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soruji Veterano |
# dez/15
Olá pessoal, tudo bem?
Uma questão didática que acredito que vocês possam estar me auxiliando.
Quando iniciamos um estudo sobre determinado tema (II - V - I, Blues, Voicings, Encadeamentos), o normal e recomendado é que estudemos em todos os 12 tons. A questão é: Como vocês avaliam que seja interessante esse tipo de estudo? Por saltos de 4ª ou cromaticamente? Fiz essa pergunta, pois o meu professor, por exemplo, me passa alguns exercícios de escalas em ciclos de 4ª, mas II V I ele me passa descendente, por uma questão de praticidade, pois:
II - V - I de Dó: Dm7 - G7 - C7M
Transformando o C7M em Cm7, ele se torna o II do Bb7M, então o exercício segue normalmente, sempre descendo um tom, sem mexer muito os dedos, como fazemos com saltos de 4a, por exemplo.
A vantagem de se estudar em 4ª ou até 5ª é a questão dos acidentes, pra memorização e tudo mais.
E então, o que vocês acham mais válido?
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Estudante eterno Membro Novato |
# dez/15
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soruji
E então, o que vocês acham mais válido?
Eu estudaria em ciclos de quintas e depois em quartas. Mas não acredito que haverá prejuízo no seu desenvolvimento estudando desta forma. Pois no final das contas todos os tons serão estudados.
Levando em consideração é claro, que você estude com atenção em todos os detalhes e não em "modo automático", apenas executando o padrão memorizado.
Abraços e bons estudos!
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waltercruz Veterano |
# dez/15
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Eu acharia ciclo de quartas e quintas mais PRATICO. Acho que o resultado final nao irá diferir muito, contudo.
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LeandroP Moderador |
# dez/15
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soruji
Todas as formas de encadeamentos são válidas. Toque em 1 tom descendente, ascendente, em 4as, em 5as, etc.
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soruji Veterano |
# dez/15
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Também acredito que toda forma de estudo seja válido. A questão é com relação a praticidade e vantagens. Como mencionei acima, a vantagem de estudar uma progressão II - V - I descendente é o encadeamento dos acordes, pouco movimento das mãos. Então, temos aí duas habilidades sendo desenvolvidas em apenas um exercicio: um progressão largamente utilizada, e encadeamento de acordes (que é muito importante também).
Ao meu ver, outra vantagem em se estudar cromaticamente é que você tem contato bem mais "cedo" com as notas alteradas (teclas pretas), do que estudando em ciclos.
Por exemplo:
Estudando em ciclos de 4a:
C - F - Bb - Eb - Ab - Db - Gb (Numa sequencia de 7 tons, tive contato com todas as teclas pretas)
Estudando em ciclos de 5a:
C - G - D - A - E - B - F# (Numa sequencia de 7 tons, tive contato com apenas uma tecla preta)
Estudando cromaticamente:
C - C# - D - D# - E - F - F# (Numa sequencia de 7 tons, tive contato com 3 teclas pretas)
Ué, então como que estudar cromaticamente te dá contato mais cedo com teclas pretas, do que no ciclo de 4a? Bom, aqui para cada tom de nota natural, o próximo será alterado. Isso pode auxiliar numa rápida visualização das notas, ao modular meio tom, por exemplo. Enfim.
Eu queria mesmo fomentar essa discussão, pois eu acho muito válido falarmos sobre técnicas de estudos, visto que isso pode influenciar numa melhor percepção e absorção sobre determinado tema por um aluno.
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fernando tecladista Veterano |
# dez/15
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lembrei desta música aqui: http://www.superpartituras.com.br/Content/demonstracoes/tune-up.jpg
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Ismah Veterano |
# dez/15
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Não entendi qual o problema...
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soruji Veterano |
# dez/15
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Ismah
Não há problema algum. Apenas levantei uma questão. Nem todas as postagens aqui são pra levantar problemas. Algumas podem ser pra partilhar ideias, disseminar conhecimento, mostrar pontos de vista. Relaxe.
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PianoGlauco Veterano |
# dez/15
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Não existe "ciclo de quartas" - as armaduras de clave são sempre baseadas em ciclos de quintas, que podem ser ascendentes (gerando sustenidos) ou descendentes (gerando bemois).
Acho interessante fazer tanto desta forma encadeada, quanto aleatório... Coloque junto ao piano um recipiente com os doze tons escritos em papeizinhos e sorteie um por vez para tocar dentro de um determinado beat... Faça isso com a mão direita enquanto continua tocando com a esquerda...
O mesmo vale para escalas... Tanto nos tons quanto nos modos (maior, menor harmônico e menor melódico)
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Ismah Veterano |
# dez/15
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soruji
Não me interprete mal, mas a questão era saber qual a pergunta afinal de contas rs
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LeandroP Moderador |
# dez/15
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PianoGlauco Não existe "ciclo de quartas" - as armaduras de clave são sempre baseadas em ciclos de quintas, que podem ser ascendentes (gerando sustenidos) ou descendentes (gerando bemois).
Pois é, invertendo a ordem ascendente pra descendente você tem naturalmente um ciclo de quartas. Não?!
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daimon blackfire Membro Novato |
# dez/15
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Eu não consegui entender isso de quartas e quintas.
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PianoGlauco Veterano |
# dez/15 · Editado por: PianoGlauco
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LeandroP
Claro e óbvio que sim, por isso que esse erro técnico é amplamente difundido no ensino de música... São macetes e atalhos que na prática desvirtuam os conceitos e fundamentos...
OK! Pode ser interpretado como "frescura" ou pedantismo, mas é questão de preservar a norma culta, e no caso das armaduras, as técnicas de construção... Existe todo um processo sobre o qual não vou me alongar aqui, mas se a relação for tratada em termos de "quartas" acaba quebrando todo um sentido teórico...
Dentro de uma música em mi bemol maior, por exemplo, não existe o acorde de "Sol sustenido"... Embora sonoramente seja "a mesma coisa" por enarmonia e temperamento, a grafia correta é "Lá Bemol"...
Desculpem minha chatice...
Abraço!
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Ismah Veterano |
# dez/15
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daimon blackfire
Melhor explicação, que eu poderia escrever algum dia.
http://centrotonal.blogspot.com.br/2012/07/o-ciclo-de-quintas-e-as-arm aduras-de.html
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