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Mensagem |
Pinto Iago Veterano |
# fev/10
Algume sabe a finalidade dos modos Gregos?
Acho que entendi a teoria mas na pratica não fecho muita utilidade ô certo???
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Prometherion Veterano |
# fev/10
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Tá sim.
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NillMaker Veterano |
# fev/10
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Ah cara, eu como não fiz aula, mas aprendi no auto-ditatismo ( nem sei se existe essa palavra..rsrsrs..), uso mais pra dar um sentimento ou produzir um sentimento ou impressão na música:
Ex: Dórico pra parecer triste ou pra deixar com cara de soul, ou a mixolídia pra dar aquela cara de blues., por exemplo... basicamente ainda estou estudando também!
abração!
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Edson Caetano Veterano
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# fev/10
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Como assim nao tem utilidade... e ainda ta certo...
Modos Gregos sao muito importantes e bem interessantes inclusive
Basicamente os Modos sao inversoes da escala maior natural Se começarmos por exemplo de Do maior, que é exatamente o I grau, modo I Jonico
C, D, E, F, G, A, B, C ....T, T, st, T, T, T, st
A 3 é Maior (intervalo de dois tons inteiro)
Agora seguindo e passarmos para o II grau D, é o Modo II dórico e começar dai a escala
D, E, F, G, A, B, C, D ....T, st, T, T, T, st, T
A 3 é Menor (intervalo de um ton e meio)
Lembrando teoria básica a terça é que vai ditar se o acorde é maior ou menor, certo
Da para perceber entao que estamos diante de outra realidade, utilizando o D como nota fundamental, sem mudar nenhuma nota, simplesmente mudamos a caracteristica inteira da escala, que agora passa a ser menor
E por aí vai nos conseguintes graus
Ter o poder de alterar a caracteristica inteira de uma musica, se ela é alegre, ou se é sisuda, apenas alternando os modos, isso é sem importancia... eu acho que nao
Recomendo voltar novamente aos livros e revisar todo este capitulo
até mais pessoal
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mjcmello Veterano |
# fev/10
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Desculpe a intromissão, sou guitarrista e baixista, mas acho que posso dar uma ajudinha aqui tb.
Aproveitando o que o Edson falou, os modos gregos dão uma sonoridade diferente à música.
Resumindo, da escala maior temos 7 modos derivados, começando a escala de cada um dos seus graus (I - Jonico, II - Dórico e assim por diante).
Destes modos temos 3 maiores (onde a terça é maior):
*O jônico que é a escala maior natural, onde temos os graus: I - II - III - IV - V - VI - VII
*O lídio (que é montado a partir do IV grau da escala maior) tem os seguintes graus:
I - II - III - IV# - V - VI - VII (repare na 4a aumentada que dá exatamente o som característico do modo lídio)
*O mixolídio (que é montado a partir do V grau da escala maior), tem os seguintes graus:
I - II - III - IV - V - VI - bVII (repare na 7a menor que dá o som característico do modo mixolídio)
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mjcmello Veterano |
# fev/10
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Continuando:
Sobre o VI grau temos o modo Éolio que é um modo menor (3a menor):
I - II - bIII - IV - V - bVI - bVII
Temos mais 3 modos menores:
* o dórico (montado a partir do II grau da escala maior), onde temos os seguintes graus:
I - II - bIII - IV - V - VI - bVII (repare que, em relação ao modo EÓLIO, a sexta é maior, que dá sonoridade característica deste modo)
* o frígio (montado a partir do III grau da escala maior), onde temos os seguintes graus:
I - bII - bIII - IV - V -bVI - bVII (repare que em relação ao modo EÓLIO, a segunda é menor, dando a sonoridade característica deste modo).
* o lócrio (montado a partir do VII grau da escala maior)
I - bII - bIII - IV - bV - bVI - bVII (onde temos o bII e o bV)
Fiz meio que de cabeça, mas acho que é isso aí. Desculpe mais uma vez a intromissão.
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mjcmello Veterano |
# fev/10
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Falando diretamente sobre sua dúvida (aplicação):
As aplicações são várias, mas o objetivo é sempre aproveitar a "sonoridade" de cada um dos modos. Agora essa sonoridade vc só vai entender ouvindo.
Vou dar somente um exemplo bastante usado no meio "guitarrístico", mas que se aplica perfeitamente pro piano / teclado:
a música está em um trecho onde pinta o acorde de C em uma música que está em C.
*Podemos solar usando o modo jonico (isso é meio óbvio). O modo jônico tem a 4a justa que é meio conflitante com a tônica (deve ser usado de passagem, nunca como repouso).
*Podemos solar sobre o modo lídio, que tem a 4a aumentada, que "resolve" esse problema e ainda dá a sonoridade do modo lídio.
*Se usarmos o mixolídio, daremos uma sensação de tensão, pedindo uma resolução já que é essa a característica do modo.
Tudo isso pode ser feito em cima do C, mesmo que neste caso ele seja a tônica.
Já se pintar um C7M, não podemos usar o mixolídio. Por que? Fica como exercício.
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El_Cabong Veterano |
# fev/10
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Já se pintar um C7M, não podemos usar o mixolídio. Por que? Fica como exercício.
He He! É que no modo mixolídio entra a sétima e não a sétima maior como é na escala diatônica maior (a escala mais usada nas músicas em geral).
Um blues tocado em C7+ soaria estranho!!
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Pinto Iago Veterano |
# fev/10
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Valeu pelas dicas galera!!!!!!!!
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MusicMe Veterano |
# fev/10
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Lembrando também que os dois modos mais usados são o modo Jônico - Escala maior e o Eólio - Escala menor.
Se você quiser ser um bom tecladista/pianista, você tem que saber esses dois modos que são os básicos. Os outros já são mais avançados para você "enfeitar" sua música.
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Mestre Duarte Veterano |
# mar/10
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Aí, galera. Cuidado! Na verdade, a realidade estética-musical dos nossos dias não permite que usemos os chamados "modos gregos" como modos propriamente ditos. O que fazemos são frases baseadas na situação harmônica correspondente a cada um dos graus da escala diatônica. Para nós, hoje, só é coerente reconhecer como "modo" o Jônico e o Eólio, chamados de modo maior e modo menor. Vocês já sabem, eu sei. Mas cuidado nas afirmações duvidosas e sem base teórica.
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rodolfo1982 Veterano |
# mar/10
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Me corrijam se estiver errado, mas além disto tudo que foi dito, os modos gregos "vieram antes" da escala diatônica, da forma estudada como estamos acostumados hoje, com os intervalos para a escala maior, menor harmônica, menor melódica e menor bachiana.
Não que não fosse aplicado antes, mas o estudo que se tem hoje da escala diatônica é posterior aos modos gregos. Então antigamente utilizava-se os modos gregos ao invés da escala diatônica...
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Mestre Duarte Veterano |
# mar/10
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Também, o fato de não existir um "temperamento" fazia com que os modos soassem diferente do que aplicamos hoje.
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