Zeitgeist - O novo disco dos Smashing Pumpkins

    Autor Mensagem
    edmilson bueno ribeiro
    Veterano
    # ago/07


    ATENÇÃO:se vc nao tem o menor apreço pela banda citada no titulo do topico, peço com gentileza q nao poste nada q nao contribua com o crescimento do forum.Obrigado.

    mes passado foi lançado mundialmente o setimo disco, depois de sete anos parada, (na verdade tinha acabado)Zeitgeist, que agora ja esta disponivel em versao nacional, vou postar duas resenhas pra vcs terem uma ideia

    A primeira é de um cara da maior comunidade dos pumpkins no orkut,fernando ele estuda publicidade e tem uma visao boa, sabe escrever bem, na segunda um review de Susana Jaulino do site hiddentrack.net

    Escolhi o dela pq foi o mais sensato, a maioria dos pseudo criticos e bloggeiros se nao diziam q nao era a mesma banda e tals pq nao tem dois integrantes originais(james iha guitarra, e d'arcy wretzky), ou nao é como um siamese dream ou melloncolie da vida ou pior diziam tbm q estama meio new metal ou.. nossa muitas bobagens rs.

    Nao se esqueçam o primeiro review ta na visao de um fã e a segunda na de uma critica.

    Zeitgeist | ★★★★☆ | Nota: 8,0 - 9,0
    Sete anos, 50 minutos, e quase meia-noite. Os anos noventa acabaram, e desde o fim do Smashing Pumpkins, muita coisa mudou no mundo, inclusive o relógio que marca as horas para seu fim. Sim, apocalíptico.

    Zeitgeist, referência ao termo alemão do filosofo Hengel para “o espírito dos tempos”, inicia a fotografia do mundo contemporâneo começando pelas coisas mais decorrentes da atualidade, seja onde você viver: “Estão todos com medo? Estão todos envergonhados?”. A frase em questão é vinda de um americano, que vive e ama seu país, mas pode ser dita para qualquer um.

    Billy Corgan ainda faz referências a outros filósofos e grandes nomes da literatura, como Kafka, autor conhecido por escrever histórias em que os temas “alienação” e “perseguição” são bem decorrentes, e Nietzsche, com seu “Sobre as Tarântulas”, a representação do espírito da vingança. O “Aqui e o Agora” fugaz, termo utilizados para definir o mundo pós-moderno, onde os conjuntos de valores se chocam em escala global, é citado em algumas faixas, mas percebido em todas.

    Agora você já tem certeza que o disco é fruto de um trabalho que se prende ao presente, e não ao passado. O passado já ficou para trás, D’Arcy e James estão neles, e a banda não faz questão nenhuma de esconder isso: Sem backvocals femininos, por mais que isso já fosse escasso, múltiplas camadas com a voz de Corgan substituíram de vez o que em tempos de Adore e Machina pareciam servir para confundir o ouvinte sobre o dono da voz de fundo, algo feito para preservar a essência da banda; As guitarras de James Iha também não estão lá, e dessa vez, todos tem certeza disso. Se faz falta? A resposta é sim, mas a banda ganha os pontos por não optar pelo fingimento de ser o que já não é.

    Sendo assim, a bateria de Jimmy Chamberlin também ganha ênfase, algumas vezes, lembrando épocas de Gish. United Stetes, impressionantemente gravada em apenas um take, é um dos pontos altos, não apenas do disco, mas de toda a carreira da banda. Isso, em termos de bateria, pois os efeitos vocais de delay usados na faixa soam no mínimo desnecessários e exagerados, e fazem ela não ser totalmente redonda. Outras vezes, é a fase Machina que vem à memória, como no caso de Bleeding The Orchid, lembrando a versão leve de Speedy Kills.

    Starz, seja lá qual apego Billy tenha com a letra "z", é um dos pontos altos do disco - Um clima soturno e obscuro permeia a música, como se adentrasse a escuridão da noite sem destino, até o limite do suportável em que guitarras distorcidas soam como uma chuva de estrelas cadentes. Enquanto ouvir uma voz ressoar que "o que machuca mais é sabermos que somos livres", é inevitável perguntar-se qual caminho está seguindo - sim, evidentemente estamos buscando o destino.

    Neverlost é ouvida como primeira baixa do disco. Não culpo a música, culpa a disposição dela no álbum, uma canção tão tranqüila ser a sequência de United States, deixa a sensação de coito interrompido, mesmo assim, ela é a prova e o fruto da variedade musical da banda - isoladamente a faixa me agrada muito. Ao seu fim, a música que mais me surpreendeu no disco, Bring The Light, começa com um ritmo dançante, o que causa certa estranheza, e então ela te leva para um novo lugar e continua evoluindo até que solos de guitarra comecem a forrar uma cocha de finos fios cortantes.

    Não poderia deixar de falar de (Come On) Let's Go!, pois estaria cometendo uma injustiça. A princípio, a música me chegava aos ouvidos como algo que se encaixaria no repertório do Zwan, devido ao primeiro "(Come On) Let's Go" cantado pelo Corgan, que relembra a primeira frase de Come With Me. Depois disso, novas referências foram surgindo: Starchildren na veia, a faixa Delusions of Candor é uma boa pedida para acompanhar. Nas primeiras audições do disco, achei que a música fosse algo "esquecível", que apenas completava o álbum, até que um certo dia acordei assoviando a melodia e ela me ganhou de vez: eu sou um traído.

    As duas últimas músicas do disco, são as faixas de fechamento. Essa frase pode parecer ridícula, mas basta examinar todos os discos dos Pumpkins e veremos duas canções com uma aura diferente das outras. Destaque para Pomp and Circumstances, e apezar das brincadeiras envolvendo o nome da Enya, consigo ver algo de mais vanguardista na música, vanguardista com a Björk, unindo-se às mais clássicas guitarras, inspiradas em Queen, que invadem o que de etéreo há na música.

    O disco chega ao fim e você pensa "já acabou?". Sim, Zeitgeist não peca na produção, não peca na extensão, e nem na quantidade de faixas. É exatamente o que hoje em dia parece já ser coisa de um passado distante e quase esquecido: o bom e velho rock and roll, curto e grosso. Por esse mesmo fato, causará estranheza naqueles que estão acostumados a dançar em pistas quentes ao sou de Klaxons/Arctic Monkeys ou qualquer outra coisa pasteurizada vinda do novo rock (inglês).

    edmilson bueno ribeiro
    Veterano
    # ago/07 · Editado por: edmilson bueno ribeiro
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    O esperado álbum dos Smashing Pumpkins é, quer se goste ou não, um dos lançamentos mais avidamente aguardados deste ano. O sexto registo oficial dos Pumpkins será recebido num misto de sensações obviamente difusas, como é já comum a todos os regressos mais ou menos inesperados, como foi o caso da banda. Existiu um hiato de sete anos entre as edições de Machina/The Machines Of God (2000) e do novíssimo Zeitgeist. Como qualquer arte, também a música evoluiu neste espaço de sete anos. Como qualquer ser intelectualmente activo, também nós evoluímos nos últimos sete anos, ou pelo menos espera-se que o nosso ouvido atento tenha evoluído. Sem James Iha ou D’Arcy Wretzky, a música da banda de Chicago seria outra. Mas sete anos depois, os Smashing Pumpkins também já não seriam os mesmos.

    O primeiro tema, “Doomsday Clock” abre de um modo invasivo e arrebatador, mais pesado do que poderia eventualmente ser esperado. Entra a voz de Billy Corgan como sempre a conhecemos, num timbre demasiado peculiar para poder ser imitável. Com um refrão que facilmente se cola ao nosso ouvido, a abertura de Zeitgeist é feita através de um tema forte e pesado que se torna ao mesmo tempo bastante catchy, característica que de resto “7 Shades of Black” vai acompanhar, num nível ligeiramente acima do primeiro tema, sobretudo pela sua dinâmica mais elaborada, deixando de imediato uma impressão forte e agradável do álbum.

    Depois de um início à máxima velocidade, impõe-se a primeira faixa de recobro do trabalho, “Bleeding The Orchid”. Não se tratando de um tema em jeito de balada, nem nada que se pareça com tal conceito, este tema mantém a sonoridade densa dos dois primeiros, mas sem a acidez e energia inebriante que transparece destes. O que “Bleeding The Orchid” tem que falta aos dois temas anteriores, é a melancolia amarga característica dos Smashing Pumpkins, quer nas palavras de Corgan, quer na sua própria interpretação. São este tipo de emoções que fazem de “Bleeding the Orchid” o primeiro grande momento de Zeitgeist. A faixa que se lhe segue, “That’s The Way (my love is)”, é a primeira que mais facilmente associamos a trabalhos anteriores dos Smashing Pumpkins, ficando no entanto aquém dos três temas que até então vão compondo o trabalho.

    Ao quinto tema chegamos ao primeiro single do álbum, “Tarantula”, uma fusão da abordagem mais pesada que paira sobre Zeitgeist, com temperos de todos os quadrantes que compuseram a música dos Smashing Pumpkins ao longo da carreira da banda. A escolha deste tema como single foi uma manobra inteligente. “Tarantula” mostra as duas faces da moeda, ou seja, num só tema os Smashing Pumpkins mostram como se mantiveram fiéis ao som muito próprio que criaram, mas também que todas as bandas passam por uma evolução. Billy Corgan está, de resto, irrepreensível neste tema, quer a nível da interpretação, quer a nível da execução da guitarra, sendo que é ao nível das cordas que se nota mais a progressão da banda.

    O ponto médio do trabalho traz-nos um tema que acaba por ocupar demasiado tempo e espaço em Zeitgeist. “Starz” não acrescenta nada de diferente a este trabalho. Instrumentalmente é até interessante, mas a insistência demasiado enfadonha de Corgan na repetição de “we are stars, we are”, vai ajudando a tornar “Starz” uma espécie de patinho-feio deste trabalho, sendo um tema que se torna demasiado monótono. “United States” acompanha um pouco esta tendência. De natureza épica, o destaque aqui vai para o baterista Jimmy Chamberlain, numa execução implacável que dura os cerca de dez minutos que compõem o tema. Por seu lado, Billy Corgan (também ele irredutível na guitarra) optou mais uma vez por uma interpretação que nada acrescenta a este registo, acabando numa cadência mais ou menos circular nos momentos em que “United States” é dotada de voz. Essencialmente, tudo o que de realmente bom transparece deste tema sai da guitarra de Corgan e da bateria de Chamberlain, numa agressividade crescente, rara na música dos Pumpkins, e que por isso mesmo, acaba por fazer de “United States” um tema deveras interessante, ao qual corresponde uma apreciação obrigatoriamente cuidada e cuidadosa, para não nos perdermos na (surpreendentemente) fraca interpretação de Billy Corgan.

    “Neverlost” recupera o ambiente criado por “Bleeding The Orchid”, ainda que numa abordagem ligeiramente mais electrónica, mas não menos forte, a fazer recordar determinados momentos de Adore (1998), numa atitude quase revivalista. “Bring The Light” segue-se na ordem do registo, e este par de temas parece abandonar as sonoridades mais pesadas da primeira metade do trabalho. No entanto, “Bring The Light” é um tema aborrecido e desinteressante. Zeitgeist vai-se tornando um trabalho heterogéneo e de complexa solubilidade, não fluindo nem se misturando facilmente dentro de nós.

    “(Come on) Let’s Go!” recupera de forma ágil a energia dos primeiros temas e já em jeito de desfecho, “For God and Country” surge num modo electrónico, que embora se descole completamente das sonoridades de Zeitgeist, acaba por se tornar um dos temas mais resistentes ao esquecimento deste registo, ilustrando com música a capacidade criativa dos Smashing Pumpkins. O registo termina com “Pomp and Circumstances”, um tema tão dispensável quanto aborrecido, que acaba por nos deixar um sabor meio amargo na boca, tendo em conta a excelente meia hora que inicia o álbum.

    Zeitgeist é provavelmente o trabalho com maiores oscilações da carreira dos Smashing Pumpkins. Encontramos grandes temas, verdade indiscutível, mas tropeçamos noutros que até custa a crer que estejam incluídos no mesmo álbum. O regresso dos Smashing Pumpkins não deixa de ser bem assinalado com a edição deste trabalho, cuja palavra que melhor lhe assenta é, sem dúvida, agridoce, por todos os momentos mais ou menos estranhos e mais ou menos agradáveis. Tal como o próprio sabor em si, este disco será muito apreciado por uns e muito detestado por outros.



    Classificação: 3 estrelas e meia(de 5)

    Lista de Músicas:

    1 - Doomsday Clock
    2 - 7 Shades Of Black
    3 - Bleeding The Orchid
    4 - That’s The Way (My Love Is)
    5 - Tarantula
    6 - Starz
    7 - United States
    8 - Neverlost
    9 - Bring The Light
    10 - (Come On) Let’s Go!
    11 - For God And Country
    12 - Pomp And Circumstances


    OBS:Nos encartes e na capa do primeiro single "tarantula" foi tirado fotos da "famosa", nao consegui achar uma palavra ou ocupaçao pra Paris Hilton kkkk, ninguem entendeu nada e tem mais, na verdade billy queria uma foto com paris, britney spears e lindsay lohan, mas ele disse q issa ficaria inviavel, pq haveria um conflito de belezas hahá.

    Baixem o disco que vale a pena!

    billy ramone
    Veterano
    # ago/07 · Editado por: billy ramone
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    edmilson bueno ribeiro

    Talvez seja porque sou fã, mas nao gostei da resenha feita pela critica
    Tinha destacado no outro topico "7 Shades Of Black" que eh uma otima musica, mas o resto do cd tambem eh muito bom, claro que ha exceçoes, nao gostei de jeito nenhum das musicas "United States" e "Pomp and Circumstances"

    OBS:Nos encartes e na capa do primeiro single "tarantula" foi tirado fotos da "famosa", nao consegui achar uma palavra ou ocupaçao pra Paris Hilton kkkk, ninguem entendeu nada e tem mais, na verdade billy queria uma foto com paris, britney spears e lindsay lohan, mas ele disse q issa ficaria inviavel, pq haveria um conflito de belezas hahá.


    Fiquei sabendo, eh muito estranho mesmo, nem sabia que o Billy tinha feito as pazes com a Britney (ha um tempo atras houve treta entra eles)

    Baixem o disco que vale a pena! (2)

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