Após alguns dias --- Confira aqui como foi o G3 SP

    Autor Mensagem
    jOe_RaMoNe
    Veterano
    # nov/06


    Esse show era muito aguardado. Os ingressos começaram a ser vendidos no início de setembro. O show do dia 27 começou às 21h55, ou seja, 5 minutos antes do previsto e se encerrou às 2h00. No dia 28, também foram 4 horas de show com os, até que curtos, intervalos entre cada artista. O som do Credicard Hall estava muito bom. A casa estava praticamente lotada nos dois dias sendo que, no sábado, havia mais gente que na sexta.

    A seqüência de shows foi: Eric Johnson, John Petrucci, Joe Satriani e G3, obviamente com os 3 no palco. São três guitarristas de estilos bastante diferentes, porém complementares, o que deixou as noites muito agradáveis e nada enjoativas. São monstros de técnica e conhecimento da guitarra.

    Eric Johnson
    Com um visual de camisa e calça social, sapato e uma atitude ‘low profile’ no palco, Eric esbanjou musicalidade com seu fraseado rápido, particular, extremamente limpo e harmonicamente rico. Trouxe para o Brasil apenas duas guitarras Fender Eric Johnson Signature (uma preta e outra vermelha, ambas com escudo branco) e utilizou 3 amplificadores: 2 Fenders Twin Reverb e um antigo Marshall Plexi.

    Acompanharam-no em sua banda os músicos Tommy Taylor - bateria (Christopher Cross, Doublé Trouble) e Roscoe Beck - baixo (Leonard Cohen, Robben Ford, Jennifer Warnes e Dixie Chicks). Suas músicas, marcadas por uma levada Jazz Rock, com bastante influência de Blues e Country empolgaram bastante o público.

    O som da casa estava extremamente limpo e definido, fato que ajudou a perceber bem o timbre único que Eric Johnson obtém de seu equipamento e de suas mãos. Sua sonoridade, que por vezes lembra instrumento de sopro e outras vezes lembra piano, teve um grande destaque nas duas noites.

    Em um momento do show, disse que era sua 1ª vez em São Paulo e 1ª vez no Brasil, e que estava surpreso e elogiou o público de forma enfática. Roscoe Beck demonstrou através de sua atitude uma grande satisfação de estar tocando no Brasil, tamanha a interação que o público apresentava frente à banda. Confira o ‘set list’:

    - Summer Jam
    - My Back Pages
    - Trademark
    - Brilliant Room
    - Manhattan
    - SRV
    - Morning Sun
    - Columbia
    - Desert Rose
    - Cliffs of Dover

    jOe_RaMoNe
    Veterano
    # nov/06
    · votar


    John Petrucci
    Veio ao palco o 2º virtuoso da noite. Iniciou o show com sua guitarra de 7 cordas Music Man John Petrucci. Nas demais músicas utilizou o protótipo de seu novo modelo de MM JP de 6 cordas. Usou com o G3 seu ‘rig’ simplificado: tinha no palco duas caixas Mesa/Boogie Road King, e em seu ‘rack’ duas cabeças Mesa/Boogie Road King também, além de vários efeitos.

    Seu som estava impecável. Tocou apenas músicas de seu trabalho solo, “Suspended Animation”. Vieram com Petrucci o baterista Mike Portnoy (Dream Theater) e o baixista Dave La Rue (Dixie Dregs, Steve Morse Band, Vinnie Moore).

    Com um som bem pesado e melódico ao mesmo tempo, Petrucci fez um show fantástico e demonstrou que esta com uma técnica espantosa, principalmente tratando-se de suas palhetadas assustadoras e de sua habilidade de permanecer em alta velocidade no instrumento por longos períodos.

    O público delirou com “Glasgow Kiss” e “Damage Control”. Petrucci percebendo a excelente reação, falou ao microfone “São Paulo, é maravilhoso, como sempre, tocar aqui. Vocês são espetaculares”. Dava para sentir sinceridade nas palavras dele. Suas duas noites foram fantásticas.

    Portnoy foi um show à parte: mostrando-se muito bem humorado, e dono de uma segurança absurda na bateria, brincou bastante com os ‘roadies’ e técnicos e conseguiu mesmo, ao jogar, durante a execução das músicas, diversas vezes a baqueta para eles e pedir que a devolvessem. Quando os ‘roadies’ conseguiam jogar a baqueta direito para o Mike, ele a pegava e continuava a música com a maior naturalidade. Várias vezes os ‘roadies’ erraram o retorno da baqueta. Ele também às vezes no meio da música batia a baqueta na caixa com forca e a baqueta subia alto e, às vezes, caía na sua mão de volta, às vezes não. Isso tudo foi muito divertido, e trouxe um entretenimento extra ao show de Petrucci. Segue o ‘set list’ da apresentação:

    - Jaws of Life
    - Glasgow Kiss
    - Lost Without You
    - Curve
    - Wishful Thinking
    - Damage Control

    jOe_RaMoNe
    Veterano
    # nov/06
    · votar


    Joe Satriani
    Tudo ficou escuro e logo veio o som de sintetizador com umas vozes, barulho ao fundo, uma microfonia de leve e surge o acorde Lídio de “Flying in a Blue Dream”. O público ficou enlouquecido.

    De repente, percebi o Satriani com aparência preocupada fazendo sinais para sua equipe técnica. Ele ía para frente e para trás do palco, próximo de seu amplificador, seus técnicos mexiam nos cabos dos monitores, nos microfones das caixas, etc., e nada do Joe se acalmar. Terminou a música e ele praticamente largou a guitarra no chão do palco e foi falar com os técnicos. Havia um problema com os retornos e ele não se ouvia, não podia ir para a frente do palco (este problema ocorreu somente na 1ª noite).

    Rapidamente solucionado o problema, Joe retornou e o show seguiu maravilhosamente bem. Teve a sessão mais longa da noite também. Joe utilizou 4 guitarras: JS 1000 WH, JS 1200 Candy Apple, JS 1000 com a pintura da capa do Super Colossal e a JS Chrome Boy (toda cromada).

    Joe aparentemente ficou surpreso e muito contente (abriu um grande sorriso), quando ao iniciar a “Cool #9”, teve o público em coro fazendo sua melodia. Eu não esperava tanto de músicas como “Super Colossal” e “Crowd Chant”, mas ao vivo elas funcionaram bastante, e o público respondeu muito bem ao coro desta última.

    Quando imaginava que terminaria a parte do Satch, ele iniciou a “Always With Me, Always With You”, e a interpretou de forma magistral. Mais uma vez, quando imaginei que terminaria essa etapa da noite, o Joe não parou de dedilhar ao final da musica, e embalou de forma instrumental no refrão da “With a Little Help from my Friends” dos Beatles.

    Foi acompanhado por Jeff Campitelli, parceiro seu já há muitos anos na bateria, Dave LaRue no baixo (novamente, pois também acompanhou o Petrucci) e Galen Henson, de ‘sideman’ na guitarra. Confira o ‘set list’:

    - Flying in a Blue Dream
    - The Extremist
    - Redshift Riders
    - Cool #9
    - Satch Boogie
    - Super Colossal
    - Just Like Lightnin’
    - Crowd Chant
    - Summer Song
    - Always With Me, Always With You

    jOe_RaMoNe
    Veterano
    # nov/06
    · votar


    G3
    Enquanto Satch fazia o refrão da “With a Little Help from my Friends”, entrou o John Petrucci no palco e mandou um solo maravilhoso nela. Instantes depois veio o Eric Johnson e solou também. Foi muito lindo esse momento, pois além dos solos fantásticos, não esperávamos que não houvesse interrupção para o inicio do G3. Nas edições anteriores, o Satriani saia do palco e o G3 vinha para um último bloco.

    Com os 3 guitarristas no palco (e o ‘sideman’ do Joe, inclusive), Eric, dono de uma boa voz e acostumado a cantar bons blues, cantou “Voodoo Child” e “Red House” e fez ‘backing’ na “Rockin’ in the Free World” que foi cantada pelo Satriani.

    Para finalizar, apesar de grande guitarrista, não senti falta do Steve Vai. Foi um show animalesco quanto à qualidade sonora, de produção, de músicos, etc. Imperdível.







    Por José “Xinho” Luis de Almeida

    Caio Feres
    Veterano
    # nov/06
    · votar


    Belo review!

    MELHOR SHOW QUE JÁ FUI.

    Aliás, os dois melhores. =]
    Dois dias de G3. x)

      Enviar sua resposta para este assunto
              Tablatura   
      Responder tópico na versão original
       

      Tópicos relacionados a Após alguns dias --- Confira aqui como foi o G3 SP