Enciclopédia do teclado

    Autor Mensagem
    JeffersonX
    Veterano
    # abr/07


    Pessoal, estive pensando e achei legal criar este tópico para reunirmos alguns termos que usamos no mundo dos teclados. Muitas informações estão espalhadas no fórum. E para novatos, muitos dos termos que usamos podem ser confusos como leslie, lead, strings, bend, hammond, cutoff, split, e por aí vai...

    Que tal reunir tudo aqui em um único tópico?

    leandro rodrigues
    Veterano
    # abr/07
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    JeffersonX
    leslie, lead, strings, bend, hammond, cutoff, split, e por aí vai...

    Eu tinha no meu PC, esse dicionário de palavras, são mais de 100.

    Alguém aqui eu imagino que tenha esse dicionário/ enciclopédia.

    Tem na net, só não lembro como procurar

    Leo Corrêa
    Veterano
    # abr/07
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    Pode parecer que não, mas pra um iniciante essas coisas são muuuito importantes, e se não se sabe o que são na hora de ler algo sobre teclados vira uma confusão na cabeça.

    Cutoff pra mim ainda eh o "uoÓÓÓiiinnn"

    JeffersonX
    Veterano
    # abr/07 · Editado por: JeffersonX
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    Bom, então vamos começar. Sugiro que utilizem o mesmo layout que vou colocar pra manter um padrão, Ok? Links também são bem vindos

    Vamos lá!

    Timbre: é um tipo de som. Por exemplo, Grand Piano é um timbre de piano, que é um pouco mais abafado. O Bright é outro timbre de piano com um pouco mais de brilho. Eles podem ter a mesma frequência, mas em timbres diferentes. Por exemplo um lá em um piano é facilmente distinguido de um lá em uma flauta.

    Patch: é uma configuração timbre no teclado. Os teclados possuem centenas de patches de fábrica. Cada patch pode conter um ou mais timbres. E nos sintetizadores, podemos criar novos timbres, que seriam novos patches.

    Performance: em alguns teclados, como Roland, você cria bancos de timbres pré selecionados. Por exemplo Grand Piano, Strings, Flute. Escolhendo a performance, os timbres já estarão todos selecionados. Isso proporciona uma economia enorme de tempo na troca dos patches. Se for tocar em banda, esse modo é uma mão na roda.

    Split: quando escolhemos um patch no teclado, ele irá ocupar todas as teclas do teclado. Mas há situações em que precisamos utilizar, por exemplo um timbre de piano para um solo e um string para base. Para fazer isso utilizando um mesmo teclado, utiliza-se o modo Split que divide o teclado em dois timbres. Com isso podemos ter um patch configurado para ter na mão esquerda o string e na mão direita o piano. A tecla que irá conter a divisão do novo timbre é configurável. Geralmente o padrão é o Si.

    Dual: semelhante ao split ao fato de podermos controlar dois timbres diferente, porém na mesma tecla. Ou seja, apertando a tecla Dó, teremos a mesma nota com piano e string, por exemplo.

    String: tipo de timbre que simula instrumentos como violinos, celos ou vários instrumentos de corda de uma orquestra. Muito úteis para harmonia e simular arranjos orquestrados.
    Exemplos: violino, celos, harpa, pizzicato.

    Cutoff: nos teclados sintetizadores é utilizado para controlar o brilho do timbre. Ele faz uma alteração na frequência do timbre. O que o Leo Corrêa disse é o que o acontece com o som hehe. Esse uoOOOOiinnn é o efeito da mudança dos valores do cutoff. Valor mais baixo, a frequência é menor. Mais alto, maior a frequência. Muito utilizado em algumas músicas eletrônicas e nos timbres de sintetizadores para solo.

    Wah wah: efeito produzido pelo ajuste progressivo e sucessivo do cutoff e resonance do timbre. O nome não é por acaso, pois ele uma onomatopéia do efeito produzido pelo som.

    Midi: ao contrário do que muitos pensam, MIDI não é a música em si eletrônica. Nada mais é do que um arquivo contendo instruções para seqüenciar uma música. As instruções são os timbres a serem utilizados, notas, tempo (tap time), duração da nota, bend, etc. Não possuem timbres, só instruções. Daí vem o nome: Musical Instrument Digital Interface

    Fiquem a vontade em completar com mais termos e até melhorar o que já foi explicado. Lógico que se houver algum erro, deve ser corrigido.

    Valeu galera!

    JeffersonX
    Veterano
    # abr/07 · Editado por: JeffersonX
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    Mais alguns termos:

    Teclado sintetizador: teclado dedicado a síntese de timbres. É um instrumento digital de música. Alguns sintetizadores possuem uma gama maior de timbres, além de sintetizados, contendo timbres que simulam com perfeição instrumentos e efeitos reais, como piano, guitarra, baterias, trovões, barulho de chuva, etc. Exemplo Roland Juno D, Fantom, Korg Triton, Yamaha Motif. Já outros possuem apenas timbres sintetizados, como o Roland SH 201, Alesis Ion, Nord Lead 3. Diferem dos arranjadores por não terem estilos de acompanhamento. Também são chamados de teclados de palco, por serem ideais para tocar junto com uma banda.

    Teclado arranjador: são os teclados com estilos musicais prontos, onde com a mão esquerda você dá o acorde a ser realizado pelo style. Esse teclado é feito para quem toca sozinho. Um exemplo é a popular linha PSR da Yamaha.

    Teclado workstation: teclado sintetizador próprio para produção musical em estúdio. Possui sequencer embutido.

    Sequencer: é o sequenciador MIDI. Executa um arquivo MIDI gravado previamente. Pode ser um programa, como Sonar, Cubase, ou físico como o Roland MC 50, ou o próprio teclado. É multipista, ou seja, 16 pistas de patches MIDI.

    Staccato: é quando toca-se com um intervalo entre as notas. Um exemplo é o timbre pizzacato que é próprio para isso, um brass. É o contrário do Legato.

    Legato: diferente do Staccato, não há intervalo entre as notas. Por exemplo, no piano você toca uma nota sem soltar a tecla anterior. É expresso na partitura através da ligadura ou com escrito legato.

    JeffersonX
    Veterano
    # abr/07 · Editado por: JeffersonX
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    Supersaw: é uma forma de onda aplicada no timbre que causa, assim que a tecla é acionada, uma rápida oscilação do timbre e, segurando a tecla, se estabiliza. Foi criada pela Roland no JP-8000 (sintetizador analógico)

    Abaixo segue como é a forma da onda:
    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d4/Synthesis_saw tooth.gif/350px-Synthesis_sawtooth.gif

    Brass: são os sons de metais. Trompete, Tuba, Saxofone são exemplos de Brass. Também já timbres sintetizados de brass, como por exemplo o timbre utilizado na Jump do Van Halen.

    Lead: são tipos de timbres utilizados para solos. No heavy metal é utilizado para solos rápidos e duelos com guitarras. Um exemplo de música que possui um lead é a Octavarium do Dreamtheater, que possui um lead na introdução da música e no meio.

    Knobs: são os potenciômetros do teclado. Podem ser utilizados para alterar configurações como volume, resonance, cutoff, release e outros parâmetros do patch em tempo real.
    Exemplo:
    http://www.roland.co.uk/prodimages/sh201c2.jpg

    Pitch Bend: alavanca ou roda do lado esquerdo do teclado utilizado para fazer uma variação da nota. Muito utilizado em solos e lead. Pressionado um sol e abaixando o bend, pode-se abaixar a nota gradativamente até atingir um ré, por exemplo. Em alguns teclados o bend é integrado no mesmo controle do modulation.

    Modulation: causa a oscilação do timbre (vibrato).

    Mauro Lacerda
    Veterano
    # abr/07
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    Um link com alguns termos:

    http://www.passeiweb.com/saiba_mais/arte_cultura/musica/terminologia

    GLOSSÁRIO DE TERMOS E EXPRESSÕES MUSICAIS:

    http://www.meloteca.com/dicionario-musica.htm


    Abraços.

    Mauro Lacerda
    Veterano
    # abr/07
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    Peguei isso em outro site, um complemento ao que já foi explicado.




    TECLADO CONTROLADOR
    .
    Neste tipo de teclado, a ênfase é o controle MIDI, isto, é, ele possui características que vão facilitar ao usuário o controle MIDI de recursos de outros equipos (teclados, módulos, computadores, etc...). Os controladores MIDI mais "puros" (teclados "burros", masters, etc...) não possuem geração de som, são só teclas e memórias contudo máquinas como as work-stations, além de todas as suas capacidades, têm também excelentes recursos de controlador MIDI.
    .

    PIANO DIGITAL
    .
    Nestas máquinas a ênfase é a simulação mais próxima possível de um real piano acústico, aquele de madeira e martelos. Esta simulação, mais do que somente de timbre, já que bons sons de piano acústico estão disponíveis quase que em todo tipo de equipo atualmente, é uma simulação de tocabilidade, de teclas, de toque, os melhores são os que chamamos de "TECLAS PESADAS" com 88 teclas. Temos também os chamados de "MEIO PESADAS", geralmente com 73 teclas, que também são bons, mais baratos, e menos pesados (o teclado em si...), mas não são tão reais quanto um piano acústico. Existem atualmente várias maneiras de se simular a tocabilidade de um piano, por pesos, por molas, etc, quem já tocou um piano de madeira pode identificar o mecanismo mais próximo do real, que as vezes não é nem tão pesado quanto é o simulador...
    .

    WORK-STATION
    .
    Já falamos bastante deste tipo de equipo aqui na comunidade, são aqueles que reunem em uma só máquina muitos recursos, veja bem, não recursos somente para performance mas para construção de timbres e de músicas, são verdadeiros laboratórios de som. Eles têm um sintetizador, um sequenciador MIDI (gravador de sequência MIDI...), têm funções de controlador também e atualmente funções para trabalhar com áudio, gravador (multi-pistas) e sampler.
    .

    SAMPLER
    .
    Sobre "sampler" gostaria de fazer uma ressalva, hoje em dia os sintetizadores não são mais analógicos, isto é, trabalham direto com "energia" para gerar ondas e filtros. Atualmente toda síntese é feita em cima de uma wave (onda, PCM, sampler, amostra, ROM, EPROM, etc...) pré-gravada, seja de instrumentos acústicos ou de fantasia (sintetizadores vintages, órgãos, pianos elétricos, etc...). Isto é o que é chamado de "sampler player" porque eles lêem amostras de ondas mas não podem receber gravação de novas formas de ondas. As expansões de memória (da Roland, por exemplo, SRX, JV...)acrescentam justamente isto, novas formas de ondas. Todavia as novas work-stations possibilitam também a gravação de novas amostras, isto porque este recurso tem se tornado mais barato e mais acessível.
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    ARRANJADOR
    .
    São os equipamentos com ACOMPANHAMENTO AUTOMÁTICO (arranjador inteligente, etc...), são aqueles que geram várias linhas de instrumentos automaticamente através de acordes que são executados pela mão esquerda no lado inferior do teclado. É claro que existem outros recursos que também podem ser classificados como arranjadores, o ARPEJADOR, o RPS da Roland (executa automaticamente frases pré gravadas...), RITMADORES e mesmo o SEQUENCIADOR, já que todos tocam sozinhos algo que foi gravado anteriormente, seja na fábrica ou pelo usuário.

    O que eu sempre gosto de lembrar sobre estes equipos é que eles são caros, cheios de botões, "multi-coloridos" e não necessariamente possuem os melhores timbres, seduzem, principalmente os iniciantes e mal informados, contudo, a não ser que você realmente utilize os recuros automáticos efetivamente, e têm muitos bons profissionais que o fazem com maestria (por favor não me entendam mal... por favor!!!), é um dinheiro jogado fora, para os que desejam só bons timbres (a não ser é claro que você tenha dinheiro sobrando ou queira somente se divertir com este tipo de máquina, o que é interessante também, aí, tudo bem!?).
    .

    SINTETIZADOR
    .
    De maneira geral, todo teclado/módulo/software que gera som hoje em dia é um sintetizador, contudo eu uso este termo para àquelas máquinas que têm um número de recursos mais abrangentes e abertos para trabalhar com o som. O gerador de timbre, seja ele qual for, pode sintetizar a wave (PCM, amostra, onda, sampler, etc...) de uma maneira completa para produzir um timbre, através dos recursos de sintetização (veja texto "Noções de Sintetização de Som", para saber sobre os parâmetros de síntese). Algumas máquinas possuem os sons presetados ou têm somente funções "resumidas" de sintetização. Quem quer uma máquina destas deseja a possibilidade de trabalhar totalmente com o timbre, se dá a este trabalho ou precisa deste recurso para obter o seu produto musical. Pra muita gente isto não é tão importante, ou porque não sabe mexer, ou porque não tem tempo, ou porque o seu produto musical não requer tanta especificação em termos de síntese.
    .
    Noções de Sintetização de Som
    .
    1. Forma de onda (wave, sample, PCM, EPROM, etc), a maioria dos sintetizadores atuais é baseada em sample-player, isto é toda a síntese é feita em cima de uma amostra digital de som pré-gravada, é claro que se pode fazer "horrores" no som com sintetização, mas um piano sempre será um piano, e um sax tenor, sempre será um sax tenor, isto explica a vantagem de se ter placas de expansão que além de acrescentar programas de sínteses ao instrumento adiciona também novas formas de onda.

    2. Amplitude (TVA, envelopes...) programa o comportamento do volume do som através de um gráfico que reune parâmetros de tempo e de nível, ele explica, por exemplo, porque o ataque de um som de piano alcança o seu maior valor de volume no momento em que a tecla é acionada, o que não acontece com o som de um slow strings, que demora para alcançar o seu ápice; este controle é responsável também por aquele resto de som que fica mesmo qundo você tira o dedo da tecla (release).

    3. Filtro (Cutoff, Resonance, TVF...) subtrai ou adiciona harmônicos no som, ajusta o timbre do som, parecido com o controle de médio/agudo dos aparelhos de áudio, ele pode fazer com que um piano fique mais fechado ou mais aberto, por exemplo, ele é responsável por aquela "abertura" dos sons tipo SWEEP que ficam mais estridentes com o tempo...

    4. Afinação (pitch, transposer...) ajusta todo o tipo de afinação de uma som, em oitavas, tons e "comas", possibilita, por exemplo, criar uma sensação "ensemble" (conjunto) em sons de grupos de instrumentos, como strings, brass...

    5. Vibrato (LFO, trêmulo, leslie...) controla um tipo de oscilação de baixa frequência no volume, no filtro ou na afinação criando um efeito de ondulação no som...

    6. Controladores ajustam todo o tipo de intervenção que o tecladista pode fazer no som, como sensibilidade do teclado, after-touch, bender-modulation, D-Beam, pedal, switch, breath(de sopro), etc...

    7. Efeitos são os ajustes do reverb, chorus, delay, equalizer, como os das pedaleiras do guitarrista...




    Abraços.

    Ricardo_Adorador
    Veterano
    # abr/07
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    Pride Music

    Importadora brasileira que trabalha com produtos da marca Korg. É muito famosa entre os músicos pelos preços absurdos que cobra, dando um valor irreal ao produto.

    Juno-D

    Sinônimo de dor-de-cabeça, geralmente causada por problemas no mecanismo nas teclas e botões.

    heuaheuahea

    espero que tenha contribuído com algo

    JeffersonX
    Veterano
    # abr/07
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    Ótimos links Maurco!!

    VST: são plugins de instrumentos musicais reais sampleados em estúdio. Com o VST, a execução de um arquivo MIDI irá ser bem real.

    Sampler: é o instrumento gravado em estúdio para ser usado em um teclado ou programa sintetizador. Samplear seria fazer um sampler. Termo musical aportuguesado hehe

    JeffersonX
    Veterano
    # abr/07
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    Ricardo_Adorador

    A parte da Pride concordo hehe É osso!!

    Agora o Juno D, graças a Deus eu dei sorte com o meu hehe. Os novos já estão com o problema resolvido. O meu eu peguei em setembro do ano passado. Quando fui comprar, enviei um e-mail pra Roland Brasil, para saber se o problema já foi solucionado. O departamento de peças me respondeu informando que o problema já foi resolvido. Foram os primeiros lotes que tiveram problema. Senão me engano, na parte de baixo do Juno D tem uma etiqueta que contem a data de fabricação. Não estou perto do meu agora, mas acho que tem isso lá. Se for comprar e for 2004 ou 2005 fuja. Agora 2006 (acho) e 2007 tá tranquilo.

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