que é um artista) faz suas escolhas dentro da liberdade que a partitura permite, levando em conta o contexto histórico da peça e sua própria personalidade.
Se fosse como algumas pessoas pensam (que é sempre tudo igual) não haveria motivo de se ter várias gravações diferentes da mesma peça. Cada execução é de certa forma uma "nova" música. E isso independe dela ter sido construída tendo como base partitura ou meramente o improviso, tirada de ouvido, etc...
JJJ Mas... imagine um solo do Jimi Hendrix, cheio de ruídos, arranhões de palheta nas cordas, fogo na guitarra!!! hehehe... Colocar isso numa partitura é meio complicado.
É até possível escrever esses efeitos (a música contemporânea faz uso disso em partitura há décadas).
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kiki Moderador |
# ago/12 · Editado por: kiki
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makumbator ih, lá vem o mestre.
até lembrei do seu tópico sobre o improviso barroco enquanto tava escrevendo isso aí.
mas a verdade é que nenhuma escrita consegue detalhar a individualidade das interpretações, e aí é que tá a graça.
JJJ Mas... imagine um solo do Jimi Hendrix, cheio de ruídos, arranhões de palheta nas cordas, fogo na guitarra!!! hehehe... Colocar isso numa partitura é meio complicado.
É até possível escrever esses efeitos (a música contemporânea faz uso disso em partitura há décadas).
eu já vi uma partitura de cello que escrevia até pra prender um clips no cavalete. mas aí já é caso a caso...
[off: tem um tributo rolando, ce viu?]
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makumbator Moderador
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# ago/12 · Editado por: makumbator
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kiki mas a verdade é que nenhuma escrita consegue detalhar a individualidade das interpretações, e aí é que tá a graça.
Esse é o ponto! E nunca foi esse o objetivo da partitura (por mais detalhada que ela tenha se tornado ao longo dos séculos).
Se a gente parar para pensar, a partitura te dá até mais liberdade que tirar uma música através de uma gravação(pois ela deixa em aberto muitos detalhes). Antes da era das gravações, ninguém fazia "covers" no sentido que se tem hoje, então de certa forma ela pode ser mais libertária que uma gravação, que registra todos os detalhes sonoros em todos os aspectos...
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kiki Moderador |
# ago/12
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makumbator engraçado, eu penso isso da cifra, que é abrir completamente a harmonia e deixar livre. mas a cifra pressupõe a canção, que é um tema e uma harmonia, né?
é engraçado voce falar isso que a partitura deixa mais aberto, pois inventaram ela bem antes da gravação, entao essa falta de detalhes nao era assim intencional. eu acho que tentaram fazer o mais detalhado possivel...
mas eu sempre penso nisso, quando o pessoal comprava uma partitura ao inves de um disco, e tocava em casa no piano, devia sempre sair algo diferente, no tempo, no andamento, etc..
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makumbator Moderador
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# ago/12 · Editado por: makumbator
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kiki engraçado, eu penso isso da cifra, que é abrir completamente a harmonia e deixar livre. mas a cifra pressupõe a canção, que é um tema e uma harmonia, né?
A cifra (que assim como a partitura, não deixa de ser uma forma de notação) também te dá muita liberdade, pois ela te informa o acorde(e no máximo em alguns momentos alguns detalhes do "voicing específico"). Mas ainda assim cabe a você (executante) usar essa informação para construir um acompanhamento (ou solo, linha de contraponto, etc...) que faça sentido com o contexto do estilo (que é uma característica mais generalista) e dentro daquela música em particular.
A Partitura também nos informa muita coisa: o andamento, caráter, notas, ritmo, dinâmica, fraseado, e em aluns momentos também estabelece sugestões de timbre e técnica do instrumento em questão (digitação, respiração, golpes de arco, golpes de língua, etc...). Mas todo o resto (e ainda tem MUITA coisa) fica a cargo do intérprete.
Sem contar que sempre se pode tocar deliberadamente de maneira diferente da partitura, tendo-a apenas como base para um improviso ou versão.
mas eu sempre penso nisso, quando o pessoal comprava uma partitura ao inves de um disco, e tocava em casa no piano, devia sempre sair algo diferente, no tempo, no andamento, etc..
Claro! Inclusive, se a gente pensar na época que não havia metrônomo (que é do sec 19) cabia ao músico definir o tempo exato através da indicação do compositor(que além do tempo também define o caráter da peça ou trecho) e tendo como referência sua própria cultura e experiência. Mas ninguém esperava sempre um andamento X, pois havia margem de liberdade maior.
Hoje a gente pode pegar a gravação original e usar a função tap para descobrir a pulsação. Aí todo mundo sempre espera que vc toque nesse tempo. Ou seja, me parece que a era da gravação também nos deixou menos livre nessa área...
Hoje se você publicar um cover mais ou menos parecido ao original(ou seja, buscando uma certa semelhança), e sua versão estiver uns 5 ou 6 pontos mais lento ou mais rápido que a versão de estúdio, muita gente reclama...no passado não havia essa restrição.
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kiki Moderador |
# ago/12
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makumbator Hoje a gente pode pegar a gravação original e usar a função tap para descobrir a pulsação. Aí todo mundo sempre espera que vc toque nesse tempo. Ou seja, me parece que a era da gravação também nos deixou menos livre nessa área...
Hoje se você publicar um cover mais ou menos parecido ao original(ou seja, buscando uma certa semelhança), e sua versão estiver uns 5 ou 6 pontos mais lento ou mais rápido que a versão de estúdio, muita gente reclama...no passado não havia essa restrição.
sabe que eu tava pensando algo parecido ontem de noite?
eu percebi que minhas gravações, exceto quando é só violao, sempre vão ter um metronomo definido, uma vez que minha rotina é escrever a bateria midi no ezdrummer (tecnica makumbeira) e ir gravando por cima e acertando os detalhes. isso dá uma certa rigidez de tempo, né? não fica tao perceptivel no final, mas a musica assenta numa base mecanica no fim das contas...
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JJJ Veterano
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# ago/12
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Acho que acabei inflamando o tópico e criando uma discussão paralela...
Fiquei aqui pensando se as composições clássicas anteriores ao evento da gravação eram realmente interpretadas tão "mecanicamente" assim... Será que Mozart não dava uma de "Hendrix" e tocava com a boca ou tacava fogo no piano de vez em quando? hehehe
Brincadeiras a parte, eu acho que grandes gênios criativos não combinam muito com uma reprodução muito certinha das coisas. Pena que nunca ouviremos uma gravação REAL dos grandes mestres clássicos (a menos que alguém invente uma máquina do tempo).
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suitsu Veterano |
# ago/12
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Ken Himura Caramba... como não pensei nisso?? Vlw cara, muito obrigado. Ajudou pra caramba
JJJ Acho que acabei inflamando o tópico e criando uma discussão paralela... Que nada cara, eu aprendi muito com essa "discussão paralela" de vcs....
Será que Mozart não dava uma de "Hendrix" e tocava com a boca ou tacava fogo no piano de vez em quando? hehehe
hahsuahsuahsuahsua, fogo no piano foi brabo xD
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