Casper Veterano
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# dez/11
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Na sociedade contemporânea, é a própria cultura que decide qual objeto é arte e qual não é. O objeto em si não carrega essa definição. A arte não pode ser explicada, ela não precisa ser explicada, tudo pode ser arte basta às pessoas quererem que seja o que vai mudar é o fato de gostar ou não. Mas para dar mais clareza ao assunto é válido tentar um breve conceito, pois a quebra dos conceitos faz com que surjam mais conceitos; a arte são certas manifestações da atividade humana diante de uma admiração que irá classificá-la como arte e que irá submetê-la a um juízo, privilegiando-as, pois cada um possui e dá valores diferentes a ela.
Jorge Coli, do livro O Que é Arte.
"... a autonomia divina põe-se em retirada, e aos poucos são as realidades de sujeito e objeto que passam a ocupar todas as delimitações em que se constrói a verdade. A observação é importante porque mostra que a arte e a estética pertencem a coordenadas bem mais amplas do que as de suas próprias peculiaridades. E mostra também que, abandonada a velha imitação, só restam dois caminhos para o desenvolvimento subseqüente da arte e da estética: o do sujeito e do objeto, tudo em obediência à trama que compõe o testamento da verdade... por um lado topamos com muita arte calcada na presença do objeto, que se mostra já na despretensão da natureza-morta, mas que alcançará as grandes dimensões do painel histórico; e, por outro, a arte derivada da agora forte presença do sujeito, e, com isso, a arte inaugura a estética da expressão."
Gerd Bornheim, do livro "Rumos da Crítica"
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