O retorno fantástico e triunfal de Jean-Michel Jarre (com mais de 50 teclados vintage no palco)

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AUTOBOT
Veterano
# nov/07 · Editado por: AUTOBOT


Jean-Michel Jarre retorna triunfal pela EMI.

No começo deste ano o tecladista - se bem que ele é o legítimo sintetista - Jean-Michel Jarre lançou um álbum chamado Téo & Téa, fortemente inclinado à atual tendência de música eletrônica (trance, electro...).

O resultado foi um fracasso retumbante - embora o disco não seja de todo ruim. O músico francês não angariou nem novos admiradores como queria, nem agradou a grande maioria de seus antigos e fiéis fãs.

Então, numa impressionante virada na carreira - em um momento que sua credibilidade estava praticamente toda no ralo -, ele declarou que o tal disco foi um acidente de percurso e, numa sacada de mestre, retornou a seu primeiro disco, Oxygene.

Num processo semelhante ao feito pelo Pink Floyd quando da gravação do lendário show em Pompéia - praticamente para ninguém -, Jarre tocou na íntegra OXYGENE dentro de um estúdio com pouquíssimos convidados.

Detalhe: ELE USOU MAIS DE 50 TECLADOS ANALÓGICOS VINTAGE na empreitada, ao vivo, sendo manipulados por ele e outros 03 músicos.

Tudo gravado num esquema 5.1 e com uma nova tecnologia de imagens desenvolvida pela Sony, culminando no DVD "OXYGENE 3D - LIVE IN YOUR LIVING ROOM".

A idéia principal do francês - além de vender seu peixe - é possibilitar que esses instrumentos clássicos como ARP 2600, Eminent, Mellotron e outros - os quais ele comparou para a música eletrônica como violinos Stradivarius para o erudito e guitarras Telecaster para o rock - sejam vistos e ouvidos em toda a sua majestade por reles seres comuns como eu e vocês - que fícamos discutindo dobre Motifs, Fantoms... até TX5, viu Mocho?

Assistam aos pequenos trailers abaixo e segurem o queixo... Não é todo dia que presenciamos a um Jurassic Park de Teclados assim.

O DVD Oxygene Live In Your Living Room chega às lojas agora em Dezembro.

Meu presente de natal favorito desde já.

Trailer com trechos de músicas e demosntração de menu:


Making Of


Oxygene IV


riceira
Veterano
# nov/07
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AUTOBOT

Um excepcional presente de Natal para quem curte esse tipo de som (e não são poucos) concebido basicamente por teclados eletrônicos . Junto com o grego Vangelis e o grupo alemão Tangerine Dream, Jean Michel Jarre pertence a uma elite musical que faz com que o som essencialmente eletrônico adquira alma e sentimento através de melodias que tocam diretamente as nossas sensações em vez de frieza e ritmo mecanizado propostos por outros músicos.
Nunca gostei muito de shows ao vivo onde predominam mais o aspecto visual e pirotécnico com luzes multicoloridas e ofuscantes ao lado da exibição de imagens no estilo videoclipe em primeiro plano. Sempre preferi o enfoque das câmeras valorizando em detalhes o lado artístico e musical dos músicos executando suas músicas. A julgar pelas imagens do trailler exibidas acima, esse "novo" Oxygene do Jean Michel vai tirar o fôlego de muita gente que como eu apreciam e se sensibilizam com a música eletrônica de qualidade.

Mauro Lacerda
Veterano
# nov/07
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Assisti os vídeos, doidera.

Sharper
Veterano
# nov/07
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Legal. Alguma empresa de video-games ja comprou os direitos autorais?

leandro rodrigues
Veterano
# nov/07
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Como tecladista, ele é um bom instrumentista.

Só fica mexendo em botão, só usa a mão direita, e com ajuda de outros instrumentista

Em Las Vegas deve ser muito bom ver ele tocar( ?)

Mas tirando isso...

Mauro Lacerda
Veterano
# nov/07
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leandro rodrigues


Cara, na minha opinião o que realmente importa é a música, não se ela é tocada por um pianista, tecladista, qualquer ista, se tem muitas notas, pocas, se o cara toca com o pé. O que importa é que a música tenha vida, pulso, energia, que desperte sentimentos nas pessoas, seja alegria, raiva, reflexão, qualquer coisa. E isso ele faz, então não importa se ele usa só uma mão. Já vi muitos shows de jazz que como música é um ótimo exercício de técnica.

AUTOBOT
Veterano
# nov/07
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Mauro Lacerda
Já vi muitos shows de jazz que como música é um ótimo exercício de técnica.
2

Disse tudo, doutor!

O grande diferencial de Jarre (um músico de conservatório) para outros tecladistas de sua época é que ele abriu mão de virtuosismos em favor da melodia e da acessibilidade de seu trabalho.

Talvez seja por isso que tenha obtido tanto êxito em sua carrreira.

Quanto ao mexer nos botões...

Bom, outra baita característica dele é a expressividade que ele obtém desses instrumentos. E isso ele só conseguiu fuçando muito, trabalhando bastante os timbres...

Se Wakeman é imabatível no quesito técnica e melodia, Jarre é o mestre da programação, da expressão e da harmonia.

E ele não precisa usar as duas mãos para colocar 90% dos outros tecladistas no chinelo.

AUTOBOT
Veterano
# nov/07 · Editado por: AUTOBOT
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Olha só, nesse aqui ele mostra os teclados que usou nessa gravação:



gustavorino
Veterano
# nov/07
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engraçado.. nao consegui reconhecer 3 de todos os instrumentos hehehe

Sharper
Veterano
# nov/07
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Esse Jean Michel é uma cópia barata de Ross Gellar:



AUTOBOT
Veterano
# nov/07
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Sharper

Errado, Ross Gellar é uma cópia mal arremedada de Jarre. :)

Mas esse episódio é muito legal.

AUTOBOT
Veterano
# nov/07
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"... Very exciting instruments!"

Yeap!

riceira
Veterano
# nov/07 · Editado por: riceira
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Mauro Lacerda

na minha opinião o que realmente importa é a música

Seu comentário foi perfeito e demonstra que você curte esse estilo de música eletrônica e, melhor do que isto, produz nesse seguimento.
Eu cheguei ao ponto de comprar Workstations, mesmo não sendo músico e sem sequer saber utilizá-las só para compreender como esses músicos conseguiam criar músicas tão densas e profundas a partir de instrumentos eletrônicos que aparentemente são frios e mecanizados. E valeu a pena, pois além de estar efetivamente descobrindo os "segredos" da composição de música eletrônica, já estou dando os meus primeiros passos de principiante, embora ainda nem saiba fazer acordes direito. E estou gostando cada vez mais desse hobby e tenho tido a audácia de montar várias peças inteiras musicais próprias apenas oitavando com a mão esquerda e fazendo no máximo tríades com a direita, sem a menor noção de harmonia e conhecimentos básicos de ritmos, compassos etc, sendo comum desligar o metrônomo na hora de gravar. Ainda vou aprender da forma tradicional com professor e tal, mas por enquanto quero experimentar livremente até o ponto limite em que se pode aprender sozinho, sem a ajuda de ninguém.
Muitas vezes me pergunto se não estou me expondo aqui no fórum, falando sobre um assunto em relação ao qual sou absolutamente leigo e conversando com pessoas que são músicos de fato e trabalham profissionalmente com a música. Mas a receptividade e simpatia das pessoas aqui do fórum como que me convidam a continuar participando dos tópicos, sanando as minhas dúvidas e efetivamente aprendendo bastante com todos.
A partir das minhas experiências com teclados eletrônicos, cheguei a uma conclusão pessoal de que para criar uma música de qualidade e que toque o sentimento das pessoas, não há a necessidade de virtuosismo técnico. As melodias mais profundas e intensas, capazes de tocar diretamente os nossos sentidos são normalmente compostas por poucas notas musicais e acordes simples que se repetem dentro de uma composição.
Música é arte acima de tudo e não apenas técnica e o músico não é um malabarista que passeia aos mãos pelos teclados de um canto ao outro feito um bailarino com os dedos dançando pelas teclas como se estivessem flutuando sobre elas. É bonito, impressiona, arranca aplausos, mas não tem valor estético enquanto arte se estiver limitado apenas à técnica em si.

Já vi muitos shows de jazz que como música é um ótimo exercício de técnica.

E com isso se distancia da música enquanto belas artes e se torna mero exercício de virtuosismo técnico, embora não possamos conceituar o jazz como tão somente um exercício de técnica apenas e aqui não quis de forma alguma dizer que você conceituou o Jazz assim.

AUTOBOT

outra baita característica dele é a expressividade que ele obtém desses instrumentos. E isso ele só conseguiu fuçando muito, trabalhando bastante os timbres...

Parabéns por criar este tópico que recebi como uma bomba, pois da última vez que visitei sites do JMJ encontrei o tal "Téo & Téa" e confesso que fiquei frustrado.

De fato, concordo com a sua colocação definindo bem a expressividade do francês trabalhando bastante os timbres nas composições, alcançando uma personalidade musical e um estilo próprio inconfundível.
Mas hoje acredito que uma boa música eletrônica pode ser criada sim a partir dos próprios timbres presets misturados, o que conta mesmo é a inspiração do moto lírico e a criatividade e técnica na composição da melodia, arranjos e ritmo. O malabarismo da execução até poderá ter o seu espaço, mas não em detrimento da estética e da arte.

Dogs2
Veterano
# nov/07
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Na boa, ele é bem exagerado, independente de se gostar ou não

AUTOBOT
Veterano
# nov/07
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Dogs2

Exagerado? Se você tá dizendo que "agora" ele é exagerado, não saba da missa um terço.

Jarre nunca foi tão "normal" quanto agora.

O fato de ele estar cercado desses instrumentos é o lance do negócio.

Estranho seria se ele estivesse cercado de Fantoms e Oasys, teclados que fazem tudo em um.

No tempo dos analógicos e que a coisa pegava para capar, o cara tinha que ter um time de músicos para executar suas obras, tudo ali, na hora, como ele está mostrando nesse vídeo.

Ah, outra coisa:

Esse espetáculo vai ser aprentado em teatros. Agora em dezembro já existem 10 datas em um grande teatro parisiense. Depois, tudo indica que ele vai cair na estrada com toda essa trambolhada.

Altas chances de aparecer aqui no Brasil.

O interessante dessas performances é que - pela característica desses teclados - cada uma será um pouco diferente da anterior, pois não há digitalização, programação de romplers e VSTs.

A palavra de ordem é... Experimentalismo.

Aqui tem algumas entrevistas:



Mauro Lacerda
Veterano
# nov/07
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riceira


Foi bem isso que eu quiz dizer mesmo. Música enquanto forma de arte. Eu também me esponho bastante aqui, mesmo sabendo que tem uma galera muito boa no fórum. Mas fora umas ironias e sacarmos que aparecem de vez em quando o pessoal aqui é tranquilo.

Dogs2
Veterano
# nov/07
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AUTOBOT
Exagerado?

Sim, exagerado.

Jarre nunca foi tão "normal" quanto agora.

Mas continua sendo exagerado.

AUTOBOT
Veterano
# nov/07
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Música enquanto forma de arte.

...o que realmente importa é a música...

...faz com que o som essencialmente eletrônico adquira alma e sentimento...

Citando a própria lição de Jarre na entrevista acima:

"Oxygene na verdade é um projeto que concebi... tentando criar um ponte entre a pura música experimental que eu estudava no curso de Pierre Schaeffer, o cara que inventou o conceito de música concreta, assim como a idéia de que, de fato, a música não é feita notas, solfejos... mas sim - e principalmente - feita de sons."

fábio_soul
Veterano
# nov/07
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atobob

vosse sabe me diser se eses estrumentos da marca VINTAGE sao baos msemo? e qe vosse fala tanto deels maz eu nunca vi aqi na mina sidade pra vender podrutos desa marca. Vosse poderia em diser ce na zua sidade tem pra comprar e me pasar uma relasao com os modeols e presos? ok, abrasos, te amo te odeio.

fernando tecladista
Veterano
# nov/07
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tive um orgasmo com os videos

leandro rodrigues
Veterano
# nov/07
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Tocar por tocar, ainda prefiro o Philippe Pages que é um Dublê de Pianista

AUTOBOT
Veterano
# nov/07
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leandro rodrigues

Fiô, larga mão de tanto onanismo.

leandro rodrigues
Veterano
# nov/07
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AUTOBOT

Se todo mundo gostasse do Ivan Lins, o que seria do Guilherme Arantes

AUTOBOT
Veterano
# nov/07
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leandro rodrigues
;)

fernando tecladista
Veterano
# nov/07
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Se todo mundo gostasse do Ivan Lins, o que seria do Guilherme Arantes
cria-se um tópico sobre ivan lins e outros sobre guilherme arantes

leandro rodrigues
Veterano
# nov/07
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fernando tecladista
cria-se um tópico sobre ivan lins e outros sobre guilherme arantes

Esteja á vontade!

fernando tecladista
Veterano
# nov/07 · Editado por: fernando tecladista
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quem falou aqui do Philippe Pages (richard clayderman) mão direita e las vegas não fui eu....

leandro rodrigues
Veterano
# nov/07 · Editado por: leandro rodrigues
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Fui eu sim!

Então vou mudar a pergunta:

Se todo mundo gostasse do Jarre, o que seria do Richard?

Mauro Lacerda
Veterano
# nov/07
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Claydeman. hehhehe

fernando tecladista
Veterano
# nov/07 · Editado por: fernando tecladista
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o problema não é a pergunta
mas é por aqui que todo tópico sobre alguem aparece algum que não gosta e fica cutucando o assunto,

alguem aparece perguntando qual arranjador comprar pro sobrinho de 10 anos e o pessoal manda comprar um synth, um vst ou um moog

ou mal tipico do arroxento que queria falar de arrocha em meio de assunto sobre simulador de hammond

se sua opnião é contraria ao assunto e quer opinar, faz um post com "conteudo" comente os porques, já vi muita gente pela net falando mal por exemplo do ELP mas respeito porque a discordancia tem conteudo não era só crica pelas piruetas do k. emerson....

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