Jonatas Edward Veterano |
# mar/11 · Editado por: Jonatas Edward
O disco inteiro pra quem não tem paciencia de baixar(eu recomendo muito):
Resenha do administrador Codex,do forum radioheadbrasil.forumeiros.com :
Pronto falei.
Com o lançamento do novo disco do Radiohead, e com o "senso comum" imediatista e os espetaculos midiaticos, será um The king Of Limbs um disco voltado pra eletrônica???
Antes de refletir sobre isso, não seria melhor ouvir os gemeos Kid A/Amnesiac? eles são eletrônico? Pq são? pq não são?
Thom Yorke confessadamente aprecia techno desde sempre (numa entrevista a Simon Reynold ele afirma que coleciona disco da Warp desdo Pablo Honey)
Também é notorio seu desencanto com a melodia (a melodia convencional do rock) e com sua voz nos meados de 99/2000.
Então Surge Kid A pra afastar/expulsar fãs de ocasião e delimitar o dominio sobre seu púbico. Mas é um disco eletrônico o Kid A? NAO. É um disco que têm uma fluidês eltrônica, é sim um disco de uma banda que arriscou, abraçou a influência de Charles Mingus/Miles davis e Alice Coltrane e da Warp. Mas todas as canções tem a banda como a engrenagem máxima. Todos os sons são organicos em sua fuidês mas é claro envolvidos em muitos efeitos e maneira de compor não antes vista.
Já Amnesiac já é chavão chama-lo de "eletrônico" é uma Tag que parece que veio coloda na embalagem invisível do disco. Amnesiac é eletrônico? Não, mais uma vez o disco tem uma fluidês/dinamica eletrônica. Exemplo clássico: Packt Like Saidines...Uma canção com muitos efeitos sintético agregados à uma forte linha de baixo e soterrado pelas duas guitarras, do Ed e do Jonny. SIM, oq se ouve ali são efeitos sinistros de guitarra.
Pra acompanhar a fluidês eletrônica de um disco organico como Amnsiac, recomenda-se o lendário show deles em Paris em 2001. Na verdade kid a/Amnesiac são quase discos de free jazz, com influencia IDM e pouco espaço para o lugar comum.
e The King Of Limbs, é eletrônico?. NAO.
Há sim uma fluidês eletrônica sobretudo em "Feral" mas mesmo nela há um linha de baixo envolvente e hipnotica.
Quem tiver realmente paciecia pra estudar o disco, notará que ele é meio que dividido em 2 momentos.
Na primeira parte que começa em Bloom e vai até Feral, há uma banda disposta a ruptura ritmica, compassos improvaveis, linhas de baixo e bateria incomuns. E na segunda parte, de Lotus à Separator, o velho Radiohead, com suas notas dissoantes, sua maneira de tocar piano sempre peculiar, sua fluidês visivelmente organica, sua classisismo que vem desdo Bends.
Há eletrônica em The King Of Limbs?
POUCA.
Na verdade, há muitos loops, mas nenhuma canção é sustentada só com loops. Há tb muitos efeitos, contratempos, os samples do Jonny estão presentes sobre tudo em Lotus e em Separator, causando um efeitos cascata na voz do thomas.
Pra quem se propoe a conhecer o quase impenetrável disco, ouvirá uma orquestração em Bloom, uma das canções mais krautrock do Radiohead. Tres canções ao mesmo tempo, Phil num andamento, Colin em Outro, o thererim 9q pode ser piano, q tb pode ser o Ondes Martenot) em outro e o vocal do thom perdido em outra galaxia.
Em MorningMrMagpie já uma guitarra abafada que a príncipio pensei que fosse o baixo, uma maneira incomum de tocar, criando um efeito tenso, Phil mais uma vez num contratempo alucinante, Thom com vocal drogado, uma das canções mais bem trabalhadas do disco.
Há orquestração tb em Codex, sample na voz do Thom (como em Pyramid e You and army), ha arranjo de guitarra em separator, começando pelo solinho do Jonny pra depois se misturar ao efeito na guitarra do ed e ambos se abraçarem, lembrando Blow out.
Ha violão em GiveUpTheGhost e um linha de dedilhação possivelmente do jonny tb. tb há violão em LittleByLittle, com sua bateria alienigena, baixo folk, baiao e psicodelia? tudo, menos eletronica.
RESUMINDO. Se colocar um bom par de fones de ouvido e ouvir o disco todo em suas nuncias, verá que tanto Kid A/Amnesiac/TKOL são disco mais jezzy que eletrônicos, são disco mais krautrocks que discos realmente com uma estrutura sintética.
O Radiohead reselveu desenstruturar o som do OKC, fragmentando seu som, pra que seu andamento soasse eletrônico, isso causa um efeito muito poderoso, uma especie de ilusão auditiva, tamanho é o telanto do ingleses e o dominio de sua tecnica. Mas, chegando bem perto, notaremos que as guitarras nunca deixaram de ser tocadas, nunca o Phil abandonou as baquetas, a banda sempre trabalhou sua base forte mas agregando novas possibilidades.
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