Echo Delta Veterano |
# ago/07
Um amigo americano contou-me uma história sobre o grande violinista Itzhak Perlman. Perlman contraiu pólio na infância, e desde então vive numa cadeira de rodas. Em certa ocasião, estava dando um concerto de violino quando, com um som audível, uma das cordas partiu-se no primeiro movimento. Todos esperavam para ver o que ele faria.
Com surpreendente virtuosidade, ele continuou como se nada tivesse acontecido, tocando até o final apenas com as três cordas remanescentes. Os aplausos, quando terminou o concerto, foram ensurdecedores, não somente por seu desempenho como também por seu sangue frio em continuar, imperturbável. Quando o barulho recrudesceu, ele foi chamado a dizer algumas palavras para a audiência. Sentado em sua cadeira de rodas, um símbolo vivo de coragem, ele disse apenas uma frase: "Nosso trabalho é fazer música com aquilo que resta."
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