| Adler3x3 Veterano
 | # jul/18 · Editado por: Adler3x3 · votar
 
 Olha encontrar o material que você quer não vai ser fácil não, principalmente partituras.
 E se faz necessário distinguir partitura de midi.
 A partitura deveria ser mais completa, indicando a dinâmica das notas, com todas as informações (uso pleno da teoria musical) para uma boa execução.
 E isto não acontece, a maioria das partituras é bem simples.
 Quando se converte a partitura para midi, é necessário fazer muitos ajustes, o midi seria uma forma de interpretação da música.
 E para isto funcionar bem tem que saber sequenciar.
 
 Vai depender também da DAW que você usa ou vai usar.
 Tem algumas que são mais dedicadas a música eletrônica como:
 Reason, Ableton, Bitwig, Fl Studio ou outras.
 E também vai ter que ter uma ampla biblioteca de instrumentos virtuais e loops.
 Encontrar partituras mais difícil ainda, o que mais se encontra são arquivos midi que depois podem ser transformados na pauta da partitura.
 Mas ao fazer esta transformação de midi para notação musical muito se pode perder.
 O mesmo é válido para o inverso, partitura -> midi.
 
 Mas a realidade é que a maioria destes midis são muito mal feitos,tem poucas instruções, raramente são caprichados, tem somente o básico, que são as notas,mas muito mal arranjados.
 Cada estilo tem as suas características próprias, o ritmo a pulsação, cada compasso é um compasso.
 Muitos midis que tem por aí destroem o ritmo do estilo e são destituídos de dinâmica.
 O reflexo é notório principalmente na música atual EDM, a maioria das edições não tem dinâmica, a pulsação esta gravada errada, pois o sequenciamento foi mal feito, não respeitando a boa teoria musical.
 Exemplo: podem escutar as músicas linkadas do EDM posto pelo Casper com boa intenção e ajuda.
 Mesmo nos estilos mais modernos, que muitos deploram, o estilo original tinha um ritmo, que é desconhecido pela maioria dos ditos produtores profissionais.
 Em qualquer estilo pode-se aplicar a boa técnica musical, cada estilo tem  as suas notas fortes e fracas, o que esta destruído na maioria destas gravações, som alto é uma coisa, som bem gravado é outra.
 Faltam bons designers de áudio para produzir instrumentos apropriados ao estilo.
 
 Tempos atrás me aventurei nesta linha, que é muito ampla e até adquiri muitos samplers (loops) e arquivos midi ditos profissionais, mas foi uma ilusão e desperdício, tudo muito superficial e cru.
 Isto mesmo em sites de vendas que se dizem profissionais e tem altos volumes de vendas, mas são fracos.
 
 Eu queria saber como se fazia, e foi uma decepção só, percebi que o material era muito pobre,  e que o meu conhecimento era superior ao deles, e joguei um bom dinheiro fora, e bem dizer não aprendi nada, ou o que aprendi é de como não fazer.
 Não que eu seja superior, tenho muito a aprender, mas por favor,os midis e loops que eles produzem são muito fracos e pecam nas técnicas básicas, além da ausência de outras informações como o tom, instrumento utilizado e falta de organização básica mesmo só para citar alguns problemas destes arquivos ditos profissionais (sic).
 
 Muitos que vendem produtos de música eletrônica são muito fracos em teoria musical, e cometem muitos erros,  dá até para dizer que os arquivos, projetos, loops, midi e outros recursos e técnicas de mixagem e masterização são horríveis.
 Muitos kits de vários estilos, mas que não se consegue compor uma música razoável, pois falta coerência musical nos clips de áudio e midi, entram em cena muitos conflitos de difícil solução, tem muitas poucas opções de variações nas batidas, e não se pode ser criativo na geração de progressões.
 Uma boa produção exige muita edição, mas exige também conhecimento musical, e acima de tudo conhecimento de técnicas de uso dos softwares.
 Tem muitos conflitos, muitas vezes o nível de volume esta lá no extremo no midi, e no software virtual esta no mínimo e depois aplicam efeitos maximizadores na master track.
 
 Muitos colocam a culpa no midi, mas não é verdade.
 A verdade é que estes midis são muito ruins, faltam instruções, cometem erros na velocidades das notas, no volume,na expressão, e muitas outras imperfeições e erros grosseiros extremos.
 A culpa não é do midi e sim de quem sequenciou.
 É um reflexo do nível musical muito baixo que ocorre mundo afora, não é um problema somente do Brasil, o nível em geral esta muito baixo, toda uma geração de cretinos.
 
 Cada caso é um caso, cada música é uma música, depende do instrumento virtual, o mesmo arquivo midi mesmo que bem feito, pode não soar bem conforme a biblioteca de instrumentos virtuais de uma marca para a outra, sempre vai exigir uma edição especial dedicada ao que cada instrumento virtual pode oferecer.
 Num determinado instrumento virtual o pianíssimo pode soar como forte e outras variações, o que exige cuidados na edição.
 O processo de humanização pode as vezes em parte ser feito não tudo em midi, mas sim conforme os recursos que o software em uso pode oferecer, principalmente o uso de articulações e níveis de volume e expressão e uso conforme a DAW de linhas de automação.
 
 Então cuidado nas compras, tem um gurizada que se aventura na produção deste material que você quer, mas o resultado é terrível, um tutorial pior que o outro, arquivos de projetos incompletos e mal feitos.
 Midis profissionais de verdade são muito difíceis de encontrar, 99% ou mais são  lixo.
 
 Então procurei outras ferramentas auxiliares, e uso várias daws diferentes, para aproveitar o que cada uma tem de melhor na produção.
 Assim como softwares específicos para a produção de midi, e uma infinidade de plugins (efeitos e auxiliares) e bibliotecas de instrumentos virtuais.
 E para montar um bom setup é necessário ir aos poucos na linha do tempo avançando, e vai exigir um bom investimento financeiro, muitos softwares podem custar até mais que um bom teclado, e instrumentos virtuais podem também custar mais do que uma boa DAW e até mais que um teclado razoável.
 Os softwares de última geração deixam gravado dentro do áudio marcas de registro legal.
 Assim deve-se utilizar somente softwares legalizados, que se pode adquirir de acordo com a situação financeira particular de cada um.
 
 Exemplos:
 DAWS dedicadas a pura música eletrônica:
 - Fl Studio, Ableton Live e Reason, que podem ser integradas através de processos com o recurso rewire, fica um trio ultra poderoso.
 - Editores de partitura:
 MuseScore (editor gratuito) e Notion (pago, mas tem o recurso rewire)
 
 Outras DAWs:
 Cubase a mais poderosa de todas na minha opinião, e dá para começar com a versão básica 9.5 elements;
 Sonar Cakewalk by bandlab, que agora é free;
 LMMS também free
 Mixcraft pro Studio, DAW intermediária muito poderosa que vem com um extensa biblioteca de loops com um bom custo benefício.
 
 E muito muito mais, principalmente instrumentos virtuais, só citei algumas, existe muitas outras DAWs.
 E as técnicas?
 Vai aprender tentando e experimentando, mãos a obra, principalmente cuidadosa leitura dos manuais, sejam virtuais ou reais.
 A maioria dos tutoriais que tem na internet não presta, os caras querem mais se exibir do que ensinar de verdade, mas tem alguns poucos que se salvam, e tem que separar o joio do trigo.
 
 
 |