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Mestre Duarte Veterano |
# dez/11
Gostaria de saber quais timbres são gerados a partir de uma onda base 100% eletrônica. Existem? Isso é possível?
Fico imaginando como seria tocar num piano 100% digital, desde a primeira frequência de origem até a modelagem, tudo desenvolvido no computador.
OBRIGADO, sei que vocês são mestres nisso e podem me ajudar.
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viktor 999 Veterano |
# dez/11
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Mestre Duarte
os timbres V-Piano não e feito assim?????
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_BLACKMORE_ Veterano |
# dez/11 · Editado por: _BLACKMORE_
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bixo ... sampler é uma coisa ... onda gerada digitalmente é outra ... agora, o teu piano é sampleado ou digital? acho que vc não sabe o que tens em mãos.
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viktor 999 Veterano |
# dez/11
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_BLACKMORE_ ele quis dizer Timbres que não usa forma de onda sampleada de um piano, o Piano Yamaha P95 ele e digital , mas as waves[ondas] que usa pra gerar o timbres , são sampleadas de um Piano de verdade.
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Gus79 Veterano |
# dez/11 · Editado por: Gus79
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Mestre Duarte
Cara, todos os sintetizadores geram timbres 100% eletrônicos, sejam os analógicos, sejam os digitais, sejam os "sintetizadores puros", sejam os que tocam samples (romplers ou de qualquer outro tipo).
O que você talvez esteja querendo saber é quais timbres não são meros "samples" que ficam guardados na memória, mas sim produzidos no teclado no instante em que são tocados. É isso?
Se for, praticamente qualquer timbre pode ser "sintetizado" a partir da corrente elétrica.Obviamente, o piano assim sintetizado não parecerá muito com o piano, a flauta não parecerá muito com a flauta, etc.
Mas existem muitos timbres que são famosos justamente porque, mesmo não parecendo com os instrumentos que tentaram imitar, são bonitos.
Há centenas de timbres "sintetizados" famosos. Pianos e baixos FM, synth brass, leads, synth strings, etc, etc, etc. Nenhum desses precisa de amostras de sample - embora os workstations dos últimos 20 anos tenham insistido nos timbres sampleados. ;)
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hbraga Veterano |
# dez/11
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Mestre Duarte
Existe um piano (VST) que não usa samples de piano acústico. O som dele é totalmente gerado por modelagem física. O nome dele é PIANOTEQ.
http://www.pianoteq.com/
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_BLACKMORE_ Veterano |
# dez/11
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forma de onda sampleada de um piano
todos os instrumentos virtuais que possuem maior realismo são feitos desta forma, é captada a forma de onda do instrumento e através de um cálculo matemático tenta-se copiar o som original, sintetizando com o maior realismo possível ... mas isso não quer dizer que é sampleado. Existem sons que são uma mescla entre sampleado e virtual (se não me engano o VST Prova da Safwan Matni é desta forma) ... existe o esquema da modelagem física comentado pelo colega, que onde através de calculo e modelo matemático se produz o som muito próximo ao real. Mas em todos os casos acima são pianos digitais ... nenhum é sampleado. Agora os famosos soundfonts, aí são samplers ... que após gravado, ordenado e corretamente direcionado onde depois é reproduzido através de uma interface e se torna uma reprodução do som original ... um som sampleado.
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waltercruz Veterano |
# dez/11
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a yamaha tem bastante pesquisa em phisical modelling, o B4 da Native Instruments usa uma forma um pouco mista, sample e PM, mais pendendo pro PM, o TRue Pianos acho que deve usar uma forma mista de fazer as coisas.
Das PLGs pra Motif, a VL-1 é uma placa de phisicam modeling para sons de sopro.
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Gus79 Veterano |
# dez/11
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_BLACKMORE_ Mas em todos os casos acima são pianos digitais ... nenhum é sampleado.
Blackmore, você sempre mostra conhecer bastante, e quase sempre eu concordo contigo.
Mas desta vez vou discordar. Praticamente todos os pianos digitais, sintetizadores, workstations desde o início dos anos 90 têm a imensa maoria dos timbres sampleada.
É sampleada a partir de amostras gravadas por engenheiros da Roland, da Yamaha, da Korg, da Casio, etc., mas não deixa de ser amostra sampleada só por estar registrada de uma vez por todas, indelevelmente, na memória do teclado.
Só pra ficar registrado: timbre PCM (pulse code modulation, que é o tipo de som mais comum entre os teclados dos últimos 20 anos) é sampleado, ou seja, gravado de outro dispositivo, manipulado e editado, inserido na memória e, finalmente, reproduzido no teclado.
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Lord fafe Veterano |
# dez/11
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Sabe-se que cada nota de um instrumento tem uma série harmônica diferente, ou seja, não tem como fazer um timbre legal tomando por base uma única amostra.
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Gus79 Veterano |
# dez/11
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Lord fafe e' verdade, e por isso a gente ve em tanto teclado aquelas irritantes mudancas na textura do timbre de piano que indicam o ponto em que uma amostra diferente foi usada...
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_BLACKMORE_ Veterano |
# dez/11
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Gus79
e quase sempre eu concordo contigo. Mas desta vez vou discordar
camarada :) vc pode e deve sempre que achar necessário discordar, afinal com discussão sadia é onde muitas vezes mostramos nosso ponto de vista e aprendemos, não é mesmo? fico contente pela impressão que demonstro e digo que não sou e nem quero ser dono da verdade e nem conheço tanto assim ...
...sampleada a partir de amostras... esse ponto é onde quero discutir contigo ... mas depois pois estou no trabalho e não dá tempo de escrever muito.
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Lord fafe Veterano |
# dez/11
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Gus79 Na verdade todos os timbres deveriam ser sampleados nota por nota para uma qualidade melhor, justamente por causa da série harmônica mais nem sempre é assim. Eu estou fazendo uma monografia que fala um pouco sobre isso. Quando eu terminar eu posso até postar aqui...
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_BLACKMORE_ Veterano |
# dez/11
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vc estuda o q bixo?
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Mestre Duarte Veterano |
# dez/11
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GALERA:
A informação de que no V-Piano não é usada a sampleangem como técnica de geração sonora é verdadeira? Como podemos nos certificar disso? No site da Roland não encontrei nada que confirmasse ou abalizasse essa hipótese.
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viktor 999 Veterano |
# dez/11
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Mestre Duarte também tem o Yamaha DX7 esse sim tem todos seus timbres dele próprio. agora o V-piano eu não sei , mas acho que e modelagem física e sampleamento junto.
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waltercruz Veterano |
# dez/11
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pelo review da sound on sound, é modelado mesmo. http://www.soundonsound.com/sos/may09/articles/rolandvpiano.htm
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waltercruz Veterano |
# dez/11
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Por exemplo, olhem que bacana esse parágrafo do review da sound on sound:
Os tipos Vanguard nos afasta da realidade, com pianos teóricos que existem apenas no mundo da modelagem física. Por exemplo, o modelo 'All Silver' substitui as cordas de cobre padrão por cordas de prata. Como a prata é mais pesada que o cobre, seria necessário aumentar o comprimento de um piano real por uns seis metros ou mais, juntamente com o uso de martelos maiores e mais duros . O V-Piano torna tal instrumento possível... e bla bla bla..
Esse é um ponto interessante na modelagem física.
Além do v-piano, do pianoteq (software), existe o pianoid, mas acho que nunca saiu do protótipo
http://www.synthtopia.com/content/2008/04/19/pianoid-physical-modeling -piano/
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Mestre Duarte Veterano |
# dez/11 · Editado por: Mestre Duarte
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waltercruz
Ok. Mas a Sound on Sound pode estar se referindo a uma modelagem física cuja base sonora também é originária de amostragens, ou seja, amostra de ondas moduladas (AWM). A questão é que esse "hibridismo" une e aprimora as duas técnicas: de sampler em multiníveis; assim como a possibilidade de modulação aberta a partir de uma interface gráfica que simula virtualmente os mecanismos do piano. A possibilidade de modelar timbres usando como interface operacional o mecanismo virtual do piano permite ao músico o acesso a um mundo de possibilidades plurimagináveis. Lembrando, com o V-Piano a Roland apostou nos princípios de intuição que o músico exerce sobre o sistema físico-acústico do piano.
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waltercruz Veterano |
# dez/11
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talvez eles façam isso mesmo.
Me parece que muita coisa ainda nesse campo é meio híbrida... Principalmente porque o custo de processamento e fazer isso agora mesmo geralmente é bem alto.
Calcular o som de uma nota de piano pra daqui a 5 segundos pode não ser problema, mas calcular o som dela no momento que eu toco ainda querer um bocado de processamento.
BTW, um post interessante sobre o B4 x o Vintage Organs em http://www.native-instruments.com/forum/showthread.php?t=120690
"I just wanted to point out that B4 and Vintage Organs are technically much closer than many of you might think, because both draw on individual tonewheel samples to authentically simulate the sound. B4 was not primarily modelling-based, and neither is Vintage Organs based on conventional multi-samples."
Eu dei uma olhada numas pesquisas sobre a Modelagem física de piano.. Rapaz, é matemática pra caramba :)
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Lord fafe Veterano |
# dez/11
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Pra fazer uma boa amostra de um instrumento agente precisaria de uma sala que absorvesse totalmente o som do instrumento (camara anaicóica), aí poderiamos ter uma amostra pura, só com o processamento espectral do instrumento, sem nenhuma influência de reverberação e outros fatores. Tem uma universidade americana que tem algumas amostras "puras" de alguns instrumentos mais eu ñ me lembro agora qual é.
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Lord fafe Veterano |
# dez/11
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Mestre Duarte Desculpa aí, falei um monte de coisa e ñ respondi sua pergunta. Se existe um piano digital assim eu ñ sei, mais é possível, mais ficaria um timbre bem "computacional". Atualmente a computação sonica tá abrangendo cada vez mais o campo da música, existem uma gama de possibilidades apartir de uma única senóide, existem composições computacionas, ortogonais, são muitas as possibilidades...
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Mestre Duarte Veterano |
# dez/11
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Lord fafe
Muito legal saber disso!
Na verdade, eu já tinha o conhecimento de que algumas linhas, especialmente as mais antigas, criam seus timbres a partir de ondas senoidais com síntese aditiva de FM, porém eu sempre falava desse assunto "com um pé atrás".
Hoje, eu estou convencido de que o coeficiente de autenticidade de um piano eletrônico (seja ele digital ou analógico) é inversamente proporcional à perfeição da cópia que ele reproduz, ou seja, quanto mais ele se parece com o original, menos autenticidade ele impõe.
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Lord fafe Veterano |
# dez/11
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Mestre Duarte Ultimamente eu estou me interessando pela composição conputacional... Embora tenha muitos instrumentos, eu já to enjoado do convencional rsrsrs
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waltercruz Veterano |
# dez/11
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Hoje, eu estou convencido de que o coeficiente de autenticidade de um piano eletrônico (seja ele digital ou analógico) é inversamente proporcional à perfeição da cópia que ele reproduz, ou seja, quanto mais ele se parece com o original, menos autenticidade ele impõe.
Mestre Duarte, me explica essa frase direito!
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